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BMF III – Bioquímica Módulo 5 - Aula 7 Cecilia Antonieta 82 A 1 DOPAMINA SINAPSE DOPAMINÉRGICA BIOSSÍNTESE DAS CATECOLAMINAS HIDROXILAÇÃO L-tirosina →tirosina hidroxilase→ L- DOPA. DESCARBOXILAÇÃO DOPA →dopa descarboxilase→ dopamina. Reação irreversível, tem como cofator PLP (piroxidal fosfato). Inibidor _-metildopa. HIDROXILAÇÃO dopamina →dopamina beta- hidroxilase→ norepinefrina +H2O + desidroascorbato. Reação irreversível. Cofator ascorbato. Inibidor dietildithiocarbamato (quelante de cobre). METILAÇÃO norepinefrina →feniletanolamina n- metiltransferase→ epinefrina. ESTOCAGEM EM VESÍCULAS SINÁPTICAS RECEPTORES DOPAMINÉRGICOS Família de 5 receptores (D1 a D5), acopladas à proteína G. D1 e D2 são abundantes no estriado. FAMÍLIA TIPO D1 D1 e D5, estimula a formação de AMPc. FAMÍLIA TIPO D2 D2, D3 e D4, inibe a formação de AMPc. D2 isoformas produto de splicing. D3 mais expressos no sistema límbico, ilhas de Calleja, bulbo olfatório, lobo intermediário da pituitária. Nos neurônios dopaminérgicos controlam a taxa de engatilhamento e liberação de dopamina, têm efeito neurotrófico. A diminuição da expressão ocorre pela degeneração de neurônios dopaminérgicos. Atividade locomotora é primariamente controlada pelos receptores dopaminérgicos D1, D2, D3. Função D2 e D3 são mais complexas, resultantes das expressões pré e pós-sinápticas desses receptores. METABOLISMO DE DOPAMINA MAO (MONOAMINA OXIDASE) encontrada em neurônios e na glia. Cofator: flavina, localizada na parte externa da membrana mitocondrial. Converte amina em aldeído. A catalisa reações em ne e 5-HT (5-hidroxi-L-triptofano). Inibidor: clorgilina. B feniletilaminas (DA). Inibidor: deprenil. COMT (CATECOL-O-METILTRANSFERASE reações intra e extracelulares, exige Mg2+ e substrato S-adenosilmetio- nina. Principais produtos: ácido 3,4-desidroxifenilacetico (DOPAC) e ácido homoválico (HVA). DOENÇA DE PARKINSON NEUROPATOLOGIA Degeneração gradual e perda de neurônios dopaminérgicos na substância negra (mesencéfalo e fibras dopaminérgicas mesoestriatais), presença de corpos de Lewy, pars compacta e subsequente redução dos níveis de dopamina no estriado estão associados a deficts motores. Doença multifatorial Caracterizada por tremor, bradicinesia e rigidez muscu- lar, juntamente com marcha comprometida e postura. Cerca de metade dos pacientes exibem disfunção executora mediada, incluindo déficit de atenção, comprometimento na velocidade de processamento mental, distúrbios verbais. MECANISMOS MOLECULARES Acúmulo de agregados de proteínas, falha na liberação de proteínas, lesão mitocondrial, estresse oxidativo, ex- citotoxicidade, neuroinflamação e mutações genéticas. Fibras dopaminérgicas meso-estriatais se projetam para outras estruturas nos núcleos da base (caudado, putamen, globo pálido, subtalâmico). Anti-parkinsoniano- agonista D2, antipsicótico- agonista D2, tratamento de drogas- transportador de dopamina BMF III – Bioquímica Módulo 5 - Aula 7 Cecilia Antonieta 82 A 2 Degeneração das fibras dopaminérgicas meso-estriatais leva a deficiências de dopamina. Desaparecimento da via nigrostriatal provoca depleção de dopamina no estriado, onde é necessário para a função normal do motor. TRANSMISSÃO DOPAMINÉRGICA Prejuízo no circuito cortiço=estriado no cérebro. Degeneração dos neurônios da substância negra reduz a estimulação do receptor de dopamina em nn. espinais medianos do estriado. O desequilíbrio entre as vias direta e indireta resulta em ativação anormal dos núcleos de saída e superinibção dos neurônios talâmicos que se projetam para o córtex. D1 ativação aumenta o movimento. D2 ativação causa inibição do tálamo e aumento do movimento. CAUSAS MUTAÇÃO GENÉTICA DJ-1 é produto do PARK7, gene ligado à Doença de Parkinson familiar, tem papel protetor no stress oxidativo. O nível DJ-1 é um potencial biomarcador de DP. EXPOSIÇÃO A CONTAMINANTES AMBIENTAIS E NEUROTOXINAS Podem causar stress mitocondrial oxidativo e liberação de ROS levando a apoptose, dobramento errado da alfa- sinucleina, que pode se agregar e se preciptar sobre outras proteínas formando os corpos de Lewy. CORPOS DE LEWY inclusões intraneurais citoplasmáti- cas eosinófilicas cuja arquitetura é caracterizada por um denso corpo eletrônico e um entorno mais claro. FORMAÇÃO monômeros de alfa-sinucleina dobrados incorretamente e não ubiquitinados se ligam formando oligômeros (protofibrilas), essas coalescem em fibrilas que têm conformação de plaquetas amiloides. Chaperonas podem alterar a conformação de protofibrilas ou oligômeros altalmente tóxicos, através da mudança na estrutura proteica inibem sua interação com outras proteínas neurotóxicas que ativariam as vias de morte celular. Nas sinucleinopatias chaperonas tornam-se sequestradas em corpos de Lewy levando ao esgotamento da chaperona, que pode ser diretamente responsável pela morte celular. Corpos de Lewy são desencadeados por fatores como diminuição de dopamina ou liberação de ROS após disfunção da mitocôndria. ROS também aumentam a formação de filamentos de tau hiperfosforilados, que se agregam em corpos de Lewy. FARMACOLÓGICA MPTP (1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetra-hidropiridina) pró- fármaco, atravessa a BHE e entra nas células gliais onde é convertido em pentanotoxina MPP+. Causa inibição do complexo mitocondrial I causando geração de ROS que provoca destruição de neurônios dopaminérgicos na substância negra do cérebro. HIPÓTESE DO STRESS OXIDATIVO PELA MAO Morte celular causada por radicais livres produzidos no metabolismo da dopamina. Tratamento que reduza o catabolismo da dopamina reduziria a progressão da doença. MONOAMINA OXIDASE B atua degradando dopamina, consequentemente inibidores desta enzima são empregados como estratégia terapêutica no tratamento de MD. Dos inibidores seletivos vem sendo empregados com êxito: rasaguilina (liga-se irreversivelmente à coenzima FAD), selegilina e pargyline (não seletivo). TRATAMENTO Administração do precursor dopaminérgico L-DOPA, transformado em dopamina nos neurônios dopaminérgicos residuais, bem como me terminais serotoninérgicos e glia.
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