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Particularidades reprodutivas das diferentes espécies

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Descrição das particularidades reprodutivas de fêmeas das diferentes espécies.
· Vaca
· Os ovários das vacas possuem formato ovoide, medem cerca de 4 a 6 cm, região medular na porção interna do ovário, onde abriga o tecido conjuntivo fibroelástico, vasos sanguíneos, linfáticos e nervos, e região cortical na parte externa do ovário, onde ficam os folículos e corpo lúteo. 
· Possuem corpo uterino pequeno e corno uterino maior. 
· Útero curto e tortuoso; presença de carúnculas uterinas (porção materna) e cotilédones (porção fetal), formando o placentoma. Nessa espécie, o corpo uterino é pequeno e o corno uterino maior. 
· Cérvix: Possuem de 3 a 4 anéis cervicais proeminentes
· Presença de fórnix vaginal.
· Média da puberdade: 11 meses, afetada pela presença do sexo oposto, logo, na presença de macho a idade de entrar na puberdade é reduzida. Além disso, nas vacas, entre os 2 e 5 meses de idade há um aumento fisiológico da secreção de LH e entre os 5 até os 10 meses, o LH fica baixo novamente: fase estática, posteriormente volta a aumentar lentamente devido à perda do feedback negativo. Neste contexto, se suplementarmos as novilhas dos 3 ao 7 meses através da alimentação, é possível encurtar a fase estática, conseguindo a puberdade mais cedo. Bos taurus são mais precoces.
· Ciclo estral: poliéstrica anual 
· Fases do ciclo estral: estro, metaestro, diestro, pró-estro
· Duração do ciclo estral: 21 dias (17-24). O estro (aceitação) dura 18 horas. O metaestro dura em torno de 7 dias. O diestro dura em torno de 10 dias. O pró-estro dura 3 dias.
· Metaestro: pode haver sangramento devido a regressão dos vasos
· Dinâmica folicular: demora cerca de 60 a 90 dias, para o folículo primordial evoluir até o folículo ovulatório.
· Início do estro até ovulação: 24-32 horas.
· Pico de LH até ovulação: 28 horas em média.
· Vida útil do CL: 16 dias em média.
· Luteólise: por volta do dia 18 do ciclo estral. Ocorre através do mecanismo contra-corrente vascular → A veia que está saindo do útero carregada com prostaglandina vai ter contato íntimo com a artéria ovariana, chegando no ovário por uma forma direta, garantindo que a PGF2 alfa atingirá o corpo lúteo em quantidade suficiente para fazer a luteólise.
· O desenvolvimento do folículo dominante dura cerca de 10-12 dias após o parto, o primeiro folículo dominante ovula em 74% das vacas de leite aproximadamente de 15 a 20 dias. E 80-90% das vacas vão apresentar ciclo curto, o qual não é precedido por manifestação de estro, pois o hipotálamo ainda não está sensível ao estrógeno, porque ele precisa de uma ação sensibilizadora da progesterona.
· Ciclo curto: O primeiro CL formado depois da 1° ovulação pós parto regride prematuramente, pois, o útero no pós parto libera muita prostaglandina, que atua na sua recuperação. A regressão do corpo lúteo, nesse ciclo, ocorre com cerca de 8-12 dias, assim que ele se torna responsivo à ação da prostaglandina (no ciclo normal, a regressão do CL ocorre por volta do dia 17-19 do ciclo).
· Anestro pós-parto fisiológico: período de transição durante o qual a funcionalidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário-útero se recupera da gestação anterior. 
· Anestro pós parto pela presença do bezerro: Após o restabelecimento das reservas de LH na hipófise anterior, a ausência de pulsos de LH se torna dependente da presença do bezerro. Mesmo o bezerro não mamando, a pulsatilidade de LH continua baixa, aproximadamente de 30 a 40 dias. Para a ausência do bezerro ser capaz de fazer a vaca voltar a ciclar, ela precisa estar no pico mais baixo do balanço energético.
· Anestro pós parto de fator nutricional: depois que a vaca pare, há um aumento da demanda energética para aumentar a produção de leite (prioridade do organismo nesse momento). O pico de produção ocorre antes do pico de ingestão de matéria seca, logo, ela gasta mais energia do que consome, resultando em perda de peso corporal = BEN → Balanço energético negativo. O BEN se inicia antes da parição e é o principal fator nutricional relacionado à baixa fertilidade das vacas leiteiras. Estudos demonstram que vacas gordas param de comer mais cedo comparada a vacas magras, pois no momento que elas entram em BEN antes do pós parto, o fígado não suporta e começa a produzir compostos tóxicos, diminuindo o apetite delas. Os problemas do pós-parto são exacerbado nesses animais. Em vacas leiteiras de alta produção esse processo é mais severo, há uma grande metabolização de gordura e proteína para produção de leite não parar e permanecer alta. Quando a fêmea atinge o ponto mais baixo do balanço energético negativo, ela volta a ovular devido ao aumento de IGF, insulina, pulsatilidade de LH e estrógeno.
· Reconhecimento materno da gestação: O concepto bovino produz interferon tau que impede produção de prostaglandina pelo endométrio, inibindo a expressão do receptor de estrógeno, não tendo a produção de receptor de ocitocina. A produção de interferon tau fica presente do dia 15 ao dia 21, aproximadamente.
· Tempo de gestação e momento em que a placenta passa a ser responsável pela produção de P4: tempo de gestação de 9 meses → placenta assume produção de P4 entre 6 a 8 meses.
· Placenta: zonária cotiledonar; barreira materno fetal sinepitélio corial; nenhuma perda de tecido materno no parto (semi deciduada). Os cotilédones possuem formato convexo. 
· Cadela
· Os ovários das cadelas possuem formato de amêndoa, medem cerca de 1,5 a 2 cm, região medular na porção interna do ovário e região cortical na parte externa do ovário. Presença de bursa ovárica (ligamento ovariano próprio), que protege o ovário.
· Possuem corpo uterino pequeno e corno uterino maior. 
· Útero: longo e retilíneo, corpo uterino pequeno e cornos uterinos maiores.
· A puberdade pode acontecer em torno de 6 a 24 meses após o animal atingir o peso adulto, porém possui grande variação de meses devido à: raças diferentes (cães de pequeno porte tendem a ser mais precoces), fator genético (pais precoces tendem gerar uma prole mais precoce), estado nutricional (um estado nutricional baixo retarda a puberdade), fatores endócrinos (hormônios metabolizantes podem interferir no início da puberdade) e interações sociais (cães que convivem com outros cães tendem a ser mais precoces).
· Ciclo estral: monoéstricas não estacionais, podendo variar de 6 em 6 meses. 
· Fases do ciclo estral: proestro, estro, diestro, anestro.
· Duração do ciclo estral nas cadelas: o proestro tem duração média de 7 a 9 dias, podendo ficar até 15 dias; o estro tem duração média de 7 a 9 dias; o diestro tem duração média de 60 a 72 dias e o anestro tem duração média de 30 a 240 dias.
· Possui fase inter-estral prolongada: intervalo entre um estro e outro pode variar entre 4 a 6 meses. Cadelas mais velhas tendem a ter menos ciclos que as mais novas.
· A cadela ovula em níveis de progesterona pré-ovulatórias (4-10 ng/mL) e isso ocorre devido à luteinização pré-ovulatória (outros folículos que sofrem luteinização pré-ovulatória), fazendo com que aumente a concentração de progesterona - fêmea fica mais receptiva ao macho, favorecendo a monta. A cadela vai aceitar a monta até o final do estro e início do diestro. 
· A cadela ovula com oócitos imaturos (na fase de meiose 2) e nessa fase ainda não há o desenvolvimento do segundo corpúsculo polar. Então é preciso ser ovulado imaturo e dentro da tuba uterina terminar essa meiose, para que haja a formação do segundo corpúsculo e o oocito esteja preparado para ser fecundado. Os espermatozóides tendem a ficar 5 dias viáveis dentro do trato reprodutivo da fêmea, garantindo o tempo para a maturação dos oócitos.
· A fase da ação da progesterona é semelhante em cadelas gestantes e não gestantes, isso implica no desenvolvimentos de algumas doenças que são inerentes as cadelas. Por conta disso, a cadela não gestante pode apresentar muitas vezes alteração de comportamento (pseudociese), além de alterações do ambiente uterino que predispõe à hiperplasia endometrial cística e/ou ocorrência de piometra, devido ao estímulo prolongado de progesteronae alterações decorrentes dela no ambiente uterino. Nesse período também há produção de leite uterino (substrato para nutrir os embriões até a implantação), além de redução da contratilidade uterina, para evitar a ocorrência de abortos.
· Pico de LH até ovulação: ovulação de oócito imaturo 2 dias (48 horas) após o pico de LH. Durante a ovulação, há alta concentração de progesterona, que permite a receptividade da fêmea ao macho. 
· Anestro: Período de alta ação da prolactina, a qual inibe a sensibilidade do ovário aos outros hormônios. 
· Ação hormonal no epitélio vaginal: o estrógeno atua no epitélio vaginal promovendo mitoses celulares a partir das células parabasais, sendo possível analisar através de leitura de lâminas (citologia vaginal) em qual fase do ciclo estral a cadela se encontra, de acordo com as características das células encontradas. Dosagem hormonal de P4: exame feito para identificar em qual etapa do ciclo a cadela está.
· Reconhecimento materno da gestação: Nos pequenos animais o blastocisto, antes de se unir ao endométrio, secreta substâncias que prolongam o período de vida útil do corpo lúteo cíclico além do ciclo estral, este ciclo é conhecido como reconhecimento materno da prenhez.
· Duração da gestação: 58 a 62 dias.
· Placenta: zonária (circular); barreira materno fetal endoteliocorial; perda moderada de tecido materno no parto (deciduada).
· Gata
· Os ovários das gatas possuem formato de amêndoa, região medular na porção interna do ovário e região cortical na parte externa do ovário. 
· Possuem corpo uterino pequeno e corno uterino maior. 
· Útero: longo e retilíneo.
· Puberdade: precisam atingir 80% do peso corporal e é mais favorável em estação do ano com fotoperíodo positivo maior (maior incidência de luz solar, dias mais longos), elas não entram na puberdade quando estão em uma estação do ano desfavorável. O início da puberdade é afetada pelo estado nutricional (um estado nutricional baixo retarda a puberdade), fatores endócrinos (hormônios que reduzem o metabolismo e obesidade podem interferir no início da puberdade), raça (raças que possuem pelos longos tendem a ser mais tardios que os de pelo curto, devido ao lugar de onde eles são oriundos, onde possuem latitudes maiores e a questão da sazonalidade é mais forte) e interações sociais: gatas de vida livre/gatis entram em puberdade mais precoce comparado à animais de apartamento que não possuem contato com outros gatos. Dentro de gatis podem ter fêmeas com puberdade atrasada pela hierarquia muito acentuada, pois gatas dominantes em gatis conseguem inibir que outras gatas ciclem e na maioria das vezes os machos não reconhecem o início da puberdade ou até a ciclicidade). 
· Ciclo estral: poliéstrica estacional, porém sofrem variações conforme a incidência da luz solar → fotoperíodo positivo. Em lugares com incidência de luz constante, as gatas deixam de ser poliéstricas estacionais com anestro sazonal e passam a ser poliéstricas anual. Possuem anestro sazonal devido ao fotoperíodo positivo.
· Fotoperíodo positivo: percebido pela retina da gata, transmitindo para glândula pineal no SNC onde é produzida a melatonina. A melatonina vai estar presente junto com a produção de prolactina. A partir do momento que tem fotoperíodo positivo, tem-se a inibição da glândula pineal produzindo melatonina e consequentemente a de prolactina também, possibilitando que a gata cicle. 
· Fases do ciclo estral: proestro, estro, interestro, metaestro, diestro, anestro
· Duração do ciclo estral: o proestro dura em média de 48 horas, podendo variar de 12 a 72 horas; o estro tem duração média de 7 dias, podendo variar de 1 a 21 dias; o interestro tem duração média de 8 dias, podendo variar de 2 a 19 dias; o metaestro tem duração de 24 a 48 horas; o diestro tem duração média de 35 dias em gatas não gestante e 60 dias em gastas gestante e o anestro tem duração média de 90 dias, variando dependendo do fotoperíodo e da lactação (se estiver no período que ela esteja apta para receber a concepção, em até 10 dias após o nascimento, ela pode ficar fértil). Logo, se a gata não ovular, o ciclo pode durar cerca de 21 dias; se ovulou e entrou em diestro não gestacional pode durar cerca de 40 a 50 dias; se ovulou e entrou em diestro gestacional, cerca de 62 a 65 dias.
· A gata é uma espécie de ovulação induzida, mas também tem ovulação espontânea. 
· Estímulo neuro-endócrino no canal vaginal: felino macho adulto possui espículas penianas → introdução peniana no canal vaginal estimulando a dor (as espículas fazem estímulo neuroendócrino) → neurônios do canal vaginal levam os estímulos aos núcleos/centros hipotalâmicos → liberação LH em pico ou não. Estudos comprovam que a liberação de LH corresponde ao número de cópulas que a gata tem, gatas que tiveram apenas uma cópula, cerca de 23% - 25% ovularam, já gatas que tiveram 3 ou mais estímulos, cerca de 80% ovularam. 
· Pico de LH até ovulação: ovulação cerca de 8 horas após o pico de LH. Diferentemente da cadela, que demora até 48 hrs para ovular após o pico de LH, a gata ovula em um curto período de tempo após o estímulo (até 8 horas), já ovulando o oócito maduro e pronto para ser fecundado.
· Possibilidades do ciclo estral: 
1. Proestro → Estro: não ovulou, pois não copulou. Teve crescimento folicular e o estímulo estrogênico, porém não foi suficiente para liberar o pico de LH → interestro → proestro. Mantém-se nesse ciclo até conseguir ovulação, se ela não conseguir ovulação, ela entra na fase de anestro sazonal.
2. Proestro → Estro: ovulou → metaestro (duração muito curta e sem alterações evidentes, acontece apenas o início da formação do CL) → depois do metaestro há 2 opções: diestro gestacional ou diestro não gestacional. É o mesmo diestro, independentemente de ter gestação ou não, porém tem estímulos diferentes. 
Depois do diestro gestacional ou diestro não gestacional ela entra em anestro, podendo ser anestro sazonal ou pós parto. O anestro pós-parto na gata não é via de regra, pois a gata pode lactar e apresentar ciclo fértil concomitantemente. Depois do anestro, ela volta pro proestro e tudo se repete.
· Ao contrário das cadelas, nas gatas o estrógeno estimula o comportamento reprodutivo (aceitação do macho), além da ovulação. 
· Reconhecimento materno da gestação: Nos pequenos animais o blastocisto, antes de se unir ao endométrio, secreta substâncias que prolongam o período de vida útil do corpo lúteo cíclico além do ciclo estral, este ciclo é conhecido como reconhecimento materno da prenhez.
· Duração da gestação: 58 a 67 dias.
· Placenta: zonária (circular); barreira materno fetal endoteliocorial; perda moderada de tecido materno no parto (deciduada).
· Égua
· Os ovários das éguas possuem formato de grão de feijão ou riniforme e medem cerca de 8 a 12 cm, variando conforme a presença de folículo pré-ovulatorio que mede em cerda de 45 mm de diâmetro (25 a 70 mm), e crescem em média 3mm por dia. 
· Nos demais animais a medular se encontra na região central e o córtex na superfície do ovário. Na égua a medular se encontra na face externa e o córtex (parte funcional) na parte interna. Por isso, tem-se a fossa ovárica, único lugar que a égua libera os oocitos, onde os folículos vão migrar para que ocorra a ovulação. O corpo lúteo na égua se encontra na região interna do ovário. Nas vacas os folículos são fáceis de palpar, já nas éguas só consegue-se palpar quando está indo para a fossa ovárica. 
· Possuem corno e corpo uterino quase da mesma proporção
· Útero posicionado mais dorsalmente comparado aos das vacas, cornos uterinos mais lateralizados.
· Possuem dobra das mucosas na cérvix 
· Presença de fórnix vaginal
· Tuba uterina: região do istmo, a ligação entre a tuba uterina e o útero é chamada de esfíncter útero-tubário (especializado).
· Ciclo estral: Poliéstrica estacional de dias longos, porém podem ser poliestrica com tendência a estacionalidade devido a quantidade de dias curtos no Brasil (Sudeste). 20% das éguas ciclam durante o ano inteiro → poliéstrica anual (norte/nordeste).
· Idade àpuberdade: 12 a 18 meses.
· Duração do ciclo estral: 21 dias (19 a 22 dias); estro: 7 dias (5 a 9 dias); diestro: 14 dias (14 a 16 dias).
· Idade indicada à primeira cobertura: 30 a 36 meses
· Vida útil reprodutiva: 3 a 18 anos.
· Éguas mais magram tendem a ficar mais tempo sem ciclar, éguas em boa condição corporal ciclam mais cedo
· Fases do ciclo estral: estro e diestro
· Ovulação: 24 a 48 horas antes do término do estro (75% madrugada), isso se não houver indução. 
· Comportamento de estro: Alta produção de estrógeno no estro, começa a cair lentamente antes da ovulação, até 2 dias depois que ela ovulou que o estrógeno cai completamente e isso faz com que ela continua tendo comportamento de estro depois de ovular. 
· LH: O folículo dominante produz inibida, já o LH é produzido devido a estimulação do estrógeno no folículo. O LH chega no pico depois que a égua ovula. Depois que ovula tem a queda da inibina e do LH e essa queda é mais lenta, isso se dá porque o desenvolvimento folicular da égua e mais lento e precisa desses níveis. Depois que ela atinge os níveis alto de progesterona, o LH cai.
· Luteólise: ocorre através de mecanismo sistêmico → útero produz prostaglandina e por um caminho sistêmico ela retorna para o ovário ocasionando a luteólise. 
· Ação hormonal sobre o útero: no Estro, a alta concentração de estrógeno mantém o útero relaxado e com edema, e a cérvix relaxada e aberta; já no Diestro, a alta concentração de progesterona mantém o útero com tônus (contraído), e a cérvix rígida e fechada.
· Transição de outono: queda da incidência de luz do dia e aumento da melatonina, quanto mais melatonina menos GnRH-LH, menos ela vai ciclar. O FSH tem pouca variação, já o estrógeno e inibina diminuem. A égua pode ciclar na transição de outono, porém é muito complicado devido a alta variação hormonal. Folículos crescem menos, ela entra em anestro no período de inverno, que tem pouco folículos com crescimento folicular. 
· Transição de primavera: aumento da produção dos hormônios influenciando crescimento folicular, na transição de primavera é o momento ideal de adiantar o início da estação de monta para que a égua emprenhe antes, pois nessa transição tem crescimento folicular suficiente mas ainda não tem níveis de LH para ter ovulação (não tem estoque hipofisário de LH).
· Cio do potro: 4 a 13 dias pós-parto. O útero da égua demora de 7 a 10 dias para involuir e não ter mais liquido. Então é necessário fazer exame do sistema reprodutivo, para ver se o útero já está limpo. E os índices de prenhez é em torno de 50% e é menor em relação aos cios normais que é em torno de 75%. 
· Anestro sazonal (período do ano em que não está ciclando) dias curtos (pouca luz, fotoperíodo negativo) glândula pineal aumenta produção de melatonina, o que inibe a produção e liberação de GnRH e LH, consequentemente LH, inibindo a ovulação (anestro).
· Reconhecimento materno da gestação: O embrião equino produz estrogênio, mas não parece ser o fato responsável pela inibição da luteólise. Existe a hipótese de que o embrião produz o fator inibidor da síntese de PGF endometrial.
· Tempo de gestação e momento em que a placenta passa a ser responsável pela produção de P4: tempo de gestação de 11 meses → placenta assume produção de P4 em 100 dias. Égua coberta com jumento 11,5 meses; jumenta: 12 meses. 
· ECG: Na égua no início da formação do CL há um aumento da progesterona, seguido de queda por uma regressão do CL para haver produção de gonadotrofina coriônica equina (ECG) que vai levar a formação de CL acessórios por luteinização dos folículos de ovulação para haver maior produção de progesterona. Esses CLs acessórios tem início por volta do 28-35° dia, pico por volta de 60 a 80 dias e geralmente desaparecem pelo 100-140° dia e a placenta já é capaz de produzir P4 sozinha.
· Placenta: difusa completa; barreira materno fetal epitélio corial; nenhuma perda de tecido materno no parto (não deciduada).
· Porca
· Os ovários das porcas possuem formato de cacho de uvas, região medular na porção interna do ovário e região cortical na porção externa do ovário.
· Possuem corpo uterino pequeno e corno uterino maior. 
· Possuem cérvix em espiral e comprida.
· Útero: longo e tortuoso.
· Média da puberdade: 6 meses (4 a 9 meses), sofrendo modificações pela densidade populacional e presença do macho, caso a suína for agrupada em um maior números de fêmeas e na presença do macho, a idade da puberdade é reduzida. Além da genética, nutrição, manejo, peso e raça.
· Ciclo estral: poliéstrica não estacional
· Fases do ciclo estral: estro, metaestro, diestro, pró-estro
· Duração do ciclo estral: 21 dias (17-25), duração do estro: 50 horas (12-96 h); duração do início do estro até ovulação: 36-44 horas. Na puberdade, a duração do estro é mais curta (em média 47 horas), e mais longo no verão do que no inverno.
· Ovulação: do pico de LH até a ovulação demora cerca de 40 horas. 
· Sinais de cio: vulva edemaciada e hiperêmica, comportamento sexual de macho, interesse exacerbado pelo macho ou criador, mucosidade na vulva/vagina, emitem grunhidos frequentes, adquirem postura imóvel em resposta ao som, odor e toque do macho ou homem. A detecção do cio é feita pelo macho.
· Ovulação: final do estro (2° dia), 38-42 horas após início do estro com duração de 3,8 horas (6-8 h), ocorrem mais cedo nas cobertas. A porca precisa de cerca de 16 horas de luz para ciclar (é possível indução com luz artificial).
· Número de ovulações: 8-10 no primeiro estro; 12-14 no terceiro e 15-20 nas porcas adultas.
· Indução do cio: desde o primeiro dia pós-desmame
· Luteólise: ocorre através do mecanismo contra-corrente vascular → A veia que está saindo do útero carregada com prostaglandina vai ter contato íntimo com a artéria ovariana, chegando no ovário por uma forma direta, garantindo que a PGF2 alfa atingirá o corpo lúteo em quantidade suficiente para fazer a luteólise.
· Anestro lactacional: porca não apresenta cio enquanto estiver amamentando.
· Reconhecimento materno da gestação: Nos suínos, precisa de pelo menos 2 embriões por corno. O concepto suíno produz estrógeno que atua nas células do endométrio e muda a rota de secreção da prostaglandina, da circulação sanguínea para a luz uterina, sendo eliminada.
· Tempo de gestação e momento em que a placenta passa a ser responsável pela produção de P4: tempo de gestação de 38 meses → placenta não assume a produção, durante toda a gestação o corpo lúteo que produz progesterona.
· Placenta: difusa incompleta; barreira materno fetal epitelio corial; nenhuma perda de tecido materno no parto (não deciduada).
· Ovelha
· Possuem de 3 a 4 anéis cervicais tortuoso e óstios cervicais com formatos diferentes.
· Útero: presença de carúnculas uterinas (porção materna) e cotilédones (porção fetal), formando o placentoma. Nessa espécie, o corpo uterino é pequeno e o corno uterino maior. 
· Ciclo estral: poliéstrica sazonal de dias curtos com cio durante outono/inverno, a intensidade da estacionalidade varia de acordo com características da raça, fatores climáticos, manejo nutricional e o local que o animal está sendo criado. 
· Outono-inverno: menos horas de luz, caprinos e ovinos ciclam mais, param de ciclar quando começa a aumentar as horas de luz apresentando anestro estacional (fisiológico) > primavera. 
· Quanto mais próximo da linha do Equador, a constância de duração do dia é marcante durante todo o ano > 12 horas de luz/12 horas de escuro: tendência à ausência de estacionalidade reprodutiva, já que não existe tanta diferença de hora/luz/dia.
· Luteólise: ocorre através do mecanismo contra-corrente vascular → A veia que está saindo do útero carregada com prostaglandina vai ter contato íntimo com a artéria ovariana, chegando no ovário por uma forma direta, garantindo que a PGF2 alfa atingirá o corpo lúteo em quantidade suficiente para fazer a luteólise.
· Média da puberdade: varia de 6 a 9 meses (+/- 30kg), porém tem efeito da sazonalidade, se nascer ao final do período favorável, só entrará em puberdade no próximo período favorável.· Maturidade sexual: por volta de 12 meses, tendo o peso como fator fundamental para determinar a maturidade sexual. 
· As fêmeas que já atingiram a puberdade mas não atingiram a maturidade sexual: tem a primeira ovulação, mas não tem um intervalo normal entre as ovulações e são acompanhadas por um cio silencioso.
· Fases do ciclo estral: estro, metaestro, diestro e proestro
· Duração do ciclo estral: 17 dias.
· Ovulação: maior produção de melatonina estimula o hipotálamo a produzir GnRH, esse por sua vez estimula a hipófise a liberar mais LH e FSH e esses atuam no ovário promovendo recrutamento dos folículos e a ovulação. Se tiver muitas horas de luz, não terá melatonina suficiente para estimular a produção de GnRH. Acontece 24-27 horas após o início do cio.
· Número de ondas foliculares/ciclo: cerca de 2 ondas. Número de ovulações/ciclo: 1 a 3 ovulações. O número de ovulações por ciclo depende principalmente de raça, idade (média de 6 anos), estação e nutrição (o aumento do aporte nutricional aumenta as taxas de ovulação).
· Folículo dominante (mm): 6 a 7 mm. Folículo ovulatório: cerca de 2 mm.
· Sinais de cio: pouco visível, imóvel quando montada pelo macho. Principal sinal de aceitação é a monta, não apresenta comportamento homossexual, precisa de rufião para detectar o cio das fêmeas.
· Elas parem e amamentam durante a primavera, entram na fase de recuperação de escore pós parto, ocorre involução uterina no final de primavera e verão e depois voltam a ciclar no outono para serem cobertas novamente. Uma das explicativas da estacionalidade reprodutiva é que a primavera tem mais oferta de alimento.
· Anestro sazonal (período do ano em que não está ciclando) em dias longos (muita luz, fotoperíodo positivo), a glândula pineal reduz a produção de melatonina, o que inibe a produção e liberação de GnRH e FSH, consequentemente baixo LH, resultando no anestro (não ovulação).
· Duração da gestação: 150 dias (144-156)
· Fonte de progesterona: CL (toda a gestação).
· Reconhecimento materno da gestação: durante a gestação tem a presença do embrião, as células do trofoblasto produzem o interferon tau (IFN-t), que inibe os receptores de ocitona, bloqueando ligação de ocitona-receptor e não tem ação da PGF2 alfa e o CL fica mantido. 
· Tempo de gestação e momento em que a placenta passa a ser responsável pela produção de P4: tempo de gestação de 5 meses → placenta assume produção de P4 em 50 dias.
· Placenta: zonária cotiledonar; barreira materno fetal sinepitélio corial; nenhuma perda de tecido materno no parto (semi deciduada). Os cotilédones possuem formato côncavo.
· Cabra
· Possuem de 3 a 4 anéis cervicais proeminentes
· Útero: presença de carúnculas uterinas (porção materna) e cotilédones (porção fetal), formando o placentoma. Nessa espécie, o corpo uterino é pequeno e o corno uterino maior. 
· Ciclo estral: poliéstricas estacionais de dias curtos com cio durante outono/inverno, a intensidade da estacionalidade varia de acordo com características da raça, fatores climáticos, manejo nutricional e o local que o animal está sendo criado. 
· Outono-inverno: menos horas de luz, caprinos e ovinos ciclam mais, param de ciclar quando começa a aumentar as horas de luz apresentando anestro estacional (fisiológico) > primavera. 
· Quanto mais próximo da linha do Equador, a constância de duração do dia é marcante durante todo o ano > 12 horas de luz/12 horas de escuro: tendência à ausência de estacionalidade reprodutiva, já que não existe tanta diferença de hora/luz/dia.
· Média da puberdade: varia de 5 a 7 meses, sendo afetada pela estação de nascimento, fêmeas nascidas em estação favorável (primavera), entram na puberdade com cerca de 6 meses de idade. Já as nascidas em estação desfavorável (outono), entram na puberdade com cerca de 12 meses.
· Maturidade sexual: por volta de 10 meses, tendo o peso como fator fundamental para determinar a maturidade sexual.
· As fêmeas que já atingiram a puberdade mas não atingiram a maturidade sexual: tem a primeira ovulação, mas não tem um intervalo normal entre as ovulações e são acompanhadas por um cio silencioso.
· Fases do ciclo estral: estro, metaestro, diestro e proestro
· Duração do ciclo estral: 21 dias. 
· Ovulação: maior produção de melatonina estimula o hipotálamo a produzir GnRH, esse por sua vez estimula a hipófise a liberar mais LH e FSH e esses atuam no ovário promovendo recrutamento dos folículos e a ovulação. Se tiver muitas horas de luz, não terá melatonina suficiente para estimular a produção de GnRH. Acontece 24-36 horas após o início do cio.
· Número de ondas foliculares/ciclo: cerca de 4 ondas. Número de ovulações/ciclo: 2 a 3 ovulações. O número de ovulações por ciclo depende principalmente de raça, idade (média de 6 anos), estação e nutrição (o aumento do aporte nutricional aumenta as taxas de ovulação).
· Folículo dominante (mm): 6 a 7 mm. Folículo ovulatório: cerca de 2 mm.
· Sinais de cio: mais inquieta, agita a cauda constantemente, vocaliza frequentemente, vulva edemaciada, corrimento pela vagina, buscam o macho e permanecem junto a ele, apresenta comportamento homossexual, menor ingestão de alimento, aceitação da monta. 
· Elas parem e amamentam durante a primavera, entram na fase de recuperação de escore pós parto, ocorre involução uterina no final de primavera e verão e depois voltam a ciclar no outono para serem cobertas novamente. Uma das explicativas da estacionalidade reprodutiva é que a primavera tem mais oferta de alimento.
· Caprinos de leite preconiza-se 1 parto por ano e de corte são 3 partos a cada 2 anos (8 meses de diferença).
· Feromônio secretado pelas glândulas sebáceas dos machos estimula liberação de LH e ovulação das fêmeas. Ela precisa de estoque de LH, para liberação em pico, em relação a resposta do macho. 
· Luteólise: a prostaglandina produzida pelo endométrio chega ao ovário através da veia uterina em contato íntimo com a artéria ovariana (mecanismo de contra-corrente vascular).
· Anestro sazonal (período do ano em que não está ciclando, quando as horas de luz começam a aumentar – primavera/verão) - em dias longos (muita luz, fotoperíodo positivo), a glândula pineal reduz a produção de melatonina, o que inibe a produção e liberação de GnRH e FSH, consequentemente baixo LH, resultando no anestro (não ovulação).
· Duração da gestação: 150 dias (142-162)
· Fonte de progesterona: CL até cerca de 50-60 dias
· Reconhecimento materno da gestação: durante a gestação tem a presença do embrião, as células do trofoblasto produzem o interferon tau (IFN-t), que inibe os receptores de ocitona, bloqueando ligação de ocitona-receptor e não tem ação da PGF2 alfa e o CL fica mantido. 
· Tempo de gestação e momento em que a placenta passa a ser responsável pela produção de P4: tempo de gestação de 5 meses → placenta não assume a produção, durante toda a gestação o corpo lúteo que produz progesterona.
· Placenta: zonária cotiledonar; barreira materno fetal sinepitélio corial; nenhuma perda de tecido materno no parto (semi deciduada). Os cotilédones possuem formato côncavo.

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