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Nutrição na Saúde da Mulher

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Nutrição na Saúde da Mulher
Disciplina: Nutrição de Adultos e Idosos
Profª Dra. Ana Paula Boroni Moreira
Raquel Possani S. R. Gato - Mestranda em Saúde pela UFJF
Instituto de Ciências Biológicas | Departamento de Nutrição | UFJF
Entendendo o ciclo menstrual
O ciclo menstrual é um ritmo essencial e vital para a vida.
Os hormônios que o regulam são:
▪ Progesterona
▪ Estradiol
▪ Hormônio folículo estimulante (FSH)
▪ Hormônio luteinizante (LH)
DRAPER ET AL, 2018
Período pré menstrual e
Síndrome pré menstrual (SPM)
Como gerenciar as alterações de metabólitos e sintomas nesse período com 
alimentação e nutrição?
Quem tem SPM?
Apenas mulheres que ovulam, ou seja, devem estar em idade
reprodutiva.
Mulheres que usam anticoncepcional oral (ACO) podem ter TPM, mas
ela é bem mais amena. No entanto essas mulheres não ovulam, logo,
não menstruam. Elas sangram.
De acordo com o Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia, para
a mulher ser diagnosticada com SPM ela precisa apresentar pelo
menos 1 sintoma afetivo:
▪ Depressão
▪ Explosão de raiva
▪ Irritabilidade
▪ Ansiedade
▪ Confusão
▪ Isolamento social
E que aja pelo menos 1 sintoma físico:
▪ Sensibilidade nos seios
▪ Inchaço abdominal
▪ Dor de cabeça
▪ Inchaço nas extremidades
Isso deve ocorrer pelo menos 5 
dias anteriores à menstruação e 
deve ter a regressão 
espontânea dos sintomas em 
até 4 dias após o início da 
menstruação. Deve acontecer 
em pelo menos 3 ciclos 
seguidos.
Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM)
É uma TPM fortíssima.
Estatisticamente, entre 5-8% das mulheres podem sofrer de TDPM.
Os critérios para diagnóstico incluem também:
▪ Humor deprimido/oscilações de humor
▪ Acentuada irritabilidade/raiva
▪ Tensão
▪ Conflitos
▪ Vontade de chorar/morrer
Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM)
Essas mulheres podem perder o interesse nas atividades do dia a dia.
Podem ter dificuldade de concentração, letargia/falta de energia,
mudanças no apetite, alterações no sono, dores nas articulações,
ganho de peso etc.
Esse tipo de paciente deve ter um acompanhamento psiquiátrico.
Causas da SPM
Principal Oscilação hormonal (LH, FSH, estradiol e
progesterona)
Mas também temos a alteração de outros hormônios,
neurotransmissores, catecolaminas etc.
Pode existir uma sensibilidade no corpo da mulher a essa alteração
hormonal e que pode ter cunho genético.
Tratamento → Sintomatologia
90% das mulheres experimentaram alguma forma de TPM durante os
seus anos reprodutivos.
Já foram catalogados mais de 150 sintomas presentes no período pré
menstrual.
Esses sintomas podem ser agravados com uma alimentação ruim, de
cunho pró inflamatório.
Mulheres com depressão que fazem uso de medicação antidepressiva
podem ter um agravamento dos sintomas, mesmo que a doença esteja
controlada.
Tratamento → Sintomatologia
Para o TDPM há a necessidade de tratamento médico. A nutrição pode
entrar como tratamento coadjuvante.
Quando falamos em SPM o nutricionista consegue ter maior eficácia
nesse tratamento.
Sempre associado com um estilo de vida saudável, ou seja, melhora da
alimentação, sono, prática de atividade física regular, práticas de
relaxamento como meditação, yoga etc.
Nutrientes no período pré menstrual
Temos a redução de:
- Vitamina B6
- Cálcio
- Magnésio
- Vitamina D
Esses nutrientes devem ser introduzidos via alimentação ou
suplementação.
Síntese de serotonina – nutrientes essenciais
Triptofano 5-hidroxitriptofano Serotonina
Vit B6, B3, Zn, ác. fólico e Mg Vit B6, C, Zn, ác. fólico e Mg
Síntese de dopamina e noradrenalina –
nutrientes essenciais
Tirosina L-Dopa Dopamina Noradrenalina
Vit B6, ác. fólico e Fe Vit B6 e Mg Vit C e Cu
Magnésio
Mineral essencial para a síntese de serotonina (neurotransmissor da
alegria), dopamina (prazer), GABA (relaxamento) e noradrenalina
(concentração). Tanto a serotonina quanto a dopamina são
neurotransmissores que caem no período pré menstrual. Por isso
devemos ter atenção quanto a alimentação da nossa paciente que
sofre de TPM. Aumentar o consumo de fontes de magnésio é
primordial (e a falta dele pode contribuir para DCV, DM e depressão).
Durante a fase lútea temos uma redução das concentrações sanguíneas
de magnésio em mulheres com SPM. O que isso pode causar?
Enxaqueca, aumento da cólica e depressão.
Vitamina B6 (Piridoxina)
Ela atua no metabolismo da serotonina e da dopamina.
Na fase lútea a B6 diminui e quanto menores os seus níveis, maiores os 
riscos para a SPM.
Sua deficiência aumenta a prolactina:
B6 = prolactina = sensibilidade e dor nas mamas
*Prolactina elevada inibe a ovulação/menstruação
Cálcio e Vitamina D
Há um aumento de progesterona no período pré menstrual (fase
lútea). Com isso, o paratormônio também aumenta (e ele está
associado ao metabolismo da vitamina D e cálcio), logo há redução
desses nutrientes nessa fase.
Essa redução está associada com depressão, cólica, dor de
cabeça e também alterações de humor.
Progesterona Paratormônio Ca e Vit D
Ferro
Caso a paciente tenha um fluxo muito elevado é possível que haja uma 
falta desse mineral.
Como avaliar? Exame bioquímico de hemoglobina, hematócrito e 
ferritina.
A falta dele pode causar queda de cabelo e oscilações de humor no 
período menstrual.
Por que mulheres tendem a querer mais 
doces no período pré menstrual?
Nada mais é do que um mecanismo totalmente fisiológico do corpo
feminino para produzir mais serotonina e dopamina numa fase em que
elas estão mais baixas.
É uma forma de favorecer a entrada de triptofano na barreira
hematoencefálica e assim ter uma melhor produção de serotonina.
É necessário inibir essa vontade? Devemos conversar com
nossas pacientes e orientar melhores escolhas alimentares para que o
doce não seja um problema. O manejo do comportamento da paciente
é fundamental.
Síndrome dos Ovários Policísticos 
(SOP)
Síndrome dos ovários policísticos
É a alteração ginecológica endócrina mais comum entre mulheres em
idade reprodutiva, podendo afetar 8-17% dessa população.
Sua etiologia ainda é desconhecida.
DM, dislipidemia, obesidade e DCV podem estar associadas à SOP
(podendo levar a uma síndrome metabólica).
Síndrome dos ovários policísticos
De acordo com os critérios de Rotterdam, a SOP é uma síndrome que
deve ter pelo menos 2 de 3 fatores (desde que sejam excluídas
quaisquer outras causas), que são:
▪Oligo ou anovulação
▪ Sinais clínicos e/ou bioquímicos de hiperandrogenismo
▪Ovários policísticos através de ultrassonografia
Sinais e Sintomas
▪Hirsutismo
▪ Acne
▪ Alopécia
▪ Sobrepeso/obesidade
▪Oligo ou anovulação
▪Oligo ou amenorreia
▪ Dificuldade para perder peso
Para saber mais: 
Anormalidades gonadotróficas
- Gônadas – são órgãos produtores de 
gametas, necessários para a reprodução.
- Gonadotrofina – é um hormônio (LH ou 
FSH) secretado pela hipófise que age 
sobre as gônadas, controlando a 
produção de gametas.
Ovários Policísticos
Fonte: https://guiadocorpo.com/ovarios-policisticos-como-tratar/
Hirsutismo e Acne
Fonte: https://www.euroclinix.net/pt/hirsutismo
Fonte: http://www.belezafeminina.pro.br/saude/hirsutismo/
Alopécia
Fonte: https://naturalsolutionsmag.com/heading-off-hair-loss/
Hirsutismo e Acne
A enzima 5-α-redutase converte a testosterona em dihidrotestosterona, 
gerando manifestações cutâneas – acne, hirsutismo e alopecia.
andrógenos = SHBG = inflamação
O hiperandrogenismo pode ser minimizado pela redução da RI: perda de
peso, manejo dietético e uso de medicamentos.
Hirsutismo
Fonte: http://idealreflectionspa.com/index.php/laser-hair-removal
Afeta 5-10% das mulheres.
Mais de 80% das mulheres com hirsutismo 
apresentam SOP.
A sensibilidade dos folículos vellus aos 
androgênios fica aumentada, 
transformando-os em folículos terminais.
Isso acontece de forma irreversível.
FisiopatologiaHá uma desregulação no eixo hipotálamo-hipófise-ovários, resultando
numa secreção desordenada de LH (que ) e FSH (que ou não se
altera).
Esses hormônios são liberados pela hipófise e vão agir nas células
ovarianas:
▪ TECA – desenvolvimento folicular, ovulação e produção de androgênios
▪GRANULOSA – produção de estradiol e de progesterona
O que acontece na SOP?
Normalmente:
O hipotálamo libera LH e FSH por estímulo da hipófise. O LH age na
TECA, que produz testosterona a partir de colesterol. O FSH age na
granulosa, fazendo a aromatização da testosterona em estradiol.
Na SOP:
Há muita produção de LH, logo vai agir muito na TECA. Resultado:
testosterona
FSH pode reduzir, então a aromatização dessa testosterona fica 
prejudicada. Resultado:
testosterona livre na corrente sanguínea
O que acontece na SOP?
Esse aumento da testosterona livre pode estar associado ao aumento
do crescimento e desenvolvimento dos folículos ovarianos, resultando
na maior incidência de anovulação.
SHBG: Globulina ligadora de hormônios sexuais – elimina o 
excesso de androgênios.
Mas... Se houver muito LH, pouco FSH e pouca SHBG = + andrógenos
Excesso de peso = SHBG baixa = RI e piora da SOP
O que acontece na SOP?
Ou seja, se essa mulher perder peso (-5% já temos melhoras
significativas) a SHBG vai aumentar.
Dessa forma teremos um manejo da RI e com isso melhora da SOP.
O GERENCIAMENTO DO PESO É FUNDAMENTAL
Ser magra, no entanto, não é indicativo para não ter SOP.
Por que a SOP tem relação com RI?
A RI é uma sensibilidade tecidual reduzida à ação da insulina e que gera
diversas implicações metabólicas. Para haver a homeostase da glicose o
pâncreas irá secretar cada vez mais insulina – hiperinsulinemia.
Essa hiperinsulinemia interage com o LH nas células da TECA,
aumentando a produção de andrógenos. Logo há mais liberação desses
androgênios, levando a piora da SOP.
Estima-se que 50-90% das pacientes com SOP manifestam RI
BARBER, T. M. et al (2015). Polycystic ovary syndrome: insight into pathogenesis and a common association with insulin resistance. Clinical Medicine, 15(Suppl_6), s72–s76.
Como melhorar a SOP?
▪ Perda de peso (para SOB/OB)
▪ Terapia medicamentosa (ginecologista/endocrinologista)
▪MANEJO DIETÉTICO
Controle de carga e índice glicêmico – low carb/mediterrânea/fibras
Redução da RI e [insulina] durante o dia
Dieta anti-inflamatória
Manejo dietético
▪Maior aporte de fibras – farinha de casca de maracujá, farelo de
aveia, psyllium etc.
▪ Adequar o consumo proteico – maior saciedade e controle glicêmico.
▪ Redução de CHO refinados
▪ Inserção de oleaginosas, sementes de abóbora, sementes de girassol,
azeite de oliva extravirgem, abacate etc.
▪ Redução de carne vermelha
▪ Incentivo ao consumo de chás e compostos bioativos: chá-verde,
hortelã, canela, gengibre, cúrcuma etc.
Suplementação
Sempre fazer o link com os hábitos dessa paciente, sinais e sintomas,
exames. A suplementação é a cereja do bolo.
▪ Vitamina D
▪ Zinco
▪Magnésio
▪Ômega-3
▪ Coenzima Q10
▪Quercetina
▪Modulação intestinal
Vitamina D, Zinco e Quercetina
Mulheres obesas com SOP podem ter uma deficiência maior de
vitamina D. O tecido adiposo sequestra essa vitamina, reduzindo a sua
biodisponibilidade.
O zinco está envolvido na fertilidade, estresse oxidativo e inflamação.
Ajuda a melhorar características clínicas e bioquímicas dessas
mulheres. Atua no reparo tecidual, de feridas e atividade imunológica.
Pode prejudicar o metabolismo do ferro e induzir deficiência de cobre.
Quercetina ajuda na redução de radicais livres, tem efeitos + na RI.
Magnésio, Coenzima Q10 e Ômega-3
O Mg regula a contração muscular, PA, controle de glicemia,
desenvolvimento ósseo, necessário para a secreção da insulina etc.
CoQ10 desempenha papel antioxidante na eliminação dos radicais
livres. Como mulheres com SOP tem uma alteração no metabolismo
lipídico a CoQ10, por ser lipossolúvel pode ser um potencial
terapêutico.
W3 tem perfil anti-inflamatório, papel na sensibilidade à insulina,
benéfico para fatores cardiometabólicos etc.
Modulação intestinal
A disbiose intestinal tem sido associada à doenças CV, DM, obesidade
etc.
A dieta ocidental, CHO refinado, excesso de gordura saturada e sódio,
estilo de vida desregrado, excesso de álcool etc. prejudicam muito a
microbiota intestinal.
Com isso há um desbalanço entre bactérias gram- e gram+. As gram-
aumentam (são as patogênicas) e as gram+ diminuem.
Permeabilidade intestinal = inflamação de baixo grau = RI
Endometriose
Fonte: http://las-hormonas.blogspot.com/2012/11/el-ciclo-que-mantiene-nuestra-especie.html
Fisiopatologia
O endométrio é o local específico para a implantação do embrião após a
sua fecundação.
A endometriose é a principal causa da infertilidade feminina.
Todos os meses o endométrio cresce e a menstruação nada mais é do
que a descamação desse endométrio (visto que não houve uma
fecundação).
O que acontece na endometriose é o crescimento de tecido endometrial
(que deveria ser apenas no útero) em diferentes localidades do aparelho
reprodutor feminino.
Isso gera um processo inflamatório e uma resposta imunológica, gerando
muita dor.
Fonte: http://las-hormonas.blogspot.com/2012/11/el-ciclo-que-mantiene-nuestra-especie.html
Fonte: http://www.hcfmb.unesp.br/endometriose/
Por que acontece?
Fatores genéticos Redução da expressão da ação da progesterona
Alteração do 
metabolismo do 
estrogênio
Ação de receptores β
estrogênicos
Produção de 
estrogênio
Expressão da 
aromatase
Por que acontece?
Fatores ambientais:
O estrogênio e as 
substâncias 
inflamatórias são os 
principais 
agravantes da 
endometriose
▪ Exposição a xenoestrógenos
▪ Estilo de vida
▪ Alimentação
▪ Sedentarismo
▪ Sono ruim
▪ Álcool
▪ Estresse
Xenoestrógenos
Existem substâncias presentes em nosso dia a dia que agem como
estrógenos, sendo capazes de agir nos receptores de estrogênio,
imitando a sua função.
Essas substâncias são chamadas xenoestrógenos, que são
disruptores endócrinos: ftalatos, parabenos, pesticidas, agrotóxicos,
BPA...
Precisamos orientar nossas pacientes sobre essa exposição!
Tratamento
▪ Analgésicos para dor e cólicas intensas
▪Hormonal – o estrogênio é o principal hormônio proliferador desse 
tecido endometrial fora do útero
▪ Cirúrgico
▪ Estilo de vida – redução do peso, melhorar a qualidade da dieta, 
diminuir o estresse, melhorar o sono...
▪ Redução da exposição a disruptores endócrinos
Conduta nutricional
→ Modular o processo inflamatório reduzindo os fatores pró 
inflamatórios:
▪ Reduzir carne vermelha (1-2x na semana)
▪ Ajustar as kcal e a proporção CHO/PTN/LIP da dieta
▪Modular carga glicêmica das refeições
▪Modular a microbiota intestinal
▪Modular o estresse oxidativo
▪ Adicionar alimentos antioxidantes e anti-inflamatórios
▪ Adicionar polifenóis, W3, curcumina, resveratrol, vitaminas A, C, D e E
Conduta nutricional na prática
Adicionar fibras como aveia, chia, linhaça e psyllium na dieta dessa
paciente.
Priorizar alimentos ricos em compostos bioativos e com potencial
antioxidante: cacau em pó, gengibre, cúrcuma, açaí, jabuticaba, chá
verde, nozes e outras oleaginosas, azeite de oliva extravirgem,
especiarias...
Modular a microbiota com prebióticos: cebola, alho poró, alcachofra,
biomassa de banana verde...
O mais importante é entender que a base é a alimentação.
Climatério e Menopausa
Climatério
É o período de transição até a menopausa. Começa a partir dos 40 anos
e pode chegar até os 65 anos. Pode durar de 1 a 5 anos.
Estrogênio e Progesterona
Fluxo e constância menstrual começam a ficar alterados. A
menstruação fica mais intensa e em um período maior de dias (é o
primeiro sintoma a aparecer).
Climatério
Fator psicológico:
A sociedade pressiona a mulher por estar ficando “velha”.
Isso pode levar a quadros depressivos, baixa autoestima, insatisfação
corporal, baixa libido, insegurança etc., podendo prejudicar muito a
vida social dessa mulher.
Lidando mal com oenvelhecimento e menopausa, o cortisol
com isso, aumenta o estresse, mau humor e insônia.
Sinais e Sintomas
▪ Dor no ato sexual – ressecamento vaginal
▪Ondas de calor
▪ Dor de cabeça
▪ Incontinência urinária
▪ Irritabilidade
▪Mudança da textura da pele
▪Unhas e cabelos quebradiços
▪ Redução da matriz óssea
▪ Perda de massa muscular
Sinais e Sintomas
O risco de adquirir doença cardiovascular - (baixa de estrogênio)
Resistência à insulina (RI) - (perda de massa muscular)
Acúmulo de tecido gorduroso:
estrogênio de produção ovariana (estradiol)
estrogênio de produção pelo tecido adiposo (estrona)
Pré-menopausa
Aos 35-48 anos começa a acontecer a redução de estrogênio e
progesterona e com isso alterações no corpo feminino ficam mais
perceptíveis (autoconhecimento aqui é fundamental).
A mulher deve se conhecer, saber as alterações que acontecem no seu
corpo para assim conseguir manejá-las da melhor forma possível.
A queda da fertilidade é a característica mais marcante desse período.
Menopausa
É caracterizada por 1 ano sem menstruação.
No Brasil a faixa etária que acontece é entre 41-52 anos. No mundo
essa faixa varia entre 45-55 anos.
5% das mulheres estão acima dessas faixas e 5% estão abaixo.
Os sinais e sintomas são os mesmos do climatério.
Pós-menopausa
Aqui marca a entrada da mulher na velhice. 
A lubrificação da mucosa vaginal fica comprometida:
infecções
cistite
candidíase
incontinência urinária
desconforto e dor no ato sexual
Menopausa precoce
Algumas mulheres, por algum motivo de saúde precisam fazer a
retirada dos ovários, útero ou histerectomia total, entrando na
menopausa muito rapidamente.
Há uma queda acentuada do volume hormonal por conta de doença ou
CA.
Osteopenia e Osteoporose
Com a diminuição do estrogênio a absorção e a reabsorção de cálcio
reduz também.
Atenção especial para esse mineral nessa população
A suplementação deve ser fracionada e longe de fontes de ferro.
Evitar refrigerantes carbonatados e com benzoato de fósforo (quando o
P entra na corrente sanguínea, para haver equilíbrio, favorece a saída
de cálcio da matriz óssea).
Alimentação + Atividade Física
Prevenção da sarcopenia = aporte proteico adequado + AF de força
perda muscular = TMB = dificuldade em perder peso
Nutrição e atividade física = saúde e qualidade de vida
Alimentação para essa fase
Atentar-se para osteoporose, sobrepeso e obesidade.
Fatores de risco para DCV, HAS, DM e dislipidemia
▪ Controle de peso, CHO com baixo IG, modulação da CG, redução de
gordura saturada, industrializados, açúcar e sódio.
▪Melhorar aporte proteico, fibras, gorduras boas, compostos
bioativos...
Alimentação para essa fase
▪ Evitar cafeína e bebida alcoólica – pioram circulação, ondas de calor e 
excreção de cálcio
▪ Carne vermelha 1-2x por semana (cortes mais magros)
▪ Suplementação de W3
▪ Cuidar do intestino
▪Uso de fitoestrógenos como a soja e a linhaça marrom
Cuidado com a soja brasileira – transgênica
A abordagem no tratamento deve ser para evitar DCNT
Autoconhecimento e Autocuidado
Tabus?
A mulher precisa se conhecer, conhecer o processo que vai
acontecer/está acontecendo com o corpo dela para saber como se
cuidar.
O tratamento deve ser para a prevenção de doenças e qualidade de
vida da paciente.
Devemos estimular a alimentação saudável e a prática de atividade
física.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas . Manual de atenção a mulher no climatério e menopausa. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. 192p.
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/pesquisa/simples/BRASIL.%20Minist%C3%A9rio%20da%20Sa%C3%BAde.%20Secretaria%20de%20Aten%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0%20Sa%C3%BAde.%20Departamento%20de%20A%C3%A7%C3%B5es%20Program%C3%A1ticas%20Estrat%C3%A9gicas/1010
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/pesquisa/simples/Manual%20de%20aten%C3%A7%C3%A3o%20a%20mulher%20no%20climat%C3%A9rio%20e%20menopausa/1030
Obrigada!
REFERÊNCIAS
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Analysis of Current Literature. Journal of the American College of Nutrition, 1-9. doi: 10.1080/07315724.2019.1566036
BARBER T. M. et al (2016). Polycystic ovary syndrome: insight into pathogenesis and a common association with insulin
resistance. Clínical Medicine, [s.l.], v.15, n.6, p.72-76, 1 dez. 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas . Manual
de atenção a mulher no climatério e menopausa. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. 192p
DRAPER C. F. et al. Menstrual cycle rhythmicity: metabolic patterns in healthy women. Sci Rep. 2018 Oct 1;8(1):14568. doi:
10.1038/s41598-018-32647-0.
DUNCAN, W. C. (2014). A guide to understanding polycystic ovary syndrome (PCOS). Journal of Family Planning and
Reproductive Health Care, 40(3), 217–225. doi:10.1136/jfprhc-2012-100505
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13, 2004 . https://doi.org/10.1590/S0104-42302004000100021.
MARCONDES, J. A. M. et al. Dificuldades e armadilhas no diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos. Arq Bras
Endocrinol Metab. 2011;55(1):6-15
PARAZZINI, Fabio et al. Diet and endometriosis risk: a literature review. Reproductive Biomedicine Online, v.26, n.4, p. 323-
336, 2013.
SHOBEIRI F, et al. Effect of calcium on premenstrual syndrome: a double-blind randomized clinical trial. Obstet Gynecol Sci.
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(2004) Jan;81(1):19-25. doi: 10.1016/j.fertnstert.2003.10.004
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/pesquisa/simples/BRASIL.%20Minist%C3%A9rio%20da%20Sa%C3%BAde.%20Secretaria%20de%20Aten%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0%20Sa%C3%BAde.%20Departamento%20de%20A%C3%A7%C3%B5es%20Program%C3%A1ticas%20Estrat%C3%A9gicas/1010
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/pesquisa/simples/Manual%20de%20aten%C3%A7%C3%A3o%20a%20mulher%20no%20climat%C3%A9rio%20e%20menopausa/1030
https://doi.org/10.1590/S0104-42302004000100021

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