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resumo - Úlceras Genitais

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ULCERAS GENITAIS!
texto Infecções sexualmente transmissíveis (IST) 
T E R M I N O L O G I A 
Doenças Venéreas → DST → IST 
ISTS que causam ulceras genitais —————— 
• Cancro duro (sífilis) - primária • Cancro mole 
• Linfogranuloma venéreo 
• Donovanose 
• Herpes simples 
 S Í F I L I S 
Doença infecciosa sistêmica, de evolução crônica, 
sujeita a surtos de agudização e períodos de latência. 
Treponema pallidum - espiroqueta (bactéria) 
Aumenta a chance de outras ISTS; 
Incidência vem aumentando desde 2000; 
Transmissão: sexual, contato direto (fomites); parenteral 
(raro); vertical (maior no intra útero); 
Forma adquirida recente: primaria, secundaria e latente 
recente; 
Forma adquirida tardia: latente tardia, terciária; > 1 ano 
de evolução; 
Forma congênita; 
 
Cancro Duro: Lesão Primária da Sífilis ——— 
 - PI= 10 a 90 dias (média de 3 semanas) 
 -  Sífilis primária 
 -  Lesões de inoculação em outras áreas que 
não a genital 
 -  Adenopatia regional não supurativa, móvel, 
indolor e múltipla 
 -  No homem: glande e sulco bálano-prepucial 
 -  Na mulher: pequenos lábios, paredes vaginais 
e colo uterino 
 -  Evolução: inoculação → 10 a 90 dias → 
cancro duro (ulcera de borda dura) 
 
 -  Lesão rosada ou ulcerada - geralmente única; 
pouco dolorosa / indolor - base endurecida; fundo liso, 
brilhante; secreção serosa escassa. 
 -  Tratamento: após 1 a 2 semanas 
 -  Espontânea: 1 a 6 semanas (cicatrizar) 
 -  Diagnostico laboratorial: Pesquisa do 
treponema em microscopia direta de Campo Escuro; 
Sorologias - Testes treponêmicos - Testes não- 
treponêmicos. 
Sífilis Secundária: Treponema ——————— 
 -  Lesões cutâneo-mucosas, não ulceradas, 
após 6 a 8 semanas do aparecimento da sífilis 
primária (cancro duro); 
 -  Treponema caindo na circulação sanguínea; 
 -  Micropoliadenopatia generalizada; 
 -  Mais raramente, hepático e ocular, como 
uveíte; 
 -  Artralgias, febrícula, cefaléia e adinamia; 
 -  A sífilis secundária é uma treponema; 
 -  Roséola sifilítica; 
 -  Lesões palmoplantares; 
 -  Alopecia em clareira; 
 -  Sifilides papulosa; 
 -  Lesões mucosas; 
 -  Condiloma plano; 
 -  Diagnostico diferencial: farmacodermias; 
doencas exantematicas não vesiculosas; hanseniase; 
virchowiana; colagenoses. 
 -  Inoculação → 10 a 90 dias → cancro duro 
 -  Espontânea: 1 a 6 semanas 
 -  LUES secundaria: 6 a 8 semanas 
 -  Diagnostico laboratorial: Pesquisa do 
treponema em microscopia direta de Campo Escuro; 
Sorologias 
 -Testes treponêmicos 
 - Testes não- treponêmicos; 
 -  Sifilis adquirida recente: cancro duro, 
manifestações secundaria e sem manifestação cutenea; 
<1 ano de evolução; 
 -  Sífilis adquirida tardia: sem manifestação 
cutânea; manifestações terciárias; > 1 ano de evolução; 
Sífilis Terciária ———————————— 
 -  Sinais e sintomas geralmente após 3 a 12 
anos de infecção; 
 -  Lesões cutâneo mucosas (tubérculos ou 
gomas) 
 -  Neurológicas (tabes dorsalis, demência) 
 -  Cardiovasculares (aneurisma aórtico0 
 -  Articulares (artropatia de Charcot e 
artropatia de Clutton) 
 -  Solicitar LCR em: manifestação neurológica, 
resposta inadequada, LUES cogenita, LUES terciário e 
HIV positivo. 
 -  Celularidade (menor que 4 cels/mm3); 
Proteínas 15-45 mg/dL (depende do local da punção); 
Glicose 60-70% da glicemia; VDRL; FTAabs 
ultrapassa a BHE. 
 -  Tratamento sifilis adquirida recente: penicilina 
g benzatina 2.4 milhões ui im em dose única (1,2 
milhão u.i. em cada glúteo) (total de 2,4 milhões u.i.); 
 -  Tratamento sífilis adquirida tardia: penicilina 
g benzatina 2.4 milhões ui im, semanal, por 3 
semanas; (1,2 milhão u.i. em cada glúteo) (total de 7,2 
milhões u.i.). 
 -  Tratamento neurosífilis: penicilina cristalina; 
3-4 milhões ui ev 4/4h por 10-14 dias. 
 -  Tratamento sífilis congênita: penicilina 
cristalina 100.000 ui/ kg/dia; ev em 2 ou 3 vezes 
por 10 dias. 
 -  Testes não-treponêmicos: VDRL (Venereal 
Disease Research Laboratory); RPR (Rapid Plasm 
Reagin); qualitativos e quantitativos; diagnóstico e 
seguimento pós-terapêutico reativo a partir da 2a 
semana após o cancro duro está mais elevado na fase 
secundária da doença; redução dos títulos a partir do 
primeiro ano. Solicitar em casos suspeita de sifilis, 
presença de qualquer outra DST, rotina pré natal. 
 -  Anticorpo anti- cardiolipina: mononucleose 
infecciosa, lúpus eritematoso sistêmico, hepatite A, 
hanseníase, malária, brucelose, asma, doença pulmonar 
obstrutuva crônica, tuberculose, neoplasias, diabetes, 
doença auto- imunes, gravidez, etc. 
— CUIDADO COM FALSO-POSITIVO; VDRL; — 
 -  Efeito Prozona: Excesso de anticorpos (em 
relação à quantidade de Ag oferecida no teste) na 
amostra induzem um resultado falso- negativo. 
 -  Testes treponemicos: FTAabs; TPHA, 
ELISA; CUIIDADO COM FALSO-POSITIVO; 
 C A N C R O M O L E 
Haemophilus ducreyi 
Transmissão exclusivamente sexual 
Regiões tropicais 
Mais frequente no sexo masculino 1:10 
PI 3-5 dias: lesões múltiplas (pode ser única); 
dolorosas (pode ser indolor); fundo exsudato necrótico 
(pode ter fundo limpo); auto inoculação em homem: 
frenologias e sulco balanço prepucial; em mulheres: 
pequenos e grandes lábios; bubão bacilo nos LFN 
inguinal crurais quase que exclusivo no sexo masculino 
fistulização; 
Diagnósticos diferenciais ————————— 
Cancro duro; Cancro misto de Rollet; Herpes simples; 
Linfogranuloma venéreo; Donovanose; Erosões 
traumáticas infectadas; 
Diagnostico laboratorial ————————— 
Exame Direto secreção bacilos gram - intracelulares; 
Cultura método difícil porém sensível; Biópsia 
diagnóstico presuntivo; 
Tratamento —————————————— 
Azitromicina 1g VO DU; Ceftriaxona 250mg IM DU; 
Tianfenicol 500mg VO DU; Ciprofluoxacina 500mg 
12/12h por 3 dias; Doxiciclina 100mg VO 12/12h 10 
dias; Tetraciclina 500mg 6/6h por 15 dias; Bactrim 
12/12h por 10 dias; Eritromicina 500mg 6/6h por 7 
dias. Contraindicado drenagem dos linfonodos; 
seguimento até remissão clínica das lesões (involução 
espontânea em 3m, com tto em 10d); tratamento do(a) 
parceiro(a); portadores assintomáticos (principalmente 
mulheres); abstinência sexual até remissão clínica das 
lesões; pesquisa de ISTs no momento e após 3 meses 
(principalmente LUES). 
L I N F O G R A N U L O M A V E N É R E O 
Chlamydia trachomatis 
RARO; Transmissão exclusivamente sexual; endêmico 
em algumas 
áreas da África, na Ásia e na América do Sul e Bacia 
Caribenha; 
PI=3-30 dias; 3 fases: inoculação, disseminação 
linfática e regional sequelas; 
Inoculação —————————————— 
pápula, pústula ou exulceração indolor, desaparece sem 
deixar sequela (geralmente não notada); 
Fase de disseminação linfática regional ——— 
No homem, a linfadenopatia inguinal desenvolve- se 
entre 1 a 6 semanas após a lesão inicial, unilateral (em 
70% dos casos), e constituindo-se no principal motivo 
da consulta. Na mulher, a localização da adenopatia 
depende do local da lesão de inoculação: na genitália 
externa -> linf. inguinais superficiais; terço inferior da 
vagina -> linfonodos pélvicos; terço médio da vagina -> 
linf. entre o reto e a A. ilíaca terço superior da vagina e 
colo uterino -> linf. ilíacos. Sintomas gerais: febre, mal- 
estar, anorexia, emagrecimento, artralgia, sudorese 
noturna e meningismo, eritema nodoso, 
fotossensibilidade; – evolui com supuração e 
fistulização por orifícios múltiplos, que correspondem a 
linfonodos individualizados, parcialmente fundidos em 
uma grande massa; 
Fase de sequelas ———————————— 
Ocorrem mais frequente quando há acometimento do 
reto. A obstrução linfática crônica leva à elefantíase 
genital. Podem ocorrer fístulas retais, vaginais, vesicais 
e estenose retal. 
Diagnóstico Clínico ——————————— 
adenite inguinal +; elefantíase genital, estenose uretral/
retal;Diagnostico sorológico —————————
Sorológico - Fixação de complemento (>1:64) 
Imunofluorescência (IgG e IgM); PCR; 
Cultura: baixa sensibilidade; 
Biópsia: inespecifica; 
Tratamento —————————————— 
 Doxiciclina 100mg VO 12/12h 21 dias Bactrim 
12/12h por 21 dias; Eritromicina 500mg 6/6h por 21 
dias Tianfenicol 500mg VO 8/8h por 14 dias; 
antibioticoterapia melhora os sintomas agudos 
linfoadenopatia inguinal demora para regredir sequelas 
não melhoram com atb tratamento até cura sorológica; 
retratar se não houver cura em 3 semanas; bubão 
pode ser aspirado para conforto mas não incisado 
cirurgicamente. Pesquisar outras ISTS’s. 
 
D O N O V A N O S E 
Klebsiella granulomatis 
Transmissão preferencialmente sexual 
Baixa contagiosidade 
Tropical e subtropical 
PI = 1 - 6 MESES: úlcera de borda plana ou 
hipertrófica bem delimitada; fundo granuloso; aspecto 
vermelho vivo e sangramento fácil; lesões vegetantes 
ou úcero-vegetantes; predileção pelas dobras; ausência 
de adenite; forma elefantiásica quando houver 
obstrução linfática 
Diagnósticos diferenciais ————————— 
Cancro duro; Cancróide; Tuberculose cutânea; 
Neoplasias; Leishmaniose; Doenças granulomatosas 
Diagnostico laboratorial —————————-
biópsia; corpúsculos de Donovan; colorações de Wright, 
Giemsa ou Leishman 
Tratamento —————————————— 
Doxiciclina 100mg VO 12/12h min 21 dias; 
Ciprofluoxacina 500mg 12/12h até cura; Bactrim 
12/12h por min 21 dias Eritromicina 500mg 6/6h 
por min 21 dias Tianfenicol 500mg por min 14 dias; 
resposta avaliada clinicamente o critério de cura é o 
desaparecimento das lesões; sequelas podem exigir 
correções cirúrgicas; pesquisar outras ISTs; não é 
necessário tratar parceiro (baixa infectividade). 
H E R P E S S I M P L E S 
• Família Herpetoviridae 
• Gênero Herpesvirus 
• Subgrupo Alphaherpervirineae 
Uma característica desta família é: DNA do vírus invade 
a célula, replica dentro do núcleo e pode permanecer 
em latência por longo período com capacidade de 
reativação. 
• HSV-1 (Herpes simples oral) 
• HSV-2 (Herpes simples genital) 
• VZV (varicela zoster) 
• EBV (Epstein Bar) 
• CMV (Citomegalovirus) 
• HVH-6 (exantema súbito) 
• HVH-7 (herpesvirus hominis tipo 7) • HVH-8 
(sarcoma de Kaposi) 
 -  Entre as infecções virais crônicas mais 
comuns 
 -  Principal causa de úlcera genital 
 -  HSV-1 é causa de 15% das infecções 
herpéticas genitais 
 -  HSV-2 geralmente é genital 
 -  O homem é o único reservatório natural!!! 
Transmissão ————————————— 
contato direto ou com secreções (SEXUAL ou não) 
Principais fatores de risco ———————— 
idade avançada; início precoce de atividades sexuais; 
promiscuidade sexual; história de outra DST; baixo nível 
socio-educacional. 
Infecção ——————————————— 
Contato → Infecção → PI 7 - 14 DIAS → Doença 
Infecção primária pode ser subclínica (~80%) Quando 
sintomática, é mais severa que as recidivas; Boca, 
genital, pele sã (panarício herpético). 
Complicações ————————————— 
meningite asséptica, radiculomielite, neuralgias, 
recorrências; 
Principais fatores desencadeantes de recorrências: 
trauma, infecções, pos-operatório, estresse, exposição 
solar excessiva, menstruação, uso de CE e drogas 
imunossupressoras. 
Recorrências ————————————— 
- Pode ser clínica ou sub-clínica 
- Acontece mais frequentemente no HSV-2 (70%) 
- ~ 2x entre o 1o e 5o ano após a infecção primária - 
Regressão de 5 a 10 
HIV pacientes com herpes: 
• Maior liberação do virus; 
• Mais reativações; 
• Co-infecção acelera a replicação do HIV; • QC mais 
exuberante 
 Herpes Neonatal: 
 -  Herpes congênito é muito raro!! 
 -  transmissão ao RN no parto (95%) ou no 
pós-parto (5%) 
 -  Acometimento de pele e mucosas (50%), 
SNC (33%), generalizado (17%) 
 -  em 50% é grave/fatal 
 -  seqüelas neurológicas ou oculares 
Erupção Variceliforme de Kaposi: 
 Disseminação do vírus em indivíduos com 
dermatoses pré existentes: 
 • DA 
 • Dermatite de contato 
 • Moléstia de Darier 
 • Pênfigos 
 • Micose Fungóide 
 • Sd. De Sézary 
Diagnostico —————————————— 
 Clinico; citológico (Tzank) células gigantes 
multinucleadas e corpos de inclusão; cultura baixa 
sensibilidade; PCR; Sorologia, ELISA, TSST, Biopsica 
 degeneração reticular balonizante, acantólise, 
vesícula intra epidérmica e celulas multinucleadas; ME 
efeito citopatico viral; 
Tratamento —————————————— 
2 categorias de drogas: 
Glicosídeos: Pré drogas que requerem fosforilação pela 
timidinaquinase (TK) do vírus Impedem a replicação 
viral Ex: aciclovir, ganciclovir, penciclovir, fanciclovir, 
adenina arabinosídeo 
Inibidores diretos da HSV-DNA polimerase: Foscarnet 
 Primeiro episódio: 
Aciclovir 200 5xd por 10 dias 
Valaciclovir 1g 2xd 10 dias 
Famciclovir 250mg 3xd 10 dias 
 Episódios recorrentes: 
Aciclovir 200 5xd por 5 dias (10 dias se 
imunocomprometido) 
Valaciclovir 500mg 2xd 3 dias (1g 10 dias se 
imunocomprometido) Famciclovir 150mg 2xd 5 dias 
(500mg 10 dias se imunocompr.) 
 Terapia supressiva: 
Aciclovir 400mg 2xd (3xd se imunocomprometido) 
Valaciclovir 1g 1xd 
Famciclovir 250 mg 2xd (500mg se 
imunocomprometido)

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