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ALGUMAS CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DOS SUÍNOS: Nº de tetas: - De 4 a 9 pares. Uma boa matriz deve ter de 6 a 7 pares de tetas funcionais. Temperatura corporal retal: - Média de 38,7°C (adultos) e 39,8°C (leitões). - Os animais jovens sempre apresentam temperatura corporal mais elevada em razão da sua elevada relação superfície/massa. A temperatura retal média dos recém-nascidos é de 40,5ºC Frequência respiratória e Pulsação (Ambiente térmico favorável) - FR: entre 20 a 30 mpm - Pulsação: entre 60 a 120 bpm Pele: - Possuem pele espessa, com camada de gordura subcutânea que aumenta com a idade. - Mesmo animais melhorados geneticamente possuem essa deposição de - tecido adiposo no local Olfato e Paladar: - São bem desenvolvidos - Pouca capacidade nasal sendo propenso à asfixia em razão de suadificuldade respiratória nasal - Não devem ser manuseados em condições de calor - Dificuldade de termólise: possuem glândulas sudoríparas afuncionais e utilizam a ofegação para dissipar o calor corpóreo extra. Gestação: - Duração média: 114 ± 3 dias (3 meses / 3 semanas / 3 dias) - Ciclo estral: se repete a cada 21 dias Aula 3 de Suinocultura 01-03-2021 Processo de crescimento: - Durante a vida o suíno elabora diferentes tipos de tecidos (ósseo, muscular e adiposo) que não ocorrem de forma homogênea - Do nascimento aos 7 meses de vida, aumenta cerca de: ● 75 vezes o seu peso vivo ● 100 vezes o tecido ósseo ● 81 vezes o tecido muscular ● 676 vezes o tecido adiposo Principais fatores que influem no crescimento: Raça e linhagem; nutrição, manejo, instalações e clima OBS: O índice real de crescimento será o resultado da interação desses fatores ÍNDICE DE DESFRUTE NO BRASIL: - O Brasil apresenta baixo índice de desfrute, mas vem melhorando a cada ano - Em países como: Dinamarca, Holanda, Inglaterra, Bélgica e Estados Unidos, a taxa de desfrute chega a 140%. Exemplo: - Em 31 de dezembro de 2016, o rebanho efetivo era de 1.000 animais - Em 31 de dezembro de 2017, o rebanho efetivo era de 1.050 animais - Animais abatidos no período (2016 – 2017): 1.100 Resposta: Taxa de crescimento = 1.050 – 1.000 x 100 = 5% 1.000 Taxa de abate = 1.100 x 100 = 104,8% 1.050 Índice de desfrute = 5 + 104,8 = 109,8% CAUSAS PARA O BAIXO ÍNDICE DE DESFRUTE NA SUINOCULTURA BRASILEIRA: - Criações extensivas - Abate clandestino - Comercialização individual - Deficiência da contabilidade da suinocultura - Baixa prolificidade e produtividade das matrizes - Manejo reprodutivo, alimentar e sanitário deficientes - Instalações inadequadas. ASPECTOS LIGADOS À PRODUTIVIDADE DOS SUÍNOS: - Para que a suinocultura moderna sobreviva é necessário que se garanta a boa produtividade dos animais e a menor mortalidade possível, com baixo custo em todas as fases do ciclo de produção. - Para tanto, a escrituração zootécnica deve ser rigorosa, pois com ela podem ser determinados e corrigidos os pontos fracos. ALGUNS ENTRAVES DA PRODUÇÃO MODERNA DE SUÍNOS: DIAS NÃO PRODUTIVOS – DNP: - Os DNP podem ser definidos como os dias em que as fêmeas não estão gestando nem lactando, portanto, improdutivas no plantel. - As fêmeas estarão ingerindo ração, ocupando espaço produtivo, utilizando mão de obra e instalações sem, no entanto, estarem dando retorno econômico. - Os DNP devem ser rigorosamente controlados para garantir maior lucro. ESTABELECIMENTO DE ALVOS DE PRODUTIVIDADE - Importante para monitorar o Sistema de Produção de Suínos (SPS) e diagnosticar os problemas. - Aspectos a serem monitorados: desempenho histórico do rebanho e expectativa de futura produtividade. - O objetivo é refletir o potencial de produtividade do rebanho. Para tanto, devem ser estabelecidos em níveis superiores ao desempenho atual do rebanho e devem ser revisados e discutidos quando ocorrerem mudanças importantes. COMO DETERMINAR ALGUNS ÍNDICES DE PRODUTIVIDADE: CONCEITOS IMPORTANTES: Conceitos importantes para o entendimento de termos comumente utilizados no estudo dos suínos: - Multíparas: várias crias por parto - Marrãs: fêmeas pré e pós-púberes selecionadas para a cobrição, ainda não gestantes - Núliparas: fêmeas gestantes antes do primeiro parto - Porcas: fêmeas que pariram - Primíparas: fêmeas após o primeiro parto - Secundíparas: tercíparas e pluríparas: ordem de parição - Matrizes: reprodutoras em qualquer estágio ou em descarte - Varrão, Cachaço: reprodutor macho jovem (180 a 365 dias) ou adulto (+ de 1 ano) - Leitegada: conjunto de leitões de uma matriz FASES DA CRIAÇÃO DE SUÍNOS: Fases da criação de um sistema intensivo de produção de suínos: OBJETIVOS DAS FASES DA CRIAÇÃO DE SUÍNOS: Fase de amamentação (maternidade): - Nesta fase é importante fornecer aquecimento para os leitões - Fornecer um macroambiente mais ameno e adequado para a mãe produzir leite (colostro) e garantir que os leitões recebam as imunoglobulinas para o seu bom desenvolvimento inicial - É imprescindível que os leitões mamem o mais rápido possível logo após o nascimento. Fase de crescimento: - Nesta fase tem que atentar para a composição do ganho de peso dos animais - É a fase em que ocorre a maior deposição de proteína em relação à deposição de gordura na carcaça. Fase de terminação: - Na fase de terminação o GP é acentuado e a ingestão de alimentos é elevada - A composição do GP se altera em relação a Fase de Crescimento: maior deposição de gordura em relação à deposição de proteína na carcaça. Fase de pós-terminação: - É a fase mais recente no sistema de produção de suínos. - Os animais devem ser de genéticas melhoradas para responderem bem a essa fase. - Proporciona maior crescimento e rendimento corporal dos animais, possibilitando aumentar o número de cortes na carcaça. - Foi criada para atender à demanda por um produto suíno diferenciado no mercado. Objetivos das fases da criação de suínos: ● Fase de Reprodução: - Nesta fase o objetivo é aumentar o número de nascidos viáveis e garantir o maior número de terminados por porca por ano. SISTEMAS DE CRIAÇÃO: - No Brasil, a criação de suínos varia de acordo com as características históricas, culturais e socioambientais das regiões e de acordo com o capital disponível do produtor Os sistemas de criação de suínos podem ser classificados em: ● Sistema extensivo - Os suínos são criados à solta, sem instalações e idades, sexo, raças diferentes - Esse sistema necessita de grandes áreas ● Sistema intensivo confinado (siscon – convencional) - Nesse sistema, todos os suínos estão sobre piso e cobertura - É realizado todo o controle zootécnico e econômico da atividade - Cada fase de criação é desenvolvida em uma ou várias instalações - Baixo risco de transmissão de doenças e facilita a operação de limpeza, desinfecção e vazio sanitário. ● Sistema intensivo misto ou semiconfinado - Controle zootécnico e econômico semelhante ao sistema confinado - Utilização de piquetes para os machos reprodutores e porcas em gestação - As demais fases de criação, como lactação e leitões do nascimento ao abate, são mantidas em confinamento - Menor problema de casco e maior bem-estar para os reprodutores - Maior disponibilidade de área para sua implantação ● Sistema intensivo de suínos criados ao ar livre (siscal –Sistema alternativo) ● Sistema intensivo de produção de suínos em cama Sobreposta (sistema alternativo). MANEJO DE LEITÕES DO NASCIMENTO AO ABATE: Manejo de leitões (fase de aleitamento): - Fase de vidas dos suínos considerada CRÍTICA: podem ocorrer perdas significativas de leitões, principalmente, na 1ª semana de vida. - Principais causas de perdas de leitões são: • MáAlimentação • Manejo inadequado • Cuidados higiênicos-sanitários • Instalações sujas • Equipamentos desregulados. PREPARO DA MATERNIDADE: - O ambiente da maternidade deve ser limpo, seco e calmo - Vazio sanitário: mínimo de 5 dias - Transferência da porca gestante: aproximadamente, 7 dias antes do parto - Verificar o funcionamento dos equipamentos: bebedouro, comedouro, escamoteador. - Temperatura: em torno de 16 a 22°C. Manejo de cortina. A oscilação térmica pode favorecer o aumento na duração do parto e na taxa de natimortos. - Fornecimento de água: uma porca em lactação consome entre 20 a 30 l por dia. É importante que o bebedouro libere, pelo menos, 2 litros/minuto. Momento do parto: É importante manter a maternidade isenta de umidade, frio e calor excessivos. - O parto é uma das etapas mais CRÍTICAS no processo global da produção de suínos, tanto em relação ao bem-estar da porca como dos leitões. - Sempre que possível, o parto deverá ser assistido pelo tratador e só fazer intervenção quando necessário Cuidados com os leitões recém-nascidos: - Enxugar os leitões recém-nascidos: • Para evitar perda de calor • Uso de pós-secantes: diminui a perda de calor e desidratação dos leitões Orientar e auxiliar na primeira mamada: - Para que os leitões possam ingerir o colostro nas primeiras 24h de vida. - Quando a mãe não puder fornecer o colostro, transferir a leitegada para outras porcas recém-paridas. - Em caso de emergência: fornecer colostro artificial - Produção de leite da porca: 6 a 10 litros/dia. - Fatores que afetam a produção de leite: • Temperatura ambiente • Número de leitões lactentes • Gordura corporal da porca no início da lactação • Quantidade de ração fornecida Corte e desinfecção do cordão umbilical: - Procedimento indispensável. Fornecimento de calor aos leitões: - As leitões apresentam um sistema termorregulador fisiologicamente imaturo - Ao nascimento, o ambiente externo é mais frio que o útero - Os leitões para manter sua temperatura corporal, consomem as poucas reservas de glicogênio do fígado - O colostro é importante não só do ponto de vista imunológico, mas também para manutenção das reservas corporais devido ao seu alto teor de energia. - Após a 1ª mamada, os leitões devem ser colocados sob fonte de calor (escamoteador). Fornecimento de calor aos leitões: - Atitude assumida por um leitã em um ambiente confortável e em um ambiente frio e úmido. - Como os leitões reagem em relação à altura da fonte de calor. - Comportamento da leitegada em relação ao microambiente que é fornecido no escamoteador. Exemplo de receita: 1 ovo batido em 300 ml de água, adicionar uma colher de chá de óleo vegetal e 600 ml de leite integral, na temperatura da porca Os neonatos necessitam de aquecimento, pois: - Apresentam baixa eficiência de termorregulação - São dotados de baixo teor de gordura subcutânea - Seus pelos são muito esparsos - Possuem grande superfície corporal por unidade de peso Corte dos dentes e do terço final da cauda: - Dentes: corte ou desgaste bem rente a gengiva – não deixar pontas nos dentes. - Cauda: evitar vícios e o canibalismo. Utilizar bisturi, alicate ou cauterizador. Uniformização e redistribuição de leitões: - Transferir leitões de uma porca para outra, visando a uniformização - Deve ser feita dentro das primeiras 24 horas após o parto - Benefícios: • Diminui a competição entre leitões de uma mesma leitegada • Melhora o desempenho dos leitões ao desmame • Diminui a mortalidade da leitegada na fase de aleitamento • Aumenta a uniformidade dos leitões no desmame - A redistribuição pode ser: UNILATERAL ou CRUZADA. • UNILATERAL: quando o número de nascidos for maior que a capacidade de criação da porca, Ou, se a porca morrer. Os leitões são transferidos para outras porcas recém-paridas. • CRUZADA: os leitões são agrupados por tamanho para que se obtenham leitegadas uniformes. Iniformização e redistribuição de leitões: - Procedimentos para execução da uniformização de leitegadas: - A transferência deve ocorrer logo após o parto da porca adotiva. - Esfregar placenta nos leitões que serão adotados. Se não for possível, reunir os leitões num cesto por 10 a 15 minutos e salpicar uma solução fraca de creolina. - Deixar os leitões separados da porca por 2 horas, pois nesse período os tetos enchem-se de leite, e a porca terá necessidade de amamentar. Aplicação preventiva contra anemia ferropriva: - O leitão nasce com pouca reserva de ferro. Em torno de 20 mg. - O leitão precisa receber cerca de 5 mg por dia para atender suas necessidades. - O leite da porca apresenta pouca quantidade de ferro (1mg/leitão/dia). - No 5º dia de vida o leitão já pode apresentar o quadro de anemia ferropriva - È importante a suplementação de ferro para prevenir e tratar a anemia - Deve-se fornecer ferro (100 mg ou 1 a 2 ml de ferro dextrano) por aplicação intramuscular no 3ª dia, podendo reforçar no 12º dia de vida do leitão Fornecimento de ração para leitões recém-nascidos: - Logo após o nascimento ocorre grande crescimento e desenvolvimento do intestino dos leitões. - O crescimento do enterócito do leitão é muito rápido. Estudos demonstram que a mucosa intestinal cresce cerca de 126% durante as primeiras 6 horas de vida dos leitões e aumento significativo no peso da mucosa e comprimento do intestino até as 9 semanas de vida. - A disponibilização de alimento irá estimular o crescimento intestinal, promovendo a formação de novos enterócitos. - Os enterócitos fetais são gradualmente substituídos por enterócitos maduros. Esse processo tem início na parte proximal do intestino delgado e é completado com 3 a 4 semanas após o parto. - Logo nos primeiros dias de vida, a produção de suco gástrico e a atividade da pepsina estão muito baixas, enquanto a secreção de lactase é máxima. - A atividade da lactase vai diminuindo, enquanto aumentam as atividades das aminopeptidases e maltases. Fornecimento de ração para leitões recém-nascidos: - O fornecimento de ração poderá ocorrer a partir do 5º dia de vida dos leitões. - A ração deverá ser de alta digestibilidade e alta palatabilidade. Fornecimento de água para leitões recém-nascidos: - A água tem papel decisivo para: • Formação tecidos corporais • Digestão e absorção de nutrientes • Regulação da temperatura corporal • Eliminação de substâncias tóxicas • Constituição das células Castração dos leitões machos: - A castração tem por finalidade evitar a venda de carne de animais inteiros, uma vez que o cheiro e gosto desagradáveis não são eliminados pelo aquecimento ou industrialização - O forte cheiro na carne de suínos sem castrar é devido ao hormônio 5-α- androstenona e ao escatol - 5-α-androstenona: é um hormônio masculino liberado pelos testículos do macho inteiro com atividade reprodutiva. - Escatol: é um subproduto oriundo do metabolismo de bactérias do intestino de todos os suínos (machos e fêmeas), que é metabolizado pelo fígado, sendo degradado. OBS:O escatol na presença da 5-α-androstenona, a degradação fica inibida provocando a deposição de escatol na gordura dos machos inteiros que é volátil no cozimento. - Recomenda-se castrar os leitões entre 7 e 15 dias de idade. - A castração compreende a contenção, desinfecção, a operação que envolve a retirada dos testículos e a aplicação de cicatrizantes, desinfetantes e repelentes. - Vantagens da castração nas primeiras semanas de vida: • Menor exigência de mão de obra • Facilidade da operação. A ocorrência de hemorragias é rara • A cicatrização é rápida. Praticamente inexiste o risco de complicações• O estresse para o leitão é menor. - Recomendações: • Evitar outras práticas de manejo durante a castração cirúrgica • Não castrar animais doentes • Examinar o leitão e verificar se não há problemas de hérnia e criptorquidia • Proceder a castração sem mexer dentro da incisão • Aplicar cicatrizante, desinfetante e repelente na incisão, logo após a remoção dos testículos. CASTRAÇÃO CIRÚRGICA X CASTRAÇÃO IMUNOLÓGICA: - Para atender às normas de bem-estar animal, a castração convencional vem sendo substituída pela castração imunológica. - A castração imunológica consiste em aplicação de duas doses de vacina contendo uma forma modificada de GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina) que é conjugada a uma proteína, que induz à formação de anticorpos direcionados contra o GnRH do macho inteiro - Assim, o próprio sistema imunológico do suíno combate o seu GnRH, impedindo o estímulo de LH e FSH - Na prática são aplicadas duas doses de vacina na forma subcutânea, sendo a primeira por volta de 120 dias de idade e a segunda por volta de 150 dias de idade. Desmame: - O desmame é bastante estressante para os leitões. - Se o leitão não ganhar peso nessa idade (desmame), tende a ter o crescimento retardado durante todo o período de crescimento e terminação. - O bom desenvolvimento do sistema enzimático do leitão garantirá o melhor ganho de peso. - A produção de enzimas responsáveis pela digestão da ração estará crescente no período da desmama e a produção de lactase vai reduzindo. - A idade ao desmame deve ser orientada pelos aspectos fisiológicos do sistema digestório dos leitões. - A idade do desmame varia de acordo com o sistema de criação e manejo. Nas criações extensivas desmama-se com 3 a 4 meses. Na criação intensiva o desmame precoce, mais usual, ocorre entre 21 a 28 (35 dias). DESMAME PRECOCE SEGREGADO (DPS): - Ocorre entre o 10º e o 14º dia de idade. - Tem por objetivo eliminar doenças presentes no plantel de origem, obtendo animais com alto nível sanitário e melhor desempenho. - Nesse tipo de desmame, os leitões são separados da mãe e do plantel de origem, antes da queda da imunidade colostral, uma vez que os animais são livres de alguns agentes infecciosos presentes no animal adulto. VANTAGENS: • Alto nível de saúde dos animais • Queda na mortalidade pós-desmame • Menor consumo de ração de lactação pelas fêmeas • Menor consumo de antibióticos e outros medicamentos DESVANTAGENS: • Aumento na mão de obra e necessidades de maiores cuidados • Altos custos na creche • Dificuldades no transporte dos leitões • Leitões com baixo peso ao desmame, o que pode dificultar a ingestão de ração Manejo dos leitões ao desmane: - Realizar o desmane de preferência às quintas ou sextas-feiras para que se evite cios no final de semana - O ideal é que o desmane se realize pela tarde (16h às 18h), retirando os leitões de uma só vez de junto da mãe e colocados na creche - Para evitar estresse forte, é conveniente manter as leitegadas juntas. Quando se misturar os leitões, evitar que se misture mais do que quatro leitegadas - O desmame deve ser brusco e logo no 1º dia de desmame: • Evitar que consuma água à vontade • Ao chegar na creche não fornecer água na 1ª noite (evita diarreia infecciosa) • Com sede os leitões consumem ração moderadamente na 1ª noite. • Após a 1º noite, fornecer água à vontade • Esse manejo diminui a diarreia pós-desmame dos leitões. • A ração deve ser de alta digestibilidade e palatabilidade. Alguns cuidados logo após o desmame: - Separar os leitões por peso e sexo - Evitar formação de lotes com animais de quatro leitegadas diferentes - Evitar mudanças nos lotes após a transferência para as gaiolas de creche - Evitar o acesso de pessoas nas gaiolas ou baias - Evitar ruídos excessivos 1. Ambiência: - A alta densidade de leitões por baias acaba acometendo um estresse no animal que pode provocar canibalismo e dificultar a ingestão de ração pelos animais. - A qualidade do ar na creche vai afetar diretamente o consumo e a saúde dos leitões. - Um gás muito presente nessa fase é a amônia (NH3), por isso a importância de estar sempre realizando a troca de ar nas salas através dos manejos de cortinas. - As instalações devem atender as necessidades de temperatura do leitão, promovendo um conforto térmico e, consequentemente, um melhor ganho do animal. PRÁTICAS DE MANEJO – PASSO A PASSO: - Alojar os leitões na creche no dia do desmame, formando grupos de acordo com a idade e o sexo. - Fornecer espaço suficiente para os leitões: 0,30m2/animal. - Manter a temperatura interna próxima de 26°C até os 14 dias e 24°C até a saída da creche. - Fornecer ração à vontade: pré-inicial (do desmame aos 42 dias de idade) e inicial (até a saída de creche). - Fornecer ração diariamente, não deixando sobras nos comedouros de ração úmida, velha ou estragada. - Em caso de surto de diarreia, retirar a ração e iniciar um programa de fornecimento gradual de ração até controlar o problema. Buscar auxilio veterinário se necessário - Dispor bebedouros de fácil acesso: altura, vazão e pressão reguladas - Vacinar os leitões na saída da creche conforme programa - Monitorar a creche pelo menos 3 vezes pela manhã e 3 vezes pela tarde - Limpar a creche, diariamente, com pá e vassoura - Lavar as salas de creche com baias suspensas com lava jato de alta pressão e baixa vazão. - Vazio sanitário de 5 a 7 dias entre cada lote - Pesar e transferir para as baias de crescimento os leitões, com no mínimo 63 dias de idade. Principais Fatores Relacionados a Ocorrência de Diarreia: - Ração deficiente em nutrientes e ingredientes de baixa digestibilidade - Manejo inadequado de ambiente e instalações - Origem infecciosa. Controle de diarreia pós-desmame: - Utilização de antibióticos, óxido de Zn, sulfato de Cu - Corrigir fatores ambientais e de manejo CRESCIMENTO, TERMINAÇÃO E PÓS-TERMINAÇÃO: - Fase de crescimento: da saída de creche (63 a 70 dias) até os 110 dias de idade. - Fase de terminação: dos 110 dias de idade até os 140 dias. - Fase de pós-terminação: dos 140 dias de idade até a saída para o abate (150 dias. - Objetivo: Máximo ganho de peso em curto espaço de tempo, consumindo o mínimo de ração. - Programa de limpeza e desinfecção: exerce uma influência positiva na granja PRINCIPAIS CRITÉRIOS PARA FORMAÇÃO DE LOTES: - LEITEGADA: não é muito bom, pois resulta em lotes desuniformes e aumenta a competição por espaço no comedouro e bebedouro. - SEXO: pode levar à formação de lotes desuniformes e à competição, porém, é melhor do que considerar a leitegada. - PESO: agrupamento de animais mais pesados em um grupo e os médios e os leves em outros grupos para diminuir a competição - PESO E SEXO: método ideal, considerando que as fêmeas exigentes em termos nutricionais e respondem mais em ganho de carne magra que os machos castrados. Há necessidade de elaboração de rações diferenciadas. Ocorrência de brigas: Quando os lotes são misturados é comum a ocorrência de brigas para definição de hierarquia dentro da baia. As brigas mais violentas ocorrem logo após o agrupamento e dizem respeito à delimitação de território. Algumas estratégias para minimizar as brigas: - Evitar introduzir em uma baia animais de outra, mas juntar dois lotes em uma terceira baia. - Transferir os lotes nas horas mais frescas e após a alimentação - Fornecer baia limpa e desinfetada, e quando possível, cama (maravalha, palhada) - Pulverizar os animais com uma solução de produtos odorizantes (creolina diluída) para mascarar seus cheiros específicos, em situaçãograve, pode-se fazer uso de sedativo (azaperone) por via intramuscular.
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