Buscar

Farmacologia: artrite reumatoide

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

É uma doença inflamatória crônica, sistêmica e autoimune que acomete 
primariamente as articulações, mas que também afeta a pele, o sistema 
cardiovascular, os pulmões e os músculos. 
 
O ataque autoimune de proteínas articulares normais resulta em 
inflamação, com liberação local de citocinas, TNF, fatores de 
crescimento e interleucinas, que induzem, todos eles, a expressão da 
COX-2. Outros eicosanóides derivados da COX-2 ativam o endotélio 
circundante, ajudando a recrutar as células inflamatórias. 
 
• AINES 
(Redução dos sintomas/não retarda a evolução da doença) 
•Imunossupressores 
• Substâncias anticitocina 
• Antirreumáticos modificadores da doença (ARMD). 
Imunossupressores 
 
• Metotrexato → análogo do folato 
• Azatioprina → 6-mercaptopurina, análogo de purina 
• Leflunomida → um inibidor da síntese de pirimidinas 
• Ciclofosfamida → Agente Alquilante 
• Ciclosporina → inibidor de IL-2, células T ativadas 
• Micofenolato de mofetila → inibidor de síntese de pirimidinas 
 
(Já falamos sobre eles no resumo de imunossupressores) 
Metotrexato (MTX) 
É um análogo do folato utilizado desde a década de 1950 no tratamento 
de neoplasias malignas. Desde essa época, o metotrexato também 
tornou-se um fármaco extremamente versátil no tratamento de uma 
ampla variedade de doenças imunologicamente mediadas, incluindo a 
artrite reumatoide e a psoríase. 
Além disso, o MTX é utilizado na prevenção da doença enxerto versus 
hospedeiro. 
Possui efeito antineutrófilo, anticélula T e anti-humorais. 
Efeitos adversos: Náuseas, ulcerações TGI, leucopenia, anemia, 
hepatotoxicidade, depressão da medula óssea. 
 
Azatioprina (AZA) 
Primeiro fármaco utilizado para supressão do sistema imune após 
transplante, que continua sendo a base para essa indicação. Apesar de 
prolongar efetivamente a sobrevida de enxertos de órgãos, esse 
fármaco é menos eficaz do que o micofenolato mofetil para melhorar a 
sobrevida a longo prazo de aloenxertos renais. 
A AZA também é utilizada como agente imunossupressor para pacientes 
com doença intestinal inflamatória 
A AZA é um pró-fármaco do análogo de purina, a 6-mercaptopurina (6-
MP), que é lentamente liberada à medida que a AZA reage de forma não-
enzimática com compostos sulfidrílicos, como a glutationa. 
 
 
 
 
 
 
A liberação lenta de 6-MP a partir da AZA favorece a imunossupressão, 
enquanto a própria 6-MP é mais útil como agente antineoplásico. 
Efeitos adversos: Depressão da medula óssea, hepatotoxicidade, 
náuseas, vômito, erupções cutâneas. 
 
Leflunomida 
É um inibidor da síntese de pirimidinas, que bloqueia especificamente a 
síntese de uridilato (UMP) através da inibição da diidroorotato 
desidrogenase (DHOD). A DHOD é uma enzima-chave na síntese de UMP, 
que é essencial para a síntese de todas as pirimidinas. 
Foi constatado que a leflunomida é mais efetiva na redução das 
populações de células B, porém foi também observado um efeito 
significativo sobre as células T. 
Efeitos colaterais: diarreia, elevação das enzimas hepáticas e alopecia. 
 
Ciclofosfamida (Cy) 
É um fármaco altamente tóxico que alquila o DNA. Exerce um efeito 
significativo sobre a proliferação das células B, mas pode intensificar a 
resposta das células T, por isso o uso da Cy em doenças imunes limita-
se a distúrbios da imunidade humoral, particularmente o lúpus 
eritematoso sistêmico. Outra aplicação considerada da Cy consiste na 
supressão da formação de anticorpos contra xenotransplantes. Os 
efeitos adversos da Cy são graves e disseminados, incluindo leucopenia, 
cardiotoxicidade, alopécia e risco aumentado de câncer, devido à sua 
mutagenicidade. 
 
Ciclosporina 
A ciclosporina é um inibidor específico da imunidade mediada por células 
T permitiu o transplante disseminado de órgãos integrais. A CsA inibe a 
produção de IL-2 pelas células T ativadas. A IL-2 é uma citocina 
importante que atua de modo autócrino e parácrino, causando ativação e 
proliferação das células T. 
Nas células T ativadas, o fator NFAT é desfosforilado pela calcineurina e 
transferido para o núcleo onde aumenta a transcrição do gene da IL-2. A 
CsA atua através de sua ligação à ciclofilina, e o complexo CsA-ciclofilina 
liga-se à calcineurina, inibindo a sua atividade de fosfatase. 
- Não promove depressão da medula óssea. 
 
Micofenolato Mofetila 
O ácido micofenólico (MPA) é um inibidor da monofosfato de inosina 
desidrogenase (IMPDH), a enzima que limita a velocidade na formação de 
guanosina. Como o MPA possui baixa biodisponibilidade oral, é 
habitualmente administrado em sua forma de pró-fármaco, o 
micofenolato mofetila (MMF), cuja biodisponibilidade oral é muito maior. 
Possui alta especificidade e efeitos profundos sobre os linfócitos. 
Utilizado na prevenção da rejeição aguda de transplante, o tratamento de 
doenças autoimunes, frequentemente utilizado no tratamento inicial da 
nefrite do lúpus. 
Efeitos adversos: Manifestações no TGI 
 
Med IX - UFOB @waleska112 
Comuns 
Cloroquina e hidroxicloroquina 
Utilizada principalmente na prevenção e no tratamento da 
malária. 
• Remissão na artrite reumatóide, mas não retarda a 
evolução da lesão óssea. 
• Utilizado quando outros falham, mas o mecanismo na AR: não está 
esclarecido 
• Supressão das respostas linfócito T, redução da quimiotaxia dos 
leucócitos, estabilização das enzimas lisossomais, inibição da síntese de 
DNA e RNA, captação de radicais livres. 
Efeitos adversos: toxicidade ocular, náuseas, vômitos, dor, abdominal. 
 
Sulfassalazina (sulfapiridina e 5-aminossalicílico) 
Também é utilizada no tratamento da doença inflamatória intestinal 
crônica. Remove os metabólitos tóxicos do oxigênio produzidos por 
neutrófilos. 
Efeitos colaterais: distúrbios gastrointestinais, mal-estar e cefaleia, 
redução da contagem de espermatozoides; pode reduzir absorção do 
ácido fólico; depressão da medula óssea; distúrbios gastrointestinais, 
reações cutâneas; leucopenia (reversível). 
 
D-Penicilamina 
Hidrólise da penicilina → Dimetilcisteína. 
Propriedades de quelação de metais (não administrar com 
compostos de ouro).Diminui a produção de IL-1 e/ou apresenta efeito 
sobre a síntese de colágeno. 
Efeitos colaterais: anorexia, náuseas, vômitos e distúrbios do paladar 
(desaparecem com a continuação do tratamento); proteinúria, febre. 
 
Sais de ouro 
Aurotiomalato de sódio e Auranofina 
A dor e o edema articular diminuem, bem como a progressão da lesão 
óssea e articular. A auranofina inibe indução de IL-1 e TNF- , mas o 
mecanismo de ação do aurotiomalato de sódio ainda não foi esclarecido. 
Efeitos colaterais comuns (aurotiomalato): erupções cutâneas, 
úlceras na boca, proteinúria e discrasias sanguíneas. Podem ocorrer 
encefalopatia, neuropatia periférica e hepatite.

Continue navegando