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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARTES VISUAIS LUIZA DIAS VIEIRA PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR- EDUCAÇÃO ESPECIAL: Dialogando, Pesquisando e Construindo Conhecimento Rio das Ostras/RJ 2021 SUMÁRIO 1. Introdução ........................................................................................................3 2. Desenvolvimento ................................................................................................5 3. Conclusão ...........................................................................................................8 4. Referências ........................................................................................................9 1.Introdução O ser humano, apesar de suas características gerais como espécie, é diferente entre si, cada qual com a sua peculiaridade que nos difere uns dos outros. Mas as vezes essas diferenças trazem consigo algumas necessidades de adaptação do ambiente para que haja uma inclusão melhor das pessoas na sociedade. Existem pessoas que necessidades especiais em relação a educação e para elas foi desenvolvida a Educação Especial, mas não foi do dia pra noite. A Educação Especial tem o seu histórico de evolução desde a Antiguidade, onde as pessoas com limitações funcionais ou com algum tipo de necessidade eram rejeitadas e abandonadas, nesse período as pessoas com deficiência nem eram consideradas gente e, em muitos casos, eram mortas quando se descobria algum tipo de diferença. Já no século XVIII vamos encontrar as primeiras iniciativas com algum tipo de ação educativa a respeito de pessoas com deficiência, a partir da tese de que, por meio de estímulo direto, era possível obter algum resultado na aprendizagem da forma desejável. Mas as primeiras instituições surgem com o objetivo assistencialista e são mais como locais de confinamento e não de tratamento ou aprendizagem. A pessoa era privada do convívio social, separada da família e do resto da sociedade, e internada. Essa ideia de exclusão da sociedade vem do pensamento de que o deficiente ou qualquer pessoa diferente do padrão deve ser retirado do convívio social e colocada em outro espaço, ficando segregada do resto do mundo. Ainda hoje podemos ver resquícios desse tipo de pensamento, com a separação de alunos com necessidades especiais em salas diferentes dos demais alunos. No século XX, por volta dos anos 60/70, essas ideias de exclusão começam a ser criticadas, pela ineficiência na recuperação ou desenvolvimento das pessoas para a vida em sociedade. Nesse período, começa-se a se manter as pessoas com deficiência perto da família e a desenvolver um trabalho com a educação com o propósito trazer o deficiente a adquirir padrões de comportamento mais próximos do que é socialmente “normal”. Nos anos 80 e 90 surge o projeto educacional construído a partir da ideia de que esses alunos com necessidades especiais de desenvolvimento e aprendizagem devem alcançar condições de frequentar a escola regular. Tal projeto nunca raramente funcionava, normalmente os alunos permaneciam a margem da escola regular, sem nunca alcançar o esperado. Desde então novos projetos foram desenvolvidos, como Uma Escola Para Todos que tem a intenção de garantir o acesso imediato, irrestrito e contínuo dos alunos com necessidades especiais de aprendizagem a todos os espaços comuns da escola regular. A escola e seu entorno precisa se desenvolver e se adaptar para criar um espaço acolhedor e com uma rede de suporte para auxiliar no processo de desenvolvimento dos alunos com necessidades especiais. Nesse Prática como Componente Curricular, conversei com a Professora Margot Rejane Kellers, professora de uma sala de recursos multifuncionais que trabalha diretamente com alunos com necessidades especiais de aprendizagem do período da Educação Infantil. 2.Desenvolvimento • “Qual sua formação?” Sou Pedagoga com Pós Graduação em Educação Especial. • Tem algum curso específico de Educação Especial? Para atuar na Sala de Recurso, o MEC determina que o professor tenha especialização em AEE- Atendimento Educacional Especializado ou Educação Especial • Quais as características e necessidades específicas que o aluno incluído na turma apresenta? Na Sala de Recursos Multifuncional, por determinação do MEC, são atendidos crianças que apresentam: Deficiência Auditiva e Surdez, Deficiência Visual e Cegueira, Surdocegueira, Deficiência Intelectual, Deficiência Física, TEA – Transtorno do Espectro Autista e Altas Habilidades/Superdotação. No momento tenho matriculados na Sala de Recursos 17 crianças: 10 crianças com TEA, 1 criança com Cegueira, 5 crianças com Deficiência Intelectual e 1 criança com Deficiência Física. • Como realiza as adaptações necessárias no planejamento da aula? Os atendimentos são realizados no contraturno e individualizado, pensando nas particularidades de cada criança. Pois cada um é um e cada um apresenta as suas especificidades e necessidades. • Quais recursos adaptados estão disponíveis? O MEC envia para a escola alguns materiais/recursos que julga necessário para seu bom funcionamento, mas não são o suficiente. Há necessidade de confeccionar materiais/recursos para serem utilizados com as crianças. Estes materiais são confeccionados sempre pensando nas particularidades das crianças e suas necessidades, ou seja, quais habilidades que cada um necessita desenvolver para atingir sua autonomia. • As atividades desenvolvidas promovem a interações entre os diferentes alunos da turma? A escola que atuo é uma escola de Educação Infantil, então por serem crianças de 2 à 6 anos, todos os atendimentos são individualizados, visando uma melhor eficácia neste atendimento. Assim a interação que a criança tem, é somente com a professora. Na sala regular a criança interage com seus demais. • O tempo e os recursos são adequados? O tempo é suficiente, pois as crianças nesta faixa etária não permanecem muito tempo concentradas em propostas, por maior estímulo elas possam ter. Os recursos, vão depender da disponibilidade, criatividade e interesse do professor para pesquisar e confeccionar o que for necessário para sua atuação na Sala de Recursos. • Ocorrem parcerias entre professor, aluno, a equipe pedagógica e a família do aluno incluído? Na escola que atuo existe uma boa parceria entre professor da Sala de Recursos, professor regente, equipe pedagógica, direção. A parceria com a família depende muito da família ter consciência da necessidade de seu filho e seu comprometimento com o mesmo. A escola faz a sua parte, mas a família também tem uma responsabilidade neste processo. • Como a avaliação da aprendizagem do aluno com necessidades específicas é realizada? A criança é avaliada tendo como referência ela mesmo. Pensando sempre em sua evolução cognitiva, afetiva e social, mas usando ela como parâmetro. • Quais os maiores desafios enfrentados pelo professor na construção de uma proposta inclusiva de educação? A escola está preparada para estas crianças, pois investimos em estudos de todas as necessidades que nos são apontadas a cada novo ano, e isto nos facilita em estarmos como equipe, construirmos propostas inclusivas. Desafios novos, sempre vão aparecer, mas não podemos ficar parados e esperar que alguém os transponham por nós. Ainda existe desinformação na educação, mas cada dia mais, vamos superando esta barreira. Ainda precisamos de recursos públicos, de ações públicas, de lugares onde nossas famílias possam buscar atendimentos paralelos que nossas crianças necessitam e que ainda não são o suficiente para a alta demanda em nosso município. Atendimentos estes que complementam o que é feito na escola e que é muito necessário para que a criança atinja sua autonomia. 3.ConclusãoDá para se observar, a partir do relato da Professora Margot e de muitos outros profissionais na área da Educação Especial de que, não um trabalho fácil, principalmente pela falta de recursos pré-preparados para serem utilizados com esses alunos, mas ainda sim deve ser um trabalho extremamente gratificante ver como o seu aluno se desenvolveu tanto desde o começo das aulas e como ele está crescendo. O que me faz pensar ainda é o fato de que, esses alunos, os dela especificamente, não tem convívio entre si, somente com os alunos na escola, talvez esse convívio ajudasse ainda mais no desenvolvimento deles. Mas no geral, um tema muito importante e muito interessante para sem aprofundado no futuro. REFERÊNCIAS • Conteúdo online da disciplina de Educação Especial, Administrado pela professora CynLa Maria Silva Ferrini
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