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Analise do filme 12 homens e uma sentença

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS 
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
Análise do filme 
12 HOMENS E UMA SENTENÇA 
 
 
 
 
 
 
 
BAURU 2020 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 1 Introdução 
 
2 Apresentação do tema 
 
3 Objetivos 
 
4 Justificativa 
 
5 Instrumento/método 
 
6 Procedimentos de coleta de dados 
 
7 Procedimento de análise de dados 
 
8 Resultado e discussão 
 
9 Conclusão 
 
10 Referências 
 
 
Introdução 
 
O filme fala de um jovem que será condenado por ter matado o pai, assim, 
os jurados que são doze, assistiram o pessoal da acusação, da defesa, aliás, 
defesa esta que juridicamente falando foi um tanto negligente. 
 De repente, o juiz pede para que os jurados se encaminhem para a sala 
de deliberação para decidir, ou seja, dar o veredito ao acusado. É bom lembrar 
que este é apenas o início do filme. 
Sendo assim, os jurados decidem dar início ao julgamento, inclusive há uma 
demanda de pressa, pois chegaram ao ponto de dizerem que era bom acabar 
logo com o julgamento, pois muitos deles tinham mais o que fazer, pois todos 
os indícios levavam a crer que o homem em julgamento era um criminoso e 
que eles não tinham nenhum argumento que levasse contra isso. 
 Então, eles escrevem em um pequeno papel o veredito e o que cada um 
achava, ou, seja, culpado ou inocente. Assim, o responsável pelos papeis, os 
toma dos jurado começando a contagem. Detalhe, como a sentença terá como 
fim uma pena de morte, necessita que seja unanime. 
Ao contar os votos, há uma pessoa que escreve: “INOCENTE”. Neste 
momento, cria-se um impasse, pois não se sabe quem é a pessoa, o que leva 
a um ato de troca de olhares, afinal, quem inocentou o rapaz? 
 A argumentação começa, e nos leva a perguntar: o que são certezas 
absolutas, o que é a verdade, as várias leituras, o quanto nós somos 
influenciados por nossas mágoas, com coisas que ficaram guardadas em 
nossa história e que não estão bem resolvidas, que nos faz transferir para o 
outro e colocando no outro a culpa que na verdade é carregada por nós, em 
nós. 
No diálogo que vai acontecendo entre os jurados, faz com que aprendamos 
muitas coisas, entre elas: a descoberta, a trama inteligente, o prender de 
atenção, onde tudo acontece dentro de uma única sala, por quase duas horas. 
A mensagem que o filme passa é: cuidado com o julgamento, nem sempre 
as coisas são como a gente imagina, deveu entender, dar um tempo, para 
que a verdade apareça e que se possa praticar o veredito adiado. 
 
 
 
1.1- Apresentação do tema 
 
Seguindo o encerramento do caso do julgamento do assassinato 
cometido por um jovem, os membros do júri devem chegar a um consenso 
sobre qual será o veredito. Enquanto os 12 indivíduos estão fechados em 
uma sala para tomar uma decisão, onze deles votam pela condenação do 
réu, porém um deles acredita na inocência do jovem e tenta convencer os 
outros a mudarem seus votos, dando início a um conflito que ameaça 
inviabilizar o delicado processo que vai decidir o destino do acusado. 
 
 
 
 
1.2 – Objetivos 
 
 
 Para fazer uma relação com o filme, vou usar da teoria do construtivismo 
de Piaget, pois ele sugere que o ser humano passa por estágios para adquirir e 
construir o conhecimento, assim pode dizer que o homem considera normal, 
mesmo que ilícito tudo aquilo que a cultura ao seu redor lhe ofertou. 
Segundo Piaget essa adaptação refere-se ao mundo exterior, como toda 
adaptação biológica. De tal forma, indivíduos progridem intelectualmente a 
partir do ato de exercitar os estímulos oferecidos pelo meio que os cercam. 
Ramozzi-Chiarottino citado por Chiabal (1990) diz que o que vale igualmente 
dizer que a inteligência humana pode ser praticada, buscando um 
aperfeiçoamento de potencialidades, que passam gradativamente de um 
estado a outro desde o nível mais primitivo da existência, caracterizado por 
trocas bioquímicas até o nível das trocas simbólicas. Para Piaget o 
comportamento dos seres vivos não é inato, nem resultado de 
condicionamentos. Perspectivas piagetiana acerca da atividade grupal 
 Na perspectiva construtivista de Jean Piaget, o conhecimento humano se 
constrói quando o sujeito se relaciona com novas experiências ambientais, ou 
seja, na interação com o meio, pois conhecer é algo que se dá a partir da ação 
do sujeito sobre o objeto. O construtivismo piagetiano analisa os processos de 
desenvolvimento e aprendizagem como resultados da atividade do homem na 
interação com o ambiente. E para explicar tal interação Piaget citado em 
Goulart (1983) propõe alguns conceitos centrais como: assimilação, 
acomodação e adaptação. 
 “Ou seja”, para fazermos um link ao filme analisando, pegaremos 
algumas situações acima, ao exemplo de: “O construtivismo piagetiano analisa 
os processos de desenvolvimento e aprendizagem como resultados da 
atividade do homem na interação com o ambiente.” Sendo assim, podemos 
concluir que o comportamento de julgar e sentenciar, mesmo quando 
aparentemente seja o certo a fazer, pode conter erros, pois o fato de termos o 
poder nas mãos para julgar ou sentenciar seja o que for, nos coloca em uma 
falsa sensação de dever cumprido, a final de contas o poder é algo que eleva 
nossa autoestima, porém pode hipoteticamente nos afastar do amor, como diria 
o Mestre C. G. Jung: “Onde opera o poder, há falta de amor”. 
 
 
 
1.3 - Justificativa 
 
 Para justificar a escolha base teórica Piagetiana, temos como contexto a 
doutrina construtivista, onde o professor Piaget nos mostra que o ser humano, 
desde sua infância, passa por estágios que a levam a construção de uma 
personalidade, mesmo que não concretizado, porem solidificado socialmente. 
 Sendo assim, é de extrema importância que tenhamos o conhecimento 
desta matéria para que clinicamente como profissional da ária terapêutica 
possa diagnosticar quando preciso, situações onde nosso cliente possa estar 
enfrentando, seja do lado que for, ou seja, do que julga, ou de quem esteja 
sendo julgado. 
 Como ponto positivo, devemos destacar que Piaget afirmou sermos 
seres biológicos que socialmente interage com o meio, ou seja, estamos a 
mercê daquilo que nos rodeia, ou seja, com boa influencia, ofereceremos boa 
influencia, com má influencia, ofereceremos má influencia, porém, não estamos 
de nenhum modo generalizando, pois somos seres únicos onde ninguém é 
igual ninguém! 
 
2.1- Instrumentos/Métodos 
 
 12 homens e uma sentença é o filme escolhido para que nós, 
acadêmicos em psicologia pudéssemos analisar e avaliar os procedimentos 
grupais, ou seja, a análise do comportamento humano quando exposto a uma 
determinada situação. 
 Como instrumentos de observação, foi utilizado o site 
www.downloadlivre.net, pois as principais locadoras virtuais, “net flix” e “Prime 
vídeo”, não continham o matérias solicitado para a finalidade da análise dos 
processos grupai, o que tornou certo obstáculo para o tal trabalho. 
 Para maiores informações sobre o filme no tocante, processos grupais, 
foram usados as seguintes bibliografias: “Dinâmica e gênese dos grupos: 
Atualidade das descobertas de Kurt Lewin”, onde ele cria hipóteses de trabalho 
mais válidas, bem como seus instrumentos de pesquisa e suas técnicas de 
aprendizagem mais vigorosas. Para ele a dinâmica dos grupos é indissociável 
de sua gênese. Os momentos iniciais da formação de um grupo são 
determinantes para seu devir e suas posteriores superações. Outra bibliografia 
foi “O essencial de Moreno”, onde o autor revela as suas ideias ao desenvolver 
o psicodrama e a sociometria, com forte ênfase na espontaneidade e na 
criatividade. Piaget também foi outro inspirador desde trabalho acadêmico em 
sua obra “Biologia e conhecimento: Ensaios sobre as relações”, onde a sua 
teoria implica a construção contínua do modo como as partes ou elementos se 
relacionam, e que determina as características ou o funcionamento do todo. 
Will Schutz, em sua teoria “necessidades interpessoais”, diz que a necessidade 
de um grupoacontece segundo um objetivo que é fundamental e satisfatória 
dentro do grupo, segundo sua obra “Relacionamentos grupais e as etapas do 
grupo”. Por fim, a teoria de Pichon-Rivière em sua obra “O processo grupal”, 
onde destaca que a psicologia social é a relação dialética entre estrutura social 
e fantasia inconsciente, articulada pelo vínculo, o seu campo operacional 
natural é o grupo. 
 
2.2- Procedimento de coleta de dados 
 
 Para a coleta de dados usamos como apoio a entrevista feita por 
Adriana Cubas, Coach profissional formada pela Academia Brasileira de 
Coaching que entrevistou por via de seu canal social a especialista em 
processos grupais, Marcela Buttazzi. Na entrevista, Marcela explica como 
funcionam os processos grupais em suas dinâmicas, o comportamento humano 
quando interagido a um grupo, sobre a ética dentro de um grupo, assim como 
suas influências. 
 Outra coleta usada para este trabalho, foi o documentário da professora 
“Ana Maria”, “Construção do processo grupal da formiguinha Z”, com o objetivo 
de esclarecer alguns conceitos do conteúdo sobre o olhar da psicologia. 
 
2.3- Procedimento para análise dos dados 
 
http://www.downloadlivre.net/
Para que possamos transformar os dados em conhecimento, vamos 
lembrar que intelectualmente, Piaget defende o fato onde o homem é capaz de 
pensar em grupo e no grupo. Assim é importante advertir que a estruturação do 
pensamento em agrupamentos e em grupos móveis permite que cada indivíduo 
adote múltiplos pontos de vista, ou seja, reforçando a nossa justificativa acima 
onde citamos que “ninguém é igual a ninguém”. 
 
I- Resultados e Discussão 
 
Para que melhor fique nosso trabalho acadêmico, vamos numerar o ponto 
mais relevante que nos levou a coletar tais informações já ditas anteriormente. 
 
1) A história de fato, ou seja, a dramatização, pois sem ela, não haveria 
colheita de informações que gerasse tamanha faculdade. 
2) Na “apresentação do tema” podemos ver um ato de fé, onde menos de 
1% dos que ali estavam acreditava na inocência do rapaz, ou seja, do 
causado. 
3) Vimos em “Objetivos” que os indivíduos progridem intelectualmente a 
partir do ato de exercitar os estímulos oferecidos pelo meio que os 
cercam, ou seja, a conduta da maioria pode ter influenciado para que 
mais de 90% dos que ali estavam, julgasse o rapaz como culpado. 
4) A escolha da teoria Piagetiana, temos como contexto a doutrina 
construtivista, onde o professor Piaget nos mostra que o ser humano, 
desde sua infância, passa por estágios que a levam a construção de 
uma personalidade. 
5) Os múltiplos pontos de vista que cada um tem dentro do grupo, ou seja, 
podendo ou não somar as ideias da maioria ou minoria. 
 
 
II- Conclusão. 
 
“De tal forma, indivíduos progridem intelectualmente a partir do ato de 
exercitar os estímulos oferecidos pelo meio que os cercam”. É a partir desta 
teoria que embasamos nossa tese onde acreditamos nas ideias Piagetiana que 
nos revela que o homem percebe o mundo ao seu redor, independente da 
idade, interpretando as informações e fazendo delas uma crença que pode ser 
levada adiante com boas ou más condutas. 
Para que possamos analogicamente falando termos um exemplo 
contemporâneo, vamos nos lembrar do caso “von Richthofen”, onde os Irmão 
Cravinhos, influenciando Suzana Richthofen, planejaram o assassinato do 
casal Manfred e Marísia Richthofen. Iludia com a ideia de ficar com o rico 
seguro dos pais, Suzana se rende a ideia, e permite a execução familiar. 
 Assim temos uma clara visão de como Suzana se deixa levar pelo o que 
Piaget chama de “meio”. 
 
 
 
V - Referências 
 
BÁSICA 
 
PIAGET, J. The construction of reality in the child 1950 
BARRETO, M. F. M. Dinâmica de grupo: história, práticas e vivências. 
Campinas: Alínea, 2006. 
 
MAILHIOT, G. B. Dinâmica e Gênese dos Grupos. São Paulo: Duas Cidades, 
1991. 
MINICUCCI, A. Técnicas do trabalho de grupo. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2001. 
 
PIAGET, J. Biologia e conhecimento, Editor Vozes, 2003.

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