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Tipologia e gêneros textuais

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Prévia do material em texto

Tipologia e gêneros 
textuais 
Texto Narrativo
A marca fundamental do texto narrativo é a existência de um enredo, no qual são 
desenvolvidas as ações das personagens, marcadas pelo tempo e pelo espaço.
Enredo – Narrador – Personagens – Tempo – Espaço 
Apresentação - desenvolvimento - clímax - desfecho.
Alguns exemplos de textos narrativos
• Conto
• Fábula
• Romance
• Novela
• Crônica
Texto Descritivo
O texto descritivo é um tipo de texto que apresenta a descrição de algo, seja de uma pessoa, um objeto, um local, etc.
Assim, ele apresenta apreciações, impressões e observações de algo indicando os aspectos, as características, os detalhes
singulares e os pormenores.
Utilização de adjetivos, verbos de ligações, metáforas e comparações.
- Introdução: apresentação sobre o que (ou quem) será descrito.
- Desenvolvimento: realização da descrição (objetiva ou subjetiva) de algo.
- Conclusão: término da descrição.
Descrição objetiva - Descrição subjetiva
Alguns exemplos de textos descritivos
Diário
Relatos
Biografia
Notícia
Cardápio
Texto Dissertativo
O texto dissertativo busca defender uma ideia e, logo, é baseado na
argumentação e no desenvolvimento de um tema. Geralmente, os textos
dissertativos-argumentativos, além de serem opinativos, buscam persuadir o leitor.
Estrutura dos textos dissertativos
A estrutura dos textos dissertativos é dividida em três partes fundamentais:
- Introdução;
- Desenvolvimento;
- Conclusão.
Texto Expositivo
O texto expositivo pretende apresentar um tema a partir de recursos como a
conceituação, a definição, a comparação e a enumeração. Dessa forma, o objetivo central
do emissor é explanar, discutir e explicar sobre um determinado assunto.
Texto informativo-expositivo: tem como objetivo a transmissão de informações, sem que
haja juízo de valor.
Texto expositivo-argumentativo: foca na exposição de tema com defesa de opinião.
Alguns exemplos de textos expositivos
Seminários
Entrevistas
Palestras
Enciclopédia
Verbete de dicionário
Texto Injuntivo
O texto Injuntivo ou instrucional está pautado na explicação e no método para a
realização de algo.
Utilização dos verbos no imperativo, de modo a indicar uma "ordem".
Exemplos de textos injuntivos
Regulamento
Propaganda
Receita culinária
Bula de remédio
Manual de instruções
Fonte: https://www.todamateria.com.br/tipos-de-textos/
Questões
01. (Enem – 2009)
Os quadrinhos exemplificam que as Histórias em Quadrinhos constituem
um gênero textual:
a) em que a imagem pouco contribui para facilitar a interpretação da mensagem
contida no texto, como pode ser constatado no primeiro quadrinho.
b) cuja linguagem se caracteriza por ser rápida e clara, que facilita a compreensão,
como se percebe na fala do segundo quadrinho.
c) em que o uso de letras com espessuras diversas está ligado a sentimentos
expressos pelos personagens, como pode ser percebido no último quadrinho.
d) que possui em seu texto escrito características próximas a uma conversação face
a face, como pode ser percebido no segundo quadrinho.
e) em que a localização casual dos balões nos quadrinhos expressa com clareza a
sucessão cronológica da história, como pode ser percebido no segundo quadrinho.
02. (Enem 2010)
Machado de Assis
Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista,
romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um
operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de
Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua perde a mãe muito cedo
e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola
pública, única que frequentou o autodidata Machado de Assis.
Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado constitui-se de
a) fatos ficcionais, relacionados a outros de caráter realista, relativos à vida de um renomado escritor.
b) representações generalizadas acerca da vida de membros da sociedade por seus trabalhos e vida
cotidiana.
c) explicações da vida de um renomado escritor, com estrutura argumentativa, destacando como tema
seus principais feitos.
d) questões controversas e fatos diversos da vida de personalidade histórica, ressaltando sua intimidade
familiar em detrimento de seus feitos públicos.
e) apresentação da vida de uma personalidade, organizada sobretudo pela ordem tipológica da narração,
com um estilo marcado por linguagem objetiva.
03. (Enem 2013)
A diva
Vamos ao teatro, Maria José?
Quem me dera,
desmanchei em rosca quinze kilos de farinha,
tou podre. Outro dia a gente vamos.
Falou meio triste, culpada,
e um pouco alegre por recusar com orgulho.
TEATRO! Disse no espelho.
TEATRO! Mais alto, desgrenhada.
TEATRO! E os cacos voaram
sem nenhum aplauso.
Perfeita.
PRADO, A. Oráculos de maio. São Paulo: Siciliano, 1999.
Os diferentes gêneros textuais desempenham funções sociais diversas,
reconhecidas pelo leitor com base em suas características específicas, bem como
na situação comunicativa em que ele é produzido. Assim, o texto A diva
a) narra um fato real vivido por Maria José.
b) surpreende o leitor pelo seu efeito poético.
c) relata uma experiência teatral profissional.
d) descreve uma ação típica de uma mulher sonhadora.
e) defende um ponto de vista relativo ao exercício teatral.
04. (Enem – 2012)
A publicidade, de uma forma geral, alia elementos verbais e imagéticos na
constituição de seus textos. Nessa peça publicitária, cujo tema é a
sustentabilidade, o autor procura convencer o leitor a
a) assumir uma atitude reflexiva diante dos fenômenos naturais.
b) evitar o consumo excessivo de produtos reutilizáveis.
c) aderir à onda sustentável, evitando o consumo excessivo.
d) abraçar a campanha, desenvolvendo projetos sustentáveis.
e) consumir produtos de modo responsável e ecológico.
05. (ENEM 2010)
MOSTRE QUE SUA MEMÓRIA É MELHOR DO QUE A DE COMPUTADOR E GUARDE ESTA 
CONDIÇÃO: 12X SEM JUROS.
Revista Época. N° 424, 03 jul. 2006.
Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como práticas de linguagem, assumindo
funções específicas, formais e de conteúdo. Considerando o contexto em que circula o texto
publicitário, seu objetivo básico é
a) definir regras de comportamento social pautadas no combate ao consumismo exagerado.
b) influenciar o comportamento do leitor, por meio de apelos que visam à adesão ao consumo.
c) defender a importância do conhecimento de informática pela população de baixo poder
aquisitivo.
d) facilitar o uso de equipamentos de informática pelas classes sociais economicamente
desfavorecidas.
e) questionar o fato de o homem ser mais inteligente que a máquina, mesmo a mais moderna.
06. (ENEM 2010)
Câncer 21/06 a 21/07
O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças na sua autoestima e no seu modo de agir. O
corpo indicará onde você falha – se anda engolindo sapos, a área gástrica se ressentirá. O que ficou
guardado virá à tona, pois este novo ciclo exige uma “desintoxicação”. Seja comedida em suas ações, já
que precisará de energia para se recompor. Há preocupação com a família, e a comunicação entre os
irmãos trava. Lembre-se: palavra preciosa é palavra dita na hora certa. Isso ajuda também na vida
amorosa, que será testada. Melhor conter as expectativas e ter calma, avaliando as próprias carências de
modo maduro. Sentirá vontade de olhar além das questões materiais – sua confiança virá da intimidade
com os assuntos da alma.
Revista Cláudia. Nº 7, ano 48, jul. 2009.
O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu contexto de uso, sua função específica,
seu objetivo comunicativo e seu formato mais comum relacionam-se com os conhecimentos construídos
socioculturalmente. A análise dos elementos constitutivos desse texto demonstra que sua função é:
a) vender um produto anunciado.
b) informar sobre astronomia.
c) ensinar os cuidados com a saúde.
d) expor a opinião de leitoresem um jornal.
e) aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho.
07. (ENEM – 2009)
Em Touro Indomável, que a cinemateca lança nesta semana nos Estados de São
Paulo e Rio de Janeiro, a dor maior e a violência verdadeira vêm dos demônios de La
Motta – que fizeram dele tanto um astro no ringue como um homem fadado à
destruição. Dirigida como um senso vertiginoso do destino de seu personagem, essa
obra-prima de Martin Scorcese é daqueles filmes que falam à perfeição de seu tema (o
boxe) para então transcendê-lo e tratar do que importa: aquilo que faz dos seres
humanos apenas isso mesmo, humanos e tremendamente imperfeitos.
Revista Veja, 18 fev. 2009 (adaptado).
Ao escolher este gênero textual, o produtor do texto objetivou
a) Construir uma apreciação irônica do filme.
b) Evidenciar argumentos contrários ao filme de Scorcese.
c) Elaborar uma narrativa com descrição de tipos literários.
d) Apresentar ao leitor um painel da obra e se posicionar criticamente.
e) Afirmar que o filme transcende o seu objetivo inicial e, por isso, perde sua qualidade.
Analise os fragmentos a seguir e assinale a alternativa que indique as tipologias textuais às
quais eles pertencem:
Texto I
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar,
encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o
cachimbo. Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se
ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque (...).
Texto 2
Era um homem alto, robusto, muito forte, que caminhava lentamente, como se precisasse fazer esforço para
movimentar seu corpo gigantesco. Tinha, em contrapartida, uma cara de menino, que a expressão alegre acentuava ainda mais.
Texto 3
Novas tecnologias
Atualmente, prevalece na mídia um discurso de exaltação das novas tecnologias, principalmente aquelas ligadas às
atividades de telecomunicações. Expressões frequentes como “o futuro já chegou”, “maravilhas tecnológicas” e “conexão total
com o mundo” “fetichizam” novos produtos, transformando-os em objetos do desejo, de consumo obrigatório. Por esse motivo
carregamos hoje nos bolsos, bolsas e mochilas o “futuro” tão festejado.
Todavia, não podemos reduzir-nos a meras vítimas de um aparelho midiático perverso, ou de um aparelho capitalista
controlador. Há perversão, certamente, e controle, sem sombra de dúvida. Entretanto, desenvolvemos uma relação simbiótica de
dependência mútua com os veículos de comunicação, que se estreita a cada imagem compartilhada e a cada dossiê pessoal
transformado em objeto público de entretenimento.
Não mais como aqueles acorrentados na caverna de Platão, somos livres para nos aprisionar, por espontânea vontade,
a esta relação sadomasoquista com as estruturas midiáticas, na qual tanto controlamos quanto somos controlados.
Texto 4
Modo de preparo:
Bata no liquidificador primeiro a cenoura com os ovos e o óleo, acrescente o
açúcar e bata por 5 minutos;
Depois, numa tigela ou na batedeira, coloque o restante dos ingredientes,
misturando tudo, menos o fermento;
Esse é misturado lentamente com uma colher;
Asse em forno preaquecido (180° C) por 40 minutos.
a) narração – descrição – dissertação – prescrição.
b) descrição – narração – dissertação – prescrição.
c) dissertação – prescrição – descrição – narração.
d) prescrição – descrição – dissertação – narração
09. (UFV) Considere o texto:
“O incidente que se vai narrar, e de que Antares foi teatro na sexta-feira 13 de dezembro
do ano de 1963, tornou essa localidade conhecida e de certo modo famosa da noite para o dia.
(…) Bem, mas não convém antecipar fatos nem ditos. Melhor será contar primeiro, de maneira
tão sucinta e imparcial quanto possível, a história de Antares e de seus habitantes, para que se
possa ter uma ideia mais clara do palco, do cenário e principalmente das personagens principais,
bem como da comparsaria, desse drama talvez inédito nos anais da espécie humana.”
Érico Veríssimo
Assinale a alternativa que evidencia o papel do narrador no fragmento acima:
a) O narrador tem senso prático, utilitário e quer transmitir uma experiência pessoal.
b) É um narrador introspectivo, que relata experiências que aconteceram no passado, em 1963.
c) Em atitude semelhante à de um jornalista ou de um espectador, escreve para narrar o que
aconteceu com x ou y em tal lugar ou tal hora.
d) Fala de maneira exemplar ao leitor, porque considera sua visão a mais correta.
e) É um narrador neutro, que não deixa o leitor perceber sua presença.
10. (Enem 2012)
E como manejava bem os cordéis de seus títeres, ou ele mesmo, títere
voluntário e consciente, como entregava o braço, as pernas, a cabeça, o tronco,
como se desfazia de suas articulações e de seus reflexos quando achava nisso
conveniência. Também ele soubera apoderar-se dessa arte, mais artifício, toda
feita de sutilezas e grosserias, de expectativa e oportunidade, de insolência e
submissão, de silêncios e rompantes, de anulação e prepotência. Conhecia a
palavra exata para o momento preciso, a frase picante ou obscena no ambiente
adequado, o tom humilde diante do superior útil, o grosseiro diante do inferior, o
arrogante quando o poderoso em nada o podia prejudicar. Sabia desfazer situações
equívocas, e armar intrigas das quais se saía sempre bem, e sabia, por experiência
própria, que a fortuna se ganha com uma frase, num dado momento, que este
momento único, irrecuperável, irreversível, exige um estado de alerta para a sua
apropriação.
(RAWET, S. O aprendizado)
No conto, o autor retrata criticamente a habilidade do personagem no
manejo de discursos diferentes segundo a posição do interlocutor na sociedade.
A crítica à conduta do personagem está centrada
a) na imagem do títere ou fantoche em que o personagem acaba por se
transformar, acreditando dominar os jogos de poder na linguagem.
b) na alusão à falta de articulações e reflexos do personagem, dando a entender
que ele não possui o manejo dos jogos discursivos em todas as situações.
c) no comentário, feito em tom de censura pelo autor, sobre as frases obscenas
que o personagem emite em determinados ambientes sociais.
d) nas expressões que mostram tons opostos no discursos empregados
aleatoriamente pelo personagem em conversas com interlocutores variados.
e) no falso elogio à originalidade atribuída a esse personagem, responsável por seu
sucesso no aprendizado das regras de linguagem da sociedade
11. (Enem)
Aquele bêbado
Juro nunca mais beber — e fez o sinal da cruz com os indicadores. Acrescentou: — Álcool.
O mais ele achou que podia beber. Bebia paisagens, músicas de Tom Jobim, versos de Mário Quintana.
Tomou um pileque de Segall. Nos fins de semana, embebedava-se de Índia Reclinada, de Celso Antônio.
— Curou-se 100% do vício — comentavam os amigos.
Só ele sabia que andava mais bêbado que um gambá. Morreu de etilismo abstrato, no meio de uma
carraspana de pôr do sol no Leblon, e seu féretro ostentava inúmeras coroas de exalcoólatras anônimos.
(ANDRADE, C. D. Contos plausíveis)
A causa mortis do personagem, expressa no último parágrafo, adquire um efeito irônico no
texto porque, ao longo da narrativa, ocorre uma:
a) metaforização do sentido literal do verbo “beber”.
b) aproximação exagerada da estética abstracionista.
c) apresentação gradativa da coloquialidade da linguagem.
d) exploração hiperbólica da expressão “inúmeras coroas”.
e) citação aleatória de nomes de diferentes artista
12. (Enem)
Qualquer que tivesse sido o seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de
profissão e passara pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo o que sabíamos
dele.
O professor era gordo, grande e silencioso, de ombros contraídos. Em vez de nó na
garganta, tinha ombros contraídos. Usava paletó curto demais, óculos sem aro, com um
fio de ouro encimando o nariz grosso e romano. E eu era atraída por ele. Não amor,mas
atraída pelo seu silêncio e pela controlada impaciência que ele tinha em nos ensinar e
que, ofendida, eu adivinhara. Passei a me comportar mal na sala. Falava muito alto,
mexia com os colegas, interrompia a lição com piadinhas, até que ele dizia, vermelho:
— Cale-se ou expulso a senhora da sala.
Ferida, triunfante, eu respondia em desafio: pode me mandar! Ele não mandava,
senão estaria me obedecendo. Mas eu o exasperava tanto que se tornara doloroso para
mim ser objeto do ódio daquele homem que de certo modo eu amava. Não o amava
como a mulher que eu seria um dia, amava-o como uma criança que tenta
desastradamente proteger um adulto, com a cólera de quem ainda não foi covarde e vê
um homem forte de ombros tão curvos.
(LISPECTOR, C. Os desastres de Sofia. 
In: A legião estrangeira. São Paulo: Ática, 1997)
Entre os elementos constitutivos dos gêneros está a sua própria estrutura
composicional, que pode apresentar um ou mais tipos textuais, considerando-se
o objetivo do autor. Nesse fragmento, a sequência textual que caracteriza o
gênero conto é a:
a) expositiva, em que se apresentam as razões da atitude provocativa da aluna.
b) injuntiva, em que se busca demonstrar uma ordem dada pelo professor à aluna.
c) descritiva, em que se constrói a imagem do professor com base nos sentidos da
narradora.
d) argumentativa, em que se defende a opinião da enunciadora sobre o
personagem-professor.
e) narrativa, em que se contam fatos ocorridos com o professor e a aluna em certo
tempo e lugar.
13. (Enem 2016)
Centro das atenções em um planeta cada vez mais interconectado, a Floresta Amazônica expõe inúmeros
dilemas. Um dos mais candentes diz respeito à madeira e sua exploração econômica, uma saga que envolve os
muitos desafios para a conservação dos recursos naturais às gerações futuras.
Com o olhar jornalístico, crítico e ao mesmo tempo didático, adentramos a Amazônia em busca de histórias
e sutilezas que os dados nem sempre revelam. Lapidamos estatísticas e estudos científicos para construir uma
síntese útil a quem direciona esforços para conservar a floresta, seja no setor público, seja no setor privado, seja na
sociedade civil.
Guiada como uma reportagem, rica em informações ilustradas, a obra Madeira de ponta a ponta revela a
diversidade de fraudes na cadeia de produção, transporte e comercialização da madeira, bem como as iniciativas de
boas práticas que se disseminam e trazem esperança rumo a um modelo de convivência entre desenvolvimento e
manutenção da floresta.
(VlLLELA. M.; SPINK, P. In: ADEODATO, S)
A fim de alcançar seus objetivos comunicativos, os autores escreveram esse texto para:
a) apresentar informações e comentários sobre o livro.
b) noticiar as descobertas científicas oriundas da pesquisa.
c) defender as práticas sustentáveis de manejo da madeira.
d) ensinar formas de combate à exploração ilegal de madeira.
e) demonstrar a importância de parcerias para a realização da pesquisa.
14. (Enem)
Anfíbio com formato de cobra é descoberto no Rio Madeira (RO)
Animal raro foi encontrado por biólogos em canteiro de obras de usina.
Exemplares estão no Museu Emilio Goeldi, no Pará
O trabalho de um grupo de biólogos no canteiro de obras da Usina
Hidrelétrica Santo Antônio, no Rio Madeira, em Porto Velho, resultou na
descoberta de um anfíbio de formato parecido com uma cobra. Atretochoana
eiselti é o nome científico do animal raro descoberto em Rondônia. Até então, só
havia registro do anfíbio no Museu de História Natural de Viena e na Universidade
de Brasília. Nenhum deles tem a descrição exata de localidade, apenas “América do
Sul”. A descoberta ocorreu em dezembro do ano passado, mas apenas agora foi
divulgada.
(XIMENES, M.)
A notícia é um gênero textual em que predomina a função referencial da
linguagem. No texto, essa predominância evidencia-se pelo(a):
a) recorrência de verbos no presente para convencer o leitor.
b) uso da impessoalidade para assegurar a objetividade da informação.
c) questionamento do código linguístico na construção da notícia.
d) utilização de expressões úteis que mantêm aberto o canal de comunicação com
o leitor.
e) emprego dos sinais de pontuação para expressar as emoções do autor.
15. (Enem)
Assaltantes roubam no ABC 135 mil figurinhas da Copa do Mundo
Cinco assaltantes roubaram 135 mil figurinhas do álbum da Copa do Mundo
2010 na noite de quarta-feira (21), em Santo André, no ABC. Segundo a assessoria
da Treelog, empresa que distribui cromos, ninguém ficou ferido durante a ação.
O roubo aconteceu por volta das 23h30. Armados, os criminosos renderam
30 funcionários que estavam no local, durante cerca de 30 minutos, e levaram 135
caixas, cada uma delas contendo mil figurinhas. Cada pacote com cinco cromos
custa R$ 0,75.
Procurada pelo G1, a Panini, editora responsável pelas figurinhas, afirmou
que a falta de cromos em algumas bancas não tem relação com o roubo. Segundo
a editora, isso se deve à grande demanda pelas figurinhas.
A notícia é um gênero jornalístico. No texto, o que caracteriza a linguagem desse
gênero é o uso de:
a) expressões linguísticas populares.
b) termos técnicos e científicos.
c) palavras de origem estrangeira.
d) variantes linguísticas regionais.
e) formas da norma padrão da língua.
16. (Enem 2016)
Você pode não acreditar
Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que os leiteiros deixavam as garrafinhas de
leite do lado de fora das casas, seja ao pé da porta, seja na janela.
A gente ia de uniforme azul e branco para o grupo, de manhãzinha, passava pelas casas e não
ocorria que alguém pudesse roubar aquilo.
Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que os padeiros deixavam o pão na soleira da
porta ou na janela que dava para a rua. A gente passava e via aquilo como uma coisa normal.
Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que você saía à noite para namorar e voltava
andando pelas ruas da cidade, caminhando displicentemente, sentindo cheiro de jasmim e de alecrim,
sem olhar para trás, sem temer as sombras.
Você pode não acreditar: houve um tempo em que as pessoas se visitavam airosamente.
Chegavam no meio da tarde ou à noite, contavam casos, tomavam café, falavam da saúde, tricotavam
sobre a vida alheia e voltavam de bonde às suas casas.
Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que o namorado primeiro ficava andando
com a moça numa rua perto da casa dela, depois passava a namorar no portão, depois tinha ingresso na
sala da família. Era sinal de que já estava praticamente noivo e seguro.
Houve um tempo em que havia tempo.
Houve um tempo.
(SANTANNA, A. R. Estado de Minas)
Nessa crônica, a repetição do trecho “Você pode não acreditar: mas houve
um tempo em que...” configura-se como uma estratégia argumentativa que visa:
a) Surpreender o leitor com a descrição do que as pessoas faziam durante o seu
tempo livre antigamente.
b) sensibilizar o leitor sobre o modo como as pessoas se relacionavam entre si num
tempo mais aprazível.
c) advertir o leitor mais jovem sobre o mau uso que se faz do tempo nos dias
atuais.
d) incentivar o leitor a organizar melhor o seu tempo sem deixar de ser nostálgico.
e) convencer o leitor sobre a veracidade de fatos relativos à vida no passado
17. (ENEM PPL – 2017)
É dia de festa na roça. Fogueira posicionada, caipiras arrumados, barraquinhas
com quitutes suculentos e bandeirinhas de todas as cores enfeitando o salão. Mas o
ponto mais esperado de toda a festa é sempre a quadrilha, embalada por música típica e
linguajar próprio. Anarriê, alavantú, balancê de damas e tantos outros termos agitados
pelo puxador da quadrilha deixam a festa de São João, comemorada em todo o Brasil,
ainda mais completa.
Embora os festejos juninos sejam uma herança da colonização portuguesa no
Brasil, grande parte das tradições da quadrilha tem origem francesa. E muita gente dança
sem saber.
As influências estrangeiras são muitas nas festas dos três santos do mês de junho
(Santo Antônio, no dia 13, e São Pedro, no dia 29, completam o grupo). O “changê de
damas”nada mais é do que a troca de damas na dança, do francês “changer”. O
“alavantú”, quando os casais se aproximam e se cumprimentam, também é francês, e
vem de “en avant tous”. Assim também acontece com o “balancê”, que também vem de
bailar em francês.
SOARES, L. Disponível em: http://gazetaonline.globo.com. Acesso em: 30 jun. 2015 
(adaptado)
Ao discorrer sobre a festa de São João e a quadrilha como manifestações
da cultura corporal, o texto privilegia a descrição de
a) movimentos realizados durante a coreografia da dança.
b) personagens presentes nos festejos de São João.
c) vestimentas utilizadas pelos participantes.
d) ritmos existentes na dança da quadrilha.
e) folguedos constituintes do evento.
18. (Enem – 2018)
Reclame
se o mundo não vai bem
a seus olhos, use lentes ...
ou transforme o mundo.
ótica olho vivo
agradece a preferência.
CHACAL. Disponível em: www.escritas.org. 
Acesso em: 14 ago. 2014.
Os gêneros podem ser híbridos, mesclando características de diferentes composições textuais que
circulam socialmente. Nesse poema, o autor preservou, do gênero publicitário, a seguinte característica:
A) Extensão do texto.
B) Emprego da injunção.
C) Apresentação do título.
D) Disposição das palavras.
E) Pontuação dos períodos.
19. (ENEM – 2018)
Cores do Brasil
Ganhou nova versão, revista e ampliada, o livro lançado em 1988 pelo
galerista Jacques Ardies, cuja proposta é ser publicação informativa sobre nomes
do “movimento arte naïf do Brasil”, como define o autor. Trata-se de um caminho
estético fundamental na arte brasileira, assegura Ardies. O termo em francês foi
adotado por designar internacionalmente a produção que no Brasil é chamada de
arte popular ou primitivismo, esclarece Ardies. O organizador do livro explica que a
obra não tem a pretensão de ser um dicionário. “Falta muita gente. São muitos
artistas”, observa. A nova edição veio da vontade de atualizar informações
publicadas há 26 anos. Ela incluiu artistas em atividade atualmente e veteranos
que ficaram de fora do primeiro livro. A arte naïf no Brasil 2 traz 79 autores de
várias regiões do Brasil.
WALTER SEBASTIÃO. Estado de Minas, 17 jan. 2015 (adaptado).
O fragmento do texto jornalístico aborda o lançamento de um livro sobre
arte naïf no Brasil. Na organização desse trecho predomina o uso da sequência
a) injuntiva, sugerida pelo destaque dado à fala do organizador do livro.
b) argumentativa, caracterizada pelo uso de adjetivos sobre o livro.
c) narrativa, construída pelo uso de discurso direto e indireto.
d) descritiva, formada com base em dados editoriais da obra.
e) expositiva, composta por informações sobre a arte naïf.
Gabarito
01 – D
02 – E
03 – B
04 – E
05 – B
06 – E
07 – D
08 – A
09 – C
10 – A
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