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Gabriela G. Gutierres Sarampo e Rubéola Sarampo Família: Paramyxoviridae; Gênero: Morbilivirus Morfologia o RNAfs- fita simples, linear, não segmentado o Envelope lipoproteico o Capsídeo de simetria helicoidal RNA genômico o 6 proteínas estruturais P e L → polimerase/transcriptase N → nucleoproteína: forma o nucleocapsídeo H → hemaglutinina (espículas) F → proteína de fusão (espículas) M → proteína matriz: juntamente com os lipídios da membrana da célula hospedeira, envelope viral. o 2 proteínas não estruturais V e C → codifica a fasfoproteína viral Replicação viral 1. Adsorção e fusão do envelope viral com a mem. Celular: mediadas pelas proteínas H e F, RESPECTIVAMENTE. 2. Após a fusão o nucleocapsídeo é liberado no citoplasma. 3. Transcrição realizada pela polimerase viral e resulta na produção do RNAm. (citoplasma) 4. Tradução e processamento das proteínas 5. RNA viral parental de polaridade negativa, é copiado em fita complementar com polaridade positiva, que vai ser molde para nova síntese de RNAfs-. 6. A partícula viral deixa a célula hospedeira por brotamento Patogênese o A contaminação se dá pelo trato respiratório superior ou da conjuntiva. o A multiplicação se inicia no local de entrada o O vírus se dissemina por via linfática, disseminando-se para o resto do sistema reticuloendotelial e trato respiratório. o Manchas de koplik → enantemas na mucosa oral (1 a 2 dias do exantema) o Período de incubação é aproximadamente de 10 dias. o Período prodrômico de dois a três dias: coriza, febre, tosse e conjuntivite. (início da resposta imune) o Fase de aparecimento do exantema maculopapular. o Período de maior contágio: 4 a 5 dias do aparecimento das lesões cutâneas. Resposta imune o Período prodrômico: interação dos linfócitos TCD8+ com células infectadas dos pequenos vasos sanguíneos da pele e das mucosas dos tecidos dos sistemas reticuloendotelial e linfoide do corpo. o Linfócitos TCD8+ → resposta inflamatória → destruição das células infectadas → eliminação do vírus o Aparecimento do exantema e anticorpo. o SLAM ou CD150 - linfócitos T e B o CD46 - células epiteliais o Replicação pode lisar as células: porém não apresenta ciclo lítico. Evasão o Inibem a ação dos IFN o Inibem a pridução de IL-12 - Resp. TH-1 Características marcantes da infecção o Formação de células gigantes multinucleadas ou sincícios Células de Warthin-Finkeldey - tecidos linforreticulares Células epiteliais gigantes - pele, conjuntiva, mucosa do trato resp. superior, etc. Complicações o 30% dos infectados apresentam: otites, pneumonias e encefalites. Pneumonias: complicação mais comum As complicações pulmonares correspondem a 90% dos casos de sarampo relacionados com óbitos. Encefalomielite aguda disseminada: grave, incapacitante e fatal. Pode deixar sequelas neurológicas o Desenvolve-se entre o 6-7 dias do exantema (convulsões, coma) o Ocorre em 1 entre 1000 casos o Taxa de letalidade de 10% a 20% Diagnóstico o Clínico - sintomas e características clínicas o Isolamento do vírus de células mononucleares de sangue periférico, secreções respiratórias, conjuntiva, LCR, urina ou tecidos nos primeiros 5 dias da doença. o Detecção de anticorpos: ELISA, IF - para a dosagem de IgM e IgG (rede pública) Objetivos: o Identificar o padrão genético circulante o Diferenciar os casos autóctones do sarampo dos casos importados o Diferenciar o vírus selvagem do vírus vacinal Tratamento e Prevenção Vitamina A: recuperação mais rápida dos linfócitos e melhora na resposta de anticorpos IgG na fase aguda. Vacinação o Evita a doença se administrada dentro de 72h após o contato com o doente o Brasil: primeira dose aos 12 meses e a segunda aos 15 meses (sarampo, rubéola, caxumba, varicela) - tríplice viral ou tetra viral. Rubéola Família: Togavírus; Gênero: rubivírus Morfologia: o RNAfs+ fita simples o Envelope lipoproteico o Capsídeo; simetria icosaédrica: proteína C - ligação do capsídeo ao núcleo viral. o Espículas: E1 - adsorção do vírus a célula e apresenta atividade fusogênica E2 - rica em arginina e fica recoberta pela E1 Transmissão o AEROSSÓIS (secreção nasofaringe) Tossir, espirrar, falar, bocejar, respirar; o O vírus infecta a nasofaringe e os pulmões e, então, se dissemina para os linfonodos e o sistema monócito- macrófago Período Incubação: 14-21 dias Período prodrômico: 5-10 dias antes do exantema o Multiplicação viral (nasofaringe e pulmões) o Tecido Linfóide (LINFONODOMEGALIA) Período exantemático: 5-10 dias o Exantema Maculopápulas pontuais e rosadas; Erupção cutânea (generaliza em 24h) Duração de 3 dias o Início na face e alastra-se o "rash" começa a desaparecer gradualmente o "rash" desaparece Resposta imune o São gerados anticorpos simultaneamente ao aparecimento do exantema o O anticorpo limita a disseminação o Existe apenas um sorotipo de rubéola e a infecção natural produz imunidade para toda a vida Rubéola congênita o Pode atravessar a barreira placentária Mal formações: surdez, cegueira, retardo mental. Diagnóstico o Predominantemente clínico o Laboratorial: Isolamento do vírus (amostra da região nasal, faringe) Detecção de anticorpos (IgM e IgG) imunofluorescência indireta e ELISA Biologia molecular - PCR (busca do genoma viral) Prevenção e Tratamento o Imunização (Tríplice e Tetra valente): Sarampo, caxumba, Rubéola e/ou Varicela zoster Todas as crianças até 12 meses - (2ªdose dos 4-6 anos) Homens e mulheres até 39 anos = 1 dose da tripla, ou dupla (sarampo e rubéola) Contraindicada em grávidas - VÍRUS ATENUADO o Tratamento Não há tratamento antiviral específico - doença autolimitada.
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