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Abdome agudo Discente: Jardani Dias Vieira da Cunha Matrícula: 20169055060 Parnaíba, 2021 Universidade Federal do Delta do Parnaíba Curso de Medicina Internato em Clínica Cirúrgica conceito Sinais e sintomas de dor e sensibilidade abdominal, que, em geral, requer terapia cirúrgica de emergência Diagnóstico varia de acordo com idade e sexo APENDICITE DIVERTICULITE ISQUEMIA E INFARTO INTESTINAL OBSTRUÇÃO INTESTINAL DOENÇA BILIAR Muitas doenças podem cursar com esse quadro, sendo cirúrgicos ou não. Devendo-se realizar uma avaliação completa e rápida para melhor programação terapêutica 2 CAUSAS NÃO CIRÚRGICAS Endócrinas e metabólicas Uremia Hematológicas Crise falciforme Toxinas e drogas Envenenamento por chumbo Crise diabética Crise addisoniana Porfiria aguda intermitente Febre hereditária do Mediterrâneo Leucemia aguda Outras discrasias sanguíneas Intoxicações por outros metais pesados Abstinência narcótica Envenenamento por aranha viúva-negra CAUSAS CIRÚRGICAS Hemorragia Trauma de órgãos sólidos Infecção Apendicite Perfuração Úlcera gastrointestinal perfurada Obstrução Isquemia Vazamento ou ruptura de aneurisma arterial Gravidez ectópica rompida Divertículo gastrointestinal com sangramento Malformação arteriovenosa do trato gastrointestinal Ulceração intestinal Fístula aortoduodenal após o enxerto vascular aórtico Pancreatite hemorrágica Síndrome de Mallory-Weiss Ruptura espontânea do baço Colecistite Divertículo de Meckel Abscesso hepático Abscesso diverticular Abscesso do psoas Câncer gastrointestinal perfurado Síndrome de Boerhaave Divertículo perfurado Obstrução do intestino delgado/grosso relacionado à aderência Volvo do sigmoide Volvo cecal Hérnias encarceradas Doença intestinal inflamatória Neoplasia maligna gastrointestinal Intussuscepção Doença de Buerger Trombose/embolia mesentérica Torção ovariana Colite isquêmica Torção testicular Hérnias estranguladas Anatomia e fisiologia 5 Ombro direito Fígado Ombro esquerdo Cardíaca Escroto e testículos Ureter Vesícula biliar Hemidiafragma direito Cauda do pâncreas Baço Hemidiafragma esquerdo Dor visceral Vaga e imprecisa; Epigástrio, região periumbilical ou hipogástrio Dor parietal Mais agudas e bem-localizadas Depende do comportamento das raízes dos nervos segmentar que inervam o peritônio Dor referida Percebida em um local distante da fonte do estímulo Origem do intestino embrionário anterior, médio ou posterior Anamnese ingesta de alimentos em geral exacerba a dor da obstrução intestinal, da cólica biliar, da pancreatite, da diverticulite ou da perfuração intestinal. O alimento pode aliviar a dor da úlcera péptica não perfurada ou da gastrite 6 Dor Início; Sintomas associados Náuseas, vômito, constipação, diarreia, prurido, melena, hematoquezia ou hematúria. Localização; Tipo; Duração; Irradiação; Cronologia. História clínica pregressa Medicamentos em uso, cirurgias prévias, história ginecológica. Exame físico silêncio abdominal sugere íleo, enquanto ruídos intestinais hiperativos podem ser encontrados nas enterites e na fase precoce da isquemia intestinal. Timpanismo: distensão gasosa do intestino, ar livre intra-abdominal; Macicez localizada: massa abdominal; Grau de ascite: onda líquida ou ondulação pode ser gerada por uma compressão firme e rápida; Peritonite: tapotagem firme da crista ilíaca, do flanco ou do calcanhar com uma perna estendida; 7 Inspeção geral Ausculta abdominal Intensidade e qualidade de ruídos intestinais; Inspeção abdominal Aspecto: distendido, escafoide ou abaulamento; Presença de eritema, edema ou equimoses; Percussão abdominal Timpanismo, macicez localizada, grau de ascite e peritonite. Palpação abdominal Gravidade e localização exata da dor, peritonite, organomegalia e massas intra-abdominais. Toque retal e exame ginecológico Exames complementares laboratoriais Dosagem de eletrólitos séricos, ureia no sangue e nível de creatinina ajudarão na avaliação do efeito de fatores tais como vômitos ou acúmulo de líquido no terceiro espaço. amilase e da lipase séricas podem sugerir pancreatite como causa da dor abdominal, mas podem também estar elevadas em outros distúrbios como infarto do intestino delgado ou perfuração de úlcera duodenal. níveis de lactato e as determinações da gasometria arterial podem ser úteis no diagnóstico da isquemia ou infarto intestinal. A análise de urina é útil no diagnóstico de cistite bacteriana, pielonefrite e determinadas anormalidade endócrinas 8 Nível de hemoglobina Leucograma com diferencial Eletrólitos, ureia, níveis de creatinina Exame de urina Nível de gonadotrofina coriônica humana na urina Amilase, níveis de lipase Níveis de bilirrubina total e direta Nível de fosfatase alcalina Aminotransferase sérica Níveis séricos de lactato Fezes para ovos e parasitas Cultura de C. difficile e ensaio de toxina Exames complementares de imagem Radiografias de tórax e abdome Pneumoperitônio Ultrassonografia abdominal Cálculos biliares Vesícula biliar Calcificações anormais Obstruções intestinais Volvo cecal ou sigmoide TC abdominal Líquido intraperitoneal Ovários, anexos e útero Apendicite Obstrução mecânica do intestino delgado Íleo paralítico Isquemia intestinal aguda Lesão intestinal após trauma abdominal fechado Monitoração da pressão-intra abdominal graus 1 e 2 geralmente podem ser tratadas adequadamente com intervenções médicas focando manter a euvolemia, descompressão intestinal através da sonda nasogástrica e/ou laxantes e enemas, suspensão da alimentação enteral, aspiração por punção de líquido ascítico, relaxamento da parede abdominal e o uso criterioso de líquidos hipotônicos intravenosos 10 pode elevar o diafragma aumenta o pico da pressão inspiratória diminui a capacidade ventilatória Pressão intra-abdominal anormalmente elevada reduz o fluxo sanguíneo para os órgãos abdominais diminui o retorno venoso ao coração aumenta estase venosa Achados associados à doença cirúrgica Exame Físico e Achados Laboratoriais Pressão compartimental abdominal >30 mm Hg Achados Radiográficos Dilatação maciça do intestino Lavagem Peritoneal Diagnóstica (1.000 mL) >250 leucócitos/mL Distensão piora após a descompressão gástrica Guarda involuntária ou sensibilidade de rebote Hemorragia gastrointestinal, exigindo >4 U de sangue sem estabilização Sepse sistêmica inexplicada Sinais de hipoperfusão Dilatação progressiva da alça estacionária do intestino (alça sentinela) Pneumoperitônio Extravasamento de contraste do lúmen intestinal Oclusão vascular na angiografia Gordura encalhando, parede intestinal espessada com sepse sistêmica >300.000 hemácias/mL Nível de bilirrubina maior do que o nível plasmático (vazamento de bile) Material particulado (fezes) Nível de creatinina maior do que o nível plasmático (vazamento de urina) Preparo para cirurgia de emergência Alcançar o benefício máximo da terapia pré-operatória, sem retardar o tratamento Acesso IV Correções das anormalidades eletrolíticas Infusão de antibióticos Sonda nasogástrica Pacientes com íleo paralítico generalizado Reduz probabilidade de vômito e aspiração Cateterização vesical com cateter de Foley Avaliação do débito urinário Adequação da reposição volêmica Tipagem sanguínea Transfusões de sangue Pacientes atípicos Criticamente doentes: comprometimento nutricional ou imunológico, narcoanalgesia ou uso de antibiótico. Possuem predisposições: derivação cardiopulmonar (DCP), medicamentos vasoativos e o suporte ventilatório 13 Gravidez Exame físico dificultado pelo útero gravídico Sintomas são atribuídos a gravidez Paciente criticamente doente Instáveis Consciência alterada ou estão entubados Imunocomprometido Resposta inflamatória incompleta: sintomatologiareduzida TC abdominal Paciente obeso mórbido Achados de peritonite frequentemente são tardios e de prognóstico reservado Sintomas menos específicos: taquicardia, taquipneia, derrame pleural, ou febre Estudos laboratoriais alterados 1ª escolha: Ultrassonografia Mortalidade fetal ↑ nos casos de perfuração Alto grau de suspeição Ultrassom à beira do leito, paracentese ou minilaparoscopia Doenças oportunistas e iatrogênicas podem causar dor abdominal aguda Exame físico e de imagem dificultados Trocateres especialmente projetados e portais de assistência manual algorItmos referências SABISTON, D.C.Jr., ed. et al. Tratado de cirurgia: A base Biológica da prática Cirúrgica Moderna. 19ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. SOARES, L. G. B; CALIXTO, F. R. P.; OLIVEIRA, P. H. M.; POMBO, M. A. G. Clínica cirúrgica para o generalista. 1ª Ed. Teresópolis: Editora UNIFESO (Coleção FESO – Produções Técnicas), 2018. OBRIGADA PELA ATENÇÃO!
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