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ECONOMIA VERDE X ECONOMIA AZUL
A crise ambiental tem recebido nos últimos tempos a atenção de estudiosos, práticos e econômicos, no qual alerta para um possível esgotamento dos recursos naturais. Alternativas são debatidas em conjunto por governos, sociedade civil e setor privado. É Necessário que as organizações procurem pontos que baseiam-se na defesa de mudanças estruturais e que garantam atitudes sustentáveis e com base em uma estrutura na sustentabilidade social, econômica e principalmente ambiental. É nesse contexto que apresenta-se a necessidade das empresas adotarem metodologias inovadoras e benéficas, tais como implantarem a economia verde e a economia azul em seus respectivos ambientes. 
Após muito se falar em desenvolvimento sustentável e sustentabilidade, veio à tona um novo conceito: a economia verde. De acordo com Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente PNUMA (2011), fica definido como economia verde uma economia que resulta em melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz significativamente riscos ambientais e escassez ecológica. Segundo Gouvello (2010) a economia verde está relacionada diretamente a mudanças climáticas, com o baixo carbono, a eficiência energética, e a energia renovável. 
Segundo Klabin (2015) já a economia azul é um conceito incipiente e ainda não claramente definido, mas oferece uma visão do mar e costa como uma nova fonte de crescimento econômico, criação de emprego e de investimento. Através desse contexto busca-se conciliar as atividades, pois os governos estão estabelecendo práticas de gestão costeira que levem em conta os pontos de vista do setor privado, garantindo práticas sustentáveis integradas ás necessidades de conservação. 
 A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (2010) elaborou um documento onde define, a economia verde como sendo uma agenda de desenvolvimento que propõe uma transformação na maneira de se encarar a relação entre crescimento econômico e desenvolvimento, indo muito além da visão tradicional do meio ambiente com um conjunto de limites para o crescimento ao encontrar nas mudanças climáticas e no escassamente ecológicos vetores para um crescimento mais sustentável. Na economia azul ela sugere um modelo de mudanças estruturais na economia baseado no funcionamento dos ecossistemas. A ideia central é a transformação dos problemas, dos gargalos em oportunidades para a criação de soluções eventuais para o meio ambiente e também para a saúde humana e seu respectivo bolso. Vale ressaltar que a ideia traga sobre o autor apresenta que além da economia azul beneficiar o meio ambiente, perpassa essas fronteiras e satisfazem também as necessidades humanas básicas. Este tipo de economia pode ser baseado no uso inteligente e aproveitamento total dos recursos naturais e no funcionamento dos ecossistemas sem prejudicá-los. 
Para Bittencourt, Vieira e Martins (2012, p,6.) "é a pratica imediata de todos os preceitos que fazem parte do conceito de sustentabilidade, ou seja, cuidar do meio ambiente buscando um desenvolvimento saudável". Gramkow e Prado (2008) destaca em sua pesquisa que a economia verde é apoiada em três estratégias principais; tais como a redução das emissões de carbono, maior eficiência energética, no uso dos recursos e a prevenção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos. 
A economia verde é uma proposta que visa dinamizar os efeitos ecológicos e tecnológicos para conciliar o crescimento econômico com qualidade ambiental e inclusão social, sendo assim buscando desfazer a conexão entre crescimento econômico e redução de recursos naturais, degradação ambiental, em favor do desenvolvimento sustentável (Stern, 2002). Conforme Pauli (2010) a ideia traga pela metodologia da economia azul pode soar utópica, mas garante que é perfeitamente plausível, pois apresenta ideias inovadoras que não só beneficiam o meio ambiente, bem como satisfaz as necessidades básicas do ser humano, tal qual o acesso a água, alimento, abrigo e empregos. Segundo o autor, caso fosse postos em práticas as ideias poderiam gerar mais de 100 milhões de empregos, garantindo até mesmo novas oportunidades de emprego e gerando rendas.  
Portanto é um o conjunto de processos produtivos da sociedade e as transações deles decorrentes a contribuição cada vez mais para o desenvolvimento sustentável, tanto em seus aspectos sociais quanto ambientais. Refere-se a integrações de ações que visam à promoção de uma economia com crescimento pleno, que se baseie no bem-estar social e que esteja centrada em reduzir os riscos ambientais. A fórmula para uma economia verde inclui: oferta de empregos, consumo consciente, reciclagem, reutilização de bens, uso de energia limpa e valoração da biodiversidade.
Segundo Bittencourt, Vieira e Martins (2012) A participação de cada setor é importante para a viabilidade de existência de uma economia verde. Mas é importante se ter em mente que o problema ambiental não é passível de solução a curto prazo e que, portanto, a economia verde é uma providência a ser pensada imediatamente, mas só demonstrará resultados a longo prazo. 
	Enfim, diante desse contexto pode-se afirmar que as economias verde e azul se complementam e garantem a efetivação de uma gestão ambiental completa dentro das organizações, formando uma unidade empresarial que além de atingir objetivos e metas econômicos, financeiros e lucrativos, torna uma unidade voltada as políticas ambientais, culturais e sociais. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BITTENCOURT, Ana Lucia; VIEIRA, Ricardo Stanziola e MARTINS, Queila Jaqueline Nunes. Economia verde: conceito, críticas e instrumentos de transição. Artigo apresentado na I Conferência Internacional Direito Ambiental, Transnacionalidade e Sustentabilidade (Abril de 2012). Revista Eletrônica Direito e Política, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência Jurídica da UNIVALI, Itajaí, v.7, n.2, 2º quadrimestre de 2012. Disponível em: <www.univali.br/direitoepolitica - ISSN 1980-7791>. 
Gouvello, C. et al. 2010. Brazil low-carbon: country case study. Brasília: Banco Mundial.
GRAMKOW, Camila L. PRADO, Paulo Gustavo. Delineamentos de uma economia verde. Política Ambiental / Conservação Internacional, Belo Horizonte, junho 2008. 
PAULI, Gunter. The blue economy: 10 years, 100 innovations, 100 million jobs. Reviews Frances. Estados Unidos, 2010. 
PNUMA, 2011. Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza: Síntese para Tomadores de Decisão disponível em www.unep.org/greeneconomy, acesso em 04 de novembro de 2017. 
ROBERTO, KLABIN. A economia azul: É preciso romper o paradigma de que preservação da natureza impede o crescimento econômico. Disponível em: <https://www.sosma.org.br/artigo/economia-azul/>. Acessado em 07/11/2017. As 09h. 
SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente / Coordenadoria de Planejamento Ambiental. Economia Verde: desenvolvimento, meio ambiente e qualidade de vida no Estado de São Paulo. Coordenação Casemiro Tércio dos Reis Lima Carvalho – São Paulo: SMA/CPLA, 2010. 
STERN, D. Progress on the environmental Kuznets curve? In: GALLAGHER, K. P.; WERKSMAN, J. (Ed.) International trade & sustainable development. London: Earthscan, 2002. p.91-114.

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