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Imunologia - Edgar 21/08 - 28/08 ATD1 Células Envolvidas na Resposta Imune: Hematogênese: ➡ Surgimento e ontogenia das células sanguíneas, diretamente envolvidas no contexto da resposta inflamatória. - Se inicia no contexto de surgimento de uma célula pluripotente, indiferenciada, totipotente e que se auto reproduz(célula mãe/mater - stem cell) a partir do mesoderma. - Ela pode dar origem para qualquer célula de qualquer tecido. - “Célula-tronco”. Velocidade de reprodução lenta, porém permanente. - Dependendo de onde ela se encontra, ela dará origem para um tipo celular. • Ex: medula óssea —> céls sanguíneas. • Ex: ambiente hepático —> hepatócitos. - 16º dia - FASE PRIMITIVA: no saco vitelínico essa célula começa a direcionar a produção dos eritrócitos (hemácias são as primeiras células a serem desenvolvidas). - 4ª semana - FASE DEFINITIVA ou ADULTA: todas as linhagens hematopoiéticas já são evidenciadas e a autorrenovação das CTHs. Célula mãe já consegue distinguir todas as linhagens da hematopiese. - 6ª semana: essas células começam a colonizar o parênquima hepático, dando continuidade à todas as células da linhagem sanguínea. Fígado passa a ser responsável pela hematopiese. - 6ª e 7ª semana: já existe migração de linfócitos do parênquima hepático para o timo. - 12ª semana: os ossos (todos) passam a ser definitivamente responsáveis pela função hematopoiéticas (medula óssea). Fígado deixa de possuir essa função. - Puberdade: começa a escassear os locais da hematopoiese. Começa a ser compartimentalizado nos ossos chatos (pélvis, crânio, vértebras, costelas e esterno) até o fim da vida do indivíduo como responsáveis pela hematopoiese. • Punção dos ossos (para mielocultura - estroma do osso). - Projeções da membrana celular (CD - anticorpos monoclonais): nos dá varias informações sobre as células. • Existem hoje mais de 200 CDs. ‣ Stem cell: definida pela CD34. ‣ 1ª diferenciação forma os progenitores: primeiros percursores das células sanguíneas. - Mielóides. - Linfóides. - Os progenitores compartimentalizam a hematopoiese. - Através de várias substâncias (fatores de crescimento) sintetizadas pela medula óssea, as células conseguem se formar, se desenvolver e se maturar em células da linhagem sanguínea. Por isso o estroma da medula óssea se torna tão importante (“o ambiente que faz a hematopoiese”) ‣ Progenitores mielóides: formam células da linhagem sanguínea por ação de substâncias que direcionam a diferenciação. • Progenitor eritropoiético: dá origem às hemácias por ação da eritropoietina. • Megacariócito: seu produto vai dar origem às plaquetas. Encontrado somente na medula. Catarina Alipio XXIIB 1 Imunologia - Edgar 21/08 - 28/08 ATD1 • Progenitor basofílico: dá origem a um leucócito granulócito (basófilo) e mastócitos. • Progenitor eosinofílico: dá origem a um leucócito granulócito (eosinófilo). • Progenitor granulócito-monócito : dá origem a uma célula que pertence à série granulócitica (neutrófilos) e aos monócitos (fora do sangue é o macrófago). As células dendríticas mielóides podem ser originadas também por uma diferenciação dos monócitos. ‣ Progenitor linfóide: dá origem à série linfocítica. Medula óssea é um órgão primário que dá origem ao linfócito B e aos timócitos que vão para o timo produzirem linfócito T. • Progenitor B: dá origem aos linfócitos B. • Progenitor T: dá origem aos timócitos. • Célula natural killer (NK): resposta inata e adaptativa. Leucócitos: ➡ É a série branca do sangue. - Hemograma: 6.000 - 10.000 (valores normais por mm3). • Leucopenia (< 6.000). • Leucocitose (> 10.000). - Granulócitos: os grânulos se coram com corantes neutros, ácidos, ou básicos. ✓ Neutrófilos. ✓ Eosinófilos. ✓ Basófilos. - Não granulócitos: ✓ Monócitos. ✓ Linfócitos. Série granulocítica: Neutrófilos: - Principal célula fagocítica que o organismo possui. Diretamente relacionados à resposta inata (salvo exceções). - Caso o MO consiga passar a barreira inicial de macrófagos e comecem a se multiplicar, os neutrófilos são recrutados em grande quantidade para o foco infeccioso, na tentativa de eliminar o MO. • Migração intensa de neutrófilos. • Na maioria das vezes, contem o processo infeccioso. • As enzimas liberadas por eles, além de matar o MO, provocam uma lesão no foco. ➡ Eles possuem alta capacidade fagocítica e microbicida. Catarina Alipio XXIIB 2 Imunologia - Edgar 21/08 - 28/08 ATD1 - Constituídos por dois a cinco lóbulos e possuem dois tipos de grânulos no citoplasma: grânulos específicos e azurófilos. - Tunover (renovação): grande, pois são células de vida curta. • Indivíduo normal: produz 1011 neutrólifos/ dia. ‣ Fica no tecido até 2 dias somente. ‣ Na medula óssea, ficam estocados neutrófilos maduros por até 5 dias (armazenamento). ‣ No sangue, permanece vivo por até 10 horas. • Piogênico: processo de morte dos neutrófilos no foco infeccioso com formação de pus. - Apresentam a capacidade de sair do interior de vasos sanguíneos intactos (diapedese) e invadir tecidos para defender nosso organismo. - Grânulos mais vermelhos-alaranjados. ❖ Neutrófilos aumentados: neutrofilia. ❖ Neutrófilos diminuidos: neutropenia. • Neutropênico febril: indivíduo que não está produzindo neutrófilo (por alteração medular - <500 em nª absolutos) e ao mesmo tempo apresenta febre (relacionado a um foco infeccioso). Esse paciente pode evoluir para uma sepsemia, pois ele não tem controle sobre esse foco infeccioso. - Diferenciados em neutrófilos bastonetes e segmentados. Eosinófilos: - Células fagocíticas, muito menos importante que os neutrófilos. ❖ Eosinófilos aumentados: eosinofilia. ❖ Eosinófilos diminuídos: eosinopenia. - Surgiram durante a evolução da nossa espécie devido à nossa convivência com vermes. Na tentativa de eliminar esses vermes, foi feita essa célula. - O número dessas células aumenta (eosinofilia) quando ocorre um processo alérgico (atopia) ou infecção causada por parasitas (parasitose). - A diminuição dessas células (eosinopenia), pensar em neoplasias ou leucemias. - Grandes vilões da asma: no pulmões liberam os catiônicos que induzem um processo inflamatório nos brônquios, causando uma bronquiconstrição e a falta de ar característica. • Importância na fisiopatogenia da asma brônquica. - Apresentam grânulos que se coram ao utilizar eosina e um núcleo com dois lobos conectados por um filamento. - Proporção: para cada eosinófilo no sangue, existe 200 eosinófilos na medula óssea. • Quando necessário, são liberados os eosinófilos da medula óssea. • Isso porque, sua tendência não é permanecer no sangue, mas sim em tecido conjuntivo perivascular. - Vida média curta. - Tunover razoável. Basófilos: - Células que na realidade não possuem muita importância dentro no hemograma. - Pode existir de 0 a 1 célula por mm3 no sangue. - Diretamente relacionados à fenômenos alérgicos propriamente dito. - Em seus grânulos possui a histamina, que quando liberada, atinge a citulacao sistêmica. - Migram para os tecidos em pequenas quantidades, pois sobre os fenômenos alérgicos, também atuam os mastócitos. - Possuem grânulos maiores que os dos neutrófilos e eosinófilos e núcleo grande e de formato irregular que lembra a letra “S”. Catarina Alipio XXIIB 3 Imunologia - Edgar 21/08 - 28/08 ATD1 Série agranulócitica: Monócitos: - Se caracterizam por núcleo pequeno (picnótico) e grande quantidade citoplasma (célula espamarrada). - Células com alta capacidade fagocítica, porém diferentemente dos neutrófilos, não morrem durante a atividade fagocítica. - Possuem meia vida mais longa. • Medula óssea: estocados por até a 6 dias. • Sangue: estocados por até 1 a 3 dias. • Tecidos: quando saem para um foco infeccioso do sanguese transformam em macrófagos livres que ficam de 2 a 4 meses. ‣ Apresentam como antígeno de membrana o CD14. - Possuem capacidade de atrair neutrófilos para um foco infeccioso. - Macrófagos proveniente do mesoderma na formação dos órgãos: não advém dos progenitores mieloides. • Constituem o sistema fagocítico mononuclear: são os macrófagos fixos (origem diferente dos macrófagos livres). Origem veio já da formação do órgão. - Funções: • De limpeza: conserta o estrago dos neutrófilos. E estimula o fibroblasto para fazer o processo de cicatrização. • É a ponte entre a resposta inata e a resposta adaptativa. Caso os neutrófilos não tenham dado conta de eliminar o MO. O macrófago age fagocitando a bactéria e levando até o tecido linfóide, como uma APC, para ativação do sistema imunológio. Linfócitos: - Morfologia: núcleo abundante e pouco citoplasma. - Tunover diário muito rápido: 1011 de células/dia. - Células de vida curta. - Linfopenia e linfocitose diz respeito • Quantidade de linfócitos no sangue corresponde à apenas 2% deles. - 4% na pele. - 10% na medula óssea. - 15% no MALT. - 65% nos linfonodos. Hemograma: - Toda vez que for solicitado um exame, seu resultado significa somente o momento que aquele exame foi feito. Catarina Alipio XXIIB 4 Imunologia - Edgar 21/08 - 28/08 ATD1 - Neutrófilos: por serem células abundantes, é possível compartimentalizar suas localizações. - 4 compartimentos: em situação normal. • Medula óssea: - Proliferação: produtor de células. - Reserva: armazenamento de células, para quando necessário sua liberação. • Sangue. • Tecido. - Quando há um foco infeccioso, ele vai recrutar neutrófilos. I. Ocorre um aumento de neutrófilos no tecido devido ao foco infeccioso, portanto, ocorre uma neutropenia Desse modo, o sangue deve ser reabastecido/ compensado, a partir da reserva de neutrófilos da medula óssea. II. A medula óssea percebe que seu armazenamento está diminuindo e começa a produzir novos neutrófilos. Os neutrófilos da reserva da medula óssea vai em direção ao sangue e ao tecido (neutrofilia). III. A infecção já está se resolvendo e a medula óssea não possui mais a necessidade de produzir neutrófilos, se normalizando. Porém ainda existe o foco infeccioso e a migração de neutrófilos para lá. IV. O foco infeccioso está quase normalizado. - A forma do núcleo dos neutrófilos diz respeito à infecção: • Neutrófilo bastonete: forma mais jovem do neutrófilo a ser lançada no sangue. • Neutrófilo segmentado: quanto mais velho o neutrófilo, mais quantidades de segmento ele terá. - No hemograma: • Se o nº de neutrófilos bastonetes superar 8: define-se um desvio à esquerda. - Infecção bacteriana aguda. Valores de referência: - Nas infecções virais pode ocorrer tanto linfopenia (Ex: Covid-19) quanto linfocitose. - Poucas patologias se caracterizam pelo aumento de monócitos (Ex: tuberculose). Células linfoídes inatas: - São células que não se evidenciam no hemograma e estão dentro da resposta inata. - Não sabe-se a origem delas, são linfócitos que apresentam grânulos em seu citoplasma. Catarina Alipio XXIIB 5 Imunologia - Edgar 21/08 - 28/08 ATD1 ➡ Célula natural killer (NK): resposta inata e adaptativa. • Fundamental no contexto de proteção e vigilância (contra células potencialmente neoplásicas) do hospedeiro. • Têm como função principalmente a defesa contra infecções virais (ILC-1). • Na resposta inata: possuem a capacidade de se direcionar diretamente às células infectadas por vírus e vão mata-las, portanto, é a primeira arma do hospedeiro contra a infecção viral. - Destroem as células em que os vírus estão contidos. • Indivíduos que não tenha a célula NK ou tenha deficiência dela, são mais propensos à infecções virais. - Ex: propensão à hepatite B. • Na resposta adaptativa: ocorre a resposta humoral com produção de anticorpo. As células NK (armadas) tem a capacidade de grudar anticorpos na sua membrana (CD16), facilitando que a célula NK vá de encontro direcionalmente às célula infectadas. - ADCC: citotoxidade mediada por célula dependente de anticorpo, ou seja, a citotoxiade dessa célula está relacionada com a presença de anticorpo ancorado em sua membrana. Células dentríticas: - Parte delas são APC, juntamente com os macrófagos. - Presente nos tecidos, que captam os antígenos e levam eles aos linfonodos. - 4 subpopulações: ➡ Células dendríticas mielóides (clássicas): originadas do progenitor mielóide (monócito). - São APC, responsáveis pela ativação dos linfócitos T. - Amplamente distribuídas pelo corpo (forma imatura), principalmente em cutâneo e mucosas. - Durante a translocação dessa célula do tecido para o linfonodo, ocorre seu processo de maturação, portanto, sua maturação só ocorre após o contato com o MO. • EX: Células de Langerhans —> presente somente na derme e epiderme. ➡ Células dendríticas plasmocitóides: não se sabe origem. - Não são APC. - Estão diretamente relacionadas à proteção de infecções virais. - Possuem a capacidade de sintetizar intérferon, que possui ação antiviral importante. - Presentes independente da resposta inata ou adaptativa. ➡ Células dendríticas foliculares: - Presentes em toda extensão do linfonodo. - Sua importância ocorre dentro dos folículos, na região cortical dos linfonodos. - Manutenção da ativação do linfócito B dentro do folículo (perpetuação da resposta humoral). - Morfologia: projeções citoplamáticas importantes. - Não estão presentes no sangue, portanto, muito menos no hemograma. Sub-populaçães linfocitárias: - Ontogenia do linfócito T: desenvolvimento e maturação. 1. Stem cell (CD44+, CD34, CD25-…) na medula óssea (comum a todas células do sangue) —> timócitos (Pró-T —> CD25+, CD44-) são as mais primitivas células precursora de linfócitos T, ainda não apresentam receptores. - Chegam no timo (por quimiotaxia e substâncias quimiotáxicas) e sofrem ação dos hormônios tímicos. 2. Desenvolve-se o “esboço” do receptor não formado ainda, por duas cadeias peptídicas (alfa e beta - heterodímero) —> Pré-T. Célula ainda não possui sua especificidade. Catarina Alipio XXIIB 6 Imunologia - Edgar 21/08 - 28/08 ATD1 3. Duplo positivo: o receptor está totalmente formado. Significa que essa célula já encontra sua especificidade. Essa fase ocorre na transição do córtex para a medula do timo, ou seja, essa célula já sofre a seleção positiva ou negativa (autoagressão —> apoptose). - Expressa o CD4+ e o CD8+, na sua membrana como marcadores de membrana específicos. - CD3 ainda não está totalmente formado (“esboço”). Ele é um marcador de linfócito T. 4. Simples positivo: a célula deverá escolher se será CD4 ou CD8 (+ ou -). Portanto, existem 4 possibilidades de escolha da célula. - Célula ainda no timo, portanto imatura e inativa. - Saem do timo, grupos de linfócitos CD4+ e grupos CD8+. - CD3 totalmente formado e exposto na membrana dessa célula nessa fase. - Célula está pronta para sair do timo! 5. Linfócitos virgem/ naive: quando os linfócitos caem na corrente sanguínea, são de vida curta, caso não entrem em contato com seu antígeno, sofrem apoptose. • Linfócitos virgem/ naive se em 1 a 3 meses não encontrarem seu antígeno pela corrente, entram em apoptose. • Linfócitos T (80% —> dos 30% de linfócitos produzidos que foram liberados para corrente sanguínea): maior parcela dos linfócitos circulantes. - 70% = CD4. - 25% = CD8. - 4% = CD4- CD8- - 1% = CD4+ CD8+ (duplo positivo maduro). • 15% linfócitos B. • 5% = linfócitos NK. - Linfócitos CD4: “maestro do sistema imunológico”. • Coordenador da resposta imune. • Recruta as outras células da resposta. • Linfócito T auxiliar (T helper). - Linfócito CD8: “braço ejetor da resposta celular”. • Linfócitos T citotóxicos:vão de encontro direto ao agente estranho. - Importante nas infecções virais. - Grande elemento da resposta celular. • Linfócitos T reguladores: são linfócitos T CD8, porém não citotóxicos. Mantém nossa tolerância imunológica e que não ocorra uma autoagressão (autoimune). Receptor do linfócito T: ✓TCR (receptor de célula T). É um heterodímero formado por uma cadeia alfa e uma cadeia beta. ✓CD3 (cadeia épsilon e cadeia delta). ✓Projeções lâmbidas. ✓Proteínas incorporadas (“laranjinhas”) são intracitoplasmáticas e estão ligadas aos complexos TCR e CD3. - Projeções intracitoplasmáticas definem todas as funções celulares. • Objetivo: ativar a célula para que ela possa exercer suas funções. • Domínios (partes “redondinhas” das cadeias): - Próximos da região externa: domínios variáveis. • Local onde o antígeno se liga ao receptor nas cadeias alfa e beta. • Cascata de ativação: quando o antígeno se liga à esses domínios do TCR, aciona outras Catarina Alipio XXIIB 7 Imunologia - Edgar 21/08 - 28/08 ATD1 moléculas de membrana (CD3 e cadeias lâmbida), que preparam a célula T para sua ativação (mitose). - Próximos da membrana: domínios constantes. - Complexo TCR: ‣ TCR. ‣ CD3. ‣ CD4/CD8. ‣ CD28 (possui um receptor para APC). ‣ Integrina (elementos de adesão que permitem migração do linfócito T do meio intravascular para o meio extravascular). Ontogenia do linfócito B: - Toda a ontogenia ocorre na medula óssea. 1. Stem cell (célula-tronco): célula inicial, indiferenciada. • As células precursoras que se mantém na medula óssea darão origem aos linfócitos B. • CD44+ e CD34. 2. Célula pró-B: célula primitiva que ainda não possui receptores expressos na membrana. • Antígenos de membrana: CD44+, CD34, CD10+, CD19+. • Já se inicia do “esboço” do receptor. • O receptor do linfócito B é um anticorpo. 3. Célula pré-B: sem especificidade. • Cadeia pesada presente e cadeia leve ausente. - Receptor ainda não está totalmente formado. • Antígenos de membrana: CD44+, CD10+ e CD19+. 4. Célula B imatura: ainda na medula óssea. • Já possui seu receptor formado. • Anticorpo da classe IgM que expressa os antígenos de membrana característicos de um linfócito B: CD44-, CD10+ e CD19+. 5. Célula B madura: na circulação sanguínea. • Receptor de anticorpo IgM e IgD que expressa os antígenos de membrana característicos de um linfócito B: CD19+, CD20+ e CD21+. • Apesar de ter dois receptores diferentes na sua estrutura, a especificidade desses dois receptores são iguais, ou seja, os dois interagem com o mesmo antígeno específico. - Não existe duplicidade de especificidade. • Migram para os órgãos secundários, onde serão ativados (mitose - fase blástica/inicial) e passarão a exercer sua função. - Podem se transformar em plasmócitos e produzir anticorpos e outros linfócitos B podem se diferenciar em células de memória (de vida longa - CD27). - Resposta humoral. - Elementos responsáveis pela ontogenia do linfócito B: IL-3 e IL-7. Catarina Alipio XXIIB 8 Imunologia - Edgar 21/08 - 28/08 ATD1 - Tipos de linfócitos B: - No período fetal, os linfócito B são produzidos no fígado e alguns vão para o peritônio (linfócitos B1) como linfócitos imaturos, só com IgM na membrana e antígeno CD5. • Podem ser acionados sem o intermédio do linfócito T. • Características de linfócitos B imaturos. • Produzem os chamados anticorpos naturais. - Após o nascimento, a produção passa a ser feita pela medula óssea, com linfócitos B maduros (linfócitos B2), que precisam de linfócitos T para serem ativados: • Linfócitos B2 foliculares. • Linfócitos B2 da zona marginal. - Sistema ABO: flora bacteriana estimula os linfócitos B1 e B2 a produzirem anticorpos naturais, sem o intermédio de um linfócito T CD4 ou uma exposição prévia, o que caracteriza a tipagem sanguínea do indivíduo (aceita x recusa). - Complexo receptor de linfócito B: • Cadeia pesada e cadeia leve que constituem a unidade estrutural do anticorpo. - Cadeia pesada é o que muda de IgM para IgD. - Região de ligação do antígeno se mantém igual em IgM e IgD para manter a especificidade do receptor. • Esse anticorpo receptor é diferente do anticorpo produzido pelo plasmócito, pois este é ancorado na membrana da célula e possui uma projeção intraplasmática. • Região variável que se liga ao antígeno. • Igα e Igβ: - Cadeias peptídicas com função de estimular o linfócito B à forma blástica (ativação—> mitose) a partir dos sinais de transdução. - Cascata de ativação que ao final estimula o gene a produzir RNAm para produzir os produtos da replicação. Subtipos de linfócitos T helper: - Linfócito TH 0/ naive/ virgem: ainda não entrou em contato com o antígeno. • Ativação do sistema imune. • Quando ele entra em contato com o antígeno especifico, o linfócito T ele vai ser acionado e produzirá seus subtipos (linfócitos efetores), que são compartimentalizados: • Linfócito TH 1: relacionado com a resposta celular. - Ativados pela produção de citocinas: IFN-γ, IL-12. • Linfócito TH 2: quando o corpo necessita de uma resposta humoral. - Ativados pela produção de IL-4 e IL-10. • Linfócito TH 3/ regulador: produzido para cessar a resposta imune. - Ativados pela produção de IL-4 e IL-10. • Linfócito TH 17: responsável pela resposta adaptativa mas com atração de neutrófilos por quimiotaxia (resposta neutrofílica - braço da resposta inata). Catarina Alipio XXIIB 9 Imunologia - Edgar 21/08 - 28/08 ATD1 Ativação da resposta imune: - Eugenia: é uma das funções do sistema imunológico. Estado de equilíbrio/ homeostasia. - O organismo, quando invadido por um foco infeccioso, ocorre um desequilíbrio do organismo. - Linfócito T CD4 0 é acionado por uma APC, direcionado o tipo de resposta que será necessária no momento (que pode ser dicotômica) —> ativação do sistema imune. - Seleção clonal: selecionando os linfócitos que tem receptor para o antígeno específico que atacou o organismo para serem acionados. - Uma vez acionados esses linfócitos (células efetoras), ocorre a expansão clonal (por mitose, aumentando a celularidade do linfócito). • Forma ativa: elementos de membrana —> CD45RA (proteína longa que se expressa na fase de atividade, demonstrando que aquele linfócito T está exercendo sua função na forma ativa). - A partir desse momento, nosso sistema imune está “armado” para conter o foco infeccioso. Eliminação do antígeno. - A grande quantidade de células que foram criadas vai sofrer apoptose, pois nesse momento a tendência do corpo é voltar para seu estado de homeostasia (equilíbrio). - Algumas células se mantém, como células de memória. Para cada estímulo de antígeno que o corpo tem, existe como produto final, células de memória (produto de mitose). • Exposição ao antígeno, aumenta cada vez mais as células de memória e as células efetoras. • Cadeia peptídica RA perde um pedaço e se torna antígeno de membrana CD45R0 (define uma célula e memória). • Caracteriza a capacidade de memória do sistema imune (status imune). - Antígeno de membrana CD40L (ligante): se liga ao CD40 da APC. • Importante na ativação de linfócito B e T. • Induz a ativação da célula, mitose e ação efetora. Antígeno: - Antígeno: termo inadequado. • Termo correto = imunógeno. - Imunógeno: toda substância ou molécula com capacidade de imunogenicidade e antigenicidade. ➡ Imunogenicidade = capacidade da substância ou molécula de ativar o sistema imune (ativar linfócito Th). ➡ Antigenicidade = é a capacidade da substância ou molécula de interagir com o produto da resposta imune celular e/ou humoral. • O antígeno/ imunógeno consegue ativar o sistema imune, que desencadeia uma resposta celular e/ou humoral, onde seus produtos interagem com esse microorganismo. - Existemmoléculas que só possuem a capacidade de antigenicidade —> HAPTENO. • Substância normalmente de baixo peso molecular, com capacidade somente de antigenicidade. • Experimento com ratos: - Inocula-se no rato a molécula de fenol (componente químico orgânico, que não é Catarina Alipio XXIIB 10 Imunologia - Edgar 21/08 - 28/08 ATD1 constituinte do nosso organismo). Esperava-se que o rato reconhece-se o fenol como não próprio e o sistema imune estabelecesse uma resposta imune com anticorpos anti-fenol. - Para surpresa do pesquisador, o sistema imunológico do rato não produziu uma resposta contra o fenol. Extraiu-se a albumina do rato e ligou à sua estrutura o fenol, esse complexo foi inoculado no rato. Observou-se que o rato passou a produzir anti-fenol. - Resumo: • Fenol sozinho: não tem imunogenicidade. - Não ativou o sistema imune. • Fenol ligado à albumina: sistema imunológico reconheceu o fenol como não próprio, ligado à albumina. - Fenol complexado passou a ativar o sistema imune, com produção de anticorpo anti-fenol, o que significa que o fenol interagiu com o produto da resposta imune (anticorpo anti-fenol) —> antigenicidade. • Penicilina é um exemplo de hapteno. - Precisa se ligar a albumina. - Complexo penicilina + albumina pode ativar o sistema imune. - Anticorpo IgE se adere ao mastócito, que gruda na penicilina livre —> antigenicidade. • Anticorpo IgE (produto da resposta) ligado à penicilina —> desglanula o mastócito —> liberação de histamina —> processo alérgico que pode evoluir para um choque anaflático. Catarina Alipio XXIIB 11
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