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Células envolvidas na resposta imune

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Imunologia - Edgar 21/08 - 28/08 ATD1
Células Envolvidas na 
Resposta Imune: 
Hematogênese: 
➡ Surgimento e ontogenia das células sanguíneas, 
diretamente envolvidas no contexto da resposta 
inflamatória. 
- Se inicia no contexto de surgimento de uma célula 
pluripotente, indiferenciada, totipotente e que se 
auto reproduz(célula mãe/mater - stem cell) a partir 
do mesoderma. 
- Ela pode dar origem para qualquer célula de 
qualquer tecido. 
- “Célula-tronco”. Velocidade de reprodução 
lenta, porém permanente. 
- Dependendo de onde ela se encontra, ela dará 
origem para um tipo celular. 
• Ex: medula óssea —> céls sanguíneas. 
• Ex: ambiente hepático —> hepatócitos. 
- 16º dia - FASE PRIMITIVA: no saco vitelínico essa 
célula começa a direcionar a produção dos 
eritrócitos (hemácias são as primeiras células a 
serem desenvolvidas). 
- 4ª semana - FASE DEFINITIVA ou ADULTA: todas as 
linhagens hematopoiéticas já são evidenciadas e a 
autorrenovação das CTHs. Célula mãe já consegue 
distinguir todas as linhagens da hematopiese. 
- 6ª semana: essas células começam a colonizar o 
parênquima hepático, dando continuidade à todas as 
células da linhagem sanguínea. Fígado passa a ser 
responsável pela hematopiese. 
- 6ª e 7ª semana: já existe migração de linfócitos do 
parênquima hepático para o timo. 
- 12ª semana: os ossos (todos) passam a ser 
definitivamente responsáveis pela função 
hematopoiéticas (medula óssea). Fígado deixa de 
possuir essa função. 
- Puberdade: começa a escassear os locais da 
hematopoiese. Começa a ser compartimentalizado 
nos ossos chatos (pélvis, crânio, vértebras, costelas e 
esterno) até o fim da vida do indivíduo como 
responsáveis pela hematopoiese. 
• Punção dos ossos (para mielocultura - estroma do 
osso). 
- Projeções da membrana celular (CD - anticorpos 
monoclonais): nos dá varias informações sobre as 
células. 
• Existem hoje mais de 200 CDs. 
‣ Stem cell: definida pela CD34. 
‣ 1ª diferenciação forma os progenitores: primeiros 
percursores das células sanguíneas. 
- Mielóides. 
- Linfóides. 
- Os progenitores compartimentalizam a 
hematopoiese. 
- Através de várias substâncias (fatores de crescimento) 
sintetizadas pela medula óssea, as células conseguem se 
formar, se desenvolver e se maturar em células da 
linhagem sanguínea. Por isso o estroma da medula óssea se 
torna tão importante (“o ambiente que faz a 
hematopoiese”) 
‣ Progenitores mielóides: formam células da linhagem 
sanguínea por ação de substâncias que direcionam a 
diferenciação. 
• Progenitor eritropoiético: dá origem às hemácias 
por ação da eritropoietina. 
• Megacariócito: seu produto vai dar origem às 
plaquetas. Encontrado somente na medula. 
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• Progenitor basofílico: dá origem a um leucócito 
granulócito (basófilo) e mastócitos. 
• Progenitor eosinofílico: dá origem a um leucócito 
granulócito (eosinófilo). 
• Progenitor granulócito-monócito : dá origem a 
uma célula que pertence à série granulócitica 
(neutrófilos) e aos monócitos (fora do sangue é o 
macrófago). As células dendríticas mielóides 
podem ser originadas também por uma 
diferenciação dos monócitos. 
‣ Progenitor linfóide: dá origem à série linfocítica. 
Medula óssea é um órgão primário que dá origem ao 
linfócito B e aos timócitos que vão para o timo 
produzirem linfócito T. 
• Progenitor B: dá origem aos linfócitos B. 
• Progenitor T: dá origem aos timócitos. 
• Célula natural killer (NK): resposta inata e 
adaptativa. 
Leucócitos: 
➡ É a série branca do sangue. 
- Hemograma: 6.000 - 10.000 (valores normais por 
mm3). 
• Leucopenia (< 6.000). 
• Leucocitose (> 10.000). 
- Granulócitos: os grânulos se coram com corantes 
neutros, ácidos, ou básicos. 
✓ Neutrófilos. 
✓ Eosinófilos. 
✓ Basófilos. 
- Não 
granulócitos: 
✓ Monócitos. 
✓ Linfócitos. 
Série granulocítica: 
Neutrófilos: 
- Principal célula fagocítica que o organismo possui. 
Diretamente relacionados à resposta inata (salvo 
exceções). 
- Caso o MO consiga 
passar a barreira inicial 
de macrófagos e 
comecem a se 
multiplicar, os 
neutrófilos são 
recrutados em grande 
quantidade para o foco infeccioso, na tentativa de eliminar 
o MO. 
• Migração intensa de neutrófilos. 
• Na maioria das vezes, contem o processo 
infeccioso. 
• As enzimas liberadas por eles, além de matar o 
MO, provocam uma lesão no foco. 
➡ Eles possuem alta capacidade fagocítica e 
microbicida. 
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- Constituídos por dois a cinco lóbulos e possuem dois 
tipos de grânulos no citoplasma: grânulos específicos 
e azurófilos. 
- Tunover (renovação): grande, pois são células de 
vida curta. 
• Indivíduo normal: produz 1011 neutrólifos/ dia. 
‣ Fica no tecido até 2 dias somente. 
‣ Na medula óssea, ficam estocados neutrófilos 
maduros por até 5 dias (armazenamento). 
‣ No sangue, permanece vivo por até 10 horas. 
• Piogênico: processo de morte dos neutrófilos no 
foco infeccioso com formação de pus. 
- Apresentam a capacidade de sair do interior de 
vasos sanguíneos intactos (diapedese) e invadir 
tecidos para defender nosso organismo. 
- Grânulos mais vermelhos-alaranjados. 
❖ Neutrófilos aumentados: neutrofilia. 
❖ Neutrófilos diminuidos: neutropenia. 
• Neutropênico febril: indivíduo que não está produzindo 
neutrófilo (por alteração medular - <500 em nª 
absolutos) e ao mesmo tempo apresenta febre 
(relacionado a um foco infeccioso). Esse paciente pode 
evoluir para uma sepsemia, pois ele não tem controle 
sobre esse foco infeccioso. 
- Diferenciados em neutrófilos bastonetes e segmentados. 
Eosinófilos: 
- Células fagocíticas, muito menos importante que os 
neutrófilos. 
❖ Eosinófilos aumentados: eosinofilia. 
❖ Eosinófilos diminuídos: eosinopenia. 
- Surgiram durante a evolução da nossa espécie devido 
à nossa convivência com vermes. Na tentativa de 
eliminar esses 
vermes, foi feita 
essa célula. 
- O número 
dessas células 
aumenta 
(eosinofilia) 
quando ocorre 
um processo alérgico (atopia) ou infecção causada 
por parasitas (parasitose). 
- A diminuição dessas células (eosinopenia), pensar 
em neoplasias ou leucemias. 
- Grandes vilões da asma: no pulmões liberam os 
catiônicos que induzem um processo inflamatório 
nos brônquios, causando uma bronquiconstrição e a 
falta de ar característica. 
• Importância na fisiopatogenia da asma brônquica. 
- Apresentam grânulos que se coram ao utilizar eosina 
e um núcleo com dois lobos conectados por um 
filamento. 
- Proporção: para cada eosinófilo no sangue, existe 
200 eosinófilos na medula óssea. 
• Quando necessário, são liberados os eosinófilos da 
medula óssea. 
• Isso porque, sua tendência não é permanecer no 
sangue, mas sim em tecido conjuntivo 
perivascular. 
- Vida média curta. 
- Tunover razoável. 
Basófilos: 
- Células que na realidade não possuem muita 
importância dentro no hemograma. 
- Pode existir de 0 a 1 
célula por mm3 no 
sangue. 
- Diretamente 
relacionados à 
fenômenos alérgicos 
propriamente dito. 
- Em seus grânulos possui a histamina, que quando 
liberada, atinge a citulacao sistêmica. 
- Migram para os tecidos em pequenas quantidades, 
pois sobre os fenômenos alérgicos, também atuam os 
mastócitos. 
- Possuem grânulos maiores que os dos neutrófilos e 
eosinófilos e núcleo grande e de formato irregular 
que lembra a letra “S”. 
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Série agranulócitica: 
Monócitos: 
- Se caracterizam por núcleo pequeno (picnótico) e 
grande quantidade citoplasma (célula espamarrada). 
- Células com alta capacidade fagocítica, porém 
diferentemente dos 
neutrófilos, não morrem 
durante a atividade fagocítica. 
- Possuem meia vida mais 
longa. 
• Medula óssea: estocados 
por até a 6 dias. 
• Sangue: estocados por até 1 a 3 dias. 
• Tecidos: quando saem para um foco infeccioso do 
sanguese transformam em macrófagos livres 
que ficam de 2 a 4 meses. 
‣ Apresentam como antígeno de membrana o CD14. 
- Possuem capacidade de atrair neutrófilos para um 
foco infeccioso. 
- Macrófagos proveniente do mesoderma na formação 
dos órgãos: não advém dos progenitores mieloides. 
• Constituem o sistema fagocítico mononuclear: são 
os macrófagos fixos (origem diferente dos 
macrófagos livres). Origem veio já da formação do 
órgão. 
- Funções: 
• De limpeza: conserta o estrago dos neutrófilos. E 
estimula o fibroblasto para fazer o processo de 
cicatrização. 
• É a ponte entre a resposta inata e a resposta 
adaptativa. Caso os neutrófilos não tenham dado 
conta de eliminar o MO. O macrófago age 
fagocitando a bactéria e levando até o tecido 
linfóide, como uma APC, para ativação do sistema 
imunológio. 
Linfócitos: 
- Morfologia: núcleo abundante e pouco citoplasma. 
- Tunover diário muito rápido: 1011 de células/dia. 
- Células de vida 
curta. 
- Linfopenia e 
linfocitose diz 
respeito 
• Quantidade de 
linfócitos no sangue corresponde à apenas 2% 
deles. 
- 4% na pele. 
- 10% na medula óssea. 
- 15% no MALT. 
- 65% nos linfonodos. 
Hemograma: 
- Toda vez que for solicitado um exame, seu resultado 
significa somente o momento que aquele exame foi 
feito. 
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- Neutrófilos: por serem células abundantes, é possível 
compartimentalizar suas localizações. 
- 4 compartimentos: em situação normal. 
• Medula óssea: 
- Proliferação: produtor de células. 
- Reserva: armazenamento de células, para 
quando necessário sua liberação. 
• Sangue. 
• Tecido. 
- Quando há um foco infeccioso, ele vai recrutar 
neutrófilos. 
I. Ocorre um aumento de neutrófilos no tecido 
devido ao foco infeccioso, portanto, ocorre uma 
neutropenia Desse modo, o sangue deve ser 
reabastecido/ compensado, a partir da reserva 
de neutrófilos da medula óssea. 
II. A medula óssea percebe que seu 
armazenamento está diminuindo e começa a 
produzir novos neutrófilos. Os neutrófilos da 
reserva da medula óssea vai em direção ao 
sangue e ao tecido (neutrofilia). 
III. A infecção já está se resolvendo e a medula 
óssea não possui mais a necessidade de 
produzir neutrófilos, se normalizando. Porém 
ainda existe o foco infeccioso e a migração de 
neutrófilos para lá. 
IV. O foco infeccioso está quase normalizado. 
- A forma do núcleo dos neutrófilos diz respeito à 
infecção: 
• Neutrófilo bastonete: forma mais jovem do 
neutrófilo a ser lançada no sangue. 
• Neutrófilo segmentado: quanto mais velho o 
neutrófilo, mais quantidades de segmento ele terá. 
- No hemograma: 
• Se o nº de neutrófilos bastonetes superar 8: 
define-se um desvio à esquerda. 
- Infecção bacteriana aguda. 
Valores de referência: 
- Nas infecções virais pode ocorrer tanto linfopenia 
(Ex: Covid-19) quanto linfocitose. 
- Poucas patologias se caracterizam pelo aumento de 
monócitos (Ex: tuberculose). 
Células linfoídes inatas: 
- São células que não se evidenciam no hemograma e 
estão dentro da resposta inata. 
- Não sabe-se a origem delas, são linfócitos que 
apresentam grânulos em seu citoplasma. 
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➡ Célula natural killer (NK): resposta inata e 
adaptativa. 
• Fundamental no contexto de proteção e vigilância 
(contra células potencialmente neoplásicas) do 
hospedeiro. 
• Têm como função principalmente a defesa contra 
infecções virais (ILC-1). 
• Na resposta inata: possuem a capacidade de se 
direcionar diretamente às células infectadas por 
vírus e vão mata-las, portanto, é a primeira arma 
do hospedeiro contra a infecção viral. 
- Destroem as células em que os vírus estão 
contidos. 
• Indivíduos que não tenha a célula NK ou tenha 
deficiência dela, são mais propensos à infecções 
virais. 
- Ex: propensão à hepatite B. 
• Na resposta adaptativa: ocorre a resposta humoral 
com produção de anticorpo. As células NK 
(armadas) tem a capacidade de grudar anticorpos 
na sua membrana (CD16), facilitando que a célula 
NK vá de encontro direcionalmente às célula 
infectadas. 
- ADCC: citotoxidade mediada por célula 
dependente de anticorpo, ou seja, a citotoxiade 
dessa célula está relacionada com a presença de 
anticorpo ancorado em sua membrana. 
Células dentríticas: 
- Parte delas são APC, juntamente com os macrófagos. 
- Presente nos tecidos, que captam os antígenos e 
levam eles aos linfonodos. 
- 4 subpopulações: 
➡ Células dendríticas mielóides (clássicas): 
originadas do progenitor mielóide (monócito). 
- São APC, responsáveis pela ativação dos 
linfócitos T. 
- Amplamente distribuídas pelo corpo (forma 
imatura), principalmente em cutâneo e 
mucosas. 
- Durante a translocação dessa célula do tecido 
para o linfonodo, ocorre seu processo de 
maturação, portanto, sua maturação só ocorre 
após o contato com o MO. 
• EX: Células de Langerhans —> presente 
somente na derme e epiderme. 
➡ Células dendríticas plasmocitóides: não se sabe 
origem. 
- Não são APC. 
- Estão diretamente relacionadas à proteção de 
infecções virais. 
- Possuem a capacidade de sintetizar intérferon, 
que possui ação antiviral importante. 
- Presentes independente da resposta inata ou 
adaptativa. 
➡ Células dendríticas foliculares: 
- Presentes em toda extensão do linfonodo. 
- Sua importância ocorre dentro dos folículos, na 
região cortical dos linfonodos. 
- Manutenção da ativação do linfócito B dentro 
do folículo (perpetuação da resposta humoral). 
- Morfologia: projeções citoplamáticas importantes. 
- Não estão presentes no sangue, portanto, muito 
menos no hemograma. 
Sub-populaçães linfocitárias: 
- Ontogenia do linfócito T: desenvolvimento e 
maturação. 
1. Stem cell (CD44+, CD34, CD25-…) na medula óssea 
(comum a todas células do sangue) —> timócitos 
(Pró-T —> CD25+, CD44-) são as mais primitivas 
células precursora de linfócitos T, ainda não 
apresentam receptores. 
- Chegam no timo (por quimiotaxia e substâncias 
quimiotáxicas) e sofrem ação dos hormônios 
tímicos. 
2. Desenvolve-se o “esboço” do receptor não 
formado ainda, por duas cadeias peptídicas (alfa e 
beta - heterodímero) —> Pré-T. Célula ainda não 
possui sua especificidade. 
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3. Duplo positivo: o receptor está totalmente 
formado. Significa que essa célula já encontra sua 
especificidade. Essa fase ocorre na transição do 
córtex para a medula do timo, ou seja, essa célula 
já sofre a seleção positiva ou negativa (autoagressão 
—> apoptose). 
- Expressa o CD4+ e o CD8+, na sua membrana 
como marcadores de membrana específicos. 
- CD3 ainda não está totalmente formado 
(“esboço”). Ele é um marcador de linfócito T. 
4. Simples positivo: a célula deverá escolher se será 
CD4 ou CD8 (+ ou -). Portanto, existem 4 
possibilidades de escolha da célula. 
- Célula ainda no timo, portanto imatura e inativa. 
- Saem do timo, grupos de linfócitos CD4+ e 
grupos CD8+. 
- CD3 totalmente formado e exposto na 
membrana dessa célula nessa fase. 
- Célula está pronta para sair do timo! 
5. Linfócitos virgem/ naive: quando os linfócitos 
caem na corrente sanguínea, são de vida curta, caso 
não entrem em contato com seu antígeno, sofrem 
apoptose. 
• Linfócitos virgem/ naive se em 1 a 3 meses não 
encontrarem seu antígeno pela corrente, entram 
em apoptose. 
• Linfócitos T (80% —> dos 30% de linfócitos produzidos 
que foram liberados para corrente sanguínea): maior 
parcela dos linfócitos circulantes. 
- 70% = CD4. 
- 25% = CD8. 
- 4% = CD4- CD8- 
- 1% = CD4+ CD8+ (duplo positivo maduro). 
• 15% linfócitos B. 
• 5% = linfócitos NK. 
- Linfócitos CD4: “maestro do sistema imunológico”. 
• Coordenador da resposta imune. 
• Recruta as outras células da resposta. 
• Linfócito T auxiliar (T helper). 
- Linfócito CD8: “braço ejetor da resposta celular”. 
• Linfócitos T citotóxicos:vão de encontro direto ao 
agente estranho. 
- Importante nas infecções virais. 
- Grande elemento da resposta celular. 
• Linfócitos T reguladores: são linfócitos T CD8, 
porém não citotóxicos. Mantém nossa tolerância 
imunológica e que não ocorra uma autoagressão 
(autoimune). 
Receptor do linfócito T: 
✓TCR (receptor de célula T). É um heterodímero 
formado por uma cadeia alfa e uma cadeia beta. 
✓CD3 (cadeia épsilon e cadeia delta). 
✓Projeções lâmbidas. 
✓Proteínas incorporadas (“laranjinhas”) são 
intracitoplasmáticas e estão ligadas aos complexos 
TCR e CD3. 
- Projeções intracitoplasmáticas definem todas as 
funções celulares. 
• Objetivo: ativar a célula para que ela possa exercer 
suas funções. 
• Domínios (partes “redondinhas” das cadeias): 
- Próximos da região externa: domínios 
variáveis. 
• Local onde o antígeno se liga ao receptor nas 
cadeias alfa e beta. 
• Cascata de ativação: quando o antígeno se 
liga à esses domínios do TCR, aciona outras 
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moléculas de membrana (CD3 e cadeias 
lâmbida), que preparam a célula T para sua 
ativação (mitose). 
- Próximos da membrana: domínios 
constantes. 
- Complexo TCR: 
‣ TCR. 
‣ CD3. 
‣ CD4/CD8. 
‣ CD28 (possui um 
receptor para 
APC). 
‣ Integrina 
(elementos de adesão que permitem migração do 
linfócito T do meio intravascular para o meio 
extravascular). 
Ontogenia do linfócito B: 
- Toda a ontogenia ocorre na medula óssea. 
1. Stem cell (célula-tronco): célula inicial, 
indiferenciada. 
• As células precursoras que se mantém na medula 
óssea darão origem aos linfócitos B. 
• CD44+ e CD34. 
2. Célula pró-B: célula primitiva que ainda não 
possui receptores expressos na membrana. 
• Antígenos de membrana: CD44+, CD34, CD10+, 
CD19+. 
• Já se inicia do “esboço” do receptor. 
• O receptor do linfócito B é um anticorpo. 
3. Célula pré-B: sem especificidade. 
• Cadeia pesada presente e cadeia leve ausente. 
- Receptor ainda não está totalmente formado. 
• Antígenos de membrana: CD44+, CD10+ e 
CD19+. 
4. Célula B imatura: ainda na medula óssea. 
• Já possui seu receptor formado. 
• Anticorpo da classe IgM que expressa os 
antígenos de membrana característicos de um 
linfócito B: CD44-, CD10+ e CD19+. 
5. Célula B madura: na circulação sanguínea. 
• Receptor de anticorpo IgM e IgD que expressa os 
antígenos de membrana característicos de um 
linfócito B: CD19+, CD20+ e CD21+. 
• Apesar de ter dois receptores diferentes na sua 
estrutura, a especificidade desses dois receptores 
são iguais, ou seja, os dois interagem com o 
mesmo antígeno específico. 
- Não existe duplicidade de especificidade. 
• Migram para os órgãos secundários, onde serão 
ativados (mitose - fase blástica/inicial) e passarão a 
exercer sua função. 
- Podem se transformar em plasmócitos e 
produzir anticorpos e outros linfócitos B podem 
se diferenciar em células de memória (de vida 
longa - CD27). 
- Resposta humoral. 
- Elementos responsáveis pela ontogenia do linfócito 
B: IL-3 e IL-7. 
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- Tipos de linfócitos B: 
- No período fetal, os linfócito B são produzidos 
no fígado e alguns vão para o peritônio 
(linfócitos B1) como linfócitos imaturos, só com 
IgM na membrana e antígeno CD5. 
• Podem ser acionados sem o intermédio do 
linfócito T. 
• Características de linfócitos B imaturos. 
• Produzem os chamados anticorpos naturais. 
- Após o nascimento, a produção passa a ser feita 
pela medula óssea, com linfócitos B maduros 
(linfócitos B2), que precisam de linfócitos T para 
serem ativados: 
• Linfócitos B2 foliculares. 
• Linfócitos B2 da zona marginal. 
- Sistema ABO: flora bacteriana estimula os 
linfócitos B1 e B2 a produzirem anticorpos 
naturais, sem o intermédio de um linfócito T 
CD4 ou uma exposição prévia, o que 
caracteriza a tipagem sanguínea do indivíduo 
(aceita x recusa). 
- Complexo receptor de linfócito B: 
• Cadeia pesada e cadeia leve que constituem a 
unidade estrutural do 
anticorpo. 
- Cadeia pesada é o que 
muda de IgM para IgD. 
- Região de ligação do 
antígeno se mantém igual 
em IgM e IgD para manter 
a especificidade do 
receptor. 
• Esse anticorpo receptor é 
diferente do anticorpo produzido pelo plasmócito, 
pois este é ancorado na membrana da célula e 
possui uma projeção intraplasmática. 
• Região variável que se liga ao antígeno. 
• Igα e Igβ: 
- Cadeias peptídicas com função de estimular o 
linfócito B à forma blástica (ativação—> mitose) 
a partir dos sinais de transdução. 
- Cascata de ativação que ao final estimula o gene 
a produzir RNAm para produzir os produtos da 
replicação. 
Subtipos de linfócitos T helper: 
- Linfócito TH 0/ naive/ 
virgem: ainda não entrou 
em contato com o antígeno. 
• Ativação do sistema 
imune. 
• Quando ele entra em 
contato com o antígeno 
especifico, o linfócito T 
ele vai ser acionado e 
produzirá seus subtipos 
(linfócitos efetores), que 
são compartimentalizados: 
• Linfócito TH 1: relacionado com a resposta 
celular. 
- Ativados pela produção de citocinas: IFN-γ, 
IL-12. 
• Linfócito TH 2: quando o corpo necessita de uma 
resposta humoral. 
- Ativados pela produção de IL-4 e IL-10. 
• Linfócito TH 3/ regulador: produzido para 
cessar a resposta imune. 
- Ativados pela produção de IL-4 e IL-10. 
• Linfócito TH 17: responsável pela resposta 
adaptativa mas com atração de neutrófilos por 
quimiotaxia (resposta neutrofílica - braço da 
resposta inata). 
Catarina Alipio XXIIB 9
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Ativação da resposta imune: 
- Eugenia: é uma das funções do sistema imunológico. 
Estado de equilíbrio/ homeostasia. 
- O organismo, quando invadido por um foco 
infeccioso, ocorre um desequilíbrio do organismo. 
- Linfócito T CD4 0 é acionado por uma APC, 
direcionado o tipo de resposta que será necessária no 
momento (que pode ser dicotômica) —> ativação do 
sistema imune. 
- Seleção clonal: selecionando os linfócitos que tem 
receptor para o antígeno específico que atacou o 
organismo para serem acionados. 
- Uma vez acionados esses linfócitos (células efetoras), 
ocorre a expansão clonal (por mitose, aumentando 
a celularidade do linfócito). 
• Forma ativa: elementos de membrana —> 
CD45RA (proteína longa que se expressa na fase 
de atividade, demonstrando que aquele linfócito T 
está exercendo sua função na forma ativa). 
- A partir desse momento, nosso sistema imune está 
“armado” para conter o foco infeccioso. Eliminação 
do antígeno. 
- A grande quantidade de células que foram criadas vai 
sofrer apoptose, pois nesse momento a tendência 
do corpo é voltar para seu estado de homeostasia 
(equilíbrio). 
- Algumas células se mantém, como células de 
memória. Para cada estímulo de antígeno que o 
corpo tem, existe como produto final, células de 
memória (produto de 
mitose). 
• Exposição ao 
antígeno, aumenta 
cada vez mais as 
células de memória 
e as células efetoras. 
• Cadeia peptídica RA 
perde um pedaço e 
se torna antígeno de 
membrana CD45R0 
(define uma célula e 
memória). 
• Caracteriza a capacidade de memória do sistema 
imune (status imune). 
- Antígeno de membrana CD40L (ligante): se liga ao 
CD40 da APC. 
• Importante na ativação de linfócito B e T. 
• Induz a ativação da célula, mitose e ação efetora. 
Antígeno: 
- Antígeno: termo inadequado. 
• Termo correto = imunógeno. 
- Imunógeno: toda substância ou molécula com 
capacidade de imunogenicidade e antigenicidade. 
➡ Imunogenicidade = capacidade da substância ou 
molécula de ativar o sistema imune (ativar 
linfócito Th). 
➡ Antigenicidade = é a capacidade da substância 
ou molécula de interagir com o produto da 
resposta imune celular e/ou humoral. 
• O antígeno/ imunógeno consegue ativar o sistema 
imune, que desencadeia uma resposta celular e/ou 
humoral, onde seus produtos interagem com esse 
microorganismo. 
- Existemmoléculas que só possuem a capacidade de 
antigenicidade —> HAPTENO. 
• Substância normalmente de baixo peso molecular, 
com capacidade somente de antigenicidade. 
• Experimento com ratos: 
- Inocula-se no rato a molécula de fenol 
(componente químico orgânico, que não é 
Catarina Alipio XXIIB 10
Imunologia - Edgar 21/08 - 28/08 ATD1
constituinte do nosso organismo). Esperava-se 
que o rato reconhece-se o fenol como não 
próprio e o sistema imune estabelecesse uma 
resposta imune com anticorpos anti-fenol. 
- Para surpresa do pesquisador, o sistema 
imunológico do rato não produziu uma resposta 
contra o fenol. Extraiu-se a albumina do rato e 
ligou à sua estrutura o fenol, esse complexo foi 
inoculado no rato. Observou-se que o rato 
passou a produzir anti-fenol. 
- Resumo: 
• Fenol sozinho: não tem imunogenicidade. 
- Não ativou o sistema imune. 
• Fenol ligado à albumina: sistema imunológico 
reconheceu o fenol como não próprio, ligado 
à albumina. 
- Fenol complexado passou a ativar o 
sistema imune, com produção de 
anticorpo anti-fenol, o que significa que o 
fenol interagiu com o produto da resposta 
imune (anticorpo anti-fenol) —> 
antigenicidade. 
• Penicilina é um exemplo de hapteno. 
- Precisa se ligar a albumina. 
- Complexo penicilina + albumina pode ativar o 
sistema imune. 
- Anticorpo IgE se adere ao mastócito, que gruda 
na penicilina livre —> antigenicidade. 
• Anticorpo IgE (produto da resposta) ligado à 
penicilina —> desglanula o mastócito —> 
liberação de histamina —> processo alérgico 
que pode evoluir para um choque anaflático. 
Catarina Alipio XXIIB 11

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