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FATIN FACULDADE DE TEOLOGIA INTEGRADA CURSO DE BACHAREL EM TEOLOGIA MOISES PEREIRA DA SENA DOUTRINAS BIBLICAS NA VIDA CRISTÃ Cuiabá - MT 2017 FATIN FACULDADE DE TEOLOGIA INTEGRADA CURSO DE BACHAREL EM TEOLOGIA MOISÉS PEREIRA DA SENA DOUTRINAS BIBLICAS NA VIDA CRISTÃ Monografia de conclusão de curso apresentada ao Curso Bacharel em Teologia da Faculdade de Teologia Integrada (FATIN), como requisito parcial à conclusão do curso. Orientador: Prof . Dr. João Batista de Oliveira Cuiabá - MT 2017 MOISES PEREIRA DA SENA DOUTRINAS BIBLICAS NA VIDA CRISTÃ Monografia de conclusão de curso apresentada ao Curso Bacharel em Teologia da Faculdade de Teologia Integrada (FATIN), como requisito parcial à conclusão do curso. Aprovada em ___ de _____________ de______ Profº. __________________________________ Cuiabá - MT 2017 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho de conclusão de curso (TCC), em especial ao Senhor Jesus Cristo, nosso eterno Deus, Salvador, e Pai. Não a nós, Senhor, nenhuma glória para nós, mas sim ao teu nome, por teu amor e por tua fidelidade! Salmos 115:1 https://www.bibliaon.com/versiculo/salmos_115_1/ AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus pela vida e pelas oportunidades a mim concedidas. A minha esposa e filhos, pois sempre estão ao meu lado me encorajando e me apoiando em meus projetos. A igreja que pastoreio, pois ela tem sido uma verdadeira escola ministerial a qual tenho aprendido muito. A doutrina não é tarefa da língua, mas da vida… Ela é recebida apenas quando toma conta da alma toda. João Calvino http://www.frasescristas.com.br/a-doutrina-nao-e-tarefa-da-lingua-mas-da-vida-ela-e-recebida-apenas-quando-toma-conta-da-alma-toda/ http://www.frasescristas.com.br/a-doutrina-nao-e-tarefa-da-lingua-mas-da-vida-ela-e-recebida-apenas-quando-toma-conta-da-alma-toda/ http://www.frasescristas.com.br/a-doutrina-nao-e-tarefa-da-lingua-mas-da-vida-ela-e-recebida-apenas-quando-toma-conta-da-alma-toda/ RESUMO Doutrina Bíblia, é o conjunto de princípios que servem de base ao cristianismo, compreendendo desde o ensinamento, pregação, opinião das lideranças religiosas, desde que embasadas em Textos de obras Bíblicas escritas, como Regra de fé, preceito de comportamento e norma de conduta social, referente a Deus, a Jesus, ao Espírito Santo e Salvação. A doutrina escorrerá suavemente em todos os lugares. Além disso, é uma boa lei que dá instrução ao sábio e ensina aos justos uma fonte de vida e como se desviar dos laços da morte. Palavras chaves: Doutrina – Comportamento – Lei – Instrução ABSTRACT The Bible Doctrine is the set of principles that serve as a basis for Christianity, ranging from teaching, preaching, and opinion to religious leaders, as long as they are based on Scripture texts, such as the Rule of Faith, the Precept of Behavior, and the Standard of Social Conduct , Concerning God, Jesus, the Holy Spirit and Salvation. The doctrine will gently flow everywhere. Moreover, it is a good law that gives instruction to the wise and teaches the righteous a source of life and how to stray from the bonds of death. Keywords: Doctrine - Behavior - Law - Instruction SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------10 2 - CLASSIFICAÇÃO DAS DOUTRINAS BIBLICAS----------------------------------------11 3 - DOUTRINA BÍBLICA NA VIDA CRISTÃ---------------------------------------------------12 3.1-OS APÓSTOLOS TRANSMITIRAM OS ENSINAMENTOS DE JESUS COM FIDELIDADE--------------------------------------------------------------------------------------------12 3.2-O QUE É DOUTRINA BÍBLICA---------------------------------------------------------------12 3.3-OS OBJETOS DA DOUTRINA BÍBLICA ---------------------------------------------------13 3.4-A NECESSIDADE DA DOUTRINA-----------------------------------------------------------13 3.4.1-A DOUTRINA BÍBLICA NOS PROPORCIONA SALVAÇÃO EM CRISTO------14 3.4.2-A DOUTRINA BÍBLICA NOS SANTIFICA-----------------------------------------------14 3.4.3-A DOUTRINA BÍBLICA NOS TORNA SÁBIOS----------------------------------------15 4 – RESUMO DAS PRINCIPAIS DOUTRINAS BÍBLICAS---------------------------------16 4.1-A DOUTRINA DA BÍBLIA-----------------------------------------------------------------------16 4.2-A DOUTRINA DE DEUS------------------------------------------------------------------------16 4.3-A DOUTRINA DO PECADO-------------------------------------------------------------------16 4.4-A DOUTRINA DE CRISTO---------------------------------------------------------------------17 4.5-A DOUTRINA DA SALVAÇÃO----------------------------------------------------------------18 4.6-A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO-------------------------------------------------------18 4.7-A DOUTRINA DOS ANJOS--------------------------------------------------------------------19 4.8-A DOUTRINA DA IGREJA---------------------------------------------------------------------20 4.9-A DOUTRINA DO HOMEM--------------------------------------------------------------------20 4.10-A DOUTRINA DO FIM DOS TEMPOS----------------------------------------------------21 5 - IGREJA CRISTÃ PRIMA PELA ORTODOXIA DOUTRINÁRIA--------------------- 22 6 - ÁS FALSAS DOUTRINAS DA ÉPOCA DE JESUS CRISTO------------------------ 24 6.1-DOUTRINA DOS FARISEUS------------------------------------------------------------------24 6.2-DOUTRINA DOS SADUCEUS----------------------------------------------------------------24 7 - CONCLUSÃO--------------------------------------------------------------------------------------25 8 -REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS----------------------------------------------------------26 10 1- INTRODUÇÃO A palavra doutrina vem do latim doctrina, que significa “ensino”. Pode ser qualquer tipo de ensino ou doutrina especifico. Segundo o dicionário Aurélio, “doutrina é o conjunto de princípios que servem de base a um sistema religioso”. No Antigo Testamento, a palavra doutrina ocorre como tradução do hebraico Ieqah, que significa “o que é recebido” (Dt 32.2; Jo 11.4; Pv 4.2; e Is 29.24). No Novo Testamento temos dois termos da língua grega representam a palavra doutrina. Um termo é Didaskalia e o outro, didachê. Ambos os termos refere-se ao ensino como instrução dada àqueles que recebiam de bom grado a mensagem do cristianismo (Mt 7.28; Jo 7.16-17). Doutrina é um ensino da Bíblia normativo, terminante, final, derivado totalmente e exclusivamente das Sagradas Escrituras, como regra de fé em Deus e de prática de vida cristã e de ministério para a Igreja de Deus. No Novo Testamento, alguém que ensina a respeito das coisas de Deus, e dos deveres do homem; como os mestres da religião judaica, que pelo seu imenso poder como mestres atraem multidões, como João Batista (1ª Tm 4.6; 1ª Tm 4.16; 1ª Tm 6.1; Tt 2.1; Tt 2.10). Jesus, pela sua autoridade, refere-se a si mesmo como aquele que mostrou aos homens o caminho da salvação e como os apóstolos e Paulo, que, nas assembleias religiosas dos cristãos, encarregavam-se de ensinar, assistidos pelo Santo Espírito contra os falsos mestres entre os cristãos. A doutrina bíblica são ensinamentos de Deus, portanto elas não mudam, mas permanecem para sempre, ou seja, elas são imutáveis. A dificuldade para entender o que é doutrina é proveniente da imaturidade espiritual do cristão e de sua vivencia espiritual superficial. A muitos líderes que confundem doutrina bíblicacom praticas, tradições e usos e costumes humanos. Muitos líderes não conseguem se aprofundar no estudo e compreensão das doutrinas do Santo Livro de Deus porque o estudam sem organização, método, ordem, sequencia, propósito, interesse, ou muita atenção. A admoestação bíblica em 2ª Timóteo 2.15 é “que maneja bem a palavra da verdade”. Esse trabalho não tem como objetivo, apresentar todas as doutrinas bíblicas, mas sim as mais propagadas no meio cristão. 11 2 - CLASSIFICAÇÃO DAS DOUTRINAS DA BÍBLIA Há pelo menos três diferenças básicas entre doutrina bíblica e costume puramente humano. Há costumes bons e maus. A doutrina bíblica conduz a bons costumes. Quanto à origem, a doutrina é divina e o costume é humano. Quanto ao alcance, a doutrina é geral e o costume é local e por fim, quanto ao tempo a doutrina é imutável e o costume é temporário. “Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemo-nos levar para o que é perfeito, não lançando, de novo, a base do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus, o ensino de batismos e da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno” (Hb 6.1-2). Para fins de estudo, todas as doutrinas da Bíblia podem situar-se em três grandes grupos ou classes de assuntos doutrinários. Primeiro, as Doutrinas da Salvação: A doutrina da graça de Deus, expiação pelo sangue, a propiciação pelo sangue, a justificação, pela fé e a regeneração pelo Espírito Santo; da justificação, da regeneração, do arrependimento e da confissão de pecados, do batismo em águas, santificação, da eleição e predestinação dos salvos, doutrina do evangelismo, missões e discipulado cristão. Segundo, as Doutrinas da fé cristã: Doutrina trindade; Pai, Filho e Espírito Santo; da fé, da criação de todas as coisas, dos anjos, bons e maus, do homem, doutrina da família, da consciência como faculdade humana, da lei e da graça, da igreja, oração e do jejum, do louvor e da adoração, dos ministérios dos dons espirituais, do fruto do Espírito, do perdão, da santa ceia do Senhor, do testemunho do crente (o cristão falando de cristo de sua vida); da contribuição financeira, das duas naturezas do cristão, do sofrimento do cristão nesta vida, do cristão como cidadão do céu, da ação social da igreja e da divindade de Cristo. Terceiro e último, as Doutrinas do Porvir: Doutrina do estado intermediário dos mortos, da ressurreição dos justos e dos injustos, dos juízos (julgamento), da grande tribulação que há de vir sobre o mundo, do anticristo, da vida de cristo, do reino milenar de cristo neste mundo, do céu para os salvos e do inferno para os perdidos, do conhecimento dos salvos na outra vida, do perfeito estado eterno (eternidade), da dispensações e alianças da Bíblia. 12 3 - DOUTRINA BIBLICA NA VIDA CRISTÃ “Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho”. (2 Jo 1.9). Por mais que queiramos ser modernos, diferentes dos cristãos de alguns anos atrás, Deus é o mesmo. Por isso, aquilo que ele revelou e requer de nós continua exatamente o mesmo. Embora o mundo moderno negue a vontade soberana de Deus (e nós, muitas vezes, estamos mais dispostos a ouvir o mundo do que ouvir a Deus) à doutrina cristã é a mesma. Podemos dizer que a igreja do Novo Testamento cresceu porque deu amplo destaque ao ensino doutrinário; foi assim que ela conseguiu ter um crescimento constante. Isto não quer dizer que a igreja não sofresse oposição, nem que não enfrentasse falsos ensinos e heresias, ao contrário, os cristãos foram martirizados por causa de suas profundas convicções doutrinárias; não abriram mão delas. Ninguém arrisca sua vida por algo em que não acredita fortemente. Os cristãos não negaram Cristo nem sua doutrina; para eles, os fundamentos de sua fé eram nítidos. O fato é que a igreja desde a sua origem era estruturada na Palavra, era capaz de divulgar e defender suas doutrinas básicas. Ela estava edificada “sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular”. (Ef. 2.20), como diz Paulo. 3.1 - Os apóstolos transmitiram os ensinamentos de Jesus com fidelidade: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei” (1 Co. 11.23a). “O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida (e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada), o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo”. (1 Jo 1.1-2) 3.2 - O que é doutrina bíblica? 13 Ao contrário da filosofia, a doutrina cristã não se perde em especulações. Se por um lado, conduz-nos a conhecer mais intimamente a Deus; por outro, constrange-nos a ter uma vida santa e irrepreensível. Andrew Bonar, ao destacar-lhe a importância em nosso cotidiano, foi enfático: “Doutrina é coisa prática, visto que desperta o coração”. 3.3 - Os objetivos da doutrina bíblica O principal objetivo da doutrina bíblica é aprofundar o nosso conhecimento de Deus (Os 6.3). O Israel do Antigo Testamento caiu na apostasia por não conhecer a Jeová. Através de Oséias, o Senhor amoroso, lamenta: “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento.” (Os 4.6). A doutrina bíblica também visa à perfeição moral e espiritual do ser humano. Escrevendo ao jovem pastor Timóteo, o apóstolo Paulo é mais do que claro; é incisivo: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente habilitado para toda a boa obra” (2 Tm 3.17). As doutrinas são uma exposição das verdades centrais ou fundamentais de nossa fé, portanto devem ser estudadas de forma sistemática, para que uma vez que estiverem devidamente agrupadas, serão melhor analisadas como aparecem na Bíblia em ambos os Testamentos. Saber em que se crê é fundamental para a existência de uma vida cristã frutífera. Assim se expressou o apóstolo Paulo: “Eu sei em quem tenho crido” (2 Tm 1.12). Ele tinha uma crença firme, razão pela qual foi capaz de suportar provações, tribulações, tentações e etc. 3.4 - A necessidade da doutrina Há cristãos que, menosprezando a doutrina bíblica, alegam: “O importante não é a teoria; e, sim: a prática”. Entretanto, quem disse que a doutrina bíblica é meramente teórica? Ela é a vontade de Deus. E, como tal, deve ser posta em prática. Aos filhos de Israel, ordena o Senhor: “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás 14 por sinal na tua mão e te serão por testeiras entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas” (Dt 6.6-9). Precisa-se conhecer a doutrina para, então praticá-la. Como podemos saber se estamos na luz, se não examinarmos nossos conceitos, nossas ações pela doutrina bíblica apresentada? “Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados”. (2ª Co. 13.5). Quando se expõe algo, nossa base não pode ser o julgamento próprio, mas, por meio da verdade, apresentada pela Bíblia. Tendo conhecimento da doutrina, devemos praticá-la: “Ora, se sabeis estas cousas, bem-aventurados sois se as praticardes“ (Jo. 13.17); “Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas osque praticam a lei hão de ser justificados” (Rm. 3.13). Ao terminar o “Sermão da Montanha”, Jesus esclarece o que Ele esperava daqueles que ouviram Seus extraordinários ensinos: “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha” (Mt 7.24). A conclusão é clara: primeiramente necessita-se ouvir o ensino; depois praticá-lo. Quanto àqueles que não praticam seus ensinos, Jesus foi claro ao afirmar que edificam sua casa sobre a areia, e por isso “será grande a sua ruína (Mt 7.27). “A multidão se admirou da sua doutrina, porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas” (Mt. 7.28-29). 3.4.1 - A doutrina bíblica nos proporciona a salvação em Cristo Paulo instrui ao seu jovem filho na fé: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina: persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1 Tm 4.16). 3.4.2 - A doutrina bíblica nos santifica Em sua oração sacerdotal, Cristo se refere ao poder santificador da Palavra de Deus desta forma: “Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou. Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” (Jo 17.14-17). 15 3.4.3 - A doutrina bíblica nos torna sábios Timóteo, instruído por sua mãe, Eunice, e por sua avó, Lóide, se tornou num dos melhores pastores do Novo Testamento. Ainda jovem, veio ele a ser considerado um sábio, conforme lhe escreve Paulo: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus.” (2 Tm 3.15). A doutrina bíblica é imprescindível para o nosso crescimento na vida cristã. Sua necessidade pode ser constatada tanto coletiva quanto individualmente. 16 4 - RESUMO DAS PRINCIPAIS DOUTRINAS BIBLICAS 4.1 - A Doutrina da Bíblia Bíblia, do latim biblion, “rolo” ou “livro” (Lc 4.17). Levou cerca de 1500 anos para ser formada, com cerca de 40 autores, mas é um só livro. Inspiração é a ação supervisionada por Deus sobre os autores humanos da Bíblia de modo a, usando suas próprias personalidades e estilos, comporem e registrarem sem erro as palavras de Sua revelação ao homem. A Inspiração se aplica apenas aos manuscritos originais (chamados de autógrafos). A Bíblia,é a inspirada palavra de Deus. Revela verdades universais muito antes da ciência É o manual de instruções do funcionamento da vida humana. Em 2ª Timóteo 3.16, diz: Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; 4.2 - A Doutrina de Deus A Bíblia ensina que existe apenas um Deus, Todo-Poderoso, que criou tudo que existe. Deus é perfeito, justo e bom, sem pecado. Deus é um, mas tem três “partes”: Pai, Filho e Espírito Santo. Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança e ama cada pessoa no mundo. Deus é o infinito e perfeito espírito no qual todas as coisas tem origem, preservação e finalidade. A Crença na existência de Deus é universal; é também necessária (no sentido de que é a “posição normal do pêndulo”: qualquer desvio dela é temporário e contra nossa natureza); portanto, esta crença é intuitiva, inata; não é mero resultado de tradições, educação, raciocínio acurado e educado. As expressões "Deus é Espírito" (Jo.4:24) e "Deus é Luz " (1ªJo.1:5), são expressões da natureza essencial de Deus, enquanto que a expressão "Deus é amor" (1ªJo.4:7) é expressão de Sua personalidade. (1ªTm.6:16) 4.3 - A Doutrina do Pecado Deus criou tudo para ser bom, mas Ele nos deixa escolher se queremos obedecer a Ele. Todos nós nos rebelamos contra Deus, não vivendo de acordo com 17 Seu padrão perfeito. As consequências do pecado são a morte e a separação de Deus (Romanos 3:23). O pecado é a causa principal de nossos problemas e sofrimentos. Em Juízes 20.16 se lê de homens que podiam lançar uma pedra num fio de cabelo "sem errar" (lô hata’). O verbo é usado mais de duzentas vezes no Antigo Testamento e as formas substantivadas são usadas por 198 vezes. Pecar é errar o alvo, é falhar no uso de algo de valor. A palavra grega que lhe corresponde é “hamartia”. A mais comum dessas palavras é hamartia, que descreve o pecado com um não atingimento do alvo, ou fracasso em alcançar um objetivo. A universalidade do pecado, a base disto é o fato de que os homens são irmãos por causa da paternidade biológica de Adão. Com sua expulsão do Éden, toda a humanidade nasceu fora do paraíso e em pecado. Por isso, a universalidade do pecado alcança a todos os homens. Não há uma doutrina sistematizada do pecado original, no Antigo Testamento, mas a ideia esta presente no texto de Adão gerando Sete "à sua semelhança, conforme à sua imagem" (Gn 5. 3). O estado de Adão é de um humano caído e assim, ele gera filhos caídos. 4.4 - A Doutrina de Cristo Deus nos ama, mas o pecado precisa ser punido para haver justiça. Por isso, Deus se tornou um homem (Jesus) para pagar o preço por nós. Jesus passou pelas mesmas experiências que nós, mas nunca pecou. Ele morreu na cruz em nosso lugar e três dias depois ressuscitou, vencendo a morte (Hb 2:14-15), depois ele voltou para o Céu, prometendo voltar. Jesus sempre teve uma natureza divina, a qual recebeu do Pai por comunicação (Jo 5.26). Afirmamos que Jesus é eternamente divino (Jo 1.1-3) e possui todos os atributos de Deus. No entanto, por ocasião da encarnação, Jesus assumiu a natureza humana para sempre, sem deixar de lado Sua natureza divina (Filipenses 2.6-7). Desse modo, Jesus é plenamente humano (1ª Tm 2.5). Jesus Cristo é o eterno Grande Sacerdote, que se ofereceu a si mesmo como sacrifício perfeito a Deus a fim de tirar os pecados da humanidade. É por meio dele que Deus faz uma nova e perfeita aliança com o seu povo. E é por meio de Jesus Cristo que se consegue a salvação eterna. 18 4.5 - A Doutrina da Salvação Por causa de Jesus, todos podemos voltar a ter comunhão com Deus. Basta crer que Jesus ressuscitou e confessá-lo como seu senhor e salvador (Rm 10:9-10). Quem faz isso fica salvo do pecado e terá a vida eterna com Deus. O Espírito Santo mora dentro dos salvos, nos ensinando como viver para agradar a Deus. O efeito da Salvação, no Homem, é a libertação do pecado, da degeneração moral e das consequências que os seguem, como o juízo de Deus. A Salvação causa no interior do Homem uma mudança tal, que produz alegria, gozo e paz permanentes. É a bem-aventurança ou a fidelidade eterna. Deus entra na vida da pessoa e a transforma. Deus fez a sua parte o homem precisa fazer a sua. O homem só precisa crer em Jesus, como seu Salvador, aceitando, pela fé, o sacrifício expiatório, realizado na cruz do calvário, quando segundo escreveu o profeta Isaias – “Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgreções e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados” (Isaias 53:4-5). Salvação, em seu sentido teológico, é a consequência do sacrifício realizado por Jesus Cristo, ao morrer na cruz do calvário, sobre todo aquele que aceita este sacrifício em sua vida, mediante a fé n’Ele, Jesus Cristo. 4.6 – A Doutrina do Espírito Santo O Espírito Santo é uma das pessoas da Trindade Divina, sendo constituído da mesma essência da divindade e plenamente Deus, como Deus o Pai e Deus o Filho.A palavra espírito tem sua origem no hebraico “ruah”’, ou no grego “pneuma”,de onde vem a palavra pneumatologia, a doutrina do Espírito Santo. As doutrinas da Trindade e das pessoas da divindade não são passíveis de entendimento racional pela mente do homem finito, mas são claramente reveladas pela Escritura. Por este motivo, é necessário buscar a confirmação bíblica de todas as afirmações referentes ao estudo da doutrina do Espírito Santo, a pneumatologia. O Pai e o Filho são termos que indicam relacionamento, da mesma forma, o Espírito Santo é assim chamado pela sua natureza e pela sua operação como a 19 causa da regeneração e santificação dos homens. O Filho é a perfeita imagem de Deus, e o Espírito é a operação do poder de Deus. O Espírito não é uma emanação ou manifestação do poder de Deus, mas uma pessoa eterna e coexistente na essência do Deus único da Trindade Divina, ele é infinito, perfeito e santo possuindo todas as qualidades e atributos divinos em posse de sua pessoa, sendo distinto do Pai e do Filho em uma essência única que é o Deus da Escritura. 4.7 - A Doutrina dos Anjos Deus criou o mundo com uma dimensão espiritual. Os anjos são seres espirituais que servem a Deus e ajudam os salvos. Mas o diabo e os demônios se rebelaram contra Deus e querem destruir Sua obra. Os demônios tentam impedir as pessoas de conhecer Jesus e lutam contra os salvos. Com Jesus, os salvos podem resistir à influência dos demônios (Tiago 4:7). A palavra portuguesa “anjo” possui origem no latim “ângelus”, que por sua vez deriva-se do grego “angelos”. No idioma hebraico, temos “malak”. Seu significado básico é “mensageiro”. O grego clássico emprega o termo “angelos” para o mensageiro, o embaixador em assuntos humanos, que fala e age no lugar daquele que o enviou. No AT, onde o termo “malak” ocorre 108 vezes, os anjos aparecem como seres celestiais, membros da corte de Yahweh, que servem e louvam a Ele (Ne 9:6; Jó 1:6), são espíritos ministradores (1Rs 19:5), transmitem a vontade de Deus (Dn 8:16,17)), obedecem a vontade de Deus (Sl 103:20), executam os propósitos de Deus (Nm 22:22), e celebram os louvores de Deus (Jó 38:7; Sl 148:2). No NT, onde a palavra “angelos” aparece por 175 vezes, os anjos aparecem como representativos do mundo celestial e mensageiros de Deus. Funções semelhantes às do AT são atribuídas a eles, tais como: servem e louvam a Cristo (Fp 2:9-11; Hb 1:6), são espíritos ministradores (Lc 16:22; At 12:7-11; Hb 1:7,14), transmitem a vontade de Cristo (Mt 2:13,20; At 8:26), obedecem a vontade d’Ele (Mt 6:10), executam os Seus propósitos (Mt 13:39-42), e celebram os louvores de Cristo (Lc 2:13,14). Ali, os anjos estão vinculados a eventos especiais, tais como: a concepção de Cristo (Mt 1:20,21), Seu nascimento (Lc 2:10-12), Sua ressurreição (Mt 28:5,7) e Sua ascensão e Segunda Vinda (At 1:11). 20 4.8 – A Doutrina da Igreja A palavra “igreja” encontrada no Novo Testamento vem da palavra grega “ekklesia”, que significa “um grupo chamado para fora” “convocado” ou “assembleia”, não religiosa em seu sentido literal; como exemplo, podemos citar a passagem bíblica de Atos 19:39, onde lemos as seguintes palavras: “E se demandais alguma outra coisa, averiguar-se-á em legítima assembleia (ekklesia).” Quando Deus resolve dar uma outra chance ao homem, devido a queda no Éden, a igreja fez parte do plano. Isto porque a igreja pôde, através do seu Senhor, religar o homem a Deus. A igreja, não só faz com que o relacionamento do homem e Deus seja correto, como ao mesmo tempo, transforma os homens, genericamente, em um corpo mais unido. Por esta razão a igreja é tão importante para a humanidade. Isto não significa que a igreja seja mais importante que Jesus Cristo, mas, ela tem um papel de extrema importância na vida dos seres humanos. Sempre que a Bíblia usa a palavra “ekklesia” traduzida para igreja, está se referindo a pessoas, nunca a um edifício. Tanto a igreja local como a igreja universal de Jesus, são chamadas de igrejas, porque a composição de formação é feita de pessoas chamadas para Jesus Cristo, e principalmente em Jesus Cristo (1ª Pe 2:1- 10). Isto é afirmar que, onde quer que estejam este grupo será sempre chamado de igreja. 4.9 – A doutrina do homem “Imagem e semelhança de Deus”. O estado original de Adão era de santidade recebida, mas não confirmada. Ele perdeu este estado com a queda, mas o homem ainda retém vestígios da imagem e semelhança de Deus (1Co 11.7; Tg 3.9). As facetas da parte imaterial do homem: Alma: A alma diz respeito à vida pessoal, ao indivíduo. Tem emoções (Jr 31.25) e guerreia contra as paixões da carne (1Pe 2.11). Espírito: Este termo é relacionado aos aspectos mais elevados do homem (Rm 8.16). Todos os homens têm espírito (1Co 2.11). O espírito também pode ser corrompido (2Co 7.1). Embora haja distinção entre alma e espírito, ambos são facetas da parte imaterial do homem. 21 Coração: O coração é o conceito mais amplo de todas as facetas da parte imaterial do homem. E a sede da vida intelectual, emocional, volitiva e espiritual do homem (Hb 4.12; 4.7; Mt 22.37) Consciência: A consciência é uma testemunha interior que foi afetada pela Queda mas que, apesar disso, pode ser um guia seguro ocasionalmente (1Pe 2.19; Hb 10.22) Mente:A mente é aquela faceta imaterial do homem na qual está centralizado o entendimento. A mente foi afetada pela queda mas pode ser renovada em Cristo (Rm 12.2). Carne: Quando o termo carne significa natureza pecaminosa, refere-se também a um aspecto da natureza imaterial do homem. É completamente corrupta e não pode ser renovada, mas será erradicada na morte. 4.10 - A Doutrina do Fim dos Tempos Um dia Jesus voltará (Jo 14:2-3). Os mortos ressuscitarão e todos serão julgados. Quem tiver rejeitado Deus sofrerá condenação eterna, junto com o diabo e seus demônios, mas quem aceitou Jesus como salvador irá morar para sempre com Ele. O mundo atual será destruído e haverá uma nova terra no Céu, onde todos os salvos irão morar. Não haverá mais pecado nem sofrimento. Na escatologia, estudamos a respeito do fim dos tempos. A Escatologia pode ser dividida em cinco blocos: Fim do mundo Segunda vinda de Cristo Ressurreição dos mortos Juízo final Criação dos novos céus e da nova terra. Esses cinco blocos envolvem, principalmente, os seguintes tópicos, com relação aos indivíduos e ao mundo, contemplando aspectos redentivos, de julgamentos e uma intervenção pessoal de Deus no mundo humano e físico. 22 5 - IGREJA CRISTÃ PRIMA PELA ORTODOXIA DOUTRINÁRIA A doutrina bíblica pode ser Ortodoxa ou Liberal. Ortodoxia deriva do vocábulo “ortodoxo”, palavra grega que significa “opinião correta” ou “doutrina correta”, é a doutrina conservadora. A ênfase do erudito liberal se focaliza na descoberta que o homem faz de Deus. Seu ponto de vista é razão humanista, isto é, centrado no homem. Ortodoxa, é a qualidade de uma declaração doutrinária que se acha de acordo com a Palavra de Deus e com os cânones e concílios estabelecidos pela Igreja Apostólica. No nosso contexto ela diz respeito aos cristãos conservadores. Fugir à ortodoxia pode significar aberração doutrinária ou até mesmo heresias. O Ensino das Escrituras deve ser antes de mais nada, ortodoxo. Todo ensino bíblico-doutrinário deve ser estritamente de acordo com a mensagem divina revelada na Sua Palavra. Tal ortodoxia cristã tem nas Escrituras a única fonte do verdadeiro conhecimento de Deus, de suas doutrinas e da maravilhosa salvação em Cristo Jesus. Tendo a Bíblia como a sua única regra de fé e prática. Acha-se comprometida com a evangelização do mundo, conformando-se plenamente com as reivindicações da Grande Comissão. O liberal se acha o representantelegal de Deus aqui na terra. Usa de autoridade como se fosse delegada por Deus. Aqueles que ensinam sem dogmatismo muitas vezes são taxados de liberais e mundanos. Porém pelas lentes da Palavra, podemos considerar liberais aqueles que estão fora da Palavra e servindo uma tradição arcaica e anti-bíblica. Antes de conhecer a Cristo éramos escravo do mundo e de Satanás, agora libertos em Cristo somos livres; o servo de Cristo experimenta a liberdade real do Espírito nos propósitos de Deus. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.32, 36). Com base no ensino de Jesus eu posso afirmar que somos livres para servir o Senhor Deus, mas não ao pecado. Porém, não temos o direito de propagar ideias tradicionalistas, dizendo que é doutrina de Deus e usarmos como meio de salvação, pois seremos taxados de fariseus. Não confundamos liberal com libertinagem, pois libertinagem é uma pessoa que se encontra na liberdade do mundo e do pecado, ou seja, nas concupiscências 23 da carne, dos olhos e na soberba da vida conforme 1ª Jo 2.16.. É por isso que Paulo diz aos Gálatas “não useis da liberdade para dar ocasião à carne” (Gl 5.13). Todavia somos agora livres para servir ao nosso bendito Criador sem esquisitices. As ideias, deduções e princípios teológicos liberais, humanistas e corrompidos, tiveram seu início na primeira parte do século XIX. Possuíam como objetivo a racionalização da fé sob influência do movimento filosófico e igualmente humanista denominado iluminismo. Foi uma tentativa de adaptar a fé cristã as correntes do pensamento moderno sobre Deus. Mas a verdadeira teologia bíblica proveniente da doutrina do Senhor não perdeu o espaço. Ao contrário, ela continua firme e crescente através do empenho de homens comprometidos com Deus e com a defesa da fé mediante a exposição correta e ungida das Escrituras. Ainda há em nossos dias cristãos que, graças a Deus, procedem como mãe e avó de Timóteo, ensinando os mais jovens os verdadeiros fundamentos da fé cristã. “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste, e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (2ª Tm 3.14-15; outra ref. 2ª Tm 1.3-5). “Alguns líderes estão se equivocando e transformando certos costumes em doutrinas, como se a sã doutrina da Bíblia não fosse suficiente para um viver cristão digno. É claro que os bons costumes são necessários como: agradecer um favor, cumprimentar as pessoas, ter asseio pessoal etc. Essas ações e atitudes são os frutos produzidos pelos cristãos e devem ser incentivados Mas aqui o caso é outro. Estão colocando paridade entre certos costumes e a doutrina bíblica. Será que existe alguma diferença do legalismo do passado para o de hoje? O espírito do farisaísmo é o mesmo. O que muda é o que se dita para ser seguido.” [GEREMIAS DO COUTO. Lições Bíblicas 4ª Trimestre de 2005. Editora CPAD, Rio de Janeiro RJ]. 24 6 - ÀS FALSAS DOUTRINAS DA ÉPOCA DE JESUS CRISTO Os judeus se maravilhavam da doutrina de Jesus, pois Ele ensinava com autoridade, mas eram advertidos contra a doutrina dos Fariseus e dos Saduceus, “mas quem ultrapassa a doutrina, não tem Deus” (2ª Jo.1:9-10). 6.1 – Doutrina dos fariseus Chamados “separados”, do grego “pharisaios”, reconheciam na tradição oral um padrão de fé e vida. Procuravam reconhecimento e mérito pela observância externa de ritos e formas de piedade, como lavagens cerimoniais, jejuns, orações e esmolas. Mas negligenciavam a genuína piedade, orgulhavam-se em suas boas obras. Mantinham de forma persistente a fé na existência de anjos bons e maus, e na vinda do Messias; e tinham esperança de que os mortos, após uma experiência preliminar de recompensa ou penalidade no Hades, seriam novamente chamados à vida por ele, e seriam recompensados, cada um de acordo com suas obras individuais. Em oposição à dominação de Herodes e do governo romano, eles de forma decisiva sustentavam a teocracia e a causa do seu país, e tinham grande influência entre o povo comum. Eram inimigos de Jesus e sua causa, foram, por outro lado, duramente repreendidos por ele por causa da sua avareza, ambição, confiança vazia nas obras externas, e aparência de piedade a fim de ganhar popularidade. 6.1 – Doutrina dos Saduceus Chamados “justos”, do grego “saddoukaios”, partido religioso judeu da época de Cristo, que negava que a lei oral fosse revelação de Deus aos israelitas, e que cria que somente a lei escrita era obrigatória para a nação como autoridade divina. Negavam a ressurreição do corpo, a imortalidade da alma, a existência de espíritos e anjos, mas afirmavam o livre arbítrio. 25 7 – CONCLUSÃO Enquanto que a religião externa uma forma de crer, a doutrina é uma crença racional, baseada na Palavra de Deus, onde fé e razão andam juntas. A fé usa a razão é a razão não pode ser bem sucedida sem a fé, na descoberta da verdade. A razão não pode produzir fé, mas a acompanha, pois a fé não vem de um questionamento, mas pela palavra de Deus (Rm. 10.17). Contudo, a pessoa pode tentar compreender aquilo em que acredita, envolvendo a vontade de descobrir, por exemplo, a lógica de que Deus existe, se relaciona com as pessoas e que através da teologia, poderemos defender racionalmente, a verdade das coisas de Deus pela investigação da doutrina. Quando falamos em doutrina, estamos nos referindo aquelas que são expostas na Bíblia e que representam o alicerce, o sustentáculo de nossa fé. Se descuidarmos e desprezarmos as doutrinas, perderemos a nossa identidade espiritual como servos de Deus, como seguidores de Cristo, como discípulos de Cristo. A doutrina estuda a fé Cristã, sobre a verdade da realidade espiritual, única, envolvendo a existência de Deus, a possibilidade dos milagres, a confiabilidade das escrituras, a divindade de Cristo, a encarnação de Deus em Cristo e a verdade da Bíblia como a Palavra de Deus genuína. 26 8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GILBERTO, Antonio. Dificuldade e Doutrina Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2004 CORREA DE ANDRADE, Claudionor. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 2004. PEARLMAN,Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. São Paulo: Editora Vida, 2006. Iead América: iead-america1.blogspot.com.br/p/doutrinas-biblicas.html – acesso dia 17/08/2017 PAUL,Thomas. Um Estudo Sistemático da Doutrina Bíblica. São Paulo: Imprensa Palavra Prudente, 2013. Bíblia de Estudo Shedd. São Paulo: Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1997. Biblia de Estudo Mac Arthur. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2005. 1504p Bíblia de Estudo Pentecostal. Deerfield, Florida: Editorial Vida, 1993. Biblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.