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monografia - Moises Pereira da Sena


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FATIN 
FACULDADE DE TEOLOGIA INTEGRADA 
CURSO DE BACHAREL EM TEOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MOISES PEREIRA DA SENA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOUTRINAS BIBLICAS NA VIDA CRISTÃ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuiabá - MT 
2017 
 
 
 
 
FATIN 
FACULDADE DE TEOLOGIA INTEGRADA 
CURSO DE BACHAREL EM TEOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
MOISÉS PEREIRA DA SENA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOUTRINAS BIBLICAS NA VIDA CRISTÃ 
 
 
 
Monografia de conclusão de curso 
apresentada ao Curso Bacharel em 
Teologia da Faculdade de Teologia 
Integrada (FATIN), como requisito parcial 
à conclusão do curso. 
 
 
 
 
Orientador: Prof . Dr. João Batista de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuiabá - MT 
2017
 
 
 
 
MOISES PEREIRA DA SENA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOUTRINAS BIBLICAS NA VIDA CRISTÃ 
 
 
Monografia de conclusão de curso 
apresentada ao Curso Bacharel em 
Teologia da Faculdade de Teologia 
Integrada (FATIN), como requisito parcial 
à conclusão do curso. 
 
 
Aprovada em ___ de _____________ de______ 
 
Profº. __________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
Cuiabá - MT 
2017 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Dedico este trabalho de conclusão de curso (TCC), em especial ao Senhor Jesus 
Cristo, nosso eterno Deus, Salvador, e Pai. Não a nós, Senhor, nenhuma glória para 
nós, mas sim ao teu nome, por teu amor e por tua fidelidade! Salmos 115:1 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.bibliaon.com/versiculo/salmos_115_1/
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço a Deus pela vida e pelas oportunidades a mim concedidas. A minha 
esposa e filhos, pois sempre estão ao meu lado me encorajando e me apoiando em 
meus projetos. A igreja que pastoreio, pois ela tem sido uma verdadeira escola 
ministerial a qual tenho aprendido muito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A doutrina não é tarefa da língua, mas da 
vida… Ela é recebida apenas quando toma 
conta da alma toda. 
João Calvino 
 
http://www.frasescristas.com.br/a-doutrina-nao-e-tarefa-da-lingua-mas-da-vida-ela-e-recebida-apenas-quando-toma-conta-da-alma-toda/
http://www.frasescristas.com.br/a-doutrina-nao-e-tarefa-da-lingua-mas-da-vida-ela-e-recebida-apenas-quando-toma-conta-da-alma-toda/
http://www.frasescristas.com.br/a-doutrina-nao-e-tarefa-da-lingua-mas-da-vida-ela-e-recebida-apenas-quando-toma-conta-da-alma-toda/
 
 
RESUMO 
 
Doutrina Bíblia, é o conjunto de princípios que servem de base ao cristianismo, 
compreendendo desde o ensinamento, pregação, opinião das lideranças religiosas, 
desde que embasadas em Textos de obras Bíblicas escritas, como Regra de fé, 
preceito de comportamento e norma de conduta social, referente a Deus, a Jesus, 
ao Espírito Santo e Salvação. A doutrina escorrerá suavemente em todos os lugares. 
Além disso, é uma boa lei que dá instrução ao sábio e ensina aos justos uma fonte 
de vida e como se desviar dos laços da morte. 
 
 
 
Palavras chaves: Doutrina – Comportamento – Lei – Instrução 
 
 
ABSTRACT 
 
The Bible Doctrine is the set of principles that serve as a basis for Christianity, 
ranging from teaching, preaching, and opinion to religious leaders, as long as they 
are based on Scripture texts, such as the Rule of Faith, the Precept of Behavior, and 
the Standard of Social Conduct , Concerning God, Jesus, the Holy Spirit and 
Salvation. The doctrine will gently flow everywhere. Moreover, it is a good law that 
gives instruction to the wise and teaches the righteous a source of life and how to 
stray from the bonds of death. 
 
Keywords: Doctrine - Behavior - Law - Instruction 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 - INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------10 
2 - CLASSIFICAÇÃO DAS DOUTRINAS BIBLICAS----------------------------------------11 
3 - DOUTRINA BÍBLICA NA VIDA CRISTÃ---------------------------------------------------12 
3.1-OS APÓSTOLOS TRANSMITIRAM OS ENSINAMENTOS DE JESUS COM 
FIDELIDADE--------------------------------------------------------------------------------------------12 
3.2-O QUE É DOUTRINA BÍBLICA---------------------------------------------------------------12 
3.3-OS OBJETOS DA DOUTRINA BÍBLICA ---------------------------------------------------13 
3.4-A NECESSIDADE DA DOUTRINA-----------------------------------------------------------13 
3.4.1-A DOUTRINA BÍBLICA NOS PROPORCIONA SALVAÇÃO EM CRISTO------14 
3.4.2-A DOUTRINA BÍBLICA NOS SANTIFICA-----------------------------------------------14 
3.4.3-A DOUTRINA BÍBLICA NOS TORNA SÁBIOS----------------------------------------15 
4 – RESUMO DAS PRINCIPAIS DOUTRINAS BÍBLICAS---------------------------------16 
4.1-A DOUTRINA DA BÍBLIA-----------------------------------------------------------------------16 
4.2-A DOUTRINA DE DEUS------------------------------------------------------------------------16 
4.3-A DOUTRINA DO PECADO-------------------------------------------------------------------16 
4.4-A DOUTRINA DE CRISTO---------------------------------------------------------------------17 
4.5-A DOUTRINA DA SALVAÇÃO----------------------------------------------------------------18 
4.6-A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO-------------------------------------------------------18 
4.7-A DOUTRINA DOS ANJOS--------------------------------------------------------------------19 
4.8-A DOUTRINA DA IGREJA---------------------------------------------------------------------20 
4.9-A DOUTRINA DO HOMEM--------------------------------------------------------------------20 
4.10-A DOUTRINA DO FIM DOS TEMPOS----------------------------------------------------21 
5 - IGREJA CRISTÃ PRIMA PELA ORTODOXIA DOUTRINÁRIA--------------------- 22 
6 - ÁS FALSAS DOUTRINAS DA ÉPOCA DE JESUS CRISTO------------------------ 24 
6.1-DOUTRINA DOS FARISEUS------------------------------------------------------------------24 
6.2-DOUTRINA DOS SADUCEUS----------------------------------------------------------------24 
7 - CONCLUSÃO--------------------------------------------------------------------------------------25 
8 -REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS----------------------------------------------------------26 
 
10 
 
 
1- INTRODUÇÃO 
 
A palavra doutrina vem do latim doctrina, que significa “ensino”. Pode ser 
qualquer tipo de ensino ou doutrina especifico. Segundo o dicionário Aurélio, 
“doutrina é o conjunto de princípios que servem de base a um sistema religioso”. No 
Antigo Testamento, a palavra doutrina ocorre como tradução do hebraico Ieqah, que 
significa “o que é recebido” (Dt 32.2; Jo 11.4; Pv 4.2; e Is 29.24). No Novo 
Testamento temos dois termos da língua grega representam a palavra doutrina. Um 
termo é Didaskalia e o outro, didachê. Ambos os termos refere-se ao ensino como 
instrução dada àqueles que recebiam de bom grado a mensagem do cristianismo 
(Mt 7.28; Jo 7.16-17). 
Doutrina é um ensino da Bíblia normativo, terminante, final, derivado 
totalmente e exclusivamente das Sagradas Escrituras, como regra de fé em Deus e 
de prática de vida cristã e de ministério para a Igreja de Deus. 
No Novo Testamento, alguém que ensina a respeito das coisas de Deus, e 
dos deveres do homem; como os mestres da religião judaica, que pelo seu imenso 
poder como mestres atraem multidões, como João Batista (1ª Tm 4.6; 1ª Tm 4.16; 1ª 
Tm 6.1; Tt 2.1; Tt 2.10). 
Jesus, pela sua autoridade, refere-se a si mesmo como aquele que mostrou 
aos homens o caminho da salvação e como os apóstolos e Paulo, que, nas 
assembleias religiosas dos cristãos, encarregavam-se de ensinar, assistidos pelo 
Santo Espírito contra os falsos mestres entre os cristãos. 
A doutrina bíblica são ensinamentos de Deus, portanto elas não mudam, mas 
permanecem para sempre, ou seja, elas são imutáveis. 
A dificuldade para entender o que é doutrina é proveniente da imaturidade 
espiritual do cristão e de sua vivencia espiritual superficial. A muitos líderes que 
confundem doutrina bíblicacom praticas, tradições e usos e costumes humanos. 
Muitos líderes não conseguem se aprofundar no estudo e compreensão das 
doutrinas do Santo Livro de Deus porque o estudam sem organização, método, 
ordem, sequencia, propósito, interesse, ou muita atenção. A admoestação bíblica 
em 2ª Timóteo 2.15 é “que maneja bem a palavra da verdade”. 
Esse trabalho não tem como objetivo, apresentar todas as doutrinas bíblicas, 
mas sim as mais propagadas no meio cristão. 
 
11 
 
 
2 - CLASSIFICAÇÃO DAS DOUTRINAS DA BÍBLIA 
 
Há pelo menos três diferenças básicas entre doutrina bíblica e costume 
puramente humano. Há costumes bons e maus. A doutrina bíblica conduz a bons 
costumes. Quanto à origem, a doutrina é divina e o costume é humano. Quanto ao 
alcance, a doutrina é geral e o costume é local e por fim, quanto ao tempo a doutrina 
é imutável e o costume é temporário. 
“Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, 
deixemo-nos levar para o que é perfeito, não lançando, de novo, a base do 
arrependimento de obras mortas e da fé em Deus, o ensino de batismos e da 
imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno” (Hb 6.1-2). 
Para fins de estudo, todas as doutrinas da Bíblia podem situar-se em três 
grandes grupos ou classes de assuntos doutrinários. Primeiro, as Doutrinas da 
Salvação: A doutrina da graça de Deus, expiação pelo sangue, a propiciação pelo 
sangue, a justificação, pela fé e a regeneração pelo Espírito Santo; da justificação, 
da regeneração, do arrependimento e da confissão de pecados, do batismo em 
águas, santificação, da eleição e predestinação dos salvos, doutrina do 
evangelismo, missões e discipulado cristão. 
Segundo, as Doutrinas da fé cristã: Doutrina trindade; Pai, Filho e Espírito 
Santo; da fé, da criação de todas as coisas, dos anjos, bons e maus, do homem, 
doutrina da família, da consciência como faculdade humana, da lei e da graça, da 
igreja, oração e do jejum, do louvor e da adoração, dos ministérios dos dons 
espirituais, do fruto do Espírito, do perdão, da santa ceia do Senhor, do testemunho 
do crente (o cristão falando de cristo de sua vida); da contribuição financeira, das 
duas naturezas do cristão, do sofrimento do cristão nesta vida, do cristão como 
cidadão do céu, da ação social da igreja e da divindade de Cristo. 
Terceiro e último, as Doutrinas do Porvir: Doutrina do estado intermediário 
dos mortos, da ressurreição dos justos e dos injustos, dos juízos (julgamento), da 
grande tribulação que há de vir sobre o mundo, do anticristo, da vida de cristo, do 
reino milenar de cristo neste mundo, do céu para os salvos e do inferno para os 
perdidos, do conhecimento dos salvos na outra vida, do perfeito estado eterno 
(eternidade), da dispensações e alianças da Bíblia. 
 
 
12 
 
 
3 - DOUTRINA BIBLICA NA VIDA CRISTÃ 
 
 “Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não 
tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho”. (2 Jo 
1.9). Por mais que queiramos ser modernos, diferentes dos cristãos de alguns anos 
atrás, Deus é o mesmo. Por isso, aquilo que ele revelou e requer de nós continua 
exatamente o mesmo. Embora o mundo moderno negue a vontade soberana de 
Deus (e nós, muitas vezes, estamos mais dispostos a ouvir o mundo do que ouvir a 
Deus) à doutrina cristã é a mesma. 
 Podemos dizer que a igreja do Novo Testamento cresceu porque deu amplo 
destaque ao ensino doutrinário; foi assim que ela conseguiu ter um crescimento 
constante. Isto não quer dizer que a igreja não sofresse oposição, nem que não 
enfrentasse falsos ensinos e heresias, ao contrário, os cristãos foram martirizados 
por causa de suas profundas convicções doutrinárias; não abriram mão delas. 
Ninguém arrisca sua vida por algo em que não acredita fortemente. Os cristãos não 
negaram Cristo nem sua doutrina; para eles, os fundamentos de sua fé eram nítidos. 
O fato é que a igreja desde a sua origem era estruturada na Palavra, era capaz de 
divulgar e defender suas doutrinas básicas. Ela estava edificada “sobre o 
fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra 
angular”. (Ef. 2.20), como diz Paulo. 
 
3.1 - Os apóstolos transmitiram os ensinamentos de Jesus com fidelidade: 
 
 “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei” (1 Co. 11.23a). “O 
que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos 
próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao 
Verbo da vida (e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos 
testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi 
manifestada), o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para 
que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é 
com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo”. (1 Jo 1.1-2) 
 
3.2 - O que é doutrina bíblica? 
13 
 
 
 Ao contrário da filosofia, a doutrina cristã não se perde em especulações. Se 
por um lado, conduz-nos a conhecer mais intimamente a Deus; por outro, 
constrange-nos a ter uma vida santa e irrepreensível. Andrew Bonar, ao destacar-lhe 
a importância em nosso cotidiano, foi enfático: “Doutrina é coisa prática, visto que 
desperta o coração”. 
 
3.3 - Os objetivos da doutrina bíblica 
 
 O principal objetivo da doutrina bíblica é aprofundar o nosso conhecimento de 
Deus (Os 6.3). O Israel do Antigo Testamento caiu na apostasia por não conhecer a 
Jeová. Através de Oséias, o Senhor amoroso, lamenta: “O meu povo está sendo 
destruído, porque lhe falta o conhecimento.” (Os 4.6). A doutrina bíblica também visa 
à perfeição moral e espiritual do ser humano. Escrevendo ao jovem pastor Timóteo, 
o apóstolo Paulo é mais do que claro; é incisivo: “Toda a Escritura é inspirada por 
Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na 
justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente habilitado para 
toda a boa obra” (2 Tm 3.17). 
 As doutrinas são uma exposição das verdades centrais ou fundamentais de 
nossa fé, portanto devem ser estudadas de forma sistemática, para que uma vez 
que estiverem devidamente agrupadas, serão melhor analisadas como aparecem na 
Bíblia em ambos os Testamentos. 
 Saber em que se crê é fundamental para a existência de uma vida cristã 
frutífera. Assim se expressou o apóstolo Paulo: “Eu sei em quem tenho crido” (2 Tm 
1.12). Ele tinha uma crença firme, razão pela qual foi capaz de suportar provações, 
tribulações, tentações e etc. 
 
3.4 - A necessidade da doutrina 
 
 Há cristãos que, menosprezando a doutrina bíblica, alegam: “O importante 
não é a teoria; e, sim: a prática”. Entretanto, quem disse que a doutrina bíblica é 
meramente teórica? Ela é a vontade de Deus. E, como tal, deve ser posta em 
prática. Aos filhos de Israel, ordena o Senhor: “E estas palavras, que hoje te ordeno, 
estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos, e delas falarás assentado em 
tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás 
14 
 
 
por sinal na tua mão e te serão por testeiras entre os teus olhos. E as escreverás 
nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas” (Dt 6.6-9). 
 Precisa-se conhecer a doutrina para, então praticá-la. Como podemos saber 
se estamos na luz, se não examinarmos nossos conceitos, nossas ações pela 
doutrina bíblica apresentada? “Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na 
fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se 
não é que já estais reprovados”. (2ª Co. 13.5). Quando se expõe algo, nossa base 
não pode ser o julgamento próprio, mas, por meio da verdade, apresentada pela 
Bíblia. Tendo conhecimento da doutrina, devemos praticá-la: “Ora, se sabeis estas 
cousas, bem-aventurados sois se as praticardes“ (Jo. 13.17); “Porque os simples 
ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas osque praticam a lei hão de ser 
justificados” (Rm. 3.13). Ao terminar o “Sermão da Montanha”, Jesus esclarece o 
que Ele esperava daqueles que ouviram Seus extraordinários ensinos: “Todo 
aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um 
homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha” (Mt 7.24). A conclusão é 
clara: primeiramente necessita-se ouvir o ensino; depois praticá-lo. Quanto àqueles 
que não praticam seus ensinos, Jesus foi claro ao afirmar que edificam sua casa 
sobre a areia, e por isso “será grande a sua ruína (Mt 7.27). “A multidão se admirou 
da sua doutrina, porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas” 
(Mt. 7.28-29). 
 
3.4.1 - A doutrina bíblica nos proporciona a salvação em Cristo 
 
 Paulo instrui ao seu jovem filho na fé: “Tem cuidado de ti mesmo e da 
doutrina: persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti 
mesmo como aos que te ouvem” (1 Tm 4.16). 
 
3.4.2 - A doutrina bíblica nos santifica 
 
 Em sua oração sacerdotal, Cristo se refere ao poder santificador da Palavra 
de Deus desta forma: “Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, 
porque eles não são do mundo, como também eu não sou. Não peço que os tires do 
mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não 
sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” (Jo 17.14-17). 
15 
 
 
3.4.3 - A doutrina bíblica nos torna sábios 
 
 Timóteo, instruído por sua mãe, Eunice, e por sua avó, Lóide, se tornou num 
dos melhores pastores do Novo Testamento. Ainda jovem, veio ele a ser 
considerado um sábio, conforme lhe escreve Paulo: “Tu, porém, permanece naquilo 
que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste e que, 
desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a 
salvação pela fé em Cristo Jesus.” (2 Tm 3.15). 
 A doutrina bíblica é imprescindível para o nosso crescimento na vida cristã. 
Sua necessidade pode ser constatada tanto coletiva quanto individualmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
4 - RESUMO DAS PRINCIPAIS DOUTRINAS BIBLICAS 
 
4.1 - A Doutrina da Bíblia 
 
 Bíblia, do latim biblion, “rolo” ou “livro” (Lc 4.17). Levou cerca de 1500 anos 
para ser formada, com cerca de 40 autores, mas é um só livro. Inspiração é a ação 
supervisionada por Deus sobre os autores humanos da Bíblia de modo a, usando 
suas próprias personalidades e estilos, comporem e registrarem sem erro as 
palavras de Sua revelação ao homem. A Inspiração se aplica apenas aos 
manuscritos originais (chamados de autógrafos). A Bíblia,é a inspirada palavra de 
Deus. Revela verdades universais muito antes da ciência É o manual de instruções 
do funcionamento da vida humana. Em 2ª Timóteo 3.16, diz: Toda a Escritura é 
divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para 
instruir em justiça; 
 
4.2 - A Doutrina de Deus 
 
 A Bíblia ensina que existe apenas um Deus, Todo-Poderoso, que criou tudo 
que existe. Deus é perfeito, justo e bom, sem pecado. Deus é um, mas tem três 
“partes”: Pai, Filho e Espírito Santo. Deus criou o homem à Sua imagem e 
semelhança e ama cada pessoa no mundo. Deus é o infinito e perfeito espírito no 
qual todas as coisas tem origem, preservação e finalidade. 
 A Crença na existência de Deus é universal; é também necessária (no sentido 
de que é a “posição normal do pêndulo”: qualquer desvio dela é temporário e contra 
nossa natureza); portanto, esta crença é intuitiva, inata; não é mero resultado de 
tradições, educação, raciocínio acurado e educado. 
 As expressões "Deus é Espírito" (Jo.4:24) e "Deus é Luz " (1ªJo.1:5), são 
expressões da natureza essencial de Deus, enquanto que a expressão "Deus é 
amor" (1ªJo.4:7) é expressão de Sua personalidade. (1ªTm.6:16) 
 
4.3 - A Doutrina do Pecado 
 
 Deus criou tudo para ser bom, mas Ele nos deixa escolher se queremos 
obedecer a Ele. Todos nós nos rebelamos contra Deus, não vivendo de acordo com 
17 
 
 
Seu padrão perfeito. As consequências do pecado são a morte e a separação de 
Deus (Romanos 3:23). O pecado é a causa principal de nossos problemas e 
sofrimentos. 
 Em Juízes 20.16 se lê de homens que podiam lançar uma pedra num fio de 
cabelo "sem errar" (lô hata’). O verbo é usado mais de duzentas vezes no Antigo 
Testamento e as formas substantivadas são usadas por 198 vezes. Pecar é errar o 
alvo, é falhar no uso de algo de valor. A palavra grega que lhe corresponde é 
“hamartia”. A mais comum dessas palavras é hamartia, que descreve o pecado com 
um não atingimento do alvo, ou fracasso em alcançar um objetivo. 
 A universalidade do pecado, a base disto é o fato de que os homens são 
irmãos por causa da paternidade biológica de Adão. Com sua expulsão do Éden, 
toda a humanidade nasceu fora do paraíso e em pecado. Por isso, a universalidade 
do pecado alcança a todos os homens. Não há uma doutrina sistematizada do 
pecado original, no Antigo Testamento, mas a ideia esta presente no texto de Adão 
gerando Sete "à sua semelhança, conforme à sua imagem" (Gn 5. 3). O estado de 
Adão é de um humano caído e assim, ele gera filhos caídos. 
4.4 - A Doutrina de Cristo 
 Deus nos ama, mas o pecado precisa ser punido para haver justiça. Por 
isso, Deus se tornou um homem (Jesus) para pagar o preço por nós. Jesus passou 
pelas mesmas experiências que nós, mas nunca pecou. Ele morreu na cruz em 
nosso lugar e três dias depois ressuscitou, vencendo a morte (Hb 2:14-15), depois 
ele voltou para o Céu, prometendo voltar. 
 Jesus sempre teve uma natureza divina, a qual recebeu do Pai por 
comunicação (Jo 5.26). Afirmamos que Jesus é eternamente divino (Jo 1.1-3) e 
possui todos os atributos de Deus. No entanto, por ocasião da encarnação, Jesus 
assumiu a natureza humana para sempre, sem deixar de lado Sua natureza divina 
(Filipenses 2.6-7). Desse modo, Jesus é plenamente humano (1ª Tm 2.5). 
 Jesus Cristo é o eterno Grande Sacerdote, que se ofereceu a si mesmo como 
sacrifício perfeito a Deus a fim de tirar os pecados da humanidade. É por meio dele 
que Deus faz uma nova e perfeita aliança com o seu povo. E é por meio de Jesus 
Cristo que se consegue a salvação eterna. 
 
18 
 
 
4.5 - A Doutrina da Salvação 
 Por causa de Jesus, todos podemos voltar a ter comunhão com Deus. Basta 
crer que Jesus ressuscitou e confessá-lo como seu senhor e salvador (Rm 10:9-10). 
Quem faz isso fica salvo do pecado e terá a vida eterna com Deus. O Espírito Santo 
mora dentro dos salvos, nos ensinando como viver para agradar a Deus. 
 O efeito da Salvação, no Homem, é a libertação do pecado, da degeneração 
moral e das consequências que os seguem, como o juízo de Deus. A Salvação 
causa no interior do Homem uma mudança tal, que produz alegria, gozo e paz 
permanentes. É a bem-aventurança ou a fidelidade eterna. Deus entra na vida da 
pessoa e a transforma. 
 Deus fez a sua parte o homem precisa fazer a sua. O homem só precisa crer 
em Jesus, como seu Salvador, aceitando, pela fé, o sacrifício expiatório, realizado 
na cruz do calvário, quando segundo escreveu o profeta Isaias – “Verdadeiramente, 
ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós 
o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas 
transgreções e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava 
sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados” (Isaias 53:4-5). 
 Salvação, em seu sentido teológico, é a consequência do sacrifício realizado 
por Jesus Cristo, ao morrer na cruz do calvário, sobre todo aquele que aceita este 
sacrifício em sua vida, mediante a fé n’Ele, Jesus Cristo. 
 
4.6 – A Doutrina do Espírito Santo 
 
 O Espírito Santo é uma das pessoas da Trindade Divina, sendo constituído da 
mesma essência da divindade e plenamente Deus, como Deus o Pai e Deus o Filho.A palavra espírito tem sua origem no hebraico “ruah”’, ou no grego “pneuma”,de 
onde vem a palavra pneumatologia, a doutrina do Espírito Santo. 
 As doutrinas da Trindade e das pessoas da divindade não são passíveis de 
entendimento racional pela mente do homem finito, mas são claramente reveladas 
pela Escritura. Por este motivo, é necessário buscar a confirmação bíblica de todas 
as afirmações referentes ao estudo da doutrina do Espírito Santo, a pneumatologia. 
 O Pai e o Filho são termos que indicam relacionamento, da mesma forma, o 
Espírito Santo é assim chamado pela sua natureza e pela sua operação como a 
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causa da regeneração e santificação dos homens. O Filho é a perfeita imagem de 
Deus, e o Espírito é a operação do poder de Deus. 
 O Espírito não é uma emanação ou manifestação do poder de Deus, mas 
uma pessoa eterna e coexistente na essência do Deus único da Trindade Divina, ele 
é infinito, perfeito e santo possuindo todas as qualidades e atributos divinos em 
posse de sua pessoa, sendo distinto do Pai e do Filho em uma essência única que é 
o Deus da Escritura. 
 
4.7 - A Doutrina dos Anjos 
 
 Deus criou o mundo com uma dimensão espiritual. Os anjos são seres 
espirituais que servem a Deus e ajudam os salvos. Mas o diabo e os demônios se 
rebelaram contra Deus e querem destruir Sua obra. Os demônios tentam impedir as 
pessoas de conhecer Jesus e lutam contra os salvos. Com Jesus, os salvos podem 
resistir à influência dos demônios (Tiago 4:7). 
 A palavra portuguesa “anjo” possui origem no latim “ângelus”, que por sua 
vez deriva-se do grego “angelos”. No idioma hebraico, temos “malak”. Seu 
significado básico é “mensageiro”. O grego clássico emprega o 
termo “angelos” para o mensageiro, o embaixador em assuntos humanos, que fala e 
age no lugar daquele que o enviou. 
 No AT, onde o termo “malak” ocorre 108 vezes, os anjos aparecem como 
seres celestiais, membros da corte de Yahweh, que servem e louvam a Ele (Ne 9:6; 
Jó 1:6), são espíritos ministradores (1Rs 19:5), transmitem a vontade de Deus 
(Dn 8:16,17)), obedecem a vontade de Deus (Sl 103:20), executam os propósitos de 
Deus (Nm 22:22), e celebram os louvores de Deus (Jó 38:7; Sl 148:2). 
 No NT, onde a palavra “angelos” aparece por 175 vezes, os anjos aparecem 
como representativos do mundo celestial e mensageiros de Deus. Funções 
semelhantes às do AT são atribuídas a eles, tais como: servem e louvam a Cristo 
(Fp 2:9-11; Hb 1:6), são espíritos ministradores (Lc 16:22; At 12:7-11; Hb 1:7,14), 
transmitem a vontade de Cristo (Mt 2:13,20; At 8:26), obedecem a vontade d’Ele 
(Mt 6:10), executam os Seus propósitos (Mt 13:39-42), e celebram os louvores de 
Cristo (Lc 2:13,14). Ali, os anjos estão vinculados a eventos especiais, tais como: a 
concepção de Cristo (Mt 1:20,21), Seu nascimento (Lc 2:10-12), Sua ressurreição 
(Mt 28:5,7) e Sua ascensão e Segunda Vinda (At 1:11). 
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4.8 – A Doutrina da Igreja 
 
 A palavra “igreja” encontrada no Novo Testamento vem da palavra grega 
“ekklesia”, que significa “um grupo chamado para fora” “convocado” ou “assembleia”, 
não religiosa em seu sentido literal; como exemplo, podemos citar a passagem 
bíblica de Atos 19:39, onde lemos as seguintes palavras: “E se demandais alguma 
outra coisa, averiguar-se-á em legítima assembleia (ekklesia).” 
 Quando Deus resolve dar uma outra chance ao homem, devido a queda no 
Éden, a igreja fez parte do plano. Isto porque a igreja pôde, através do seu Senhor, 
religar o homem a Deus. A igreja, não só faz com que o relacionamento do homem e 
Deus seja correto, como ao mesmo tempo, transforma os homens, genericamente, 
em um corpo mais unido. Por esta razão a igreja é tão importante para a 
humanidade. Isto não significa que a igreja seja mais importante que Jesus Cristo, 
mas, ela tem um papel de extrema importância na vida dos seres humanos. 
 Sempre que a Bíblia usa a palavra “ekklesia” traduzida para igreja, está se 
referindo a pessoas, nunca a um edifício. Tanto a igreja local como a igreja universal 
de Jesus, são chamadas de igrejas, porque a composição de formação é feita de 
pessoas chamadas para Jesus Cristo, e principalmente em Jesus Cristo (1ª Pe 2:1-
10). Isto é afirmar que, onde quer que estejam este grupo será sempre chamado de 
igreja. 
 
4.9 – A doutrina do homem 
 
 “Imagem e semelhança de Deus”. O estado original de Adão era de santidade 
recebida, mas não confirmada. Ele perdeu este estado com a queda, mas o homem 
ainda retém vestígios da imagem e semelhança de Deus (1Co 11.7; Tg 3.9). 
 As facetas da parte imaterial do homem: 
 Alma: A alma diz respeito à vida pessoal, ao indivíduo. Tem emoções (Jr 
31.25) e guerreia contra as paixões da carne (1Pe 2.11). 
 Espírito: Este termo é relacionado aos aspectos mais elevados do homem 
(Rm 8.16). Todos os homens têm espírito (1Co 2.11). O espírito também pode 
ser corrompido (2Co 7.1). Embora haja distinção entre alma e espírito, ambos 
são facetas da parte imaterial do homem. 
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 Coração: O coração é o conceito mais amplo de todas as facetas da parte 
imaterial do homem. E a sede da vida intelectual, emocional, volitiva e 
espiritual do homem (Hb 4.12; 4.7; Mt 22.37) 
 Consciência: A consciência é uma testemunha interior que foi afetada pela 
Queda mas que, apesar disso, pode ser um guia seguro ocasionalmente (1Pe 
2.19; Hb 10.22) 
 Mente:A mente é aquela faceta imaterial do homem na qual está centralizado 
o entendimento. A mente foi afetada pela queda mas pode ser renovada em 
Cristo (Rm 12.2). 
 Carne: Quando o termo carne significa natureza pecaminosa, refere-se 
também a um aspecto da natureza imaterial do homem. É completamente 
corrupta e não pode ser renovada, mas será erradicada na morte. 
 
4.10 - A Doutrina do Fim dos Tempos 
 
 Um dia Jesus voltará (Jo 14:2-3). Os mortos ressuscitarão e todos serão 
julgados. Quem tiver rejeitado Deus sofrerá condenação eterna, junto com o diabo e 
seus demônios, mas quem aceitou Jesus como salvador irá morar para sempre com 
Ele. O mundo atual será destruído e haverá uma nova terra no Céu, onde todos os 
salvos irão morar. Não haverá mais pecado nem sofrimento. Na escatologia, 
estudamos a respeito do fim dos tempos. A Escatologia pode ser dividida em cinco 
blocos: 
 Fim do mundo 
 Segunda vinda de Cristo 
 Ressurreição dos mortos 
 Juízo final 
 Criação dos novos céus e da nova terra. 
 Esses cinco blocos envolvem, principalmente, os seguintes tópicos, com 
relação aos indivíduos e ao mundo, contemplando aspectos redentivos, de 
julgamentos e uma intervenção pessoal de Deus no mundo humano e físico. 
 
 
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5 - IGREJA CRISTÃ PRIMA PELA ORTODOXIA DOUTRINÁRIA 
 
A doutrina bíblica pode ser Ortodoxa ou Liberal. Ortodoxia deriva do vocábulo 
“ortodoxo”, palavra grega que significa “opinião correta” ou “doutrina correta”, é a 
doutrina conservadora. A ênfase do erudito liberal se focaliza na descoberta que o 
homem faz de Deus. Seu ponto de vista é razão humanista, isto é, centrado no 
homem. 
Ortodoxa, é a qualidade de uma declaração doutrinária que se acha de 
acordo com a Palavra de Deus e com os cânones e concílios estabelecidos pela 
Igreja Apostólica. No nosso contexto ela diz respeito aos cristãos conservadores. 
Fugir à ortodoxia pode significar aberração doutrinária ou até mesmo heresias. 
O Ensino das Escrituras deve ser antes de mais nada, ortodoxo. Todo ensino 
bíblico-doutrinário deve ser estritamente de acordo com a mensagem divina 
revelada na Sua Palavra. Tal ortodoxia cristã tem nas Escrituras a única fonte do 
verdadeiro conhecimento de Deus, de suas doutrinas e da maravilhosa salvação em 
Cristo Jesus. 
Tendo a Bíblia como a sua única regra de fé e prática. Acha-se comprometida 
com a evangelização do mundo, conformando-se plenamente com as reivindicações 
da Grande Comissão. 
O liberal se acha o representantelegal de Deus aqui na terra. Usa de 
autoridade como se fosse delegada por Deus. Aqueles que ensinam sem 
dogmatismo muitas vezes são taxados de liberais e mundanos. Porém pelas lentes 
da Palavra, podemos considerar liberais aqueles que estão fora da Palavra e 
servindo uma tradição arcaica e anti-bíblica. 
Antes de conhecer a Cristo éramos escravo do mundo e de Satanás, agora 
libertos em Cristo somos livres; o servo de Cristo experimenta a liberdade real do 
Espírito nos propósitos de Deus. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. 
Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.32, 36). Com base 
no ensino de Jesus eu posso afirmar que somos livres para servir o Senhor Deus, 
mas não ao pecado. Porém, não temos o direito de propagar ideias tradicionalistas, 
dizendo que é doutrina de Deus e usarmos como meio de salvação, pois seremos 
taxados de fariseus. 
Não confundamos liberal com libertinagem, pois libertinagem é uma pessoa 
que se encontra na liberdade do mundo e do pecado, ou seja, nas concupiscências 
23 
 
 
da carne, dos olhos e na soberba da vida conforme 1ª Jo 2.16.. É por isso que Paulo 
diz aos Gálatas “não useis da liberdade para dar ocasião à carne” (Gl 5.13). Todavia 
somos agora livres para servir ao nosso bendito Criador sem esquisitices. 
As ideias, deduções e princípios teológicos liberais, humanistas e 
corrompidos, tiveram seu início na primeira parte do século XIX. Possuíam como 
objetivo a racionalização da fé sob influência do movimento filosófico e igualmente 
humanista denominado iluminismo. Foi uma tentativa de adaptar a fé cristã as 
correntes do pensamento moderno sobre Deus. 
Mas a verdadeira teologia bíblica proveniente da doutrina do Senhor não 
perdeu o espaço. Ao contrário, ela continua firme e crescente através do empenho 
de homens comprometidos com Deus e com a defesa da fé mediante a exposição 
correta e ungida das Escrituras. Ainda há em nossos dias cristãos que, graças a 
Deus, procedem como mãe e avó de Timóteo, ensinando os mais jovens os 
verdadeiros fundamentos da fé cristã. 
“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, 
sabendo de quem o aprendeste, e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, 
que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (2ª Tm 3.14-15; 
outra ref. 2ª Tm 1.3-5). 
“Alguns líderes estão se equivocando e 
transformando certos costumes em doutrinas, 
como se a sã doutrina da Bíblia não fosse 
suficiente para um viver cristão digno. É claro 
que os bons costumes são necessários como: 
agradecer um favor, cumprimentar as pessoas, 
ter asseio pessoal etc. Essas ações e atitudes 
são os frutos produzidos pelos cristãos e 
devem ser incentivados Mas aqui o caso é 
outro. Estão colocando paridade entre certos 
costumes e a doutrina bíblica. Será que existe 
alguma diferença do legalismo do passado 
para o de hoje? O espírito do farisaísmo é o 
mesmo. O que muda é o que se dita para ser 
seguido.” [GEREMIAS DO COUTO. Lições 
Bíblicas 4ª Trimestre de 2005. Editora CPAD, 
Rio de Janeiro RJ]. 
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6 - ÀS FALSAS DOUTRINAS DA ÉPOCA DE JESUS CRISTO 
 
 Os judeus se maravilhavam da doutrina de Jesus, pois Ele ensinava com 
autoridade, mas eram advertidos contra a doutrina dos Fariseus e dos Saduceus, 
“mas quem ultrapassa a doutrina, não tem Deus” (2ª Jo.1:9-10). 
 
6.1 – Doutrina dos fariseus 
 
 Chamados “separados”, do grego “pharisaios”, reconheciam na tradição oral 
um padrão de fé e vida. Procuravam reconhecimento e mérito pela observância 
externa de ritos e formas de piedade, como lavagens cerimoniais, jejuns, orações e 
esmolas. Mas negligenciavam a genuína piedade, orgulhavam-se em suas boas 
obras. Mantinham de forma persistente a fé na existência de anjos bons e maus, e 
na vinda do Messias; e tinham esperança de que os mortos, após uma experiência 
preliminar de recompensa ou penalidade no Hades, seriam novamente chamados à 
vida por ele, e seriam recompensados, cada um de acordo com suas obras 
individuais. 
 Em oposição à dominação de Herodes e do governo romano, eles de forma 
decisiva sustentavam a teocracia e a causa do seu país, e tinham grande influência 
entre o povo comum. Eram inimigos de Jesus e sua causa, foram, por outro lado, 
duramente repreendidos por ele por causa da sua avareza, ambição, confiança 
vazia nas obras externas, e aparência de piedade a fim de ganhar popularidade. 
 
6.1 – Doutrina dos Saduceus 
 
 Chamados “justos”, do grego “saddoukaios”, partido religioso judeu da época 
de Cristo, que negava que a lei oral fosse revelação de Deus aos israelitas, e que 
cria que somente a lei escrita era obrigatória para a nação como autoridade divina. 
Negavam a ressurreição do corpo, a imortalidade da alma, a existência de espíritos 
e anjos, mas afirmavam o livre arbítrio. 
 
 
 
 
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7 – CONCLUSÃO 
 
 Enquanto que a religião externa uma forma de crer, a doutrina é uma crença 
racional, baseada na Palavra de Deus, onde fé e razão andam juntas. A fé usa a 
razão é a razão não pode ser bem sucedida sem a fé, na descoberta da verdade. A 
razão não pode produzir fé, mas a acompanha, pois a fé não vem de um 
questionamento, mas pela palavra de Deus (Rm. 10.17). 
 Contudo, a pessoa pode tentar compreender aquilo em que acredita, 
envolvendo a vontade de descobrir, por exemplo, a lógica de que Deus existe, se 
relaciona com as pessoas e que através da teologia, poderemos defender 
racionalmente, a verdade das coisas de Deus pela investigação da doutrina. 
 Quando falamos em doutrina, estamos nos referindo aquelas que são 
expostas na Bíblia e que representam o alicerce, o sustentáculo de nossa fé. Se 
descuidarmos e desprezarmos as doutrinas, perderemos a nossa identidade 
espiritual como servos de Deus, como seguidores de Cristo, como discípulos de 
Cristo. 
 A doutrina estuda a fé Cristã, sobre a verdade da realidade espiritual, única, 
envolvendo a existência de Deus, a possibilidade dos milagres, a confiabilidade das 
escrituras, a divindade de Cristo, a encarnação de Deus em Cristo e a verdade da 
Bíblia como a Palavra de Deus genuína. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
GILBERTO, Antonio. Dificuldade e Doutrina Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2004 
CORREA DE ANDRADE, Claudionor. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 
2004. 
PEARLMAN,Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. São Paulo: Editora Vida, 
2006. 
Iead América: iead-america1.blogspot.com.br/p/doutrinas-biblicas.html – acesso dia 
17/08/2017 
PAUL,Thomas. Um Estudo Sistemático da Doutrina Bíblica. São Paulo: Imprensa 
Palavra Prudente, 2013. 
Bíblia de Estudo Shedd. São Paulo: Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1997. 
Biblia de Estudo Mac Arthur. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2005. 1504p 
Bíblia de Estudo Pentecostal. Deerfield, Florida: Editorial Vida, 1993. 
Biblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.