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Ludicidade e Psicomotricidade
2009
Autores
Daniel Vieira da Silva
Max Gunther Haetinger
Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, 
mais informações www.videoaulasonline.com.br
© 2003-2007 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do 
detentor dos direitos autorais.
Todos os direitos reservados.
IESDE Brasil S.A.
Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482 • Batel 
80730-200 • Curitiba • PR
www.iesde.com.br
Capa: IESDE Brasil S.A.
Imagem da capa: IESDE Brasil S.A.
S586 Silva, Daniel Vieira da. / Ludicidade e Psicomotricidade. / 
Daniel Vieira da Silva. — Curitiba : IESDE Brasil 
S.A. , 2009. 
132 p.
ISBN: 978-85-7638-746-6
1. Educação de crianças. 2. Capacidade motora. 3. Lazer e educação. 
I. Título. 
CDD 372.21
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Sumário
Psicomotricidade: considerações preliminares ...................................................................7
Psicomotricidade: uma categoria em discussão ...................................................................9
Estimulação, educação, reeducação e terapia psicomotora .....................................................................10
O corpo hábil ........................................................................................................................13
Corpo hábil – síntese esquemática ...........................................................................................................17
O corpo hábil I .....................................................................................................................21
Corpo consciente – síntese esquemática ..................................................................................................25
O corpo consciente ...............................................................................................................31
Corpo significante – síntese esquemática 1 .............................................................................................34
Corpo significante – síntese esquemática 2 .............................................................................................37
Corpo significante – síntese esquemática 3 .............................................................................................41
Corpo significante ................................................................................................................45
Psicomotricidade relacional .....................................................................................................................45
Contribuições da Psicomotricidade relacional para o ambiente educacional ..........................................46
Considerações finais ................................................................................................................................47
Psicomotricidade .................................................................................................................49
Psicomotricidade e Educação Inclusiva ...................................................................................................49
O jogo livre – uma ferramentapara o educador inclusivo ........................................................................52
A atividade lúdica espontânea .................................................................................................................53
O educador joga e deixa jogar .................................................................................................................54
O conteúdo do jogo invade a sala de aula ................................................................................................55
Considerações finais ................................................................................................................................56
Categorias de análise ............................................................................................................57
Do corpo total ao corpo parcial: a disciplina é a norma ..........................................................................59
O corpo consciente I ............................................................................................................61
Espaço vital e espaço relacional ..............................................................................................................62
Formação e intervenção ...........................................................................................................................63
Psicomotricidade: um estudo preliminar de suas categorias ................................................65
Dados sobre a organização psicomotora: 
abordagem da regulação sensório-motora e dos fatores psicotrônicos ....................................................67
O corpo e o movimento na Educação Infantil .....................................................................73
As dimensões da aprendizagem ...............................................................................................................79
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mais informações www.videoaulasonline.com.br
As relações entre a inteligência e o desenvolvimento motor ...............................................83
As múltiplas inteligências e o movimento ..............................................................................................83
Visão construtivista do desenvolvimento motor .....................................................................................89
A dança e a Música da Educação Infantil ............................................................................93
A dança na escola ...................................................................................................................................93
A música no universo infantil .................................................................................................................96
Retomando a dança na escola ..................................................................................................................99
A expressão dramática na Educação Infantil .......................................................................103
A imaginação e a expressão dramática infantil .......................................................................................103
O que é a expressão dramática escolar? ..................................................................................................104
Técnicas de expressão dramática .............................................................................................................110
Criatividade e sua importância para a Educação .................................................................115
A criatividade e o brincar .........................................................................................................................115
Criatividade: a revolução na sala de aula ................................................................................................119
Referências ...........................................................................................................................127
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Apresentação
O trabalho que ora apresentamos foi elaborado com o intuito de servir como apoio didático para as videoaulas. Cientes de que tal disciplina não tem o caráter de formar psicomotricis-tas, mas de subsidiar os estudos e a prática da Pedagogia, a partir dos conhecimentos produ-
zidos no campo da Psicomotricidade, colocamos como meta para este estudo os seguintes objetivos:
 conhecer os princípios teóricos e práticos que orientam as várias linhas de abordagem psico-
motora;
 apreender os processos históricos que fundamentamos marcos teóricos dessas diversas linhas.
 analisar a inserção da Psicomotricidade e suas diferentes perspectivas no campo educacional 
e psicopedagógico;
 conhecer a relação entre: o movimento e a criança; o desenvolvimento motor e as múltiplas 
inteligências;
 reconhecer a dança, a expressão dramática e a criatividade como possibilidades a serem de-
senvolvidas no sujeito psicomotor.
Para efetivarmos essas tarefas, dividimos o material em unidades temáticas, a partir das quais 
orientamos a análise sobre os fundamentos da Psicomotricidade e suas implicações nos processos 
formativos.
Iniciamos o estudo, deixando explícito o referencial teórico pelo qual abordaremos nosso objeto, 
bem como aprofundamos a discussão sobre a centralidade do trabalho no processo de desenvolvimen-
to da motricidade humana.
Discutimos o conceito de Psicomotricidade, bem como introduzimos os diversos campos de 
atuação psicomotora, os quais serão aprofundados nos capítulos subseqüentes – Corpo hábil, Corpo 
consciente propostos por Jean Le Camus, em sua obra O Corpo em Discussão. 
Em algumas aulas é apresentado um texto base, que se segue imediatamente à abertura da 
aula – no qual o aluno encontrará um panorama geral do período em questão. Além dos conteúdos 
teóricos, elaboramos um resumo esquemático para complementar as informações relativas a cada um 
dos conteúdos propostos, tarefa esta que sugerimos ser efetivada em duas etapas: 1) individualmente, 
durante a aula; 2) em grupo de discussão, posteriormente à explanação do professor. 
Na seqüência, apresentamos: o movimento e a criança; um estudo sobre a relação entre desenvol-
vimento motor e as múltiplas inteligência; a dança na Educação Infantil e Educação e criatividade.
Esperamos que este material, considerando as limitações inerentes a qualquer produção aca-
dêmica, uma vez partindo de uma perspectiva histórica e crítica do corpo, das técnicas e métodos 
que dele vêm se ocupando ao longo dos tempos, possa ampliar o entendimento da Psicomotricidade 
como prática educativa e, portanto, como prática social, bem como, adicionar reflexões aos estudos e 
à futura prática no campo da Psicopedagogia.
Bom trabalho!
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Criatividade e sua importância 
para a Educação
A criatividade e o brincar
C riatividade é a capacidade humana de gerar novas idéias ou ações, o que independe do nível ou classe social, mas depende do meio no qual o sujeito está inserido. Esse conceito pode ser mais bem entendido a partir das quatro categorias definidas por Rodhes (apud KNELLER, 1978).
 Do ponto de vista da pessoa que está criando, a ação criativa é fisiológica e tem como base 
os tem pe ramentos humanos, os hábitos e as atitudes criativas.
 Os processos mentais criativos englobam a percepção, a motivação, o pensamento, a 
 aprendizagem e a comunicação. 
 A criatividade está associada com as relações entre os homens e com os fatores ambientais e 
 culturais. Portanto, é fruto da interação entre homens, objetos e meio. 
 A criatividade pode ser definida em virtude de seus produtos: pinturas, conceitos, teorias, 
 invenções, esculturas, poemas, filmes etc. Mas estas são as formas estereotipadas das ações 
criativas.
Kneller lembra ainda que as distintas definições de criatividade estão sempre relacionadas com 
o conceito de novidade ou inovação. Assim, a ação criativa é a própria essência da transformação e 
das mudanças, tanto exteriores ao ser quanto internas. Mas também é possível compreender a cria-
tividade como a base do ato de liberdade, ou melhor, da ação libertadora, pois a criação associa-se à 
formação do senso crítico.
No contexto escolar, a criatividade pode transformar a relação do sujeito com o conhecimento. 
As atitudes e as ações criativas correspondem a meios para a compreensão e a alteração da realidade. 
Todo ato criativo expressa a percepção que alguém tem acerca do mundo, acerca de uma idéia ou si-
tuação. O indivíduo necessariamente usa o seu entendimento da dimensão real para criar algo novo.
A criatividade potencializa a imaginação humana e, conseqüentemente, modifica o método pelo 
qual as pessoas lidam com a informação e o processamento da informação. A importância da criati-
vidade como método é ressaltada por Rogers quando afirma que: “a sobrevivência dos povos depende 
da capacidade criadora do homem” (apud KNELLER, 1978, p. 19).
Analisando a criatividade sob o ponto de vista educacional e considerando o processo ensino–
aprendizagem, observamos distintas formas para a abordagem desse fenômeno. Nesse sentido, as 
professoras Dinah Campos e Mirian Weber (1987) clas si ficaram alguns conceitos de criatividade de 
acordo com diferentes escolas.
 Escola behaviorista – vê a criatividade como o ato de produzir novas idéias a partir de ou-
tras pregressas, caracterizando as associações por ensaio e erro e dando a impressão de que 
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Ludicidade e Psicomotricidade
116
quanto mais associações um sujeito faz, mais criativo será. Desse modo, 
a criatividade está associada à quantidade de informação e ao seu proces-
samento. Modernamente, os behavioristas rela cionam o ato criador com 
os processos de estímulo e resposta.
 Gestalt – conceitua a criatividade como uma reorganização das estruturas 
cognitivas. Para Wertheimer, o criador da Gestalt, uma descoberta não 
 significa necessariamente algo novo, mas representa uma situação perce-
bida de maneira diferente, implicando a ampliação do campo perceptivo 
do indivíduo. 
 Escola psicanalítica – destaca o desempenho do inconsciente como base 
do pensamento criativo. O consciente e o ego são aspectos secundários. 
Determina o caráter criador e criativo ao inconsciente. Muitos psicana-
listas se opõem a estas idéias. Kneller, por exemplo, afirma que “a pessoa 
cria apesar da neurose e não por causa dela”. 
 Humanistas ou fenomenologistas – como Rogers, outros teóricos dessa 
 corrente pensam que o indivíduo cria por estar aberto a todo tipo de 
 experiência. Um sujeito pode confiar na sua criatividade como essência 
construtiva.
Nos ambientes educacionais, a criatividade deve ser potencializada pelas 
ações pedagógicas. Como define Novaes (1980, p. 13), é fundamental favorecer “a 
mobilização do potencial criativo em todas as disciplinas e assuntos, dando valor 
ao pensamento produtivo, uma vez que a criatividade estará presente em várias 
situações e diversidade de assuntos”.
O brincar
O brincar é a essência do pensamento lúdico e caracteriza as atividades execu-
tadas na infância. As brincadeiras são uma forma de expressão cultural e um modo 
de interagir com diferentes objetos de conhecimento, implicando o processo de apren-
dizagem. Tendo em vista esse conceito, percebemos que o ato de brincar acompanha 
o desenvolvimento da inteligência, do ser humano, das sociedades e da cultura. 
De acordo com o psicanalista Winnicott (1975), a criança, quando brin-
ca, manipula fenômenos externos que estão a serviço do sonho. Ela veste estes 
 fenômenos com significados e sentimentos oníricos e isto representa uma opera-
ção do imaginário e a exploração da criatividade. De acordo com o autor, “é no 
brincar, e somente no brincar, que o indivíduo, criança ou adulto, pode ser criativo 
e utilizar sua personalidade integral; e é somente sendo criativo que o indivíduo 
descobre o seu eu”.
Essa citação demonstra a relação imprescindível entre o criar e o brincar. 
É fun da mental para entendermos que a criatividade está associada às atividades 
lúdicas e às brincadeiras e não às tarefas formais e racionais. A brincadeira pos-
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Criatividade e sua importância para a Educação
117
sibilita a livre associação de idéias, pensamentos, impulsos e sensações. Brincar 
também tem a ver com o prazer. Uma brincadeira, sendo ou não criativa, deve 
 sempre proporcionar prazer ao participante.
As experiências do brincar na escola auxiliam a formação de vínculos entre 
alunos e professores e certamente facilitam a aprendizagem. Brincar faz parte do 
desenvolvimento sadio e pleno dos indivíduos. Na educação, a brincadeira fun-
ciona como uma vivência ou uma simulação de experiências e conteúdos, apro-
ximando-os do universo dos alunos. Independente da idade dos participantes, as 
brincadeiras criativas resgatam o caráter lúdico, o prazer, a alegria, o poder de 
imaginar e criar próprios do ser humano.
Para ampliar nossa visão sobre a criatividade, selecionamos uma importante contribuição de 
Jean Piaget a respeito do tema. 
O texto “Criatividade”, de Jean Piaget, foi extraído de Criatividade: psicologia, educação e co-
nhecimento do novo, organizado por Mário S. Vasconcelos (2001, p. 11-20). 
Criatividade
Existem dois problemas envolvidos em uma discussão sobre a criatividade. O primeiro pro-
blema é o das origens ou causas da criatividade. O segundo é o do mecanismo: como ela acontece? 
Qual o processo de um ato criativo? Como alguém cria algo novo? Sem existir antes, como algo 
novo pode surgir?
Gostaria primeiramente de dizer algumas palavras sobre as origens ou causas da criatividade. 
Está muito claro que a sua origem ainda é coberta de mistérios. De fato, alguns indivíduos são 
visivelmente mais criativos do que outros, mas isso com certeza não é apenas uma questão de ge-
nialidade. Na verdade, a origem da criatividade permanece misteriosa, mesmo que esteja presente 
em todos nós.
Agora é moda entre alguns psicólogos, quando eles se deparam com algo que é difícil de 
explicar, chamá-lo de inato ou hereditário, como se esta fosse uma explicação. Mas absolu-
tamente não é uma explicação, e desse modo só transferem o problema para o campo da bio-
logia. E, na biologia, estamos muito longe de ser capazes de explicar qualquer tipo de atitude 
mental, que dirá a criatividade. Criatividade não é apenas uma questão de precocidade em 
indivíduos que se tornaram muito criativos. Os indivíduos não são sempre precoces. Mozart, 
é claro, é um dos melhores exemplos de uma alma precoce e criativa. Mas muitos outros se 
tornaram criativos muito mais tarde em suas vidas, foi bem mais tarde que tiveram as idéias 
mais originais.
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Ludicidade e Psicomotricidade
118
O melhor exemplo disso é Kant. Por muitos anos, ele não foi um kantiano. A maior parte de 
sua vida passou como um discípulo de Wolf, e foi só nos seus últimos anos que sua própria origi-
nalidade emergiu. Então, a princípio, a origem da criatividade para mim permanece um mistério 
e não é explicável. Mas, como disse um momento atrás, todo indivíduo que realiza um trabalho e 
tem idéias novas, mesmo que modestas, cria-as no curso de seus esforços.
Algumas palavras a mais sobre a origem da criatividade. No percurso da minha vida, tenho 
criado uma ou duas idéias e quando reflito sobre suas origens penso que existem três condições. 
A primeira é trabalhar sozinho, ignorar qualquer um e suspeitar de qualquer influência de fora. 
Quando era estudante, tive um professor de Física que dizia: “Sempre que você começar a tra-
balhar em um novo problema, não leia nada. Em vez disso, vá tão longe quanto puder por conta 
própria. Depois de, sozinho, ter ido tão longe quanto pôde e ter chegado à sua solução, então 
leia e leve em conta o que tem sido escrito sobre o assunto, fazendo as correções que julgar 
necessárias.” Temo ter levado o conselho muito a sério, isto é, devo ter lido muito pouco. Mas 
para me consolar, ou deixar de lado qualquer sentimento de culpa que possa ter, gosto de pensar 
na fala de Freud: “A maior punição que a divindade envia para alguém que escreve é ter de ler 
os trabalhos de outros.”
A segunda condição que acho necessária é ler uma grande quantidade de coisas em outras 
áreas, e não apenas ler trabalhos da própria área. Para um psicólogo, por exemplo, é importante 
ler biologia, epistemologia, lógica, para que se possa promover uma visão interdisciplinar. Não ler 
somente no seu próprio campo, mas ler muito nas áreas próximas e relacionadas.
E um terceiro aspecto, e aí penso em meu caso, é que sempre tive na cabeça um adversário, isto é, 
uma escola de pensamentos cujas idéias algumas pessoas consideram erradas. Talvez cometa injustiças 
e as deforme tornando-as adversárias, mas sempre tomo as idéias de alguém como um contraste [...].
Agora gostaria de continuar com o segundo aspecto que mencionei, que é o mecanismo da 
criatividade. Acho que o estudo da psicologia da inteligência pode nos ensinar muito sobre esta 
questão. O desenvolvimento da inteligência é uma criação contínua. Cada estágio do desenvolvi-
mento produz algo radical mente novo, muito diferente do que existia antes. Desse modo, todo o 
desenvolvimento é caracterizado pelo aparecimento de estruturas totalmente novas.
Inteligência não é uma cópia da realidade, não está representada nos objetos. É uma construção do 
sujeito que enriquece os objetos externos. O sujeito “adiciona” esta dimensão aos objetos externos ao 
invés de extrair esta dimensão dos objetos. Consideremos, por exemplo, a noção de número ou a noção 
de grupo. Elas nos possibilitam entender os objetos de diferentes modos, mas não são extraídas dos 
objetos. São adicionadas aos objetos. Isso revela que a inteligência é de fato um ato de assimilação num 
sentido realmente biológico. O externo é incorporado às estruturas do sujeito do conhecimento, isto 
é, nos termos das estruturas do sujeito é que o mundo externo é entendido. Esta criação da novidade 
acontece, é claro, em cada geração, mas também em cada indivíduo. Cada criança reconstrói a sua pró-
pria inteligência e o seu próprio conhecimento. Por exemplo, contar ou recitar os nomes dos números, 
certamente, para a criança, vem do mundo externo. Porém aprender a noção de número é algo muito 
diferente de aprender a recitar os nomes dos números. A noção do número é construída pela criança 
como um ato criativo, como uma multiplicidade de atos criativos [...].
Só gostaria de terminar repetindo as palavras de um pesquisador que trabalha conosco em 
Genebra fazendo experiências sobre o pensamento das crianças na área da Física. Ele disse o que 
distingue o físico criativo do não-criativo: o físico criativo, apesar do seu conhecimento, em uma 
parte de si tem uma criança com a curiosidade e a candura da descoberta que caracterizam a maio-
ria das crianças até serem deformadas pela sociedade adulta.
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Criatividade e sua importância para a Educação
119
Criatividade: a revolução na sala de aula
A importância de uma educação mais abrangente tem mobilizado os edu-
cadores à busca de alternativas que supram as carências encontradas em alguns 
métodos de ensino. Atualmente, buscamos um ensino mais humano, voltado para 
os reais interesses dos alunos e propício para a atuação dos educandos como ver-
dadeiros agentes do processo educacional. 
Considerando esse contexto, propomos as atividades e jogos criativos como 
uma das saídas viáveis para a qualificação do processo ensino–aprendizagem, a 
maior inte gração entre as diferentes áreas do conhecimento e para o desenvolvi-
mento de algumas valências comumente esquecidas pela escola.
O processo criativo está intimamente relacionado com o exercício da imagi-
nação. Os jogos e brincadeiras que estimulam a auto-expressão, a descoberta e o 
poder de imaginação exploram a criatividade e permitem que alunos e professores 
se expressem de modoglobal e potencializem suas habilidades e capacidades. Ao 
desenvolver sua própria criatividade, o educador também passa a compreendê-la e 
adquire parâmetros para proporcionar experiências criativas aos seus educandos. 
A importância da expressão criativa 
para a educação
Um dos instrumentos da atividade criativa é a relação entre as pessoas. 
 Quando trabalhamos em grupo, a imaginação e a curiosidade de cada participante 
é ressaltada e compartilhada. E quem consegue se expressar junto aos outros se 
adapta melhor às circunstâncias e à troca de experiências.
Por isso, é muito importante possibilitarmos vivências coletivas na escola. 
Elas oportunizam que o educando revele-se aos outros e a si mesmo. Com a expres-
são criativa em grupo, o aluno conta com um meio de expressão espontânea e refor-
mula constantemente seus pensamentos, o que possibilita novas atitudes e idéias. 
Tanto o mundo do faz-de-conta das crianças quanto o poder imaginativo 
dos jovens e adultos vêm à tona com os jogos criativos. Essas práticas incentivam 
o interesse pelo conhecimento de toda e qualquer natureza e favorecem o aprimo-
ramento da coordenação motora e da expressão verbal.
Quando as potencialidades dos jogos criativos são aproveitadas por meio de 
diferentes atividades, todos participam para o mesmo fim criativo. Particularmen-
te nos jogos que englobam a dramatização, o educando experimenta personagens 
sem deixar de ser ele mesmo. O exercício da flexibilidade para atuar como outra 
pessoa e em grupo colabora para a adaptação do aluno às contingências da vida 
em sociedade. 
Dentro do universo escolar, a prática de jogos criativos leva professores e 
alunos a compreenderem e aceitarem as formas e os padrões de comportamento 
 pessoal e social; a terem autoconfiança; a resolverem situações inéditas, aplicando 
 conhecimentos e habilidades adquiridas anteriormente; a analisarem, avaliarem e 
reavaliarem seu comportamento como indivíduos em um grupo.
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Ludicidade e Psicomotricidade
120
Retomando a criatividade
A criatividade está presente em cada um de nós. Todos temos a mesma 
 capacidade criadora. Mas esta capacidade é potencializada ou minimizada de 
acordo com nossas interações com o meio cultural, que pode ou não oferecer es-
tímulos às atitudes e aos atos criativos. 
E a idade é um fator de influência? O que potencializa a criatividade são as 
 nossas vivências. Geralmente, um indivíduo mais velho possui maior bagagem de 
vida, mas isto não é uma regra. Nem sempre a passagem do tempo fornece um 
feedback criativo. Sendo assim, o modo e a qualidade de nossas interações são 
bem mais relevantes que o percurso de tempo transcorrido. Neste sentido, um 
 sujeito pode reagir a estímulos de maneira criativa ou apenas ficar reproduzindo 
velhos padrões.
Os processos criativos estão relacionados com a inteligência. Mais especifica-
mente, eles se originam nos pensamentos divergentes. Para entendermos esse 
conceito, é preciso analisar o pensamento humano. Segundo Guilford, “é possí-
vel organizar os fatores psicomotores que conhecemos numa espécie de sistema. 
Torna-se cada vez mais claro que as dimensões do intelecto também podem ser 
organizadas numa estrutura significativa” (apud CUNHA, 1977, p. 20). O dia-
grama abaixo reproduz a caracterização das principais habilidades intelectuais, 
conforme elaboração de Guilford.
(G
U
IL
FO
R
D
, a
pu
d 
H
ae
tin
ge
r, 
19
98
, p
. 1
4)
Linha do pensamento
Intelecto
Memória Pensamento
Cognição Avaliação
Intelecto
Convergente Divergente
Esse diagrama ilustra o funcionamento da inteligência humana. Nosso in-
telecto abrange o pensamento (uma idéia em si) e o seu backup, ou seja, a memó-
ria que armaze na experiências, informações e conceitos registrados desde a vida 
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Criatividade e sua importância para a Educação
121
intra-uterina. O pensamento abrange a cognição (o entendimento de uma idéia), a 
produção (idéia global e sua execução prática) e a avaliação (que reúne parâmetros 
críticos que influenciam nossa auto-imagem e nossa auto-estima). 
A cada exercício do pensamento, o ser humano está sempre se avaliando 
– um processo permanente, quer a gente queira ou não. No entanto, as constan-
tes avaliações podem às vezes nos prejudicar ao invés de ajudar, principalmente 
quando são negativas, tendendo a inibir a ação e a expressão. 
A produção intelectual é feita por meio de pensamentos convergentes e 
diver gentes. Convergente é o pensamento direto, é a saída lógica e padrão para os 
 problemas com os quais nos deparamos. Já o pensamento divergente ou lateral é 
um modo único e cria tivo de pensar. A criatividade surge justamente no âmbito 
do pensamento divergente e se desenvolve a cada vez que procuramos saídas al-
ternativas e inovadoras para deter minadas ações. 
A ilustração abaixo sugere a necessidade de equilíbrio para o desenvolvi-
mento do pensamento lateral. Ela representa a dinâmica formada pela relação 
 entre pensamento divergente, avaliação (senso crítico) e criatividade. 
(H
A
ET
IN
G
ER
, 1
99
8,
 p
. 1
6)
 
O pensamento divergente, a criatividade e o senso crítico estão asso-
ciados sob a forma de um triângulo equilátero (todos os lados são iguais e de 
igual responsabilidade perante o todo). Assim, a criatividade só se aprimora 
quando exploramos nosso pensamento lateral e nosso senso crítico simultane-
amente. Portanto, ser criativo requer o discernimento da realidade e daquilo 
que é importante para cada um de nós. Também é preciso olhar o mundo a 
nossa volta com muito interesse e curiosidade, levantando novas idéias e pos-
sibilidades. 
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Ludicidade e Psicomotricidade
122
Em virtude desses fatores, é muito importante proporcionar experiências 
criativas aos alunos. As práticas que associam arte, elementos lúdicos, movimen-
to e vivências coletivas contribuem para a criatividade e o desenvolvimento do 
senso crítico. Os jogos criativos e suas sistemáticas lúdicas recriam a realidade, 
aproximam-nos e fazem-nos reagir perante novas situações. 
Todo tipo de atividade criativa só acontece em um ambiente de liberdade, 
no qual todos têm as condições ideais para se expressarem autenticamente, sem 
restrições ou imposições. Sobre este aspecto e também destacando a postura da 
escola frente ao processo de desenvolvimento da criatividade, Maria H. Novaes 
(1980, p. 118) afirma:
É preciso reforçar a certeza de que a formação integral da personalidade do educando 
será incompleta sempre que se relegar a um segundo plano a expressão criadora, portanto, 
é preciso que a escola esteja aparelhada ideologicamente e materialmente para proporcio-
nar aos alunos técnicas, meios e ambientes de liberdade, onde possam desenvolver sua 
capacidade expressiva, construtiva e criadora.
Aos educadores infantis cabe lembrar: a criança não aprende nem cria 
por imitação. Promover práticas criativas não significa estabelecer regras para 
a realização de brincadeiras ou tarefas. Você pode colaborar para o processo 
criativo de seus educandos oferecendo um ambiente de aceitação, integração e 
liberdade, deixando-os realizarem livremente suas atividades e brincadeiras e 
permitindo que eles sempre expressem sua imaginação e o seu próprio mundo 
de faz-de-conta. 
Sua função é organizar o meio, os recursos e os instrumentos didáticos 
para a criação; é criar um ambiente favorável em que a criança sinta-se segura 
e acolhida para atuar; é estimular a expressão da subjetividade dos alunos, sem 
indicar-lhes possíveis erros ou o melhor modo de fazer as coisas. Eles descobrirão 
por si mesmos, explorando objetos e vivendo diferentes situações.
O importanteé deixar o aluno brincar, imaginar, relacionar-se, expressar-se 
e divertir-se. 
Nesta unidade, destacamos, do famoso livro O Pequeno Príncipe, um excelente trecho que 
destaca a importância dos vínculos interpessoais, da amizade e de “cativar” o outro. Por certo, temos 
muito que aprender e refletir com as palavras de Antoine Saint-Exupéry.
O trecho foi extraído do capítulo xxI, p. 95-97, de O Pequeno Príncipe, Saint-Exupéry, co-
edição Ediouro/Agir, 2002.
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Criatividade e sua importância para a Educação
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xxI
E foi então que apareceu a raposa:
– Bom dia – disse a raposa.
– Bom dia – respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
– Eu estou aqui – disse a voz debaixo da macieira...
– Quem és tu? – perguntou o principezinho. – Tu és bem bonita...
– Sou uma raposa – disse a raposa.
– Vem brincar comigo – propôs o principezinho. – Estou tão triste...
– Eu não posso brincar contigo – disse a raposa. – Não me cativaram ainda.
– Ah! Desculpa – disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
– Que quer dizer cativar?
– Tu não és daqui – disse a raposa. – Que procuras? 
– Procuro os homens – disse o principezinho. – Que quer dizer cativar?
– Os homens – disse a raposa – têm fuzis e caçam. É bem opressor! Criam galinhas 
também. É a única coisa interessante que eles fazem. Tu procuras galinhas?
– Não – disse o principezinho. – Eu procuro amigos. Que quer dizer cativar?
– É uma coisa muito esquecida – disse a raposa. – Significa “criar laços...”
– Criar laços?
– Exatamente – disse a raposa. – Tu não és ainda para mim senão um garoto inteira-
mente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também 
necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, 
se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu 
serei para ti única no mundo...
– Começo a compreender – disse o principezinho. – Existe uma flor... eu creio que ela me 
cativou...
– É possível – disse a raposa. – Vê-se tanta coisa na Terra...
– Oh! Não foi na Terra – disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
– Num outro planeta?
– Sim.
– Há caçadores nesse planeta?
– Não.
– Que bom! E galinhas?
– Também não.
– Nada é perfeito – suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua idéia.
– Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas 
se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se 
tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será 
diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para 
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Ludicidade e Psicomotricidade
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fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como 
pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! 
Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que 
é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo.
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A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
– Por favor... cativa-me! — disse ela.
– Bem quisera — disse o principezinho — mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a 
 descobrir e muitas coisas a conhecer.
– A gente só conhece bem as coisas que cativou — disse a raposa. — Os homens não têm 
mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem 
 lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
– Que é preciso fazer? — perguntou o principezinho.
– É preciso ser paciente — respondeu a raposa. — Tu te sentarás primeiro um pouco longe 
de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é 
uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
– Teria sido melhor voltares à mesma hora — disse a raposa. — Se tu vens, por exemplo, às 
quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e 
agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a 
hora de preparar o coração... É preciso ritos. 
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Criatividade e sua importância para a Educação
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Nossa proposta é que vocês desenvolvam um projeto pedagógico para a Educação Infantil no 
qual o movimento e os jogos lúdicos sejam fatores relevantes para a aprendizagem. 
O conteúdo desta disciplina e os exemplos práticos de sua realidade escolar fornecerão os subsídios 
necessários para o desenvolvimento de seus projetos. Vejam alguns passos a serem seguidos.
1. Reúnam-se em grupos de, no máximo, quatro integrantes.
2. Escolham um tema gerador e, a partir dele, desenvolvam um projeto, utilizando o movimento 
e os jogos lúdicos nas ações pedagógicas previstas.
3. Não se esqueçam dos itens que geralmente constam em todos os projetos:
 capa – identifica a instituição, a disciplina, o título do projeto, os criadores, o local e a data;
 introdução – introduz o assunto e descreve a relevância do tema para a Educação Infantil 
e para a comunidade em que o projeto será aplicado;
 objetivos – descreve os objetivos (metas) a serem alcançados com a aplicação do projeto;
 público-alvo – especifica as características do público que será atingido;
 fundamentação teórica – apresenta os conceitos teóricos e os autores que fundamentam as 
ações pedagógicas previstas no projeto;
 descrição do projeto – detalha cada etapa ou fase do projeto para que o leitor possa enten-
der as ações a serem implementadas;
 plano de aula – descreve as atividades previstas para cada aula;
 resultados da aplicação (opcional) – caso o grupo consiga aplicar seu projeto em alguma 
escola infantil, deverá descrever o resultado obtido;
 conclusão – relevância do trabalho realizado e considerações finais;
 bibliografia;
 anexos – tabelas, fotos, materiais produzidos pelas crianças etc.;
 entregar para o monitor em 30 dias.
É muito importante que vocês realmente planejem e discutam coletivamente os objetivos, a 
fundamentação teórica e as ações de seu projeto. Procurem elaborar um projeto que possa ser aplicado 
em sua realidade escolar e que seja relevante para o seu trabalho diário de educador infantil.
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Ludicidade e Psicomotricidade
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