Buscar

teologia Catolica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE 
INSTITUTO DE DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
EXTENSÃO DE NAMPULA 
 
 
 
 
LIBERDADE E RESPONSABILIDADE 
 
 
 
 
JOANITA DE FÁTIMA BOAVENTURA (708208484) 
 
 
 
 
 
Nampula, Maio de 2021 
 
1 
 
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE 
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
EXTENSÃO DE NAMPULA 
 
 
LIBERDADE E RESPONSABILIDADE 
 
 
 
JOANITA DE FÁTIMA BOAVENTURA (708208484) 
 
 
 
 Curso: Licenciatura em Ensino de Português 
 Disciplina: Teologia Católica 
 Docente: MA. Sitoe Raimundo João 
 Ano de frequência: 2° ano (Turma D-2º Grupo) 
 
 
 
Nampula, Maio de 2021 
 
 
2 
 
Índice 
 
1. Introdução ................................................................................................................................ 3 
2. Liberdade e Responsabilidade ................................................................................................. 4 
2.1. Liberdade ............................................................................................................................. 4 
2.1.1. Tipos ou formas de Liberdade .......................................................................................... 4 
2.2. Responsabilidade ................................................................................................................. 5 
2.4. Imputabilidade ..................................................................................................................... 6 
2.4.1. Condições da Imputabilidade ........................................................................................... 6 
2.5. Conclusão ............................................................................................................................. 8 
2.6. Referências bibliográficas .................................................................................................... 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
O presente trabalho da cadeira de Teologia católica tem como tema a Liberdade e a 
Responsabilidade. Os conceitos de liberdade e responsabilidade estão intimamente relacionados. 
Vamos primeiro por definir a liberdade em que A liberdade é um direito de que todos nós 
devíamos usufruir, mas com a liberdade vem a responsabilidade, pois tudo o que fazemos 
“livremente” tem as suas consequências. Não podemos pensar apenas em nós, pois todas as 
nossas acções vão influenciar os outros, mesmo que essa não fosse a nossa principal intenção, 
pois todos nós vivemos na mesma sociedade. A liberdade significa o direito de agir segundo o 
seu livre arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa, é a 
sensação de estar livre e não depender de ninguém. 
 
Responsabilidade é o dever de arcar com as consequências do próprio comportamento ou do 
comportamento de outras pessoas. É uma obrigação jurídica concluída a partir do desrespeito de 
algum direito, no decurso de uma acção contrária ao ordenamento jurídico. Também pode ser a 
competência para se comportar de maneira sensata ou responsável. Responsabilidade não é 
somente obrigação, mas também a qualidade de responder por seus actos individual e 
socialmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2. LIBERDADE E RESPONSABILIDADE 
 
2.1. Liberdade 
O conceito de liberdade, na filosofia, designa de uma maneira negativa, a ausência de 
submissão, de servidão e de determinação, isto é, ela qualifica a independência do ser humano. 
De maneira positiva, liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. A 
liberdade é um princípio constituinte para que o ser humano possa ser julgado acerca de sua 
responsabilidade em seus actos. A liberdade qualifica os actos humanos. 
 
Para Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) disse que “a liberdade é a capacidade de decidir-se a si 
mesmo para um determinado agir ou sua omissão”. Assim, liberdade é o princípio para escolher 
entre alternativas possíveis, realizando-se como decisão e ato voluntário. Para Aristóteles, é livre 
e voluntária a acção que não sofre coações. Sócrates (469-399 a.C.) acreditava que o homem 
livre é aquele que consegue dominar seus sentimentos, seus pensamentos, a si próprio. É dele a 
célebre frase: “Conhece-te a ti mesmo”. 
2.1.1. Tipos ou formas de Liberdade 
a) Liberdade Física: possibilidade de dar livre o curso da actividade corporal; 
b) Liberdade Biológica: possibilidade de se poder comer o que quiser; 
c) Liberdade psicológica: capacidade de escolher entre várias alternativas; 
d) Liberdade Sociológica: liberdade concebida ao indivíduo pela sociedade em este inserido; 
e) Liberdade Religiosa: possibilidade de escolher entre varias religiões; 
f) Liberdade de expressão: Por meio de actos ou palavras, o ser humano pode expressar 
seus pensamentos. 
g) Liberdade de opinião: Certo que o ser humano tem que discordar ou discutir os pontos de 
vista que professa, com quem tem uma postura diferente. Implica que cada indivíduo seja 
prudente na forma como apresenta as suas opiniões, tendo em conta que, onde termina a 
sua liberdade, começa a do outro. 
5 
 
h) Liberdade de associação: Por meio deste direito à liberdade de associação, nenhum 
indivíduo pode ser forçado a permanecer em uma organização ou instituição à qual não 
deseja mais pertencer. 
i) Liberdade de crença: Direito que dá a cada ser humano a possibilidade de escolher uma 
religião ou nenhuma, sem que isso implique pressão ou vinculação de qualquer espécie. 
j) Liberdade de escolha: A capacidade de cada ser humano de tomar as suas próprias 
decisões e de decidir o que faz parte da sua vida privada e pública. Esse direito tem que 
ser valorizado sem ser punido. 
k) Liberdade de movimento: Todos os seres humanos podem circular desde que obedeçam a 
determinadas normas em vigor ditadas pelas autoridades de alguns territórios, que exigem 
documentos e vistos para entrar ou sair dos seus territórios. 
l) Liberdade académica. Também se refere ao direito de poder realizar investigações e, em 
seguida, mostrar abertamente os resultados das mesmas, sem estar sujeito a qualquer tipo 
de limitação ou censura. 
2.2. Responsabilidade 
A palavra responsabilidade, em seu sentido original, deriva do verbo latino respondere, 
responder. Quando falamos que alguém é responsável ou tem responsabilidade sobre 
alguma coisa, significa que essa pessoa tem condições de pensar sobre seus actos. 
A Responsabilidade é a capacidade que os seres humanos têm de responder pelos seus actos. 
Os seres humanos são só considerados capazes de agir responsavelmente uma vez que são 
dotados de liberdade . 
A responsabilidade implica, que o ser humano pode e deve responder pelos seus actos, que, por 
radicarem na sua liberdade, lhe são imputáveis. Ela é a característica do homem adulto e 
consciente. 
2.3.Relação entre a liberdade e a responsabilidade 
 
Para se compreender a relação entre a liberdade e a responsabilidade é necessário, primeiro que 
tudo, conhecer o que significam estes conceitos e a sua integração no contexto filosófico. 
A palavra liberdade tem uma origem latina (libertas) e significa independência. 
Etimologicamente, a palavra responsabilidade também vem do latim (respondere) e significa ser 
capaz de comprometer-se. 
6 
 
 
A relação que existe entre liberdade e responsabilidade é uma relação de complementaridade, em 
que estão ligados entre si. Sendo assim, pode-se questionar sobre os actos humanos, acerca de 
sua moralidade e sobre a responsabilidade do homem por seus actos. 
 
A liberdade e a responsabilidade estão tão ligadas na medida em que só somos realmente livres 
de formos responsáveis, e só podemos ser responsáveisse formos livres. A responsabilidade 
implica uma escolha e decisão racional, o que vai de encontro à própria definição de liberdade. 
 
Leclerq afirma que: “[...] os actos só têm carácter moral na medida em que nele intervém a 
liberdade; e seu carácter moral diminui na proporção que diminui a intervenção do livre-
arbítrio”. Logo, a moralidade dos actos consiste em fazer o uso da liberdade. Quando a liberdade 
é privada, não há responsabilidade moral. Portanto, o homem é responsável pelos actos que 
pratica com liberdade. 
 
Assim o conhecimento e a liberdade é que permitem legitimar a responsabilidade moral, 
caso contrário, se há falta de liberdade e conhecimento, o indivíduo não possui responsabilidade 
moral. Pois, quem não possui consciência para agir, não pode ser responsável pelos seus actos. 
É fundamental para que o indivíduo seja responsável por seus actos que ele não sofra 
nenhuma coação externa, isto é, que a acção praticada provenha de dentro da própria pessoa e 
não de fora. 
 
2.4.Imputabilidade 
2.4.1. Condições da Imputabilidade 
A imputabilidade é dever de responder pelos seus actos. Concorrem para a imputabilidade as 
seguintes condições: 
a) Liberdade de acção 
b) Consciência do acto cometido 
c) Conhecimento crítico dos seus actos. 
 
 
7 
 
2.4.2. Factores que afectam a imputabilidade 
 
a) A falta de conhecimento crítico por: 
 
 Ignorância, sobretudo a invencível. A ignorância vencível não exclui a 
imputabilidade mas pode diminuir o seu grau; 
 
 Erro, que consiste no conhecimento falso ou defeituoso que leva à uma avaliação 
equivocada ou errada da moralidade de uma determinada acção. Distracção que é uma 
falta, momentânea, de conhecimento, de percepção ou de consciência. A não 
imputabilidade de uma acção depende do grau de distracção que acompanha essa acção. 
 
b) Factores que impedem o consentimento pleno da vontade: 
 
 As Paixões enquanto reacções instintivas, internas produzidas pelo bem ou pelo 
mal percebidos intuitivamente. Embora sejam factores necessários de integração da 
pessoa humana elas diminuem a imputabilidade porque impedem o funcionamento 
normal da razão e também a sua atenção; algumas paixões constituem um forte 
incentivo para acção e até podem diminuir ou destruir a vontade; 
 
 O Medo entendido como repressão da vontade por causa de um perigo iminente ou 
previsto, o qual pode ser grave ou ligeiro. Em geral o medo não elimina a 
imputabilidade, mas a diminui. Só não existe imputabilidade quando o medo endurece 
pois para lisa completamente a vontade; 
 
 Violência que é a força compulsiva física ou psíquica extrínseca à vontade. Alguns 
hábitos, disposições inatas, e motivações inconscientes. As disposições são 
inclinações de uma pessoa sobre uma determinada coisa, dependendo da história da 
pessoa (infância) e a situação hereditária. Por seu turno, o hábito é a segunda etapa 
em que há a repetição de uma acção, de maneira que ela fica estabelecida; se o hábito 
for positivo leva à virtude, e se for mau ao vício, que deve ser combatido. 
8 
 
2.5. Conclusão 
 
Ao concluir este trabalho sobre a liberdade e a responsabilidade, devemos recordar que, o 
homem é livre na medida em que pode escolher fazer ou não alguma coisa sem ser coagido por 
força exterior. 
 
Filosoficamente, a liberdade, e mais concretamente a liberdade moral, diz respeito a uma 
capacidade humana para escolher ou decidir racionalmente quais os actos a praticar e praticá-los 
sem coacções extremas. É de carácter racional, pois os homens devem pensar nas causas e 
consequências dos seus actos e na sua forma e conteúdo. Esta liberdade não é absoluta, é 
condicionada e situada. Condicionada porque intervêm no seu exercício múltiplo condicionante 
(físicas, psicológicas…). Situada porque se realiza dentro da circunstância, mundo, sociedade em 
que vivemos. Todas as nossas acções são fruto das circunstâncias e das nossas próprias 
características. É também uma liberdade solidária, porque cada um de nós só é livre com os 
outros, visto que não vivemos sozinhos no mundo. 
 
E a responsabilidade é reconhecermo-nos nos nossos actos, compreender que são eles que nos 
constroem e moldam como pessoas. A responsabilidade implica que sejamos responsáveis antes 
do acto (ao escolhermos e decidirmos racionalmente, conhecendo os motivos da nossa acção e ao 
tentar prever as consequências desta), durante o acto (na forma como actuamos) e depois do acto 
(no assumir das consequências que advêm dos actos praticados). 
 
Para que uma pessoa seja responsável por suas acções, é essencial que ela tenha liberdade de 
acção, sem outras limitações além de sua própria consciência e valores morais. 
Portanto, considera-se que os doentes mentais, crianças e animais não são responsáveis por suas 
acções, porque não estão plenamente conscientes ou carecem do uso da razão. 
 
 
 
 
 
9 
 
2.6. Referências bibliográficas 
 Aristóteles. (1987). Ética a Nicômaco. (L. Vallandro e G. Bornheim, trads. da versão 
inglesa de W. D. Ross). São Paulo: Nova Cultural. 
 Ferraz, M. (2009). Liberdade e vontade em Locke. Filosofia Unisinos, 10(3), 291- 301. 
 Schopenhauer, A. (2001). Sobre o fundamento da moral (M. L. M. O. Cacciola, trad.). 
São Paulo: Martins Fontes 
 KANT, Immanuel (2003). Crítica da razão prática. Tradução de Valerio Rohden. São 
Paulo: Martins Fontes, 
 MARX, Karl (2010). Crítica da filosofia do direito de Hegel. Tradução Rubens Enderle 
e Leonardo de Deus. 2.ed revista. São Paulo: Boitempo, 
 Manual de Teologia Católica – Universidade Católica de Moçambique (UCM). 
 LESSA, Pedro (2000). Estudos de Filosofia do Direito. Campinas: Bookseller. 
 ROSENFIELD (1983). Política e Liberdade em Hegel. São Paulo: Editora Brasiliense.

Continue navegando