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Processo químico do perfume chanel n°5

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INTRODUÇÃO
	Os cuidados pessoais acompanham a evolução da humanidade. No Antigo Egito (3000 a.c a 200 d.c.), as pessoas repassavam seus cuidados de geração para geração como a utilização de mel, leite de vaca e a utilização de gorduras animais e vegetais ou de cera de abelhas para fazer cremes para a pele. (GUEDES, LETÍCIA MARINELLI, 2018). No Império Bizantino, era usado uma mistura de erva com argila, para que houvesse a limpeza e a desinfecção do couro cabeludo. Até o século XX, os produtos de higiene eram individuais, a partir desse período, com a revolução industrial, os cosméticos passaram a ser industrializados. O que antes era uma produção simples, atualmente é um estudo avançado de como o corpo reage à exposição de tal produto, sabendo que o maior órgão do ser humano é pele e que nela ocorre síntese de enzimas e vitaminas e esse estudo se intensificar conforme a tecnologia cresce. (SILVA, Natália Cristina Sousa et al, 2019).
	Tendo em vista o interesse da sociedade com cuidados pessoas, o Brasil iniciou um processo de extração intensivo de uma da planta mais utilizada na perfumaria moderna, o Pau-Rosa (Aniba rosaeodora), tendo seu apongeu na década de 1950.
	
OBJETIVO GERAL
	Garantir o conhecimento do processo químico na perfumaria, a partir da extração da matéria-prima na floresta amazônica.
Essência de Pau-Rosa
	O óleo essencial de pau-rosa tem grande interesse para as indústrias de cosméticos e farmacêuticas, utilizado como componente de perfumes finos, a exemplo do Chanel nº5 e sabonetes Phebo, e por suas atividades terapêuticas. A produção do óleo essencial de pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke), é feita pela extração de um recurso natural renovável, a natureza de sua extração, com o corte da planta-matriz conduz a uma atividade não-sustentável. Isso acontece, devido ao alta índice da taxa de extração e o baixo índice de natural de regenação. (HOMMA, ALFREDO KINGO OYAMA, 2003).
EXTRAÇÃO, COMPOSIÇÃO E APLICAÇÕES COSMÉTICAS
	A produção do óleo essencial de pau-rosa é advinda do processo extrativo e essa extração inicia com o corte da madeira da árvore em tiras, 2-3cm por 5cm, para extrair a essência. Após esse processo o material coletado é posto em um caldeirão para a destilação do óleo, processo que dura cerca de 3 horas; dependendo da madeira. É utilizado dois tipos de destilação, que influenciam no rendimento, a vapor (ou arraste) e a fogo nu. Além disso, a eficiência também depende de outros fatores, como o tempo entre o corte e a destilação, a origem da madeira. Na destilação por arraste, o vapor superaquecido é colocado sob pressão no alambique e espalhado por uma massa de cavacos. O segundo processo, que é menos rápido e rentável, o vapor é fornecido através de litros de água que estão no alambique e espalhado pela massa de cavaco. Nos dois casos, o vapor arrasta a essência e se condensa no refrigerador. Para que se tenha uma boa condensação é preciso usar um grande volume de água de refrigeração no percurso da serpentina. Após a extração do líquido ele é recolhido em uma vasilha com duais tubulações, onde a separação da fase aquosa para oleosa é feita pela diferenciação da densidade. A essência é retirada por um buraco superior e a água é retirada por um orifício inferior. A purificação da essência bruta do pau-rosado, que ainda contém um pouco de água e impurezas, é feita por decantação e filtração. As impurezas que estão dissolvidas na essência são removidas por uma segunda destilação a vapor de água, chamada de retificação. Por fim, a separação do lima-lo a partir do óleo essencial é feito em dois passos, à temperatura de 194 e 200 cg, podendo ser obtido até 75% de lima-lo.
	A composição química encontra no óleo com maior proporção, é o lima-lo, chegando atingir percentual de 81% em uma amostra de folhas do pau-rosado. Esse óleo tem grande valor para indústria cosmética, pois é precursor do acetato de Lina Lila, fixador de fragrâncias. Assim, usado em xampus, condicionadores e perfumes. Além desta característica estudos comprovaram sua atividade antimicrobiana (de acordo com resultados de estudos científicos o óleo de pau-rosado, devido à presença de linalol, mostrou halos de inibição para oito bactérias: STAPHYLOCOCUS AUREUS, PROTEUS MIRABILIS, PROTEUS VULGARIS, ESCHERICHIA COLI, EDWARDSIELLA TARDA, KLEBSIELLA PNEUMONIASE, ENTEROBACTER AEROGENES E SALMONELLA sp.; não mostrando halos de inibição em PSEUDOMONAS AERUGINOSA. (DE ARAÚJO, Vanessa Fernandes et al, 2007).
REFERÊNCIAS
HOMMA, Alfredo Kingo Oyama. O extrativismo do óleo essencial de pau-rosa na Amazônia. Embrapa Amazônia Oriental-Documentos (INFOTECA-E), 2003
DE ARAÚJO, Vanessa Fernandes et al. Plantas da Amazônia para produção Cosmética. 2007.
SILVA, Natália Cristina Sousa et al. COSMETOLOGIA: ORIGEM, EVOLUÇÃO E TENDÊNCIAS. ÚNICA Cadernos Acadêmicos, v. 2, n. 1, 2019.
GUEDES, Letícia Marinelli. Desenvolvimento, análise cinética e avaliação sensorial em humanos de formulação cosmética contendo polpa de cajá (spondias mombin l.). 2018.

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