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Unidade VI - Relações Humanas na Escola e na Sala de Aula

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Psicologia da Educação
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Renan de Almeida Sargiani
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Relações Humanas na Escola e na Sala de Aula
• Introdução
• A Importância das Relações Humanas e o 
Desenvolvimento do Indivíduo e do Coletivo
• Um Desafio para os Professores: Educar na Perspectiva 
das Relações Pessoais
• As Relações Humanas na Escola, sob o Olhar de Grandes Pensadores
• As Relações Humanas na Escola e na Sala de Aula: Sugestões
• Considerações Finais
 · Discutir a importância das relações humanas e o desenvolvimento 
do indivíduo e do coletivo. Discutir a gestão de sala de aula, o 
planejamento do ensino e a avaliação da aprendizagem.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Relações Humanas na Escola 
e na Sala de Aula
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Relações Humanas na Escola e na Sala de Aula
Introdução
Dando sequência e concluindo os conteúdos propostos na disciplina de Psicologia 
da Educação, nessa unidade nós debateremos a importância das relações humanas 
na educação. Como já discutimos até agora, ensinar e aprender são dois processos 
cruciais em educação e obviamente envolvem pessoas. Portanto, as relações 
humanas são fundamentais para discutirmos os processos educativos.
Nós iremos discutir aqui em maior profundidade como grandes pensadores 
da Psicologia da Educação discorrem sobre a importância das relações humanas 
e o desenvolvimento individual e social na Educação. Nós buscaremos entender 
como as ideias desses diferentes autores podem nos ajudar a pensar em questões 
contemporâneas importantes para a gestão de sala de aula, o planejamento do 
ensino e a avaliação da aprendizagem.
A Importância das Relações Humanas 
e o Desenvolvimento do Indivíduo 
e do Coletivo
As pessoas convivem juntas em espaço e tempo, buscam no contexto conversar 
e interagir umas com as outras. Dependendo da qualidade das relações interpesso-
ais, elas se afastam ou se aproximam. Pensando em educação, uma boa relação, 
qualitativa, pode levar o grupo/equipe escolar ao sucesso, caso contrário, teremos 
grandes conflitos, dificuldades de entendimento, antipatias e desmotivação para 
continuar nas relações.
Não é nada fácil elaborarmos, construirmos e mantermos relacionamentos, 
principalmente, se estivermos em ambientes com pessoas diversas e com histórias 
também diversas. Encontrarmos o ponto de intersecção e equilíbrio entre a maioria 
requer esforço, vontade e dedicação. Além disso, requer tolerância, paciência, 
cooperação e compreensão de que nas relações humanas estamos, ao mesmo 
tempo, lidando com os aspectos individuais e coletivos.
No individual, nos referimos a cada pessoa enquanto ela mesma, com suas 
habilidades, competências, saberes e tantos outros elementos pessoais e que 
representam a sua essência, identidade. Para o coletivo encontramos as variações, 
o nosso diferente elemento, às vezes, avessos ao que penso e sinto, que tem 
regras, padrões e condições das generalidades distintas. É o momento do sujeito 
e o mundo, nas práticas cotidianas, se encontrarem e se perceberem. É como se 
encontrássemos um enorme espelho que nos reflete, porém ao contrário. Com 
alguns, somos mais semelhantes, com outros, somos mais diferentes.
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9
Conflitos e reações adversas são esperados e tomados como movimento normal 
dos encontros e desencontros. No entanto, o gerenciamento e a negociação do 
processo devem ser levados a efeito no sentido de respeitar as individualidades no 
coletivo, apreendendo o que representa os padrões coletivos para a individualidade. 
A interação conflitante deve ser tomada como uma das bases para potencializar a 
interação entre sujeitos e mundos, possibilitando o avanço – desenvolvimento – de 
um e de outro reciprocamente.
A Psicologia da Educação contribui para isso quando enfatiza o compromisso 
social direcionado para a transformação da sociedade e oferece contribuições para 
o entendimento da relação entre o eu e o outro. Porque queremos uma sociedade 
justa e igualitária, em que todos possam ter acesso aos bens da cultura, da política, 
da economia e a inclusão onde todos possam viver com honestidade e dignidade.
Com relação ao contexto escolar e na sala de aula, desejamos o mesmo, porque 
a escola e a sala de aula representam a coletividade social formada de muitos 
indivíduos. É um contexto de interação entre pessoas que dependendo da qualidade 
das relações pode haver conflitos e o que já foi posto com o agravo de levar 
pessoas à desistência por desmotivação, sair da escola, da sala de aula, desistir 
de tentar e prosseguir evitando, assim, as antipatias (com colegas, professores e 
demais indivíduos envolvidos).
É necessário desenvolver no contexto escolar relações interpessoais que 
permitam uma integração das diversas áreas do conhecimento e das dife-
rentes funções de cada membro da escola, reconhecendo a necessidade 
de superação da fragmentação do saber e dos fazeres [...] (PEDROSA, 
2006. p.86).
A intenção é construir uma escola mais humana, em que o contexto seja orga-
nizado considerando todas as vivências, possibilitando a contribuição de todos, e 
que todos participem e ajudem a transformação de si, dos outros e da sociedade 
como um todo. Lugar onde alunos, professores, funcionários, direção e comuni-
dade, conscientes de suas competências percebam-se participantes e responsá-
veis pela construção (pelas condições do transformar), de uma nova escola e uma 
nova sociedade.
Então, é preciso organizar a escola/sala de aula como um lugar de debates, de 
discussões críticas e diálogos fundamentados pela reflexão coletiva. Um lugar de 
falar, se expressar, de propor, criar e recriar, não simplesmente um lugar para ouvir 
e se calar com ausência de participação. Deve-se romper como a passividade e o 
imobilismo que não caracterizam o humano, mas sim o torna um ser receptor e 
reprodutor das relações hierárquicas determinadas e sem valor de significação para 
o nosso viver.Temos como objetivo a formação de pessoas humanas capazes de pensar, falar 
e fazer de maneira crítica, questionador e propositor de alternativas de superação 
de si e dos objetos do mundo, em um ambiente histórico e social estimulando 
pluralidade de experiências e de ideias.
9
UNIDADE Relações Humanas na Escola e na Sala de Aula
Propõe-se a formação de um ser livre e emancipado para compreender-se 
como necessário e importante em todos os setores da sociedade, culturalmente 
capaz e consciente de ser, reciprocamente, influenciar e ser influenciado, onde as 
dependências não aparecem como imposições e, sim como fator de estímulo para 
o contínuo movimento do vir a ser.
Um Desafio para os Professores: Educar 
na Perspectiva das Relações Pessoais
As relações humanas na escola e em sala de aula têm um papel fundamental 
para contribuir com a formação e o aperfeiçoamento do ser. Para Wallon, não 
basta nascer humano temos que socializar, pela via do próprio humano, para que 
realmente o sejamos.
Ultimamente, é cada vez mais comum ver e ouvir relatos de que na escola estão 
pessoas totalmente desligadas, sem afetos positivos e egocêntricos. Basta lembrar-
se de tantas atrocidades assistidas no interior das escolas e salas de aula, veiculadas 
pela mídia e pelas informações boca a boca: agressões entre os pares, entre 
alunos e professores, ausência de respeito com as coisas públicas (vandalismo) e o 
desrespeito a si mesmo como baixa estima e não acreditar na própria capacidade 
de ser e fazer.
O bullying é ação discutida em versos e prosa e ninguém consegue chegar a um 
denominador comum. Ora a culpa é do professor, ora do aluno, depois dos pais ou 
comunidade e até o sistema social como um todo.
Então nos perguntamos: será que não são as relações humanas que estão sendo 
negligenciadas pelo próprio humano? E a escola, que acolhe grupos de humanos; 
estará percebendo a sua dificuldade de trazer para o seu interior movimentos 
de humanização e cuidados com o incentivo aos relacionamentos cooperativos, 
amigáveis, respeitosos, comprometidos com o bem-estar comum?
E essa não é uma tarefa fácil e simples, pois exige, por parte dos responsáveis 
e preocupados com a educação, atenção, sensibilidade e esforços para compre-
ender quais teorias temos para defender a importância das relações humanas na 
educação e na escola. Temos que, pelo menos tentar, por em prática o que sabe-
mos e queremos.
Um filme que retrata essas questões e que vale a pena ser assistido é o filme “Entre os 
muros da escola”, produzido na França no ano de 2008.Ex
pl
or
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Não podemos mais sustentar a formação de pessoas (professores e alunos) que 
são passivas, repetidoras e ingênuas quanto ao seu papel na transformação do 
mundo, o nosso mundo.
A educação não é neutra e traz ideologias (conjunto de ideias, de pensamentos, 
de doutrinas ou de visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo) que supos-
tamente alimentam uma política que não suporta os sujeitos críticos. Alega-se que 
vivemos em uma democracia, mas o que temos é o voto (e olhe lá!), sem participa-
ção efetiva nas decisões da nação, da cidade, do bairro e da escola, como ficamos?
Alega-se que as pessoas não sabem participar, no entanto, não nos ensinam. 
Até quando? Precisamos mudar para entender que as pessoas são importantes 
em todos os setores da vida e que, como afirmou Piaget, somos egocêntricos 
(centrados em nós mesmos) em uma fase da vida, porém com ajuda (interação 
com outros) vamos construindo a nossa personalidade, entendendo a exata medida 
entre o eu e o outro. É assim, que a consciência ingênua passa a ser crítica. Não 
sozinhos, mas com outros capazes e carismáticos, históricos, com experiências 
para serem trocadas e compartilhadas.
“Elogios a uma resolução diferente de um problema de Matemática, a 
uma composição original, a um desenho bem explorado, são apenas uma 
pequena parte de forjar o novo. É imprescindível que adultos, professores 
ou não, constituam modelos e atuem como colaboradores, na tentativa 
de reconstruir o passado para transformá-lo. Para tanto, é preciso indicar 
como separar o secundário do central, discutir as respostas obtidas, 
orientar a formulação de novas hipóteses e apontar aquilo que é produção 
pessoal, diferenciando-a das já existentes.
Ao longo da interação adulto-criança, cabe ao primeiro mediar e ajudar 
os mais jovens a se introduzirem no universo central da sua sociedade, 
confiando na sua competência para ensinar e naquela das crianças para 
se apropriarem do conhecimento já elaborado. Isso requer uma atitude 
positiva frente à aprendizagem dos iniciantes. Se o adulto não manifestar 
compreensão e empatia face as dificuldades do processo de aprender, 
provavelmente minará a base que as gerações futuras necessitam para 
construírem novas formas de pensar e atuar sobre o mundo.” (DAVIS e 
OLIVEIRA, 1990, p. 88-89).
Pequenas atitudes podem render grandes efeitos, principalmente, quando nos 
reconhecemos humanos, trabalhando com humanos e na sua lapidação. Parece 
expressão comum quando se afirma, nas escolas, que o desejo é a formação 
de um ser crítico e transformador, porém, o que na maioria das vezes fica, é o 
discurso e (olhe lá!) a boa intenção. O problema parece estar quando não se tem 
entendimento e consciência do que seja na prática, levar o ser a se transformar em 
crítico e transformador.
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UNIDADE Relações Humanas na Escola e na Sala de Aula
No nosso ideário pedagógico parece que a confusão se faz quando crítico 
é o sujeito que fala mal de tudo e transformador quando afeta pessoas com a 
indisposição que deixou pela falta de elegância e pelo ataque impulsivo, e no 
geral, grosseiro e ingênuo. Tratemos de sinalizar que essas atitudes mencionadas 
refletem muito mais a alienação do que qualquer outro elemento da formação do 
comportamento humano.
Para a formação de um ser crítico, reflexivo e consciente é importante entender 
antes de tudo que para criticar é, primeiramente, preciso conhecer. Criticar por 
criticar é fazer “cristicismo” no pior sentido da palavra, sem valor real; criticismo 
que apenas reproduz discursos feitos, ignora as diferentes opiniões, os fatos e não 
promove mudanças. Para avançarmos na formação crítica dos alunos é necessário, 
então dar condições para que eles tenham conhecimentos de base e a possibilidade 
de refletir sobre eles, é criar condições que possibilite os alunos a realizarem 
comparações e análises minuciosas sobre algo com o objetivo de estabelecer um 
juízo a respeito e que não seja tendencioso ou enviesado por ideologias, mas sim 
pelo crivo da análise racional e crítica.
 Nesse sentido, discutiremos a seguir algumas contribuições de grandes pensa-
dores sobre a importância das relações humanas em sala de aula. Essas contribui-
ções lançam luz sobre a importância do individual e do coletivo em educação e do 
papel dos professores.
As Relações Humanas na Escola, 
sob o Olhar de Grandes Pensadores
As Relações Humanas na Escola para Paulo Freire
Antes de apresentarmos as ideias de Paulo Freire devemos esclarecer que ele 
não é um autor da Psicologia da Educação e nunca trabalhou com Psicologia da 
Educação, mas as suas ideias são muito relevantes para a Educação Brasileira. Por 
esta razão iremos discuti-las aqui como uma forma de introduzir uma posição que 
é influente no Brasil e que se relaciona com autores da Psicologia como Vygotsky.
Paulo Freire (1979, 1985) defende a educação para orientar o sujeito a passar 
de uma “consciência ingênua” para uma “consciência crítica” a respeito das suas 
relações com o mundo. Assim, defende que pelo exercício de reflexão, sobre 
aspectos vivenciados na realidade social, essa mesma realidade torna-se conhecida 
e passível de ser compreendida enquanto condição própria e, assim, com maior 
significado. Nesse sentido, Freire propõe que a educaçãoe a escola devem exercer 
papel fundamental na conscientização dos indivíduos, desde que haja planejamento 
comprometido com esse movimento e que se promova o diálogo entre os indivíduos 
envolvidos no mesmo contexto de realidade. Assim:
12
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O processo de alfabetização política – como processo linguístico – pode 
ser prática para a domesticação dos homens ou para sua libertação. No 
primeiro caso, a prática de conscientização não é possível em absoluto, 
enquanto no segundo caso o processo é, em si mesmo, conscientização. 
(FREIRE, 1979, p.27).
Percebemos que o processo educacional é extremamente viável para provocar 
reflexões para o processo de elaboração da consciência crítica, colocando os sujeitos 
em questionamento contínuo sobre o que enfrenta na sua realidade social, centrado 
no diálogo e na troca de experiências entre alunos e professores na sala de aula.
Cabe mencionar que, a escola por ser um espaço de relações humanas, pode se 
constituir para orientar os sujeitos rumo à consciência crítica pela via do diálogo e, 
também, por seleção de conteúdos que facilitem o refletir sobre as diversidades da 
realidade social.
Nesse contexto, o papel do professor é fundamental para o exercício contínuo 
do diálogo, bem como para inserir os variados conteúdos da cultura geral. Ele é 
o animador dos debates e das reflexões, primando por relações saudáveis que 
sejam marcadas pelo respeito, cooperação, tolerância, fraternidade e outros tantos 
valores ideários para a formação do ser em humano.
Em considerando o exposto, o diálogo passa a ser considerado como estratégia 
básica para a construção e a manutenção das relações humanas na escola e na 
sala de aula para abordar todas as situações vivenciadas e, principalmente, as 
conflituosas e não compreendidas da realidade como um todo.
Dialogar é a expressão máxima das relações humanas na educação e permite 
que, nas trocas constantes, os sujeitos, ao se comunicarem, promovam as interações 
sociais, potencializem a formação de pensamentos, criem, busquem e, vivam em 
harmonia percebendo-se como necessários e importantes para a cultura e história.
As Relações Humanas na Escola para Lev Vygotsky
Para Vygotsky, não há desenvolvimento humano sem as interações sociais his-
toricamente demarcadas. Eu e o outro/outros temos uma significação fundamen-
tal para que o sujeito e o mundo possam avançar. É nas relações humanas que o 
ser se torna verdadeiramente humano.
São as relações humanas que permitem que o mundo seja uma construção dos 
próprios homens e que tenham suas marcas e sentidos; superando as imposições 
e os determinismos característicos do mundo animal.
Homem e mundo estão continuamente em trocas contínuas em que um se faz 
importante para a constituição significativa do outro. Nesse sentido, a linguagem 
e as suas relações com o pensar são lugar central na obra de Vygotsky. Para ele, 
a linguagem tem como funções básicas o intercâmbio social e a organização da 
realidade no processo de pensamento.
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UNIDADE Relações Humanas na Escola e na Sala de Aula
No intercâmbio social, a linguagem é instrumento necessário para a comunicação 
entre os homens. Sem ela, não teríamos condições de interiorizar o que temos 
como recursos do meio ambiente e da sociedade como um todo nas suas estruturas 
social, política e cultural.
É a linguagem que traz o material existente em nossa cultura quando nos 
relacionamos com outras pessoas de nossa existência. A própria linguagem é que 
possibilita a elaboração da linguagem. Isto é, se não interagíssemos com outros não 
conseguiríamos aprender a língua que marca a nossa cultura. Aprendemos a dizer 
“mãe”, porque esse é o termo que identifica a nossa progenitora; se fosse, em inglês 
ou japonês a palavra seria outra. Não só aprender a palavra, mas principalmente, 
apreender o seu significado (conceito); mãe não somente aquela que nos deu à luz, 
o termo traduz sentidos tais como aquela que cuida, que é protetora, “que padece 
no paraíso” etc.
Percebemos que na teoria vygotskyana põe-se em evidencia o papel da lingua-
gem como elemento fundamental para a interiorização do meu universo de vida e 
que a linguagem é própria das relações entre os seres humanos.
Também, a linguagem, que é o instrumento de comunicação/interação com 
os outros, possibilita que os pensamentos sejam formados e organizados em 
uma lógica em que, na medida em que me comunico, internalizo o que recebo 
enquanto informação e necessito organizar e significar o que recebi para planejar 
a reação ou a resposta. Há o despertar do funcionamento da nossa mente para 
que internamente processe o recebido e processo a devolução do mesmo. Porém, 
de maneira lógica e organizada pela via da minha linguagem, que fará com que o 
outro passe pelo mesmo processo; isso em um movimento contínuo, obrigando a 
mudança da linguagem e a mudança de pensamentos.
Ora, não somos estáticos, estamos em pleno movimento de transformação indi-
vidual e coletiva – interação pela via das relações humanas.
[...] a relação entre o pensamento e a palavra não é uma coisa, mas 
um processo, um movimento contínuo de vaivém do pensamento para 
a palavra, e vice-versa. Nesse processo, a relação entre o pensamento 
e a palavra passa por transformações que, em si mesmas, podem ser 
consideradas um desenvolvimento no sentido funcional. O pensamento 
não é simplesmente expresso em palavras; é por meio delas que ele passa 
a existir. Cada pensamento tende a relacionar uma coisa com a outra, 
a estabelecer uma relação entre as coisas. Cada pensamento se move, 
amadurece e se desenvolve. Desempenha uma função, soluciona um pro-
blema. Esse fluxo de pensamento corre como movimento interior através 
de uma série de planos [...]. Vygotsky (1989, p.108).
Como é possível constatar pelo exposto, as relações humanas são fundamentais 
para o pensar e para o falar e vice-versa. Se o homem fosse isolado, muito 
provavelmente, não teria a capacidade de se comunicar e tampouco de pensar 
sobre a sua realidade e sobre si mesmo.
14
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Desta forma, primar pela comunicação, pelas trocas pela via da linguagem é 
fundamental para o desenvolvimento e transformação recíproca homem e mundo 
(outros homens) e mundo (outros homens) e o homem.
Para Vygotsky, o papel do professor é fundamental para garantir as interações 
linguísticas em sala de aula e na escola, porque ele passa a ser um discurso de 
suporte, não para julgar ou estabelecer correções ou incorreções, mas para orientar 
o aluno a um novo modo de olhar, observar, categorizar e conceituar os objetos 
trazidos para a discussão via linguagem e expressão do seu pensar.
As intervenções dos professores nas relações humanas, via linguagem, serão o 
de buscar entender o que o aluno discursou e ressignificar, a mesma fala, dentro de 
uma lógica linguística diferente, porém, ampliada e mais rica de significados para 
que o discurso individual seja compartilhado pelo coletivo sem qualquer caráter 
reprodutivo. Esse discurso de suporte é uma forma de esclarecimento, pistas e 
fornecimento de tantas outras informações que una o grupo em uma verdadeira 
equipe pensante e falante (cf. BAQUERO,1998).
Importante salientar que Vygotsky defende que quanto mais há trocas de influ-
ência entre o pensamento e a linguagem, nas relações humanas, mas resulta em 
desenvolvimento intelectual, ou seja, nas relações que a linguagem tem papel basi-
lar em que mais inteligente fica a pessoa.
Portanto, que a escola possa organizar seus trabalhos pela via da troca linguística 
e favorecer aos sujeitos muito mais oportunidades de expressar seus pensamentos, 
sempre primando pelo discurso de suporte que é, nada mais, que o respeito e a 
tolerância para com todos, respeitando capacidades e formas de criar entendimentos 
sem perder o foco da construção do sujeito pela via social e histórica.
As Relações Humanasna Escola para Henry Wallon
Henry Wallon defende que a relação que a pessoa mantém como o seu meio 
é de extrema importância para a formação de sua personalidade, ou seja, ajuda 
a organizar o modo como o indivíduo vai se posicionar frente à sociedade, 
determinando papéis e lugares a serem desempenhados no conjunto/coletivo.
Conviver e se relacionar em grupos, segundo Wallon, dá ao homem ferramentas 
para tornar-se um ser da humanidade. É nessa situação que a pessoa poderá 
vivenciar diferentes realidades e histórias, alargando sentidos para perceber a 
diferença entre si e os demais membros do seu meio físico e social.
Nas relações humanas postas nos grupos de interação, o sujeito, as diferenças 
percebidas e as diversidades de organização histórica fornecem possibilidades 
para que se aprenda assumir e dividir responsabilidades, apreendendo regras, 
trabalhando conflitos, compreendendo a necessidade de estar vinculado aos outros, 
num eterno aprender a conviver, com tolerância suficiente para perceber que as 
diferenças acrescentam na formação da personalidade.
15
UNIDADE Relações Humanas na Escola e na Sala de Aula
Nas relações humanas grupais, o sujeito poderá ter acesso aos bens da cultura 
e trocar constantemente informações e saberes, modificando-se e modificando o 
seu entorno.
É nas relações humanas que a pessoa se aperfeiçoa de forma integral nos seus 
diferentes aspectos que não só garantem a sobrevivência física como, principalmente, 
a social e psíquica. Para se relacionar, a pessoa necessita desenvolver elementos 
do pensamento (cognição), das expressões corpóreas (motricidade) e fazer vínculos 
(interação) afetivos que afetam a si e outros no sentido transformador.
Portanto, a plenitude do ser é possível quando está junto (relacionamento) aos 
seus; isolado não existiria a capacidade de ser e de sobreviver.
Para acompanhar a leitura feita por Wallon é preciso um esforço para 
escapar de um raciocínio dicotômico, que fragmenta a pessoa (ou motor ou 
afetivo; ou afetivo ou cognitivo) na direção de um raciocínio que apreenda 
a pessoa como resultado da integração dessas dimensões (motora-afetiva-
cognitiva). Essas dimensões estão vinculadas entre si, e suas interações em 
constante movimento; a cada configuração resultante, temos a totalidade 
que se expressa na pessoa.
Cada configuração cria novas possibilidades, novos recursos motores, 
afetivos cognitivos que se revelam em atividades que, ao mesmo tempo 
que convivem com atividades adquiridas anteriormente, predominam e 
preparam a mudança para o estágio seguinte. (MAHONEY e ALMEIDA, 
2000, p. 11-12)
Avançar para a integralidade do ser humano necessita da consideração e da 
importância do pertencer, ou seja, fazer parte de um grupo cujas relações se deem 
como fator primordial. As relações humanas não são condições quaisquer e, sim, 
instrumentos para o ser nas suas variadas dimensões.
Importante ressaltar que é pelas relações humanas que a emoção, o afeto, os 
sentidos se organizam e se orientam. O humano se faz humano na medida em que 
constrói pensamentos e ações refletidas e lógicas para conscientizar-se do como 
afeta e é afetado nas suas relações. A afetividade, ou seja, os vínculos pensados 
criticamente, não nasce com a pessoa; é elaborada conforme as respostas dos 
grupos da qual pertencemos.
Aprimoramos pensamentos e ações na medida em que garantimos afetos posi-
tivos e qualitativos. Quanto a isso, Wallon é categórico: a escola é o lugar de exce-
lência para a formação integral do sujeito quando nos variados grupos. Primando 
pelas relações humanas, o aluno poderá vivenciar papéis e regras diferentes, tam-
bém ser socializado quanto à tolerância às diversidades culturais e históricas.
As crianças devem frequentar a escola para se instruírem e para ficar 
familiarizada com um novo tipo de disciplina e de relações interpessoais. 
(MAHONEY e ALMEIDA, 2000, p. 79).
Neste contexto, o papel do professor é fundamental, defende Wallon. É ele que, 
como coordenador de grupos humanos, observa a dinâmica do grupo (em suas 
16
17
relações) e intervém, apoiando e orientando o grupo para que encontrem o caminho 
do equilíbrio. Não é apenas um transmissor de conteúdos, é um representante 
legítimo da cultura que, ao selecionar o melhor dos saberes, faz a aproximação do 
aluno com o que é próprio da sua realidade imediata e mediata – aguça afetos que 
sejam positivos para o indivíduo e para o grupo.
Tanto a seleção dos saberes como sua transposição didática aos alunos 
depende do compromisso e da competência do professor. O aluno está 
à mercê dele! E quando o professor transmite uma informação está 
construindo a inteligência e desenvolvendo a personalidade de seu aluno.
A interação com o outro e a interação com a cultura ampliam o conceito de 
socialização: a criança e o jovem tanto podem socializar-se, relacionando-
se com os membros da família, da vizinhança, do grupo da escola, como 
também lendo um livro, ouvindo uma música, apreciando uma pintura.
Wallon ressalta que é dever da escola oferecer às crianças, sem discrimina-
ção, o que há de melhor na cultura. (MAHONEY e ALMEIDA, 2000, p. 81).
A escola não pode prescindir de se reconhecer como um contexto de relações 
humanas, cujo objetivo é o desenvolvimento integral do ser e do seu coletivo. 
A interação entre pessoas deve ser orientada para fortalecer personalidades, a 
autoestima, a confiança em si e nos outros, respeitando a si e aos outros e sendo 
solidário e cooperativo nas variadas relações.
Assim, a sala de aula transforma-se em um ambiente de construção de convivên-
cias e o professor um mediador das relações, lúcido e consciente que, querendo ou 
não, é um modelo relacional a ser seguido.
Wallon ressalta muito a importância de que nós consideremos a pessoa como resultado 
da integração das dimensões motora, afetiva e cognitiva. Contudo na maioria de nossas 
escolas, a dimensão cognitiva acaba sendo mais valorizada do que a afetiva e a motora, 
salvo as aulas de educação física. Como poderíamos pensar em propostas educacionais 
mais integradoras que unifi quem essas diferentes dimensões? O que poderia ser revisto em 
nossas práticas de ensino e políticas públicas de educação nesse sentido?
Ex
pl
or
As Relações Humanas na Escola para Jean Piaget
As relações humanas para Piaget são fundamentais quando partimos da discus-
são de que ele defende a teoria de que os sujeitos são, no princípio do seu desen-
volvimento egocentristas.
O que significa isso? Piaget empregava o termo para explicar o nascimento do 
pensamento da criança no seu estado mais primitivo, ou seja, sem a socialização, 
a criança tende a apresentar conceitos e explicações que são particulares e pesso-
ais, sem ligação com a lógica do que é aceito na cultura como condição geral. Para 
a criança, o objeto ganha significados e conotações que, na maioria das vezes, só 
ela entende.
17
UNIDADE Relações Humanas na Escola e na Sala de Aula
O egocentrismo também se caracteriza quando o sujeito não consegue distinguir 
entre si mesmo e o seu meio externo; é uma espécie de indiferenciação – não 
há diferenças entre eu e o outro. A consciência do eu, ou de si mesmo, aparece a 
partir de uma crescente distinção entre as próprias perspectivas e a dos outros e 
em uma ascendente ordenação cognitiva destas mesmas perspectivas. “Distinguir 
e coordenar perspectivas são duas atividades mentais que engendram o processo 
de descentração.” (LEITE, 1993, p. 42).
Importante ressaltar que, esta fase do pensamento da criança é natural e normal. 
No entanto, sem que haja a intervenção do grupo social, sozinha ela não poderá 
superar esta fase.
Piaget ressalta que o processo de descentração surge nas interações entre a 
criança com adultos e outras crianças. Assim, as relações humanas são de grande 
importância para que haja a distinçãodo ponto de vista próprio e dos outros e a 
coordenação destas diferenças.
Nesse exato ponto, Piaget integra aos seus trabalhos os conceitos de coopera-
ção, como um conjunto de ações entre os variados membros de um grupo para 
superação do egocentrismo e a possibilidade do sujeito seguir para a transformação 
necessária que é ser um sujeito social e de relações.
Desta forma, a escola e a educação (como um todo) têm um papel importante, 
ao promover situações que provoquem no sujeito maneiras de conflitar o seu ponto 
de vista com outros tantos, de forma que sejam primadas a construção progressiva 
de novas noções e ações frente a si e ao mundo. As novas possibilidades não são 
a negação das anteriores, tudo funciona em sistema integrado em que posições 
anteriores são bases para as posteriores, em um contínuo de aperfeiçoamento 
homem-mundo e vice-versa.
A escola, para Piaget, não é lugar para impor verdades absolutas, mas um lugar 
em que pessoas se encontrem para trocar impressões individuais (segundo sua his-
tória de vida) com outras tantas pessoas que têm o mesmo cabedal de elaborações. 
É no grupo, pela via das relações humanas que os sujeitos vão se percebendo e per-
cebendo aos outros, ampliando a forma de ver a si e ao mundo. Nesse contexto:
A educação pode ser considerada igualmente como um processo de 
socialização (que implica equilíbrio nas relações interindividuais e ausência 
de um regulador externo/ordens externas), ou seja, um processo de 
“democratização das relações”. Socializar nesse sentido, implica criar-se 
condições de cooperação. A aquisição individual das operações pressupõe 
necessariamente a cooperação, colaboração, trocas e intercâmbio entre 
as pessoas. A socialização implica criação de condições que possibilitem a 
superação da coação dos adultos sobre o comportamento das crianças. O 
sistema escolar, por sua vez, deveria possibilitar a autonomia, circunstância 
necessária para que os alunos pratiquem e vivam a democracia. A atividade 
em grupo deveria ser implementada e incentivada, pois a própria atividade 
grupal tem um aspecto integrador, visto que cada membro apresenta uma 
faceta da realidade. (MIZUKAMI, 1996, p.71)
18
19
Podemos perceber, pelo exposto, que uma educação escolar, assim concebida, 
procurará investir nas relações humanas entre os pares, provocando os alunos para 
a constante busca de novas estratégias de pensamento, cooperativamente, para a 
sua inclusão na realidade social.
É o próprio sujeito que, observando as suas relações humanas, vai se autorregu-
lando constituindo respeito e compromisso social sem que haja imposições exter-
nas, o que levaria o mesmo sujeito apenas a cumprir por reprodução ou recusar-se 
a fazer por não compreender o sentido e o significado das ordens dos outros.
O professor, no contexto, tem papel fundamental, reconhecendo-se como um dos 
polos da relação, criando situações que propiciem condições para a reciprocidade 
de cooperação ao mesmo tempo moral e lógica.
O professor deve conviver com os seus alunos, observando, dialogando com 
eles para auxiliar seus desenvolvimentos e aprendizagens, respeitando proposições 
e histórias de vida. Cabe a orientação necessária para que o aluno transcenda 
do egocentrismo para a socialização cooperativa, comprometida e respeitosa às 
diversidades que auxiliam na ampliação de saberes e percepções de realidade.
As Relações Humanas na Escola para B.F. Skinner
As propostas de Skinner para a Educação são muito importantes e foram muito 
influentes principalmente até a década de 1980 no Brasil. Contudo, mais recen-
temente as suas propostas tem sido criticadas (muitas vezes indevidamente) como 
se fossem puramente mecânicas e desconsiderassem a importância das relações 
humanas. Cabe-nos, portanto, dirimir essas dúvidas explicitando as propostas 
de Skinner e recomendando que se deva ler a sua obra antes de apenas fazer 
críticas infundadas.
Primeiramente devemos destacar que para Skinner a maior parte de nosso 
comportamento é aprendido por meio do condicionamento operante, ou seja, 
pelas consequências de nossas respostas aos estímulos do ambiente. Quando 
Skinner fala em ambiente, ele está se referindo não apenas ao meio físico em que 
vivemos, mas também às pessoas e à cultura.
Quando aprendemos a falar, a ler, a escrever, a contar, a dirigir, enfim quando 
aprendemos comportamentos operantes, nós dependemos em grande parte de 
nossas interações com os outros que nos ajudam a selecionar as respostas mais 
apropriadas até que cheguemos nas respostas adequadas, isso é o que Skinner 
chama de modelagem.
Em outras palavras, um bebê que está aprendendo a falar, o faz porque observa 
que quando a mãe lhe dá água, comida, ou interage com ele usa padrões sonoros 
semelhantes, ou seja, usa palavras. Aos poucos a criança também tenta usar essas 
palavras e vai desde pronúncias rudimentares como o balbucio até a emissão de 
palavras e frases. A mãe aceita cada uma dessas etapas atendendo (reforçando) 
o comportamento da criança no sentido de que inicialmente pode aceitar “aaa” 
19
UNIDADE Relações Humanas na Escola e na Sala de Aula
para água, mas aos poucos vai exigindo que a palavra água seja dita até que será 
solicitado “Mamãe, por favor, me dá um copo de água”, ou seja grande parte do 
que aprendemos depende dos outros que vão nos auxiliando na seleção de nossos 
comportamentos.
Na escola não é diferente, o professor deve ser aquele que organiza as situações 
de aprendizagem, considerando o que os alunos já sabem (seu repertório inicial) e 
os modos de se chegar até aquilo que se deseja (a resposta apropriada, conheci-
mento). O professor é responsável por possibilitar que as crianças que trazem seus 
conhecimentos próprios se apropriem também dos conhecimentos dos outros, os 
conhecimentos culturalmente construídos.
Isso fica ainda mais claro na proposta de Skinner (2007) de que existem três 
níveis da seleção dos comportamentos: filogênese, ontogênese e cultura. O 
primeiro são os comportamentos de origem filogenética, como por exemplo, 
a dilatação da pupila diante da luz, e se tratam de comportamentos que fazem 
parte da evolução da espécie, foram selecionados naturalmente por beneficiarem 
a sobrevivência das espécies. Tratam-se dos comportamentos reflexos que podem 
ser modificados pelo condicionamento respondente (emparelhamento com 
estímulos neutros). O segundo nível engloba aquilo que cada indivíduo aprende no 
curso de sua própria vida, como, por exemplo, a falar um idioma, a cantar ou uma 
profissão. O condicionamento operante possibilita que novas respostas possam 
ser fortalecidas (reforçadas) pelos eventos que imediatamente as seguem, de modo 
que um professor pode modificar os comportamentos (ensinar) criando condições 
(contingências) apropriadas de ensino.
Devido ao condicionamento operante é que as espécies dependem cada vez 
menos do que é inato e podem aprender cada vez mais com a interação com o 
ambiente (físico e social). Todavia, Skinner ressalta que o que nos permitiu ir além 
enquanto espécie humana foi justamente o desenvolvimento do comportamento 
verbal, a fala ou linguagem, que por sua vez possibilitou o desenvolvimento da 
cultura. Essa é a nossa origem social, que nos torna tão diferentes de outras 
espécies. Nós aprendemos algo e podemos transmitir esse conhecimento de forma 
fácil e precisa ser por meio de palavras, criando outros elementos de cultura que 
poderão modificar as aprendizagens possíveis a nível ontogenético. A cultura 
permite que nós nos beneficiemos a nível de indivíduos e de coletivos. O que 
sabemos culturalmente permite avanços em todos os níveis e a escola é o local por 
excelência de transmissão de cultura (SKINNER, 2007).
Podemos dizer assim que as relações humanas são fundamentais na perspectiva 
de Skinner, à medida que elas são parte inerente do terceiro nível de seleçãode 
comportamentos que é a cultura. Comportamentos que são parte da cultura são 
por exemplo, as festividades, costumes e crenças. Acreditar que é preciso cuidar da 
infância das crianças é parte de uma cultura e ajuda a melhorar a qualidade de vida 
das crianças e, por conseguinte dos adultos e de toda a sociedade. Comportamentos 
operantes no nível da cultura são mais complexos, pois envolvem mais de um 
indivíduo e são selecionados ao longo da história de vida do grupo e passados 
verbalmente de um indivíduo a outro (SKINNER, 2007).
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21
Nas escolas as crianças interagem umas com as outras, interagem com profes-
sores e os demais membros da equipe escolar. Essas relações humanas permitem a 
seleção de comportamentos que são mais apropriados para a cultura, ou seja, per-
mitem que as crianças aprendam a nossa cultura. De modo que o que se aprende 
nas escolas interage sempre entre aquilo que já é do individuo (de sua ontogênese), 
aquilo que é igual a seus outros colegas ou professores (filogênese) e aquilo que é 
da sociedade (cultura). A interação entre esses fatores é constante na escola, o que 
enfatiza a importância das relações humanas na escola para Skinner.
Considerando a importância dos professores nos processos educativos, Segun-
do Moroz (1993), Skinner defende que, para ser eficaz, o ensino precisa ser uma 
ação planejada, tanto em termos de definição de comportamentos a serem esta-
belecidos, quanto em termos das condições necessárias ao seu estabelecimento. É 
preciso que tenhamos objetivos claros em educação para que possamos escolher 
os melhores meios de atingi-los.
Dessa forma, Skinner considera o professor como um dos principais elementos 
para que ocorra a aprendizagem escolar. Segundo ele “ensinar é o ato de facilitar 
a aprendizagem; quem é ensinado aprende mais rapidamente do que quem nã o é ” 
(SKINNER, 1972, p. 4). Assim, podemos destacar a importância que Skinner dá a 
função dos professores, ao enfatizar que eles são indispensáveis para que se possa 
criar condições para uma boa aprendizagem.
Skinner ainda avança mais na discussão da importância do professor ao propor 
que o seu papel é o de criar contingências (a probabilidade de que um evento 
possa ser afetado ou causado por outros eventos) de reforço. Em outras palavras, 
o professor deve criar condições que permitam sinalizar aos estudantes o que deve 
ser observado ou adquirido nas experiências, de modo que o aprendiz possa emitir 
e/ou exercitar os comportamentos que se pretende ensinar.
Assim, um bom professor deve sempre avaliar as características das crianças, 
seu conhecimento de base (repertório inicial) para criar condições ideais em um 
ambiente que estimule e propicie o aluno a compreender e executar os comporta-
mentos que se pretende ensinar. Skinner, considera importante essa relação entre 
o que é do indivíduo e aquilo que ele deve aprender, o que é externo a ele. Dessa 
forma pode-se também avaliar o quanto cada aprendiz mudou no decorrer do seu 
processo de aprendizagem.
Um professor deve considerar também a forma de apresentação dos reforçadores 
nas situações de aprendizagem. Os alunos podem receber reforços por seu progresso 
na aprendizagem de forma imediata (como elogios e correções) que seguem uma 
resposta dada, ou podem receber reforços intermitentes em certas ocasiões (como 
as notas no final de bimestres ou semestres). Também é necessário que os alunos 
encontrem reforçadores intrínsecos, como por exemplo, o prazer de escutar uma 
história ou de realizar uma atividade física, tudo isso deve ser considerado no 
planejamento de aulas (SKINNER, 1972).
21
UNIDADE Relações Humanas na Escola e na Sala de Aula
Skinner (1972) também ressalta que os exercícios e atividades que permitam as 
crianças reproduzirem o que aprenderem e em situações análogas são importantes, 
para que assim se possibilitem que os alunos possam de fato fixar a aprendizagem 
e utilizá-la em situações futuras. Nesse contexto é que a proposta das “máquinas 
de ensinar” de Skinner ajudariam ao auxiliar na execução de exercícios nos quais 
o aprendiz pode ser imediatamente reforçado por suas tentativas. O avanço na 
aprendizagem nas maquinas de ensinar depende não do reforçador dos professores, 
mas sim do próprio empenho do aluno em progredir em sua aprendizagem. Os 
professores, assim, seriam responsáveis apenas por programar sequências de 
exercícios individuais que fossem apropriados para cada aluno e apresentados em 
uma ordem crescente de dificuldade (modelagem).
O uso de máquinas de ensinar foi pensado por Skinner (1972) também 
para permitir que os professores deixassem a aprendizagem mecânica (como 
a memorização de conceitos) mais para as máquinas, enquanto eles próprios 
pudessem se ocupar de questões interpessoais e do desenvolvimento de outras 
aprendizagens necessárias. Para ele as máquinas podiam se ocupar da tarefa de 
discriminar as repostas certas das erradas, enquanto eles poderiam executar tarefas 
mais importantes como o desenvolvimento de habilidades de reflexão.
 “Certo, nove e seis são quinze; não, não, nove e sete não são dezoito”- 
está abaixo da dignidade de qualquer pessoa inteligente. Há trabalho 
mais importante a ser feito, no qual as relações da professora com o 
aluno não podem ser duplicadas por um aparelho mecânico. Os recursos 
instrumentais só virão melhorar estas relações insubstituíveis (SKINNER, 
1972, p. 25).
Neste parágrafo fica claro que Skinner vê que a educação não deve se limitar 
ao ensino mecânico de conteúdos científicos, mas que vá além e forneça uma 
formação mais completa com subsídios para que os alunos consigam se adaptar 
a vida cotidiana em seu meio social. Os professores podem e devem organizar as 
contingências do que será aprendido na escola para que se assemelhem mais as 
contingências sob as quais o comportamento será mais propício e útil. Ou seja, não 
basta programar que vai ensinar algo, mas sim que esse conteúdo tenha uma real 
utilidade para que seja de fato uma aprendizagem útil. 
“Deixar o aluno “à deriva” poderá resultar em o aluno aprender a tentar; 
no entanto, isto não garante que ele tenha aprendido a pensar. Assim, 
fazer pelo aluno ou dizer a ele o que e quando fazer algo não é desenvolver 
nele um comportamento independente e muito menos ensiná-lo a pensar; 
por outro lado, desconsiderar a produção cultural e deixar o aluno “à 
solta” não é uma prática que garanta isso. Sendo assim, o professor 
tem um papel essencial já que a ele cabe auxiliar o aluno; no entanto, o 
professor deve atentar para o tipo de auxílio que fornece. Ao defender a 
importância do professor no ensino e ao afirmar que o professor “Deve 
induzir o aluno a agir, mas deve ser cuidadoso em como fazê-lo” porque 
“Fazê-lo agir em uma dada ocasião pode interferir na probabilidade de 
que aja da mesma maneira no futuro” (1972, p. 136), Skinner coloca o 
professor frente à necessidade de ele próprio, ficar sob controle do que 
ocorre na sala de aula (MOROZ, 1993, p 39-40).
22
23
Dessa forma, como se pode notar muitas das críticas que se faz a obra de 
Skinner com relação a Educação, não passam de críticas infundadas e dá leitura 
de trabalhos de segunda ordem que por vezes oferecem interpretações erradas. 
Recomenda-se sempre que se consulte os trabalhos originais dos autores, antes que 
se faça críticas indevidas que acabam por criar barreiras ao invés de criar pontes.
As Relações Humanas na Escola 
e na Sala de Aula: Sugestões
Sugerimos a seguir algumas ações que podem contribuir para o fazer diferente 
na escola e na sala de aula, forjando o novo, conforme Davis e Oliveira (1990).
• Primar pelas interações em sala de aula/escola: Contribuir para que as 
atividades sejam dadas em termos das discussões compartilhadas, em que 
um seja o suporte do outro, em um movimento em que o professor será o 
discurso de suporteajudando e incentivando trocas, orientando para que haja 
o complemento das proposições com inserção ao pensar e não ao contestar.
• Procedimento de ensino: O professor não é o único a falar na sala de 
aula. Sem diálogo o professor está sujeito ao fracasso de sua exposição 
impositiva. O professor deve ser um mediador – animador – de debates e 
das trocas, incentivando os alunos a se relacionarem e se perceberem como 
complementares nas suas suposições e hipóteses. O professor deve ajudar na 
superação de pensamentos egoístas e baseados em falsas crenças, buscando 
significações mais amplas e criativas. O conteúdo tem que ser o melhor da 
cultura e ser compatível para conscientizar do que é real. O professor deve 
encorajar e valorizar o que é construído e trazido para a discussão em aula.
• Uso da linguagem: Seja verbal ou não verbal, a linguagem tem importância 
fundamental na comunicação de fatos e fenômenos em sala de aula. Segundo 
Davis e Oliveira, a linguagem deve ser pensada e lógica para transmitir o que se 
deseja objetivamente partindo do que se sabe para noções mais desenvolvidas e 
ampliadas com o objetivo de ampliação e clarificação de conceitos e conteúdos.
• O trabalho com os erros: Para Piaget, o erro está carregado de mensagens, 
principalmente, com a possibilidade de entender como o sujeito elaborou aquele 
tipo de resposta, ou seja, como a pessoa pensou sobre o que foi proposto. 
Para o interacionismo, o que vale é compreender o processo de aprendizagem 
e não o seu produto. O professor competente faz uso do erro do aluno para 
investir na reestruturação do que foi ensinado e ampliar os saberes sobre o 
conceito ou conteúdo.
• O trabalho em grupo: Como dizem, não serve para um fazer e os outros 
aproveitarem. O professor deve acompanhar e orientar as relações estabe-
lecidas no conjunto, supervisionando para que as pessoas se tornem mais 
atentas, ouvintes, cooperativas conscientes de si em suas proposições e que 
23
UNIDADE Relações Humanas na Escola e na Sala de Aula
aprendam a incorporar críticas feitas as suas sugestões, defendendo ideias 
e revendo posições. É possível que no grupo um dos participantes alcance 
a compreensão não alcançada anteriormente, devido a estar em pares tro-
cando dentro de vivencias compartilhadas. É facilitação para humanizar pela 
compreensão das diversidades.
• Construção de regras coletivas: Quando uma regra é imposta pelo professor 
ou autoridade qualquer, a tendência é que ela seja quebrada e não seguida pela 
maioria. Se há cumprimento, talvez estejamos falando do medo da punição, 
porém, na essência, regras são desagradáveis e não convincentes. No entanto, 
cabe lembrar que aquilo que é vindo de fora não nos é próprio; é de outro; e 
não temos o mesmo nível de compreensão daquele que impõe a regra. 
• Ainda sobre regras: A regra pode ser boa para quem a criou e não para 
aqueles que serão submetidos a ela. Portanto, a boa regra é aquela construída 
no grupo, cujo valor é compartilhado pelas pessoas que a assumirão e, 
mais especificamente, é possível a negociação das normas e a estabelecer 
significação para a sobrevivência do próprio grupo. As regras quando discutidas 
e construídas nas relações humanas passam a ter um valor e percebidas como 
o sentido para orientar as ações do contexto. O processo que permite a 
elaboração e a compreensão de regras é longo e envolve fatores afetivos e 
morais difíceis de serem tratadas pelo teor sensível da proposição. Assim, 
regras de conduta são importantes para a manutenção de grupos (sociais, da 
escola, a sala de aula), porém é necessário que o professor utilize recursos que 
supervisionem e organizem toda a discussão proposta.
• O uso da ludicidade: O lúdico refere-se a ambientes e ações que promovam 
o prazer e a vontade de empenhar-se no que está sendo proposto. Leva as 
pessoas a um clima amistoso e acolhedor em que tudo inspira harmonia e 
equilíbrio. Não só os jogos, os brinquedos, a dramatização são elementos 
lúdicos, mas, principalmente, as atitudes que elevam e estimulam, garantindo 
aos sujeitos confiança em si e nos outros. Um grupo lúdico é aquele que 
afeta os sujeitos de maneira positiva e potencializa os laços de amizade e 
companheirismo, no caminhar solidário e corajoso. Esse tipo de atuação 
docente é de vital importância para garantir a continuidade e a permanência 
das pessoas no grupo e firmarem-se nas relações, verdadeiramente humanas, 
em que um se perceba nos outros, sem deixar de ser individuo. É importante 
ressaltar que quando falamos em ludicidade na educação não estamos falando 
em brincadeiras livres, mas sim em jogos e brincadeiras que sejam prazerosas, 
mas também sejam estruturadas e por isso são recursos pedagógicos para 
que se possa ensinar algo. Em outras palavras, crianças na Educação Infantil 
podem participar de várias brincadeiras lúdicas, mas a escolha de cada uma 
delas deve ser intencional por parte do professor, com objetivos claros de 
desenvolvimento sejam eles motores, cognitivos, sociais, ou afetivos.
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25
Considerações Finais
Com isso posto, concluímos essa unidade e a disciplina de modo geral. Espe-
ramos que você tenha compreendido que a Psicologia da Educação, como uma 
disciplina-ponte entre a Psicologia e a Educação possibilita um diálogo entre a ciên-
cia e as práticas educativas de modo que nenhuma área se sobrepõe a outra, mas 
ambas cooperam para a melhoria da qualidade de ensino. Educar é sem dúvidas, 
uma forma importante de relação entre humanos e quando tratamos de educação 
precisamos nos lembrar disso. Como humanos somos falhos e não há verdades 
absolutas. As teorias que vimos aqui nos mostram diferentes perspectivas, mas não 
são verdades absolutas também, elas possuem um contexto (muitas vezes diferentes 
do nosso contexto brasileiro do século XXI) e precisam ser analisadas em termos 
de contribuições, possibilidades e limites. Desenvolver o pensamento crítico é um 
dos nossos principais objetivos e para isso você precisa aprender a criticar também 
essas proposições, como já dissemos antes, não dá para criticar sem conhecer de 
fato o que se está criticando e por isso que enfatizamos a necessidade de que você 
complemente e amplie seus estudos em Psicologia da Educação, buscando mais 
informações sobre os autores que você gostou e mais informações ainda sobre 
aqueles que não gostou. Pode ser que você se surpreenda com o que vai descobrir 
e até passe a gostar. Esperamos também que você tenha se beneficiado desse co-
nhecimento para melhorar sua própria aprendizagem e suas práticas profissionais.
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UNIDADE Relações Humanas na Escola e na Sala de Aula
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Vygotsky: Aprendizagem e Desenvolvimento
OLIVEIRA, M. K. Vygotsky: aprendizagem e desenvolvimento. Um processo sócio-
histórico. São Paulo: Scipione, 1993.
Psicologia e Pedagogia
PIAGET, J. Psicologia e Pedagogia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1988.
 Vídeos
Café Filosófico - Educação e Limites
Para complementar seus estudos, sugerimos que você assista a entrevista do Psicanalista 
Joel Briman e do Psicoterapeuta Ivan Capelatto para o programa “Café Filosófico” 
da TV Cultura. A entrevista esta dividida em 6 partes, destacamos as partes 3 e 6. 
Os trechos estão nos sites relacionados a seguir na ordem crescente. Assistindo à 
entrevista, você poderá refletir com mais conhecimento de causa a respeito do papel 
do professor, do aluno e da família nas relações humanas na escola. Assista à entrevista 
e boas reflexões sobre o tema:
Parte 01
https://youtu.be/y14V1HeFX9Q
Parte 02
https://youtu.be/6R1lBpBL8es
Parte 03
https://youtu.be/8_A2lHAk0NU
Parte 04
https://youtu.be/FbZFrKb7XcE
Parte 05
https://youtu.be/9Vqaw51Tz9U
Parte 06
https://youtu.be/XgHBPFY0sUM
 Leitura
Relações Interpessoais: AbordagemPsicológica
BRASIL. Ministério da Educação. Relações interpessoais: abordagem psicológica. [Re-
gina Lúcia Sucupira Pedroza]. – Brasília: Universidadede Brasília, Centro de Educação 
a Distância, 2006.
https://goo.gl/qaerNq
26
27
Referências
BAQUERO, R. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médi-
cas. 1998.
DAVIS, C. e OLIVEIRA, Z. Psicologia na Educação. São Paulo: Cortez, 1990.
FREIRE, P. Conscientização: teoria e prática da libertação. Uma introdução ao 
pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Moraes, 1979.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
LEITE, L. B. As interações sociais na perspectiva piagetiana. In: Construtivismo 
em revista. São Paulo: FDE, 1993, p. 41 – 47.
MAHONEY, A. A. e ALMEIDA, L. R. (org.) Henry Wallon. Psicologia e Educação. 
São Paulo: Loyola, 2000.
MIZUKAMI, M. G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: E.P.U., 1996.
SKINNER, B.F. (1972). Tecnologia do Ensino. São Paulo: E. P. U (Tradução de 
Rodolpho Azzi / Edição original de 1968).
MOROZ, M. Educação e autonomia: relação presente na visão de B.E Skinner. 
Temas psicol., Ribeirão Preto, v. 1, n. 2, p. 31-40, ago. 1993.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
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