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Perdão Judicial Sentença declaratória de Perdão Judicial: Não gera efeitos penais. CP, art. 120: Traz errônea ideia de que a sentença é condenatória, portanto, este dispositivo não costuma ser utilizado.SÚMULA 18, DO STJ: A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório. O Perdão Judicial é um Direito Público Subjetivo do réu, ou seja, o Estado deve reconhece-lo obrigatoriamente, desde que preenchidos os requisitos legais. Não é mera faculdade do juiz. Legitimidade Ativa: Quem pode requerer o Perdão Judicial. - Regra: Defesa do réu que deve juntar nos autos as provas dos requisitos do perdão judicial; - Exceções: Ministério Público e o juiz pode conceder de ofício. Perdão Judicial e o Concurso de Crimes (concurso formal): Duas correntes: - 1ª Perdão Judicial não se estende: Ocorre perdão judicial pelo crime que preenche os requisitos e quanto ao outro há condenação. - 2ª Perdão Judicial se estende: Ocorre o perdão judicial para os dois crimes, desde que um deles preencha os requisitos, pois deve-se analisar o crime como um todo. Esta corrente tem prevalecido. PERDÃO JUDICIAL E HOMICÍDIO E LESÃO CORPORAL CULPOSOS Há previsão expressa em lei no CP, arts. 121, §5º e 129, §8º; Entretanto, no CTB, somente há previsão legal para homicídio e lesão corporal culposos de trânsito (arts. 302 e 303), não havendo, portanto, previsão legal expressa para aplicação do perdão judicial, pois a artigo que previa foi vetado. Assim, deve-se aplicar os artigos 121, §5º e 129, §8º do CP, analogamente, aos artigos 302 e 303, do CTB. (Analogia in bonam partem). Clemência Estatal (CP, art. 107, II) Procedimento (LEP, arts. 187 a 193) Indulto e Graça a concessão é feita pelo PRESIDENTE DA REPÚBLICA; Anistia, a concessão é feita pelo CONGRESSO NACIONAL. Anistia: Esquecimento jurídico de uma ou mais infrações penais, concedido em casos excepcionais. Não se aplica aos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e crimes hediondos. Titular: Congresso Nacional (CF, art. 48, VIII) A anistia é regulada por uma lei penal retroativa e tem o poder de apagar o fato praticado do mundo penal (não se refere ao autor do fato). A lei de Anistia NÃO revoga a lei incriminadora anterior, não opera a descriminalização da conduta. EFEITOS DA LEI DE ANISTIA: - Apaga todos os efeitos penais (rescisão da SCTJ; trancamento de inquérito policial ou ação penal em andamento). Não gera maus antecedentes, nem reincidência; - Efeitos ex tunc (retroativos); - Persistem os efeitos de natureza cíveis; - Momento: antes ou depois da SCTJ Espécies de Anistia: - Anistia Total/Plena/Geral: ocorre a extinção da punibilidade. Atinge todos os criminosos; - Anistia Parcial/Restrita: Não causa a extinção da punibilidade, mas sim a mutação da espécie de pena, sempre em benefício do réu (comutação da pena). Ex.: Conversão de prisão em pena de multa. -Anistia Incondicionada: Não impõe condições (encargo) a serem cumpridas pelo favorecido. Em regra, a anistia não pode ser recusada, pois trata-se de direito público subjetivo do réu. -Anistia Condicionada: Impõe condições a serem cumpridas pelo réu para concessão da anistia. Esta espécie de anistia pode ser recusada, caso o réu não cumpra o encargo. Ex.: Serão anistiados os acusados que restituírem 50% do valor do dano causado. Revogação da Lei de Anistia: A lei de anistia não pode ser revogada, pois não pode haver Lei posterior que revogue a anterior e prejudique o réu. Indulto e Graça: A diferença entre os dois institutos é que o indulto tem caráter coletivo, é espontâneo e incide sobre fatos; já a graça (indulto individual) é individual e, em regra deve ser solicitada. TITULAR DO INDULTO E GRAÇA: Presidente da República (CF, art. 84, XII) e é concedido na forma de Decreto Presidencial, porém pode ser delegada a concessão de graça e indulto aos Ministros de Estado, ao PGR ou ao AGU. O INDULTO É CAUSA DE EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE E NÃO SE CONFUNDE COM AS “SAIDINHAS” (SAÍDA TEMPORÁRIA – LEP, ARTS. 122 A 130), QUE É UM BENEFÍCIO PRISIONAL QUE NÃO EXTINGUE A PENA. O indulto refere-se a características da pessoa, mas não é individual e sim coletivo. Ex.: Indulto humanitário em fim de ano – condenado em estado terminal (câncer, aids, etc.). O indulto abrange fatos e uma generalidade de pessoas. Ex.: Todos os presidiários que praticaram furto e são doentes em estado terminal. Indulto Individual: é a Graça. Trata-se de indulto nominal, para determinado criminoso. Momento do Indulto (e da Graça): Antes ou após a SCTJ. Efeitos (Indulto e Graça): - Ex nunc (não retroativo); - Não rescinde a SCTJ, não apaga o fato praticado, subsistindo, portanto, os maus antecedentes; gera reincidência; - Se anterior a SCTJ, acarreta o trancamento do Inquérito Policial ou da Ação Penal. - Se posterior a SCTJ, somente extinguirá a pena; - Persistem os efeitos cíveis. Espécies - Indulto total ou pleno: Extingue a punibilidade; - Indulto Parcial: Concede diminuição da pena ou sua comutação (substituição por pena menos gravosa); - Indulto incondicionado: Não impõe encargo a ser cumprido. Não pode ser recusado; - Indulto Condicionado: Impõe condições a serem cumpridas pelo réu para concessão do indulto. Pode ser recusado, caso o réu não cumpra o encargo.
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