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Aula 6 - Controle do câncer do Colo do Útero Completa

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Controle do Câncer 
do Colo do Útero
Profª. Drª. Jaqueline de O. Santos
Políticas de Atenção à Saúde da Mulher
Definição
O câncer do colo do útero é caracterizado pela replicação 
desordenada do epitélio de revestimento do órgão, 
comprometendo o tecido subjacente (estroma) e podendo 
invadir estruturas e órgãos contíguos ou a distância.
(BRASIL, 2013) 
Junção Escamocolunar
(JEC)
(BRASIL, 2013) 
Junção Escamocolunar
(JEC)
JEC
Neoplasia Intra-epitelial
Cervical (NIC)
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde, 2006.
Atipia
Termo criado em 1968 para indicar uma gama de atipia
celular limitada ao epitélio
Neoplasia Intra-epitelial 
Cervical (NIC)
1990 – Classificação 
• NIC I – Baixo grau
• Restrita ao terço inferior do epitélio.
• NIC II – Alto grau
• Metade a dois terços inferiores do epitélio (+ de 50%).
• NIC III – Alto grau
• Mínimo dois terços do epitélio (quase todo epitélio atípico).
(Brasil. Ministério da Saúde, 2006)
Terminologia Atual
Baseada no Sistema Bethesda.
Legenda:
LSIL - lesão intraepitelial escamosa de baixo grau.
HSIL - lesão intraepitelial escamosa de alto grau.
(Brasil. Ministério da Saúde, 2013)
Evolução
Normal NIC I NIC II NIC III
Carcinoma 
Invasor
http://www.mundodastribos.com/cancer-do-colo-de-utero-sintomas.html
Neoplasia Intra-epitelial
Cervical (NIC)
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde, 2006.
OMS, 2020
Magnitude no Brasil
Distribuição proporcional dos dez tipos de câncer mais incidentes estimados 
para 2020, exceto pele não melanoma no Brasil
Raro em mulheres até 30 anos.
Pico de incidência na faixa etária de 45 a 50 anos.
Mortalidade aumenta progressivamente a partir da 
quarta década de vida.
Magnitude
Brasil
(INCA, 2016)
Fatores de Risco
(Ministério da Saúde, 2013 e INCA, 2016)
Papiloma Vírus Humano
HPV 16
HPV 18
70% dos cânceres 
cervicais
HPV tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59 e 68 são 
significativamente associados com NIC OMS, 2020
Fatores de Risco
(Ministério da Saúde, 2013 e INCA, 2016)
• Idade
• Tabagismo
• Iniciação sexual precoce
• Multiplicidade de parceiros sexuais
• Multiparidade
• Uso prolongado de contraceptivos orais
• Baixo nível socioeconômico
• Infecção por Chlamydia trachomatis
• Deficiência nutricional
• Dieta deficiente em vegetais e frutas
OMS, 2020
Manifestações Clínicas
Lesões precursoras:
• Assintomáticas
• Detectadas e diagnosticadas por meio:
• Exame citopatológico
• Colposcopia
• Exame histopatológico
COLO UTERINO
NORMAL
COLO UTERINO
COM ALTERAÇÃO 
CELULAR
Fontes: http://iv.nucleusinc.com/generateexhibit.php?ID=27692&A=1029 / 
Estágio invasor
• Sangramento vaginal (espontâneo, após o coito ou esforço)
• Leucorreia
• Dor pélvica
• Queixas urinárias ou intestinais (casos mais avançados)
Manifestações Clínicas
Exame Especular
• Sangramento
• Tumoração
• Ulceração
• Necrose no colo do útero
Toque vaginal 
• Alterações na forma, tamanho, consistência e mobilidade do 
colo do útero e estruturas subjacentes.
Manifestações Clínicas
Período de atividade menstrual (fase reprodutiva) a JEC 
situa-se no nível do orifício externo do canal cervical -
ECTOPIA.
FISIOLÓGICO
Sem significado patológico
Maioria benignos
Encaminhar ao ginecologista 
na presença de queixas.
Ações de Controle do Câncer 
do Colo do Útero
1
• PROMOÇÃO DA SAÚDE
2
• PREVENÇÃO PRIMÁRIA
3
• PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
• DETECÇÃO PRECOCE
4
• TRATAMENTO
5
• CUIDADOS PALIATIVOS
Ações de Controle do Câncer 
do Colo do Útero
(Brasil. Ministério da Saúde, 2006)
Promoção da Saúde
Promoção da Saúde
Acesso à 
informação
Controle do 
tabagismo
Acesso aos 
serviços de 
saúde
HÁBITOS 
SAUDÁVEIS 
DE VIDA (Brasil. Ministério da Saúde, 2013; INCA, 2016)
Prevenção Primária
Prevenção Primária
1. Uso de preservativo na relação sexual
2. Imunização contra o HPV
• Bivalente: contra os tipos oncogênicos 16 e 18
• Tetravalente: contra os tipos não oncogênicos 6 e 11 e contra os 
tipos oncogênicos 16 e 18
Redução do risco de contágio 
pelo HPV
(Brasil. Ministério da Saúde, 2013; INCA, 2016)
Meninas 9 a 14 anos
Meninos 11 a 14 anos
Imunização - SUS
2 doses, intervalo 6 meses, IM, 0,5mL
Prevenção 
Secundária
ou 
Detecção Precoce
Estratégias para
Detecção Precoce
DIAGNÓSTICO PRECOCE
(abordagem de mulheres com 
sinais e/ou sintomas da 
doença)
RASTREAMENTO
(realização de exame em uma 
população assintomática, 
aparentemente saudável, para 
identificar lesões precursoras 
ou sugestivas de câncer)
(Brasil. Ministério da Saúde, 2013; INCA, 2016)
Rastreamento
Outras denominações para o exame:
• Citologia oncótica
• Colpocitologia oncótica
• Citopatologia cérvicovaginal
• Exame preventivo do colo uterino
• Papanicolaou (popular)
Exame CITOPATOLÓGICO DO 
COLO DO ÚTERO
(Brasil. Ministério da Saúde, 2013; INCA, 2016)
Rastreamento
População-Alvo
• Mulheres
• Faixa etária de 25 a 64 anos
• Iniciaram vida sexual
Exame de colpocitologia oncótica
www.fanzine.interdinamica.pt
(Brasil. Ministério da Saúde, 2013; INCA, 2016)
http://www.fanzine.interdinamica.pt/artes/fan/x19yv204w.htm
Rastreamento
Periodicidade
• Anual
• Trienal
• Após dois exames consecutivos normais
Exame de colpocitologia oncótica
www.minutobiomedicina.com.br
(Brasil. Ministério da Saúde, 2013; INCA, 2016)
http://www.minutobiomedicina.com.br/postagens/2014/02/25/exame-papanicolau/
Exame de colpocitologia oncótica
Situações Especiais
GESTANTES
• Seguir recomendação do 
Ministério da Saúde.
• Colher material da 
ECTOCÉRVICE.
• Analisar riscos e benefícios 
caso a caso
PÓS-MENOPAUSA
• Seguir recomendação do 
Ministério da Saúde.
Histerectomizadas
• Parcial
• Manter recomendação do Ministério da Saúde.
• Total
• Não se faz mais rastreamento, pois a possibilidade de encontrar lesão é
desprezível
• Total pelo tratamento de câncer de colo do útero ou lesão precursora
• Seguir o protocolo de controle de acordo com o caso
• Lesão precursora – semestral até dois exames consecutivos normais
• Câncer invasor – trimestral nos primeiros dois anos e semestral nos três anos
seguintes (5 anos).
• Colher material do fundo de saco de vaginal.
Situações Especiais
Exame de colpocitologia oncótica
(Brasil. Ministério da Saúde, 2013; 2016)
Tratamento
Tratamento
• Tipo de tratamento depende:
• Estadiamento da doença,
• Tamanho do tumor,
• Fatores pessoais.
• Tratamentos:
• Cirurgia
• Radioterapia
• Quimioterapia
• Nível terciário
• Unidades de assistência de alta complexidade em oncologia.
Cuidados Paliativos
Assistência que objetiva a melhoria da qualidade de vida do 
paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a 
vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento (OMS, 2002).
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO
CÂNCER DO COLO DO ÚTERO
SISCOLO
• Ferramenta de gerência das ações do programa de controle do câncer 
de colo do útero.
• Os dados gerados pelo sistema permitem avaliar:
• cobertura da população-alvo
• qualidade dos exames
• prevalência das lesões precursoras
• situação do seguimento das mulheres com exames alterados
• acompanhamento e melhoria das ações de rastreamento, diagnóstico e 
tratamento.
Coleta do material
para o exame 
citopatológico do 
colo do útero
Recomendações Prévias:
• Não utilizar duchas ou medicamentos vaginais ou exames
intravaginais, 48 horas antes da coleta.
• Evitar relações sexuais 48 horas antes da coleta.
• Evitar anticoncepcionais locais, espermicidas 48 horas antes
da coleta.
• Não realizar a coleta no período menstrual. Aguardar o 5° dia
após o término da menstruação.
Exame de colpocitologia oncótica
(Brasil. Ministério da Saúde, 2013)
Material necessário
• Espéculo de tamanhos variados, preferencialmente descartáveis.
• Lâminas de vidro com extremidade fosca.
• Espátula de Ayre.
• Escova endocervical.
• Par de luvas descartáveis.
• Pinça de Cherron.
• Solução fixadora, álcool a 96% ou spray de polietilenoglicol. 
• Gaze.
• Recipiente para acondicionamentodas lâminas mais adequado para o 
tipo de solução fixadora adotada pela unidade, tais como:
• frasco porta-lâmina, tipo tubete
• caixa de madeira ou plástica para transporte de lâminas
• Formulários de requisição do exame citopatológico.
• Fita adesiva de papel para a identificação dos frascos.
• Lápis grafite ou preto nº 2. 
• Avental ou camisola, preferencialmente descartáveis.
(Brasil. Ministério da Saúde, 2013)
Material necessário
Espéculo
Lâminas de vidro
Espátula de Ayre
Escova Endocervical
Solução fixadora
Pinça Cherron
Coleta do esfregaço
1. Inserção do espéculo vaginal
• Tamanho adequado
• Suavemente introduzido
• Sem lubrificantes (SF 0,9% idosas)
• Introduzir em posição vertical, ligeiramente inclinado.
• Após a introdução fazer uma rotação deixando-o em posição 
transversa, de modo que a fenda da abertura do espéculo fique 
na posição horizontal.
• Uma vez introduzido totalmente na vagina, abrir lentamente e 
com delicadeza.
• Se houver dificuldade de visualização do colo
• Solicitar que a mulher tussa.
(Brasil. Ministério da Saúde, 2013)
Coleta do esfregaço
1. Inserção do espéculo vaginal
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde, 2006. http://ocuidaremenfermagem.blogspot.com.br/2012
Coleta do esfregaço
2. Coleta de material da ECTOCÉRVICE
• Espátula de Ayre
• Parte com reentrância
• Encaixar a ponta mais longa da espátula no orifício externo do colo
• Rotação de 360°
• Esfregaço na lâmina
(Brasil. Ministério da Saúde, 2013)
Coleta do esfregaço
3. Coleta de material da ENDOCÉRVICE
• Escova endocervical
• Introduzir escova no orifício cervical
• Rotação de 360°
• Esfregaço na lâmina
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde, 2006.
(Brasil. Ministério da Saúde, 2013)
Coleta do esfregaço
4. Esfregaço na lâmina
Ectocérvice:
Vertical
Endocérvice:
Horizontal
(Brasil. Ministério da Saúde, 2013)
Spray:
Distância 20 cm
Gotas:
Manter próximo
5. Fixação do esfregaço na lâmina
Coleta do esfregaço
6. Fechar o espéculo, evitando beliscar a mulher.
7. Retirar o espéculo delicadamente, inclinando levemente
para cima, observando as paredes vaginais.
8. Retirar as luvas.
9. Auxiliar a mulher a descer da mesa.
10. Solicitar que ela troque de roupa.
11. Informar sobre a possibilidade de um pequeno sangramento
que poderá ocorrer depois da coleta, tranquilizando-a que
cessará sozinho.
12. Enfatizar a importância do retorno para o resultado e se
possível agendar conforme rotina da unidade básica de
saúde.
Coleta do esfregaço
(Brasil. Ministério da Saúde, 2013)
Referências
• Brasil. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. Brasília: Ministério da Saúde,
2006.
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. 2ª ed.
Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013.
• Brasil. Instituto Nacional de Câncer (INCA). [internet]. Rio de Janeiro: INCA, 2016.
• Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Sírio Libanês de Ensino e Pesquisa.
Protocolos de Atenção Básica: saúde das mulheres. Brasília: Ministério da Saúde,
2016.
• Fernandes RAQ, Narchi AZ. Ciancirullo T (coord). Enfermagem e saúde da mulher.
Barueri: Manole, 2007.
• Ricci SS. Enfermagem Materno-Neonatal e Saúde da Mulher. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008.
• Conceição JCJ. Ginecologia Fundamental. São Paulo: Atheneu, 2005.
• Organização Mundial de Saúde. Colposcopia e tratamento da neoplasia intra-
epitelial cervical: Manual para principiantes, J.W. Sellors & R. Sankaranarayanan.
Disponível em: https://screening.iarc.fr/colpochap.php?chap=2&lang=4

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