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Módulo - Planejamento e Avaliação de Cursos de Educação à Distância - ESAB (Escola Superior Aberta do Brasil)

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Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO DE: 
 
PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO DE CURSOS DE EAD 
 
 
 
 
 
 
AUTORIA: 
 
TERESA CRISTINA MATÉ CALVO 
MARIA DA RESSURREIÇÃO COQUEIRO BORGES 
 
 
 
 
 
Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
2
Módulo de: PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO DE CURSOS DE EAD 
Autoria: Ma. TERESA CRISTINA MATÉ CALVO 
 
Primeira edição: 2008 
 
 
CITAÇÃO DE MARCAS NOTÓRIAS 
 
Várias marcas registradas são citadas no conteúdo deste Módulo. Mais do que simplesmente listar esses nomes 
e informar quem possui seus direitos de exploração ou ainda imprimir logotipos, o autor declara estar utilizando 
tais nomes apenas para fins editoriais acadêmicos. 
Declara ainda, que sua utilização tem como objetivo, exclusivamente na aplicação didática, beneficiando e 
divulgando a marca do detentor, sem a intenção de infringir as regras básicas de autenticidade de sua utilização 
e direitos autorais. 
E por fim, declara estar utilizando parte de alguns circuitos eletrônicos, os quais foram analisados em pesquisas 
de laboratório e de literaturas já editadas, que se encontram expostas ao comércio livre editorial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos desta edição reservados à 
ESAB – ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL LTDA 
http://www.esab.edu.br 
Av. Santa Leopoldina, nº 840/07 
Bairro Itaparica – Vila Velha, ES 
CEP: 29102-040 
Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
3
Apresentação 
Caro(a) Aluno(a). 
O Módulo: Planejamento e Avaliação em cursos de EAD trata de temas relacionados à 
sistematização do planejamento, implementação, execução e avaliação de cursos 
desenvolvidos, segundo a proposta da Educação a Distância; de forma específica os cursos 
em ambiente virtual. O objetivo principal deste módulo é capacitar docentes para o 
planejamento da Educação a Distância, em todos os contextos de aprendizagem. 
Nesse sentido, este módulo trata dos aspectos que ampliam a identificação e a interpretação 
de conceitos básicos do planejamento e organização da Educação a Distância. Ao final, será 
mais fácil desenvolver e incorporar os recursos da Educação a Distância na prática, a partir 
da construção de uma visão panorâmica sobre, como os programas de EAD contribuem para 
um projeto educacional e assim, participar de maneira efetiva na produção e avaliação dos 
cursos em EAD. 
Bom estudo! 
Teresa Maté 
 
Objetivo 
O Planejamento em Educação a Distância. Definição de objetivos educacionais. Abordagens 
pedagógicas e modelos de curso. Situações de aprendizagem em EAD. O processo de 
avaliação de cursos a distância. 
 
 
 
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4
Ementa 
Capacitar docentes para o planejamento da Educação a Distância. 
Promover a apropriação das Tecnologias da Informação e da Comunicação para a Educação 
a Distância. 
Identificar as interfaces e o material adequado e necessário para a execução dos cursos da 
Educação a Distância. 
Planejar atividades de aprendizagem em ambiente on-line 
Planejar a avaliação de alunos e cursos, em EAD 
Organizar a infraestrutura tecnológica 
Contextualizar as características da EAD com os procedimentos tecnológicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5
Sobre o Autor 
Mestrado em Educação, pela Universidade São Marcos 
Pós-graduação em Administração Escolar pela Universidade Salgado de Oliveira Filho 
Pós-graduação em Psicopedagogia, pela Parceria UVV/Universidade Estácio de Sá 
Pós-graduação em Planejamento Educacional, pela Universidade Salgado de Oliveira Filho 
Pós-graduação em Supervisão Escolar, pela Universidade Salgado de Oliveira Filho 
Pós-graduação em Tecnologia Educacional Aplicada ao Ensino de 1º Grau, pela Associação 
Brasileira de Tecnologia Educacional 
Graduação em Pedagogia com Especialização em Orientação Educacional, pela 
Universidade Federal do Maranhão 
Educadora dos cursos de graduação, na área Pedagógica; professora de cursos de Pós- 
graduação. 
Consultora Educacional e Palestrante Motivacional e Educacional. 
 
 
 
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6
SUMÁRIO 
UNIDADE 1 .............................................................................................................................. 8 
Planejamento ....................................................................................................................... 8 
UNIDADE 2 ............................................................................................................................ 11 
Planejamento nos Cursos de EAD................................................................................... 11 
UNIDADE 3 ............................................................................................................................ 14 
Tendências de Cursos de EAD on-line ............................................................................ 14 
UNIDADE 4 ............................................................................................................................ 17 
UNIDADE 5 ............................................................................................................................ 20 
Os Princípios Teórico-metodológicos de Moore & Kearsley ........................................ 20 
UNIDADE 6 ............................................................................................................................ 23 
UNIDADE 7 ............................................................................................................................ 28 
UNIDADE 8 ............................................................................................................................ 33 
UNIDADE 9 ............................................................................................................................ 38 
UNIDADE 10 .......................................................................................................................... 42 
Indicadores de Qualidade e o Sistema de Gerenciamento de EAD: sob o olhar 
pedagógico. ....................................................................................................................... 42 
UNIDADE 11 .......................................................................................................................... 46 
UNIDADE 12 .......................................................................................................................... 51 
O Docente na Ação Construtiva do Projeto .................................................................... 51 
UNIDADE 13 .......................................................................................................................... 56 
Navegando nos Conceitos e Reflexões sobre Projetos e a Pedagogia de Projetos ... 56 
UNIDADE 14 .......................................................................................................................... 61 
Projetos e a Interdisciplinaridade .................................................................................... 61 
UNIDADE 15 .......................................................................................................................... 63 
Pedagogia de Projetos na EAD: uma alternativa? ......................................................... 63 
UNIDADE 16 .......................................................................................................................... 67 
 
 
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7
Viabilizando a Pedagogia de Projetos ............................................................................. 67 
UNIDADE 17 ..........................................................................................................................72 
UNIDADE 18 .......................................................................................................................... 75 
UNIDADE 19 .......................................................................................................................... 79 
UNIDADE 20 .......................................................................................................................... 83 
UNIDADE 21 .......................................................................................................................... 88 
Avaliação da aprendizagem na EAD ................................................................................ 88 
UNIDADE 22 .......................................................................................................................... 91 
Modalidades de Avaliação ................................................................................................ 91 
UNIDADE 23 .......................................................................................................................... 98 
A Avaliação na EAD .......................................................................................................... 98 
UNIDADE 24 ........................................................................................................................ 101 
Reflexões sobre A Avaliação na EAD ............................................................................ 101 
UNIDADE 25 ........................................................................................................................ 105 
Memorial da Avaliação na EAD ...................................................................................... 105 
UNIDADE 26 ........................................................................................................................ 110 
Passos para uma Avaliação Reflexiva .......................................................................... 110 
UNIDADE 27 ........................................................................................................................ 114 
Avaliação na EAD ............................................................................................................ 114 
UNIDADE 28 ........................................................................................................................ 116 
Contribuição dos Softwares para a Avaliação de Resultados na EAD ...................... 116 
UNIDADE 29 ........................................................................................................................ 121 
O Papel do Docente na EAD ........................................................................................... 121 
UNIDADE 30 ........................................................................................................................ 124 
Considerações Finais: .................................................................................................... 124 
GLOSSÁRIO ........................................................................................................................ 126 
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 127 
 
 
 
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8
UNIDADE 1 
Objetivos: Apontar conceitos pedagógicos e administrativos para o planejamento em EAD, 
fazendo uma aproximação entre duas áreas de análise, Pedagogia e Tecnologia; pilares dos 
cursos a distância contemporâneos. 
Planejamento 
No cotidiano, ações sem planejamento são as mais frequentes, 
ou seja, as ações, quase sempre, são sem um planejar 
conscientemente, inclusive porque se consegue antecipar 
resultados, já que o ser humano é capaz de reordenar e adaptar 
suas atividades ainda em curso. Porém, para situações mais 
complexas ou não familiares, que envolvem alto risco, alto custo 
ou parceria com alguém, por exemplo, o ser humano reflete a 
respeito e costuma agir de forma planejada. 
Nos cursos da EAD, há um processo educacional específico, bastante heterogêneo e de 
múltiplas dimensões onde, as novas tecnologias da comunicação contribuem para o sucesso 
do curso considerando o potencial humano envolvido. Nessas condições observa-se que o 
planejamento nos cursos em EAD, além de transmitir conhecimento, possibilita ao aluno a 
independência e individualização de sua aprendizagem; exercitando e desenvolvendo a 
autonomia do discente. Situação bastante propícia para a utilização das novas tecnologias 
da comunicação. 
Como definir Planejamento: 
O Planejamento na Administração 
A Previsão da Teoria Clássica da Administração de Henry Fayol (1930) é substituída na 
Escola Neoclássica, de Chiavenato (1983) pelo planejamento, na função de coordenar, 
comandar, organizar e controlar. 
 
 
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9
Assim, planejar é uma atitude que antecipa situações, a partir de contextos previstos, que 
permite decidir, de forma racional e objetiva, estratégias adequadas para seguir um eixo que 
orienta e mantém as referências de um processo de elaboração das diferentes atividades 
humanas. 
É pelo planejamento que se constrói um instrumento administrativo, que demanda tempo e 
muitas vezes dinheiro e que, por meio dele, propicia observar a realidade presente e projetar 
resultados futuros; elaborando os meios apropriados e redirecionando continuamente as 
etapas previstas anteriormente para alcançar alguns objetivos pré-definidos. 
Dessa forma, se pode entender o planejamento como um processo cíclico, ou seja, um 
processo contínuo que envolve interatividade e permanente análise de propostas, situações, 
soluções e resultados que, baseados na multidisciplinaridade, interferem nas tomadas de 
decisões. 
Na Educação é importante o planejamento; com a especificidade que essa área de 
conhecimento exige. 
 
 
 
O que é Planejamento??? 
É a definição das etapas e dos objetivos a serem 
 alcançados na execução de uma atividade. 
Como é 
hoje 
Como deveria 
ser “Gap Analisys” 
 
 
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10
O Planejamento na Educação 
Na Educação há muitos tipos de planejamento. Pode-se dizer que ele existe para preparar e 
aprimorar a ação educativa, antevendo o futuro e orientando seus atores na execução do 
ensino e da aprendizagem prevendo acompanhamento e promovendo avaliação das ações 
envolvidas no processo do planejamento em si. 
Com uma visão ampla, Padilha (2001) diz que: o planejamento é um processo de etapas 
bem definidas que procura o equilíbrio entre meios e fins, recursos e objetivos para melhorar 
o funcionamento das instituições e requer previsão daquilo que se necessitará; 
racionalização dos recursos; sejam eles materiais ou humanos, reflexão antes de qualquer 
tomada de decisão. Para que se concretizem objetivos em prazos anteriormente 
determinados, por meio de avaliações. Alguns deles são bastante específicos para seus 
contextos pedagógicos. 
Quando se pensa em planejamento curricular, fala-se de um planejamento que 
essencialmente orienta as experiências de aprendizagem oferecidas ao estudante por meio 
dos componentes curriculares e que pode ser definido como o "processo de tomada de 
decisões sobre a dinâmica da ação escolar. É previsão sistemática e ordenada de toda a 
vida escolar do aluno" (VASCONCELLOS, 1995, p. 56). 
Já o planejamento de ensino é específico para a prática docente que, como aponta Padilha 
(2001), envolve ações e situações de interação entre professor e alunos e entre os próprios 
alunos. 
Gandin (1994) aponta para o planejamento operacional que prioriza os meios, ou seja, que 
ressalta a técnica e os instrumentos que administram a execução das etapas do 
planejamento. Seja ele do caráter educacional que for. 
 
 
 
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11
UNIDADE 2Planejamento nos Cursos de EAD 
No âmbito da Educação, devido à natureza cada vez 
mais mutável do hoje, bem como às pressões da 
economia e dos mercados e ainda a rápida 
implementação de programas e cursos de Ensino a 
Distância, as definições do que constitui o ensino e a 
aprendizagem estão mudando (PALLOFF e PRATT, 
2001) 
O ensino no ciberespaço exige que se pense para além dos tradicionais modelos de 
Pedagogia, implementando-se novas práticas. Neste espaço, a Docência implica muito mais 
do que a tradicional sala de aula, com a transferência de conteúdos e verdades prontas. 
Diferentemente da relação face a face, manifestada na sala de aula convencional, na 
Educação a Distância, on-line, a atenção das ações devem ser dispostas também para o 
desenvolvimento do senso de comunidade no grupo de participantes do processo de 
aprendizagem. 
Ao falar em Planejamento, nos cursos de EAD, a ideia é de plano coerente, ordenado, 
sequencial e sistemático, apresentado pela Administração; com os objetivos, elementos e 
fatores que constituem a ação educativa apresentada pela Pedagogia. 
Na modalidade de EAD o planejamento deve ultrapassar a prática de organização de 
conteúdos de forma sequencial, articulando o contexto pedagógico com a importância do 
tema, com o perfil dos alunos e com os objetivos do curso. Dessa forma, não há fragmentos 
de conceitos ensinados. O que define a metodologia e a fundamentação teórica trabalhadas 
na elaboração do material didático de cada curso, com as especificidades de interatividade e 
dialogicidade encontradas nas aplicações dos meios disponíveis para a produção e 
 
 
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12
aplicabilidade de conhecimento. O que permite afirmar que os cursos de EAD caracterizam-
se por apresentar um processo de caráter educativo, indo além do instrutivo. 
O planejamento nos cursos de EAD foca o desenvolvimento das competências técnicas e 
profissionais, sem esquecer-se da dimensão humana. Tendo como principal desafio, diminuir 
a distância entre o virtual e o real. 
Logo, pode-se identificar as etapas do planejamento de um curso de EAD, de forma 
resumida, já que serão exploradas mais adiante nas próximas unidades, na seguinte ordem: 
 Concepção do curso. 
 Estruturação da equipe de EAD. 
 Elaboração do projeto pedagógico do curso. 
 Elaboração dos diferentes materiais didáticos. 
 Produção do curso com a integração dos materiais didáticos. 
 Implementação do curso. 
 Avaliação do curso. 
Como ação constante do planejamento tem-se a análise do mesmo, ou seja, o tempo todo se 
analisa o contexto pedagógico, o cronograma, as estratégias adotadas, as justificativas e os 
objetivos propostos, assim como, os recursos utilizados e se todo este conjunto atende as 
necessidades dos alunos. Essa análise traz dados e informações que permitem a avaliação 
global do curso, considerando cada uma de suas etapas. O que permite a readequação dos 
constituintes do planejamento, caso seja necessário, e promovem a realização e a gestão de 
cursos em EAD. 
Assim, o planejamento não acontece dissociado da avaliação e ambos consideram o perfil do 
aluno e suas expectativas. É dessa forma que se definem atividades individuais e coletivas 
que, articuladas aos objetivos educacionais, proporcionem atingir os resultados esperados no 
 
 
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13
sistema de ensino-aprendizagem, além de desenvolver competências colaborativas e 
solidárias. 
 
 
 Planejar significa construir uma ponte mental partindo de onde você está agora até onde 
deseja estar, quando tiver alcançado o objetivo 
O planejamento é um processo que deve estar presente em todas as atividades, 
direcionando o profissional nas suas ações. 
O planejamento tem como principal finalidade nortear e direcionar o profissional para a ação 
a ser desencadeada, assim, o ato de planejar, garante que a ação proposta seja objetiva, 
operacional, funcional, executável, contínua e produtiva 
Agora vá ao Fórum e expresse a sua opinião sobre a importância do Planejamento na 
Educação. 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 3 
Objetivo: Discutir sobre as tendências de EAD on-line 
Tendências de Cursos de EAD on-line 
O e-Iearning ou Educação pela internet é um mercado crescente no mundo, inclusive no 
Brasil. É uma tecnologia muito usada para treinamento de funcionários, nas mais diferentes 
áreas. O fato das empresas terem sido as primeiras a adotar este tipo de curso se explica na 
necessidade de atualização constante e no corte de custos com treinamento. 
Em um primeiro momento os cursos de EAD on-line, custavam muito menos que um 
treinamento presencial, eram autoinstrucionais, com os conteúdos todos publicados na 
internet e quase sem interatividade. Atendia a flexibilidade de tempo, espaço e ritmo do aluno 
e a avaliação se dava no próprio ambiente, com a correção feita por um software que 
apresentava o resultado na hora. 
Numa segunda fase, as preocupações pedagógicas passaram a ser o diferencial e o aluno o 
centro. As estratégias pedagógicas, as mídias articuladas ao processo de ensino-
aprendizagem e mais, interatividade com chats, fóruns e lista de discussão já são comuns 
nos cursos de EAD on-line. 
Para não fugir a regra, na Educação, mais uma vez em sua história, as coisas foram um 
pouco mais lentas. As primeiras experiências surgiram no atendimento e as áreas que 
apresentavam mais problemas eram as relacionadas transferências, dependências e 
reprovações de alunos. Os primeiros progressos foram as ofertas de disciplinas com parte da 
carga horária à distância. Hoje, com amparo legal, os cursos de graduação já podem ofertar 
disciplinas completas totalmente a distância e essa realidade, também, se faz presente em 
cursos de especialização, extensão, qualificação e de curta duração. 
 
 
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15
Com a possibilidade de aulas, com o uso de tele ou videoconferência, pela internet e com o 
apoio das mídias, hoje é possível elaborar uma proposta de curso, onde os próprios alunos 
definem o caminho e assim, encontram-se cursos prontos ou semiprontos, com atividades 
colaborativas. Acarretando uma aproximação cada vez maior entre empresas e 
universidades. 
Cabe ressaltar que as universidades públicas hoje são as detentoras do capital intelectual, 
consequência do incentivo a pesquisa, porém, são as empresas que possuem os recursos 
econômicos, a agilidade e o dinamismo. Juntas, numa sinergia impar, elas ganham com a 
tecnologia dos cursos EAD, principalmente on-line, que usam os Ambientes Virtuais de 
Aprendizagem. 
É verdade que a Internet ainda traz muito de texto e mídias já conhecidas, mas o avanço 
tecnológico permite a incorporação de mais inovações como: a TV interativa, a banda larga, 
os celulares e o acesso sem fio (wireless), só para citar alguns. 
O importante nos cursos de EAD, seja em instituições de ensino ou em empresas, é a 
organização do processo de ensino e aprendizagem. Essa organização está presente ao se 
planejar, desenvolver e executar o curso. Conhecer o púbico alvo, os alunos, desenvolver 
sua autonomia para aprendizagem, por meio de ações que promovam a interatividade e a 
colaboração, depende das estratégias pedagógicas e da forma como os conteúdos foram 
transpostos para as mídias que comporão o curso no AVA. 
Alguns estudos indicam que pessoas em período de formação alcançam o sucesso em 
cursos que combinam o presencial com EAD, como teleaulas ou videoconferências, com 
atividades individuais ou em grupo. No caso destas últimas, elas estimulam e motivam os 
alunos, ainda que sejam por chats, listas de discussão ou fóruns. 
Para pessoas com maturidade intelectual e com domínio tecnológico, cursos mais flexíveis e 
com menor tempo de interatividade simultânea, costumamser os mais apropriados, porque 
permitem a organização do tempo para aprendizagem enquanto trabalham, sendo a 
comunicação assíncrona a mais usada. 
 
 
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16
 
 Agora que você já teve uma visão geral sobre o planejamento e a sua importância na 
Educação a Distância on-line leia o texto complementar: Muito Além do Jardim de Infância - 
O desafio do preparo de alunos e professores on-line de autoria de Wilson Azevedo. 
 
 
 
 
 
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17
UNIDADE 4 
Objetivo: Identificar os diferentes modelos do processo de Planejamento em cursos de EAD 
Tendências dos cursos da EAD on-line I I 
 
O marco dos cursos de EAD, e principal característica, 
é a flexibilidade de espaço e tempo; o que exige do 
aluno uma postura mais participativa e da equipe 
pedagógica, um processo de acompanhamento que o 
motive continuamente, além, de avaliar se, e como, 
está ocorrendo a aprendizagem no ambiente virtual. 
Por isso os cursos de EAD devem ser avaliados 
constantemente em seus processos. Outra 
característica importante dos cursos on-line, é a 
proposta de ajuste de conteúdos e estratégias 
metodológicas, para atender os objetivos pedagógicos 
do curso, as carências e necessidades educacionais 
dos alunos. Ponto de partida para caracterizar o 
modelo de um curso de EAD. 
 
Modelos do processo de Planejamento em cursos de EAD 
São muitos os modelos metodológicos do processo de planejamento e construção de cursos 
on-line. Aqui, alguns serão abordados; como os de Willis (apud ASSIS, 2002), que afirma 
que a EAD deve apresentar conteúdos baseados e adaptados de acordo com as 
necessidades do aluno e deve ser composto por 4 etapas principais: 
 Design: determina necessidades, analisa a audiência e estabelece metas. 
 Desenvolvimento: cria linhas gerais do conteúdo, consulta materiais existentes, 
organiza e desenvolve o conteúdo, selecionar e desenvolve material e metodologia. 
 Avaliação: revisa as metas e os objetivos, desenvolver a estratégia de avaliação, 
coleta e analisa dados. 
 
 
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18
 Revisão: desenvolve e implementa o plano de revisão. 
 
Figura 1: Modelo de Desenvolvimento de Willis 
 
O modelo de Eastmond (apud BARCIA; RODRIGUES, 1998), apóia-se em três pontos. São 
eles: 
Diagnóstico: uso de questionários, entrevistas, pesquisa documental, observação 
participativa, grupos de discussão, envolvimento da comunidade. 
Desenvolvimento: após análise dos dados, selecionar a melhor alternativa que define o 
design e a produção de materiais do curso, seguido então para a implantação. 
 
 
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19
Avaliação: com ênfase no envolvimento da instituição, seleciona-se as estratégias das 
avaliações, formativas e somativas, e, após a revisão do curso, (re)inicia-se o ciclo. 
 
 
Figura 2 : Modelo de Desenvolvimento de Eastmond 
 
Por ser um modelo de desenvolvimento mais detalhado e possuir base teórica e 
metodológica atual e diferenciada para os cursos de EAD, se dará destaque para as 
contribuições das ideias de Moore e Kearsley no Ensino a Distância. 
 
 
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20
UNIDADE 5 
Objetivo: Discutir os princípios teórico-metodológicos de Moore & Kearsley 
Os Princípios Teórico-metodológicos de Moore & Kearsley 
Os princípios teórico-metodológicos propostos por Moore & Kearsley (apud COMASSETTO, 
2006) e Moore (apud AZEVEDO; OLIVEIRA, 2007, http://parcerias.wikispaces.com/; 
19/04/2008) são encontrados na Teoria da Distância Transacional que teve sua origem nas 
tentativas de enunciar uma teoria da Educação a Distância a partir da ideia da palavra 
“transação”. 
Esta teoria centra como principal característica e problemática dos cursos de EAD o grau de 
distância na interação, distância comunicativa ou psíquica, entre alunos e professores, 
diferente da distância física. Assim há uma troca de ideias, informações e conhecimentos 
entre professor e aluno e para que essa troca se dê de maneira equilibrada no enfoque 
pedagógico é preciso pontuar as dimensões que constituem essa teoria. 
O modelo apresentado por Moore e Kearsley (apud ASSIS, 2002 p. 54) é mais detalhado e 
tem maior número de etapas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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21
Tipo de Curso Design Implementação Interações Ambiente de 
Aprendizado 
 
- 
Necessidades 
dos Alunos 
- Design 
Instrucional 
- Impresso - Tutores - Trabalho 
- Filosofia da 
Instituição 
- 
Planejamento 
do curso 
- Vídeo/Áudio - 
Administração 
- Residência 
- Especialistas - Produção 
dos 
materiais 
- Televisão/Rádio - Colegas - Sala de Aula 
- Estratégia 
pedagógica 
- Estratégias 
de 
Avaliação 
- Softwares - Centros de 
Aprendizagem 
 - 
Videoconferência 
 
 - Redes de 
Computadores 
 
Figura 3. Modelo de Desenvolvimento adaptado de Moore e Kearsley. BARCIA; 
RODRIGUES, 1998. p. 08. 
 
 
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22
Para Moore e Kearsley (apud RODRIGUES, 1998) existem variáveis como filosofia, política e 
objetivos da instituição que já devem ser consideradas na primeira etapa, já que estarão 
presentes nos valores dispostos no curso e outras variáveis, ainda que extracurriculares, 
como a família, deveres e interesses sociais, a saúde e o trabalho que podem interferir no 
desempenho do aluno, porém há uma variável importante que se refere a estrutura dos 
programas educacionais, especificamente ao binômio flexibilidade – rigidez das estratégias 
metodológicas de ensino, desenvolvimento e adaptação dos objetivos e dos processos de 
avaliação aos objetivos dos alunos. A também outra variável que se refere ao diálogo que 
ressalta a qualidade da interação entre professor e aluno e estimula meio de comunicação 
que ajudem a diminuir a distância transacional. 
 
 
 
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UNIDADE 6 
Objetivo: Discutir os diferentes tipos de curso de EAD e suas implicações no Planejamento, a 
partir da análise de algumas variáveis. 
Para Moore e Kearsley o tipo de curso só é definido após o conhecimento do perfil dos 
alunos e análise das necessidades de aprendizagem dos mesmos, que deve ser atendida a 
partir dos princípios filosóficos da instituição. Além disso, é necessário saber e analisar a 
existência e disponibilidade de especialistas no mercado e como serão trabalhadas as 
estratégias pedagógicas, peculiares para essa modalidade de ensino. A seguir, como realizar 
esse processo da análise das variáveis que fazem parte do planejamento. 
 
Modalidade de curso e as variáveis no planejamento 
Para Belloni (1999) duas são as modalidades de curso: Educação Aberta e Educação a 
Distância. São diferentes e escolher uma delas depende do objetivo da instituição. 
A Educação Aberta (EA) considera os critérios de acesso ao sistema educacional e 
flexibilidade de tempo, espaço e ritmo, enquanto a Educação a Distância (EAD) usa de meios 
técnicos para a comunicação e há separação física entre professor e aluno. Ambas as 
modalidades podem existir de forma independente ou integrada. 
No Brasil, o interesse do aluno está no grau de empregabilidade que a certificação 
proporciona e as duas modalidades fazem uso intensivo de várias tecnologias como áudio, 
CD-ROM, Internet, material impresso, realidade virtual, vídeo. 
É importante ressaltar que os critérios definidos pelo MEC para avaliação de reconhecimento 
para certificação dos cursos nas IES na EA ou na EAD hoje, são iguais aos cursos de 
modalidade presencial e com esse rigor, evita-se modelos considerados de categoria inferior. 
Dessa forma, o aluno fica mais tranquilo em relação ao investimento em tempo e dinheiro, 
 
 
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para realizar um curso que atenda suas necessidades profissionais, aceito pelo sistema 
educacional vigente e reconhecido no âmbito social e profissional. 
Para Belloni (1999), hoje existem dois tipos de instituições consolidadas que oferecem 
cursos a distância: 
Instituições Especializadas – desenvolvem exclusivamente a EAD. Abrangem grande 
amplitude territorial, em geral são em nível nacional e têm orçamento próprio e independente. 
Emitem certificados com o mesmo valor formal e legal das IES, que oferecem cursos na 
modalidade presencial. 
Instituições Integradas – desenvolvem cursos na modalidade presencial, mas atuam também 
na EAD. 
As variáveis: 
Porter (1996) ao abordar o processo de planejamento de cursos, através do uso de meios 
tecnológicos considera algumas variáveis: 
 Público: conhecer o perfil cultural, social e econômico dos alunos, assim como suas 
expectativas e necessidades auxiliam na seleção dos métodos e recursos 
tecnológicos mais adequados. 
 Conteúdo adequado: um conteúdo que atenda às necessidades do aluno pode 
superar as deficiências tecnológicas e para isso, é importante que a apresentação da 
informação se dê de diferentes maneiras; fato este que deve ser considerado no 
planejamento, desenvolvimento e avaliação do ensino. Neste sentido, vale ressaltar 
que uma equipe multidisciplinar pode proporcionar distintos enfoques e realidades 
profissionais na elaboração das atividades ofertadas ao aluno, ajudando-o a superar 
possíveis problemas psicológicos, sociais e técnicos. 
 Meios tecnológicos: é necessário considerar acessibilidade física e temporal, 
compatibilidade entre conteúdo e recurso tecnológico e custo. O tipo e o objetivo do 
 
 
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curso em geral determinam a tecnologia mais adequada. As mais utilizadas são a 
internet, material impresso, vídeo, videoconferência, videoaula e teleconferência. 
 Fases de implementação e controle: registro e controle das informações dos alunos 
que podem ser: nível de satisfação com o curso, qualidade dos meios pedagógicos e 
metodológicos entre outros, auxiliando na validação do modelo do curso. 
 
Modelos de Cursos 
Há alguns componentes que são comuns nos cursos de modalidade presencial e na EAD. 
São eles: 
 Apresentação do conteúdo; 
 Atividades práticas 
 Interação com professores, alunos através dos meios tecnológicos 
 Suporte pedagógico e logístico 
 Avaliação 
De acordo com o Institute for Distance Education (IDE, 1997) os cursos a distância podem se 
apresentar como: 
 Classe distribuída pelo uso das novas tecnologias de informação e comunicação.: O 
curso que se baseia em sala de aula pode ser expandido para outros locais com o 
controle do ritmo e do lugar realizado pelos professores da instituição. 
 Aprendizado independente: O aluno recebe o material para estudo individual e o usará 
para estudar sem que se determine lugar e se estabeleça um horário. O 
acompanhamento pedagógico se dará por alguém indicado pela instituição. 
 
 
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 Aprendizado independente + aula: além do material que o aluno recebe para estudo, 
também há encontros presenciais ou uso de mídias interativas, para troca entre 
professores e colegas. 
Segundo o IDE, as etapas de um planejamento básico para um curso a distância são: 
 Suporte Logístico: refere-se à distribuição de materiais; independente da mídia, 
estrutura de avaliação de aprendizagem, ressarcimento aos professores e equipe de 
suporte dos custos com comunicação ou deslocamento para atendimento aos alunos. 
 Suporte aos Alunos: acesso a bibliotecas, atendimento individual para o aluno, acesso 
a; laboratórios e equipamentos de informática além da orientação acadêmica. 
 Suporte aos Professores: treinamento da tecnologia e metodologia do curso, 
reconhecimento financeiro e/ou acadêmico do trabalho em EAD; assessoria de 
especialistas na produção de materiais e acesso ás ferramentas apropriadas; seleção 
e contratação de bons professores. 
 Avaliação de Processo: o suporte técnico deve ser avaliado tanto pelos professores 
como pelos alunos. A avaliação do desempenho dos professores deve ser adequada 
e ser distinta dos outros sistemas de suporte ao aluno. Deve-se avaliar também o 
suporte ao professor e o treinamento oferecido à este. 
 Laboratório: este espaço poderá ser usado para desenvolvimento de mídias para uso 
individual, videoconferência, gravação e edição de questões ou simulações como 
também para encontros presenciais com equipamento adequado. 
Sendo assim, para planejar um ambiente de Educação a Distância e torná-lo viável é 
necessário ter domínio e embasamento de múltiplas variáveis que considerem o modelo de 
curso oferecido e a identidade filosófica da instituição, usando de estratégia pedagógica 
adequada e assim atender as necessidades e anseios dos alunos. 
 
 
 
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Agora que você já teve a oportunidade de entender os aspectos e as variáveis do 
Planejamento em Educação a Distância, resolva a lista de exercícios 1 no “link” 
ATIVIDADES. 
 
 
 
 
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UNIDADE 7 
Objetivo: Conceituar Sistema de Gerenciamento de Ensino a Distância e explorar os 
componentes que o compõe. 
Ao se definir o design de um curso a distância 
depara-se com as dificuldades da falta de integração 
e compatibilidade entre os materiais desenvolvidos e 
o gerenciamento necessário das informações virtuais 
disponibilizadas. Para resolver esta situação deve-se 
criar um sistema de gerenciamento próprio para o 
contexto do Ensino a Distância. Este sistema na 
verdade é um conjunto de ferramentas para: administração, manipulação de textos e 
gráficos, acompanhar o desenvolvimento do aluno como avaliações, trabalhos extraclasses, 
avaliações além de outras exigências do ambiente de ensino. 
 
Sistema de Gerenciamento de Ensino a Distância e o Sistema de Software 
Um sistema de software para este tipo de gerenciamento é composto por: 
 Banco de dados: responsáveis em armazenar as informações relacionadas ao 
ambiente de ensino e aos usuários como os alunos e professores. 
 Controle de mensagens: administram o tráfego das mensagens das diferentes caixas 
postais e o endereço de correio eletrônico de cada usuário. 
 Servidores: são os responsáveis pela manutenção e controle da comunicação entre os 
diversos computadores da rede. 
 
 
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29
 Tutores inteligentes: incluem funções especiais para acompanhar a evolução e o 
desenvolvimento do aluno, usando para isso de características pessoais de cada 
aluno. Está baseado nos conhecimentos da Inteligência Artificial. 
As interfaces precisam ser integradas para facilitar a disponibilização de serviços básicos e 
assim o sistema de gerenciamento deve dar condições para acesso à: 
 Acompanhamento do progresso e do desenvolvimento dos alunos. 
 Administração de material avaliativo como exercícios, provas e testes que alimentam o 
banco de dados. 
 Auxílio aos professores no registro de aulas e notas e aos administradores na 
atualização dos relatórios do andamento das atividades. 
 Comunicação entre professor/aluno, aluno/aluno, instituição/professor, 
instituição/aluno, etc. 
 Conferência por áudio e/u vídeo. 
 Controle e organização dos conteúdos, reunindo as informações dispersas. 
 Correio eletrônico para comunicação 
 Criação e edição de páginas em HTML, sem a necessidade do domínio desta 
linguagem, podendo ser usada ferramentas que apresentam tutores assistentes. 
 Edição colaborativa de documentos. 
 Links para informações que se relacionam e se completam em outros pontos do 
ambiente web. 
 Material multimídia como animação, hipertexto,imagens, som, vídeo, arquivos em 
Power Point, planilhas eletrônicas e outras mídias que podem estar agrupados em 
uma página da internet e acessados remotamente em casa, sala de aula ou 
laboratórios. 
 
 
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 Mural de avisos dos professores aos alunos para indicação de tarefas e de trabalhos 
cooperativos. 
 Páginas pessoais de alunos e professores. 
 Salas de bate papo virtual (chats) e fóruns de discussão. 
 A integração entre o sistema de gerenciamento e o banco de dados também é 
importante e deve garantir: 
 Autenticação de acesso dos alunos. 
 Atualização automática da vida acadêmica dos alunos como notas e frequências. 
 Criação e manutenção de turmas virtuais. 
 
Principais Ferramentas de um Sistema de Gerenciamento de Ensino a Distância 
 Avaliação on-line 
É uma ferramenta que permite verificar o desempenho do aluno. Em geral os sistemas 
selecionam automaticamente as questões que estão em um banco de dados e geram o 
teste que em função das respostas dos alunos, fazem o cálculo automático das notas. Há 
sistemas, que os testes são vinculados ao conteúdo e permitem ao professor detectar 
pontos que precisam ser revistos e assim realimentados de informação, o que leva a 
possíveis adequações do currículo. 
 Bibliotecas Digitais 
É um sistema que une a tradição de busca, classificação e divulgação do conhecimento 
com a tecnologia da internet. Apresenta mecanismos automatizados de indexação e de 
busca de informações através de palavras-chave. 
 
 
 
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 Facilidades de Interação 
Em geral os sistemas atendem 3 níveis de interação: alunos com conteúdo; alunos com 
professores e alunos com alunos. 
Os sistemas preveem o uso de correio eletrônico com conteúdos que podem variar desde 
mensagens simples até páginas de textos e trabalhos desenvolvidos. Também 
consideram o uso dos fóruns de discussão que, por apresentarem caráter assíncrono de 
comunicação, têm sua aplicação na troca de mensagens que são visualizadas de forma 
organizada e hierárquica. Além do correio eletrônico e dos fóruns existem as salas de 
bate papo que tem o seu diferencial na comunicação síncrona que dinamiza a discussão 
entre os participantes. 
 Trabalho Cooperativo 
São os recursos de rede que são usados para interação entre alunos e professores. 
Essa interação pode ser síncrona, ou seja, a comunicação se dá em tempo real e 
simultânea ou assíncrona que é a comunicação entre os participantes em momentos 
diferentes. Há também a possibilidade de visualizar, adicionar e editar o material 
compartilhado. Sistemas que apresentam esses serviços em uma única interface 
costumam ser mais eficientes. 
O uso de Sistemas de Gerenciamento na Educação a Distância é um elemento da tecnologia 
que promove o ensino centrado no aluno, na sua participação ativa, na aprendizagem 
colaborativa tendo o professor o papel de facilitador deste processo. Por serem navegáveis 
em ambiente web e fáceis de serem usados, são familiares aos alunos e professores; o que 
reduz o tempo e custo de treinamento. 
Para se desenvolver os conteúdos do material instrucional, com base em um Sistema de 
Gerenciamento, o ideal é usar a hipermídia simples, que pode ser criada, em pouco tempo, 
por pessoas com conhecimentos básicos de informática. Também se pode recorrer ao 
ambiente de rede e explorar o uso de links. Nessa proposta, os sistemas oferecem maior 
facilidade de edição, atualização e disseminação das informações. 
 
 
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O padrão de acesso, através de protocolos de comunicação da internet, facilita ao usuário o 
acesso ao sistema de gerenciamento. 
O importante é saber que; qualquer que seja o sistema de gerenciamento, ele deve permitir 
ao professor controlar, analisar e ajustar todo o processo de ensino-aprendizagem. Além de 
interligar as pessoas que fazem parte deste processo, permiti atualizações que sustentem e 
facilitem distintas estratégias de ensino com flexibilidade de desenvolvimento e distribuição 
do material instrucional. 
 
 
 
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UNIDADE 8 
Objetivo: Conhecer os profissionais envolvidos na criação do ambiente de EAD e os 
possíveis tipos de usuários deste ambiente. 
A criação do ambiente do sistema de gerenciamento em EAD se 
constitui basicamente no desenvolvimento do design. É realizado 
por um provedor de EAD que conhece os princípios pedagógicos 
e os fundamentos tecnológicos da instituição. Aproveita-se então 
do potencial das TICs, somado ao conhecimento de uma equipe 
especializada no aprendizado pelas novas tecnologias, para se 
definir o design educativo e o design computacional. Dessa forma, 
é importante a participação de uma equipe multidisciplinar para a construção e 
desenvolvimento deste ambiente. 
 
Equipe multidisciplinar no desenvolvimento de ambiente EAD 
Designer Educativo 
O papel do designer educativo é coordenar todo o trabalho de criação do ambiente EAD. Ele 
é responsável pelo planejamento, desenvolvimento, seleção e acompanhamento de 
métodos, técnicas e atividades de ensino que facilitem a aprendizagem. 
É o designer educativo que pensa a arquitetura pedagógica do ambiente com base: na 
estrutura de ensino da disciplina, no contexto educativo do ambiente, nas definições das 
estratégias pedagógicas e nas definições do conjunto de ações para implementação. Para 
tanto considera: 
 Contexto do ambiente: define-se o público alvo, a área de conhecimento, a subárea, 
os objetivos e conteúdo. 
 
 
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 Estratégias pedagógicas: define-se como se apresentarão os conteúdos e o modo de 
intervenção pedagógica. Como estratégias mais comuns se têm: apresentação e 
demonstração de assuntos, resolução de problemas, respostas e avaliação dos 
alunos. 
 Definição do conjunto de ações: implementa-se as estratégias com a execução das 
atividades em diferentes graus de interação, que podem ser síncronas ou 
assíncronas, como: perguntar, usar gráficos, exemplificar e disponibilizar textos. 
 As estratégias de ensino em EAD: devem atuar de forma macro e sistêmica durante o 
processo de aprendizagem. Isso pode se dar através de conteúdo texto, exercícios 
com respostas, figuras, gráficos, índices, perguntas e outras táticas. 
Assim o ambiente de aprendizagem produzido se apresentará motivador e interativo, já que 
provocará no aluno o exercício do pensar analítico e crítico em situações reais onde o 
conhecimento adquirido possa ser aplicado e transcender das representações para a 
realidade. Além disso, tem como suporte as intervenções do professor que quando 
necessárias, possibilitarão ao aluno novas estratégias. 
 
Designer instrucional 
Este profissional projeta o ambiente virtual a partir do domínio das metodologias das teorias 
de ensino e aprendizagem aplicadas nas tecnologias educacionais. 
Seu papel é ajudar as pessoas através de uma variedade de métodos e formas, a aprender e 
desenvolver competências. Dessa maneira contribui na definição de quando usar - ou não 
usar - cada um destes métodos. 
 
 
 
 
 
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Conteudista 
Profissional que domina o conteúdo do curso e trabalha de forma integrada com o designer 
instrucional. Em geral é um professor ou especialista, mestre ou doutor, com experiência nas 
disciplinas de estudo do conteúdo. O material produzido pelo conteudista deve refletir seu 
saber, mas também as necessidades do projeto de EAD ao qual está inserido. 
 
Designer gráfico 
São os produtores de mídias que, a partir das ideias do designer instrucional e do 
conteudista, desenvolve o material educacional e define o tipo de mídia que deve ser usada 
para cada situação.Como especialistas tem-se: 
 
Webdesigner 
Concebe e produz o site, dá identidade visual, mantém as páginas atualizadas, digitaliza e 
trata as imagens e é responsável pela diagramação e animações. 
 
Programador web 
Concebe e projeta as aplicações no ambiente Web além de: desenvolver, codificar, testar e 
documentar as aplicações que tratam automaticamente a informação. 
 
Animador em computação gráfica 
Planeja, cria os roteiros e projeta as animações por computação gráfica e outras mídias. 
 
 
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A construção desse ambiente deve atender os objetivos pedagógicos, as expectativas do 
público alvo, assegurando qualidade da aprendizagem, indo de encontro aos anseios de 
todos os tipos de usuários. Mas quem são eles? 
 
Tipos de Usuários 
Administrador geral 
Responsável pela administração geral do ambiente virtual. Pode trabalhar com 
administradores auxiliares. Define para categoria de usuário seus direitos 
administrativos e espaço de acesso no ambiente do curso. 
Administrador auxiliar 
Tem todos os direitos de acesso que o administrador geral, com exceção de desativar 
o administrador geral ou outro administrador auxiliar. 
Professor 
São vários tipos de professor que podemos encontrar. São eles: 
Autor 
Cria cursos, edita conteúdos além de ativar salas de aulas virtuais e definir os 
tutores para cada uma. 
Editor 
Edita o conteúdo dos cursos e administra a tutoria dos mesmos, mas não tem 
direito administrativo de criar salas virtuais ou ativar tutores. 
Tutor 
Administra as rotinas de tutoria dos cursos como atribuir nota às tarefas dos 
alunos, monitorar a realização de tarefas, além de facilitar e mediar os fóruns. 
 
 
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Não tem o direito administrativo de alterar o curso, criar salas virtuais ou ativar 
outros tutores. 
Estudante 
Desde que inscrito no curso, participa do mesmo com direito de acesso ao conteúdo 
do e das atividades pedagógicas como: questionários, enquetes, resumos, fóruns, 
entre outras. 
Visitante 
Há espaços de acesso ao ambiente virtual que permitem ao visitante acompanhar e 
conhecer um pouco do conteúdo, da metodologia usada, da interatividade, enfim da 
estrutura e dinâmica do curso EAD. 
 
 
 Nesta unidade foram abordados os componentes da Equipe Multidisciplinar no ambiente de 
desenvolvimento de EAD. Você já teve a experiência num desses papéis? Relate a sua 
percepção no Fórum correspondente. 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 9 
Objetivo: Conhecer e compreender os indicadores de qualidade em cursos EAD e o Sistema 
de Gerenciamento de EAD do ponto de vista Pedagógico. 
Para se atingir um padrão de excelência em um ambiente virtual voltado para a Educação é 
preciso refletir sobre a qualidade dos cursos em EAD que se quer oferecer e observar quais 
os aspectos a serem considerados para garantir a qualidade do processo de ensino e 
aprendizagem no meio digitalizado. 
Para Demo (1994) qualidade é a representação do desafio de humanizar a realidade e por 
meio da sociedade estabelecer valores e fins que sejam desejáveis, necessários e éticos do 
ponto de vista do desenvolvimento humano, sendo a educação e o conhecimento sua base 
principal. Assim, a busca de indicadores de qualidade em cursos de EAD na verdade é um 
compromisso de todos aqueles que creem em um trabalho responsável que envolve o 
desenvolvimento social, principalmente do aluno, sujeito ativo dos processos de 
aprendizagem que no caso de EAD se dá de forma bastante peculiar. 
Na Conference Board of Canadá (1991) foram identificadas as competências essenciais para 
os profissionais do Século XXI. São elas: atitudes positivas; autoaprendizado; ler, escrever, 
falar e ouvir; ética; flexibilidade às mudanças; pensamento crítico, lógico e numérico; 
relacionamento interpessoal; responsabilidade; trabalho em equipe; solução de problemas e 
busca de informação. 
O ambiente virtual voltado para o ensino e aprendizagem precisa então integrar: pesquisa, 
navegação, compreensão da informação, aplicação do conhecimento e desenvolvimento das 
competências do profissional que se quer hoje. 
Aspectos como infraestrutura tecnológica adequada, coerência entre objetivos propostos e o 
desenvolvimento do curso, gestão de recursos humanos, atuação dos professores, 
 
 
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apresentação e nível de conteúdo dos materiais didáticos digitalizados, são pontos que 
apresentam, em geral, muito descontentamento para os alunos. 
Como exemplo, o Canadá elaborou um guia de cursos e programas virtuais com suas 
características e indicadores de qualidade. De forma esquemática, encontra-se em ordem de 
importância: 
 
Vale esclarecer que; como segundo item mais importante para se avaliar a qualidade de um 
curso EAD, os processos de ensino e aprendizagem incluem: a avaliação dos processos, o 
suporte do sistema e o uso dos recursos de tecnologia de informação e comunicação. 
 
Indicadores de qualidade para ambientes de cursos EAD 
Como parâmetro de qualidade deve-se estabelecer alguns critérios, considerados 
fundamentais para os cursos de EAD. Entre eles destacam-se: 
 
- Acessibilidade 
O ambiente deve apresentar conteúdo rico em informação, acessível, interface 
amigável e de alto nível de interatividade. Neste item interface, deve-se prestar 
atenção para que esta não esteja dissociada da proposta pedagógica. O mais 
 
 
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importante é que o acesso de todos esteja garantindo, permitindo ao usuário, seja qual 
for, usar qualquer ferramenta para entender e interagir com os conteúdos do curso. 
- Clareza 
A apresentação visual do ambiente virtual e a estrutura que a informação é transmitida 
são de extrema importância, pois a aquisição dos conhecimentos e a, conseqüente, 
aprendizagem dependem muito da clareza e a concisão do material didático 
produzido. Assim, deve-se ter especial cuidado na seleção e organização de 
conteúdos, que devem estar adequados a proposta pedagógica que fundamenta o 
curso, na criação das atividades de estudo e de avaliação de aprendizagem. 
- Consistência 
O curso de EAD deve apresentar consistência teórica didática, ou seja, as aulas 
deverão apresentar objetivos pedagógicos que possam ser alcançados com o suporte 
dos conteúdos selecionados e com avaliação de aprendizagem coerente com as 
atividades propostas. Isto significa que há uma uniformidade nas respostas originadas 
em situações de interação. 
- Eficiência 
O acompanhamento do acesso do aluno no ambiente do curso de EAD já pode ser 
considerado· um indicativo de eficiência, quando este ambiente oportuniza reflexão 
sobre os progressos atingidos pelo mesmo. É assim que se verifica como os 
conteúdos estão integrados com as atividades e avaliações que levem ao 
aprofundamento da compreensão do assunto e como o aluno, sujeito da 
aprendizagem, aplica seus novos conhecimentos na realidade. 
Isto significa analisar todas as ações que envolvem o curso de EAD, desde o 
planejamento até sua execução, embutido aí o atendimento das demandas dos vários 
tipos de usuários. 
 
 
 
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- Flexibilidade 
As ferramentas que se encontram nos ambientes virtuais são muito vantajosas quando 
se trata da independência de tempo e espaço, ponto-chave hoje nos cursos de EAD. A 
questão aqui, porém é a flexibilidade das estratégias didáticas que devem ser 
adaptáveis para atender o aluno para que ele possa aprender em seu próprio ritmo, 
com os recursos que melhor se ajustem ao sue processo único de aprendizagem. 
- Quantidade adequada de links 
É muito importante que se use de elementos de mídia distintos, que motivem e 
favoreçam o envolvimento do alunono desenvolvimento dos conteúdos, durante o 
processo de aprendizagem. Assim a interatividade atingida, pela aplicação dos 
recursos multimídias, deve ser muito bem explorada, já que pelo seu caráter não 
linear, promove uma atitude investigativa, mas que se for de apelação de extrema 
ludicidade pode, em vez de ajudar, distrair e tirar o foco do objetivo pedagógico 
proposto. 
 
Os indicadores aqui apresentados são alguns a serem observados. Como essa abordagem 
está voltada para ambiente de cursos em EAD, há uma dinâmica a ser considerada, própria 
da característica dos ambientes virtuais. Isso significa que as reavaliações devem ser 
contínuas para constante ajuste das ações que compõem a implementação de um curso on-
line. 
 
 
 
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UNIDADE 10 
Objetivo: Conhecer e compreender os indicadores de qualidade em cursos EAD e o Sistema 
de Gerenciamento de EAD, do ponto de vista pedagógico. 
Indicadores de Qualidade e o Sistema de Gerenciamento de EAD: sob o olhar 
pedagógico. 
Para aprofundar um pouco mais sobre os indicadores de qualidade deve-se retomar o que foi 
anteriormente explorado na unidade sobre Sistema de Gerenciamento de EAD, porém 
enfatizando a reflexão pedagógica que permeia todo o desenvolvimento do ambiente virtual 
para cursos de EAD. 
Como primeiro critério para escolha do SG tem-se a concepção epistemológica, isto é, a 
crença de como se dá a aprendizagem, o desenvolvimento e a aquisição do conhecimento 
pelo sujeito. 
Segundo Okada & Santos (2003) há SG que podem ser instrucionistas, interativos e 
colaborativos. Se instrucionistas, o centro é o conteúdo e isso pode ser verificado pelo 
material que pode ser impresso e pelo tipo de suporte oferecido pelos tutoriais ou formulários 
enviados por e-mail; com o mínimo de interação e participação on-line do aluno. Já o SG 
interativo tem como objetivo a interação on-line com o máximo de participação do aluno. Em 
geral, os materiais são desenvolvidos durante o curso, já que considera as expectativas e 
opiniões dos participantes. Há liberdade de escolha do material desejado e de 
interpretação, vinculado à responsabilidade que cabe ao aluno no decorrer do curso. 
As atividades se organizam em áreas de interesse e profissionais convidados podem 
participar. Sem dúvida que a participação do professor é mais intensa nesse SG. 
Se a concepção epistemológica é cooperativa, o trabalho é colaborativo e se dá pela 
participação on-line, isto significa que o processo de comunicação e interação é 
 
 
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muito ativo. Há grande comunicação on-line entre os participantes, dando um ritmo 
bastante dinâmico para o curso, sendo o sujeito o centro do processo de aprendizagem. 
Entre os SG mais usados tem-se AulaNet, DotLRN, Intralearn, Moodle, Teleduc, Webaula 
e Webensino. A tabela abaixo apresenta algumas informações sobre estes Sistemas de 
Gerenciamento de EAD. 
Plataforma 
Virtual 
Principais Características Concepção ou 
Abordagem Pedagógica 
Forma de 
Distribuição 
Código 
Aberto 
AulaNet Independência de “expertise”: 
o autor do curso não precisa 
ser um especialista em 
Internet; 
Interatividade: o autor do 
curso deve enfatizar a 
interatividade de forma a 
atrair a participação intensa 
do aprendiz; 
Reutilização: o ambiente 
possibilita a reutilização de 
conteúdos já existentes em 
mídia digital, através, por 
exemplo, da importação de 
arquivos 
Não apresenta Gratuito / 
Livre 
Não 
DotLRN Possui arquitetura escalável, 
modularizada e extensível, foi 
desenvolvido para suportar 
comunidades on-line em 
Não existe claro uma 
Definição de 
Abordagem pedagógica. 
Gratuito/Livr
e 
Sim 
 
 
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44
situações de ensino, 
pesquisa, administração e 
redes sociais. 
A escolha é feita pelos 
professores e 
desenvolvedores dos 
cursos e não do 
ambiente virtual. 
Intralearn Interatividade e colaboração 
a partir de um conjunto de 
ferramentas e recursos 
digitais. 
Não apresenta Comercializ
ado 
Não 
Moodle Promove uma Pedagogia 
Social Construcionista; 
Adequado para aulas 100% 
on-line; 
Fácil de instalar em qualquer 
plataforma que suporte o 
PHP; Independência total 
da base de dados. 
Construtivismo 
Construcionismo 
Construtivismo 
social 
Conectado e 
separado 
Gratuito/Livr
e 
 
Sim 
TelEduc Facilidade de uso; 
Flexibilidade quanto ao modo 
de usar o ambiente; 
Conjunto enxuto de 
funcionalidades. 
Resolução de 
problemas, interação e 
a colaboração 
(Construtivismo, 
Interacionismo e 
Gratuito/Livr
e 
 
Não 
 
 
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Construcionismo) 
WebAula Estrutura modular e 
compõe-se de módulo de 
sala de aula, tutoria, 
administrativo, 
coordenação e ecommerce 
Não apresenta Comercializ
ado 
Não 
WebEnsin
o 
Modelos flexíveis de 
implantação, personalização, 
integração com outros 
sistemas, multiplataforma, 
multilínguas e compatível 
com os padrões 
internacionais SCORM e 
AICC. 
Não apresenta Comercializ
ado 
Não 
Tabela 1: Características e informações das plataformas virtuais adaptada de Comassetto, 
2006. p 41 
Ao se analisar e relacionar os indicadores de qualidade com as características dos diferentes 
SG pode-se afirmar que, o que de fato traz diferencial nos cursos EAD é a concepção 
pedagógica. Indo mais além, a importância da equipe multidisciplinar, que na soma das 
especializações de cada profissional envolvido, amplia as possibilidades, olhares e práticas 
da didática encontrada nos cursos de EAD que usam as tecnologias da informação. 
Com o conhecimento desenvolvido até o momento já há condições de se compreender como 
se dá o desenvolvimento do ambiente de EAD. 
 
 
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UNIDADE 11 
Objetivo: Discutir a elaboração do Projeto Pedagógico como fator de identidade de um 
ambiente de EAD. 
Para se atingir um padrão de excelência em um ambiente virtual voltado para a Educação é 
preciso refletir sobre a qualidade dos cursos EAD que se quer oferecer e observar quais os 
aspectos a serem considerados para garantir a qualidade do processo de ensino e 
aprendizagem no meio digitalizado. 
Um curso on-line, como já foi dito anteriormente, deve ter claro sua proposta pedagógica, 
porém a peculiaridade que envolve o espaço virtual traz a necessidade de mudanças de 
paradigmas no modo de pensar, elaborar e aplicar um projeto pedagógico. 
 
A necessidade da construção de Projeto Pedagógico em EAD 
Projeto Político Pedagógico Institucional em EAD 
Em uma empresa o projeto pedagógico de EAD é um investimento para médio e longo prazo, 
que beneficia a organização e os indivíduos que dela participam. 
A instituição ganha com a diminuição dos espaços vazios de competências, espaços estes 
que acabam por se relacionar com estratégias e diretrizes organizacionais, promovendo, 
portanto a democratização do conhecimento para todos os envolvidos neste processo. Para 
os funcionários, o ganho se verifica na velocidade do desenvolvimento profissional que o 
contexto da organização proporciona. 
São três as etapas que devem ser observadas na implantação do Projeto Pedagógico para 
EAD em uma instituição. São elas: 
 
 
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1. Introdução: é preciso adquirir competências pra atuar internamente com EAD e criar na 
instituição o espaço para isto. Como dificuldades encontradas nesta etapa têm-se: o 
desconhecimento sobre EAD pelas pessoas, resistência e descaso para o que se 
desconhece, principalmente, para o pessoal interno; restrições de investimento, pouca, ou 
nenhuma, infraestrutura técnica e gerencial quesustentem o projeto. 
2. Difusão: fase de institucionalização do projeto, ou seja, é o momento que se organiza e 
se prepara a instituição e seus funcionários para a execução do projeto. Ainda é possível 
nesta etapa encontrar resistências, mas em geral são decorrentes de conflitos de 
distribuição de poder entre as distintas áreas de atuação na empresa. Além disso, a 
infraestrutura ainda pode apresentar problemas o que pode levar a situações de 
centralização e excesso de burocratização. 
3. Consolidação: nesta etapa há a expansão da EAD na organização e resistências pontuais 
ainda podem ser encontradas. E preciso atentar para que a falta de recursos para a 
manutenção das ações na implantação do Projeto Pedagógico em EAD não ponha tudo a 
perder. 
E importante que a empresa tenha em seus principais líderes, consciência das dificuldades e 
da sua parcela de responsabilidade para o sucesso do projeto político institucional criado. 
 
Projeto pedagógico de um Curso 
Como um desenho de um plano, o Projeto Pedagógico de um curso deve apresentar unidade 
e estar coerente com o Projeto Pedagógico da instituição. 
Nele, encontra-se o delineamento do material didático a ser produzido e as ferramentas 
tecnológicas do ambiente EAD que serão usadas na mediação com o aluno como proposta 
de solução educacional. 
 
 
 
 
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Para elaborar então um Projeto Pedagógico em EAD considera-se: 
 Público alvo: perfil, necessidades e expectativas 
 Seleção de conteúdos: objetiva atender o desenvolvimento de competências 
necessárias 
 Meios tecnológicos e suporte técnico: escolha do meio mais apropriado para o 
desenvolvimento das competências, da especificidade do conteúdo e da 
acessibilidade dos participantes. 
 Avaliação contínua de aprendizagem: seleção de ferramentas de acompanhamento, 
inclusive a tutoria. 
 Estratégias e táticas de interatividade e interação: escolha de instrumentos e canais 
que se integrem e facilitem o processo de aprendizagem. 
 Avaliação do projeto: identificação da metodologia e instrumentos para a avaliação do 
projeto, desde sua concepção, passando pela implementação até os resultados 
atingidos pelos alunos e pela organização. 
Pode-se afirmar então que: A necessidade da construção de um Projeto Pedagógico em 
EAD se justifica no exercício da interação entre a equipe multidisciplinar, que acaba por dar 
identidade à organização e ao curso, já que ele possibilita a intervenção positiva, a 
participação espontânea, o prazer e a responsabilidade da (co)autoria; numa verdadeira 
construção coletiva de conhecimento. 
A partir dessa fase é que se determina a escolha do Sistema de Gerenciamento e as 
ferramentas que irão mediar o processo de ensino e aprendizagem, reconhecendo que 
apesar de se desenvolver atividades colaborativas, o conhecimento passa a ser apreendido 
de forma mais individual. 
Diante deste novo cenário, aspectos teóricos e práticos dos projetos pedagógicos em cursos 
EAD são (re)conceituados e, nessa nova perspectiva assumem o nome de Desenho 
Pedagógico. 
 
 
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Desenho Pedagógico 
É um novo termo conceitual do processo de ensino e aprendizagem e pode ser explicado 
como a sistematização do uso de procedimentos, estratégicas didáticas e metodologia que 
resultam em uma aprendizagem eficiente e produtiva. Em ambientes virtuais há algumas 
adaptações com a inclusão de novos componentes como: 
a) análise da base de conhecimento sobre as teorias da aprendizagem e das teorias 
instrucionais, b) desenho da estrutura de referência usado para o contexto, grupo alvo e 
conteúdo similar c) agrupamento de regras ou procedimentos válidos para regularizar e 
realizar o processo e o produto do desenho (LOWYCK apud COMASSETTO, 2006 ). 
Comassettto (2006) também apresenta os desenhos pedagógicos mais encontrados já sob 
este novo modelo de ensino que usa das tecnologias nos processos de ensino e 
aprendizagem. 
 
- Instruction System Design - ISO 
Conhecido como Design Instrucional, é um modelo mais voltado para treinamento que 
facilita a maneira de ensinar e aprender. Sua metodologia está voltada para 
planejamento e programas de capacitação. Definido como modelo de enfoque 
sistêmico, apresenta cinco fases de trabalho: Análise, Design, Desenvolvimento, 
Implementação e Avaliação. A qualidade de seu resultado depende mais dos 
conhecimentos básicos e conceituais das pessoas que o utilizam. 
- Cognitive Instructional Design - CIO 
Esse modelo proporciona ao aluno aprendizagens significativas através de: 
experiências, estímulos externos e por processos de autorregulações dos alunos, isto 
é, o aluno se autocontrola e há uma intensificação das atividades mentais, fazendo da 
aprendizagem um processo reflexivo e ativo. 
 
 
 
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- Distributed Knowledge Design 
A aprendizagem passou por uma revolução com a internet já que esta trouxe 
facilidade para a divulgação e a distribuição das informações. Assim, é possível 
construir conhecimento com esta tecnologia respeitando as características individuais 
do aluno, mas através da cooperação e comunicação que são pertinentes a rede. 
- Computer-Supported Collaborative Learning Design - CSCL 
Esse modelo baseia-se nas teorias de aprendizagem colaborativa e cooperativa, por 
meio das tecnologias de informação e comunicação. Onde a construção do 
conhecimento é um processo educativo, realizado pela participação dos sujeitos em 
situações que sejam necessárias a discussão, reflexão e tomadas de decisão, sempre 
de forma colaborativa; o que pode ser favorecido em ambientes virtuais. 
 
 
 
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UNIDADE 12 
Objetivo: Conhecer o papel do docente na construção do Projeto Pedagógico. 
O Docente na Ação Construtiva do Projeto 
Na conjuntura da EAD grandes desafios são apresentados e, no sentido de sedimentar no 
país uma educação de qualidade num formato mais democratizante, esses desafios 
precisam ser enfrentados. 
O primeiro deles é a resistência do docente em investir em uma nova proposta; a de 
partilhar o seu espaço de saber com os atores envolvidos no processo. Incorporada a essa 
situação tem-se o preconceito em relação à EAD, enraizado na população brasileira e em 
algumas instituições educacionais. Embora, muitas experiências vêm sido desenvolvidas, no 
sentido de responder a esses desafios, somente a utilização de novos modelos mediáticos 
de comunicação não são suficientes para garantir a superação dos mesmos. Assim como 
não existem fórmulas prontas ou mágicas para a mudança da postura educacional exigida 
nessa modalidade de ensino-aprendizagem. 
Outro fato relevante é a resistência da sociedade a mudanças sociais. Como a Educação a 
Distância envolve, além de uma formação docente mais específica, alterações em 
documentos e planos institucionais, exigindo, também, a presença de um departamento com 
objetivos específicos que promovam a inovação educativa das instituições acaba sendo um 
exemplo dessa resistência. 
Quanto ao educador, envolto em novas exigências, que abrangem o seu fazer profissional, 
no contexto universitário, está inserido em uma instituição social que deve ser referência e 
motor de mudança e inovação na sociedade. Sendo assim, a formação, a capacidade e as 
atitudes dos docentes tornam essencial a presença do educador na elaboração do Projeto 
Pedagógico. 
 
 
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Essa capacidade do Professor se inicia com o preparo do material didático impresso, pois a 
comunicação com os alunos inicia-se com este material. Outro ponto relevante da 
participação docente está na preparação e execução das teleaulas, pois geralmente são 
feitas ao vivo e exigem grande preparo e dedicaçãodo docente. 
Para cumprir com as necessidades citadas anteriormente, o docente de Educação a 
Distância deve se formar na especificidade de suas funções; que são diferentes das funções 
do docente tradicional. A seguir, algumas das áreas que este profissional deverá investir: 
 Fundamentos, estruturas e possibilidades de Educação a Distância; 
 Identificação do estudante adulto; 
 Características biopsicosociológicas condicionadoras da aprendizagem; 
 Teorias de aprendizagem, formas de aprender, estilos, ritmos, possibilidades e 
métodos, recursos, concepções; 
 Conhecimento teórico-prático da comunicação; 
 Utilização dos diferentes recursos tecnológicos que lhe facilitam o trabalho; 
 Integração de recursos didáticos próprios da modalidade (impressos, áudio, vídeo, 
etc.) adaptando-os para a aprendizagem independente e/ou colaborativa dos 
estudantes; 
 Conteúdos científicos, tecnológicos e práticos do curso ou matéria em questão; 
 Adaptação do curso às necessidades formativas do estudante; 
 Organização do plano de trabalho; 
 Técnicas de tutoria presencial e a distância, técnicas de feedback; 
 
 
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 Técnicas para fomentar nos alunos a criatividade, a autonomia, a autoaprendizagem, 
o autocontrole, a automotivação, o autoconceito e a autoreflexão sobre o próprio estilo 
de aprendizagem; 
 Técnicas de avaliação (autoavaliação e avaliação heterogênea), o quê, como, quando 
avaliar? 
 Estilos de correção e qualificação e modos de realizar comentários nos trabalhos e 
provas. 
Como em qualquer outro curso, o professor precisa ter em mente o fim. O que ele quer que 
seus alunos aprendam quando interagirem com o material do curso? Que experiência os 
alunos levarão com eles ao concluí-lo? Assim como em um curso presencial, no curso on-
line, o plano de ensino deve permitir que os alunos desenvolvam novas ideias, exercitem sua 
capacidade de pensar criticamente e saibam pesquisar. 
Quanto aos objetivos, estes podem ser mais amplos, para que os discentes desfrutem de um 
curso com base em seus interesses e necessidades, por que ao planejar um curso on-line é 
importante considerar os resultados esperados conforme o curso floresce. 
Algo que contribui e leva uma determinada certificação da evolução é a avaliação 
institucional permanente dos cursos que, por sua vez, são determinantes no diferencial de 
qualidade dos mesmos. Logo, todas as informações obtidas destas avaliações ajudarão a 
introduzir as modificações pertinentes para a melhoria do curso, pois, os cursos de ensino a 
distância devem ser submetidos a um processo permanente de avaliação e correção. 
No mais, educador e instituições jamais deverão esquecer que a EAD, não veio para 
substituir a educação tradicional, mas sim complementá-la. Onde a ênfase desta é o aluno, 
ou seja, o alvo centra-se no aprender a aprender e não simplesmente ensinar, em vista que, 
a assimilação do saber, da relação professor/aluno á algo particularmente das questões 
relacionadas à avaliação. 
Em suma, as técnicas em EAD, praticamente deixam de funcionar quando não há 
interatividade, obrigando a existência de escala, pois ao contrário do projeto este não tem 
 
 
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como se viabilizar economicamente. E partir desses ideais, conclui-se que: “(...)ninguém se 
torna educador da noite para o dia, assim como não nasce pronto ou com faixa escrita, sou 
educador. A pessoa se faz educador e forma-se permanentemente, por meio da prática e 
reflexão sobre a própria prática.” Paulo Freire (1986). 
Porquanto, a construção do saber e a docência são marcadas pelo trabalho de estruturar os 
componentes de estudo; orientar, estimular e provocar o participante a construir o seu 
próprio saber. Partindo do princípio de que não há resposta feita a cada um, mas que, na 
dimensão de busca perpassa a aprendizagem caracterizando-se como uma presença que é 
representada como um campo quão pode conviver o passado e o futuro, subsidiando 
projeções a serem vividas autonomamente. 
A docência caracteriza-se por seu caráter solidário e interativo, possibilitando o 
relacionamento da pessoa como um ser existente, inclusive para colocar-se entre outros, 
como uma presença que se põe intencionalmente. Professor e especialmente o tutor é 
sempre alguém que possui duas características essenciais: domínio do conteúdo técnico-
científico e, ao mesmo tempo, habilidade para estimular a busca de resposta pelo 
participante. 
Ele é uma figura singular em todas as instituições de ensino a distância, pois é um 
conselheiro, um orientador, um assessor, etc., que auxilia os alunos no processo de ensino-
aprendizagem, com o fito de reduzir ou eliminar as distâncias que definem os estudos por 
esta modalidade. 
No mais, o tutor deve ter em mente que a sua funcionalidade centra-se em instantes 
diferenciados, podendo este ocorrer diretamente ou à distância, enfatizando-se em qualquer 
um dos dois momentos. O contato com o discente não consiste num jogo de perguntas e 
respostas, incide no discutir e indicar bibliografia que amplie o raio de visão do educando, 
que viabilizem a sua prática. 
No processo de orientação à distância o atendimento realiza-se a partir da necessidade do 
aluno, que busca situar-se no contexto da aprendizagem. Os recursos tecnológicos são os 
intermediários do diálogo do tutor com o participante no qual o primeiro deverá contribuir com 
 
 
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informações adequadas para o processo de construção do conhecimento do aluno, 
evidenciando. É importante lembrar que dominar conteúdos não é o suficiente, além disto, a 
capacidade de uma inter-relação entre membros, dinâmica do processo e dizeres 
relacionados à modalidade de ensino apresentada, é fundamental. 
Conclui-se que o desenho pedagógico determina a sistematização do processo de ensino e 
aprendizagem, onde o centro está na construção de conhecimentos por meio de estratégias 
que envolvem atividades de divulgação e disseminação de informações, interações 
socioculturais, discussões e reflexões sobre cooperação e colaboração, essência de um 
curso de EAD. 
 
 
 
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UNIDADE 13 
Objetivo: Discutir sobre Pedagogia de Projetos 
Navegando nos Conceitos e Reflexões sobre Projetos e a Pedagogia de Projetos 
Projeto é um empreendimento planejado que consiste num conjunto 
de atividades inter-relacionadas e cuja meta é o de alcançar objetivos 
específicos dentro dos limites de tempo e orçamentos dados. 
É uma ação de investigação que poderá propiciar a interação do 
sujeito aprendiz com o meio e com o objeto de conhecimento 
gerando, por consequência, pesquisa, criação, elaboração, depuração, (re) elaboração e 
múltiplas aquisições. 
Procedimento de trabalho que diz respeito ao processo de dar forma a ideia que está no 
horizonte. Estar em diálogo permanente com o contexto, com as circunstâncias e com os 
indivíduos, de uma maneira ou outra, vão contribuir para esse processo. 
 
Transformar uma temática em um problema é construir um projeto de trabalho. 
A Pedagogia de Projetos surge no início do século, com John Dewey e outros representantes 
da chamada “Pedagogia Ativa”. Embasada numa concepção de que educação é um 
processo de vida e não uma preparação para a vida futura e a escola deve representar a 
vida presente – tão real e vital para o aluno como a que ele vive em casa, no bairro ou no 
pátio. 
É uma proposta de intervenção pedagógica que dá a atividade de aprender um sentido novo, 
onde as necessidades de aprendizagem aparecem nas tentativas de resolver situações 
problemáticas. 
 
 
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Um projeto gera situações de aprendizagem ao mesmo tempo, reais e diversificadas. É uma