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CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a1 CONTEÚDO INTRODUÇÃO 1. O quê é uma Atmosfera Explosiva? 2. Inflamabilidade. 3. Flash Point ou Ponto de Fugor. 4. Temperatura de Ignição. 5. Inertização. 6. Eletricidade Estática. 7. Regulamentação de Zonas de Risco. 8. Sistemas de Aterramento 9. Ato e Condição Insegura 10. Tipos de Proteção Ex. 11. Trabalhos em Área Classificada 12. Técnicas de Análise de Riscos. 13. Procedimento de Corte e Solda CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a2 Introdução Corte e Solda em Área Classificada Trabalhos a quente têm sido a causa de um número significativo de incêndios e explosões em instalações industriais e comerciais; e correspondem a cerca de 5 a 10% desses eventos. Tais incêndios frequentemente ocorrem durante serviços de manutenção ou reforma de planta. A presença de equipamentos elétricos em áreas com atmosferas explosivas constituem uma das principais fontes de ignição dessas atmosferas, quer pelo centelhamento normal como na abertura e fechamento de contatos, como devido à temperatura elevada atingida pelo mesmo em operação normal ou em falhas. As operações mais comuns são: Esmerilhamento; Corte; Soldagem a arco ou oxi-solda; Utilização de equipamentos portáteis. Os responsáveis pela segurança industrial devem estar cientes dos seguintes perigos de incêndio inerentes aos trabalhos a quente: Emissão de fagulhas e partículas quentes; Técnicas de cobertura apenas proporcionam proteção limitada a materiais combustível existentes na área; Equipamentos danificados tais como: válvulas e tubulações com vazamentos, cabos elétricos danificados; entre outros, introduzem riscos adicionais à operação; Condução de calor por corte ou solda; Gases ou vapores combustíveis que possam normalmente ou por falhas, se fazerem presentes. Resta-nos estabelecer a equalização das informações a todos os envolvidos através de treinamentos de capacitação, onde “emitente” e “requisitante” de Permissão de Trabalho a Quente, possam alinhar de forma coerente e aplicável, as medidas de controle de riscos. Devemos identificar os riscos e estabelecer as medidas de controle dos mesmos. OBJETIVOS DO CURSO CAPACITAR O ALUNO A INTERPRETAR DESENHOS DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS; CAPACITAR O ALUNO A IDENTIFICAR E APLICAR CORRETAMENTE OS EQUIPAMENTOS Ex; DESPERTAR NO ALUNO A PERCEPÇÃO DOS RISCOS INERENTES AOS TRABALHOS EM ÁREAS CLASSIFICADAS. CAPACITAR O ALUNO NA APLICAÇÃO DE PROCEDIMENTOS PADRONIZADOS. CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a3 1. O QUÊ É UMA ATMOSFERA EXPLOSIVA? Uma atmosfera é explosiva quando a proporção de gás, vapor ou pó no ar é tal que uma faísca proveniente de um circuito elétrico ou do aquecimento de um aparelho provoca a explosão. Quais condições é preciso reunir para que se produza uma explosão? Para produzir uma explosão, três elementos são necessários: Observa-se que o oxigênio do ar estando sempre presente, falta reunir dois elementos para que se produza uma explosão. É preciso saber que uma faísca ou chama não é indispensável para que se produza uma explosão. Um aparelho pode, por elevação de temperatura em sua superfície, atingir o ponto de inflamação do gás e provocar a explosão. . Que tipos de produtos podem produzir uma explosão? Os produtos de risco são classificados pela ABNT (NBR-5363/98) em 4 grupos: I, IIA, IIB, IIC: Gás de aquecimento. Hidrocarbonetos. Solvente de cola e de adesivos. Solvente e diluentes para pinturas. Verniz e resinas. Aditivos de fabricação dos produtos farmacêuticos, dos colorantes, dos sabores e perfumes artificiais. Agentes de fabricação dos materiais plásticos, borracha, tecidos artificiais e produtos químicos de limpeza. Elementos de tratamento e fabricação dos álcools e derivados. Aonde pode se formar uma atmosfera explosiva? “Todos os locais onde são fabricados, estocados e transformados os produtos acima citados, estão pré- dispostos a conter uma atmosfera explosiva.” CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a4 2. INFLAMABILIDADE: É a relação volumétrica entre a substância inflamável e o oxigenio, capaz de formar uma mistura explosiva. Limite inferior de inflamabilidade – LEL (LII) É a concentração mínima, acima da qual a mistura explosiva pode inflamar. Limite superior de inflamabilidade – UEL (LSI) É a concentração máxima, abaixo da qual a mistura explosiva pode inflamar. Toda mistura possui uma energia de ignição (MIE – Minimum Ignition Energy) que abaixo deste valor é impossível se provocar a detonação; em função da concentração da mistura, ou seja: da quantidade de combustível em relação a quantidade de ar. A figura abaixo compara a curva do Hidrogênio com o Propano, ilustrando a energia da fonte de ignição, que efetivamente provoca a detonação em função da concentração de mistura, ou seja, da quantidade de combustível em relação a quantidade de ar. O ponto que requer menor concentração de energia para provocar a detonação é chamado de MIE (Minimum Ignition Energie), sendo também o ponto onde a explosão desenvolve maior pressão, ou seja a explosão é maior. Fora do ponto de menor energia MIE, a mistura necessita de maiores quantidades de energia para provocar a ignição, ou seja: a energia de ignição é função da concentração da mistura. As concentrações abaixo do limite mínimo de explosividade LEL (Lower Explosive Limit) não ocorre mais a explosão pois a mistura esta muito pobre ou seja muito oxigênio para pouco combustível. Analogamente quando a concentração aumenta muito, acima do limite máximo de explosividade UEL (Upper Explosive Limit), também não ocorre mais a explosão devido ao excesso de combustível, mistura muito rica. Dentro de princípio, a energia total que o circuito intrinsecamente pode conter deve ser menor que a mínima energia de ignição MIE CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a5 3. FLASH POINT OU PONTO DE FUGOR: Flash point ou ponto de fugor é a menor temperatura que um produto inflamável (líquido), libera vapor em quantidade suficiente para formar uma mistura explosiva. 4. TEMPERATURA DE IGNIÇÃO: Temperatura de auto inflamação ou temperatura de ignição espontânea é a menor temperatura, a partir da qual uma atmosfera explosiva se inflama. Portanto, a elevação da temperatura dos equipamentos elétricos, pode causar a ignição da mistura explosiva. 5. INERTIZAÇÃO: NR-33 no item 33.1.2 - Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio. Espaços Confinados são áreas fechadas ou enclausuradas, com as seguintes características: O ambiente não prevê ocupação humana contínua; As aberturas para entrada e saída são restritas, limitadas, parcialmente obstruídas ou providas de obstáculos que impeçam a livre circulação dos trabalhadores; A movimentação no seu interior é muitas vezes difícil, podendo ocorrer o aprisionamento do trabalhador devido à complexidade da geometria, como planos inclinados, paredes convergentes, pisos lisos, seção reduzida e outras; A ventilação natural inexiste ou é deficiente; A ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes(gases, vapores, poeiras, névoas ou fumos); O percentual de oxigênio pode ser inferior ou superior aos limites legais; Poluentes tóxicos e inflamáveis e/ou explosivos podem ser encontrados no seu interior; Fontes de energia potencialmente nocivas podem estar presentes; O risco de ocorrência de acidente de trabalho ou de intoxicação é elevado. A entrada de trabalhadores no interior dos espaços confinados pode ocorrer para a realização de serviços de construção, instalação, comissionamento, manutenção, reparação, inspeção, limpeza, pintura e resgate. A ventilação é um dos meios capazes de minimizar ou evitar a formação de uma atmosfera explosiva. É essencial que esse tipo de proteção assegure que em qualquer ponto do ambiente, assim como em qualquer tempo, não haverá a formação de uma substância inflamável. Observa-se que é fundamental importância uma boa avaliação das condições locais de instalação, e da quantidade máxima de gás ou vapor inflamável que pode ser liberado. A ventilação é uma das variáveis mais difíceis de avaliar. Quando a instalação é ao céu aberto, ou seja, não há obstáculo, diz-se que a ventilação é adequada ou natural. Quando há barreiras à ventilação natural, diz-se que a ventilação é inadequada ou limitada. Há ainda a ventilação artificial, que pode ser geral ou localizada. Contudo, a ventilação artificial requer cuidados de segurança na ininterruptibilidade de seu funcionamento, para que seja mantido o controle de inflamabilidade do ambiente. CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a6 6. ELETRICIDADE ESTÁTICA: A eletricidade estática constitui um risco de incêndio e explosão durante o manuseio de petróleo (óleo cru e derivados líquidos). Algumas operações podem dar lugar à acumulação de cargas elétricas, as quais podem ser repentinamente liberadas em descargas eletrostáticas, com energia suficiente para inflamar uma mistura inflamável de gás de hidrocarbonetos com ar. 6.1. Acumulação de Eletricidade Estática No caso do petróleo, os produtos claros são, em geral, considerados como acumuladores de eletricidade estática, devido à sua baixa condutividade. Os acumuladores estáticos incluem: Querosenes de aviação; Óleo diesel claro; Óleo lubrificante; Gasolinas naturais; Querosenes; Solventes; Gasolina automotiva e de aviação; Naftas; Gasóleos pesados. 6.2. Descarga de Eletricidade Estática Em resumo, descargas eletrostáticas podem ocorrer como conseqüência da acumulação de cargas em líquidos ou sólidos não condutores. A mais importante precaução que deve ser tomada para evitar um risco de descarga eletrostática é manter todos os objetos metálicos interligados; a interligação elimina o risco de descargas entre objetos de metal, que podem estar muito energizados e, portanto, ser muito perigosos. 6.3. Contatos metálicos para descarga de eletricidade estática O risco de descarga devido ao acúmulo da eletricidade estática em decorrência do fluxo de fluidos pode ser evitado se a resistência elétrica entre tanques de armazenamento / plantas de processo / tubulações e a estrutura da unidade for menor que 1 Mohm (10 6 ohm). Condutores para “bonding” são necessários para vasos, tubulações, válvulas e acessórios, dutos de ventilação/exaustão que não estejam permanentemente conectados à estrutura da unidade, ou que não tenha continuidade elétrica assegurada em emendas, para efeito de proteção contra descargas devido à eletricidade estática, conforme figura. Nota: O “bonding” pode ser dispensado quando os vasos, tubulações, válvulas e acessórios estiverem conectados à estrutura da unidade, diretamente ou via seus suportes, soldados, aparafusados ou conectados via estojos em flanges ou grampos tipo “U”, desde que a resistência máxima entre interligações e de trechos de tubulações para terra seja menor que o valor de 1 Mohm, porém, para assegurar baixos valores mesmo com a deterioração de contato, é recomendado o valor abaixo de 10 Ohms, medido com multímetro DC (Prática Recomendada). (Ver Norma N-2222 17D). CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a7 7. REGULAMENTAÇÃO DE ZONA DE RISCO: 7.1. O que é uma zona de risco? As regulamentações internacionais distinguem as seguintes categorias de zonas perigosas: zona “O", zona "1" e zona "2". Estas zonas são geográficas, mas os limites entre cada uma delas não são nunca definidos. Uma zona pode se deslocar por diversos motivos: aquecimento dos produtos, ventilação falha no local e (ou) erro de manipulação. A atmosfera explosiva está sempre presente - Zona "O". Zona na qual uma mistura explosiva de gás, vapor ou poeira está permanentemente presente (o estado gasoso no interior de um recipiente ou de um reservatório constitui uma zona "O"). A atmosfera explosiva está freqüentemente presente - Zona "1". Zona na qual uma mistura explosiva de gás, vapores e poeiras pode eventualmente se formar em serviço normal de instalação. A atmosfera explosiva pode acidentalmente estar presente -Zona "2". Zona na qual uma mistura explosiva pode aparecer só em caso de funcionamento anormal da instalação (perda ou uso negligente). CUIDADO!!! Esta lista não é limitada a formas líquidas ou gasosas. É preciso lembrar que certos produtos utilizados em forma de pó ou poeira podem também se tornar em certas condições agentes ativos de uma explosão. São poeiras ou pó de: açúcar, alumínio, amido de trigo, carvão, celulose, enxofre, leite, poliestirenos, resinas epóxi, trigo (farinhas), etc. CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a8 7.2. Como determinar as Zonas de Risco? A essa pergunta é permitido responder que não existe método para definir as zonas, com efeito; qualquer instalação é um caso para estudo, não há casos clássicos. No entanto, é possível pegar um desses casos e estudá-lo. Trata-se de uma oficina onde são misturados elementos que entram na fabricação de verniz. Os produtos utilizados são classificados como produtos de risco. A operação se faz em temperatura ambiente. Existem três casos que podem ser considerados: O recipiente de mistura está ao ar livre, o local não é ventilado mecanicamente. Os produtos estão sempre presentes na oficina. Todas as operações são manuais. O recipiente coberto com chaminé. O local é ventilado, os produtos estocados são separados do resto da oficina e uma parte das manipulações é manual. O recipiente é fechado. O local é ventilado mecanicamente, os produtos são estocados fora, todas as operações são comandadas por uma mesa de comando colocada fora da zona. O único risco é a aberturado recipiente para inspeção e manutenção. CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a9 CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a1 0 7.3. Àreas Classificadas em Unidades de Produção de Óleo e Gás. 7.3.1. Zona 0 inclui, por exemplo: Áreas internas a equipamentos de processo contendo gases ou vapores inflamáveis; Áreas internas a vasos de pressão ou tanques de armazenamento; Áreas em torno de respiros que liberem gases ou vapores continuamente ou por longos períodos; Áreas acima e próximo de superfícies de líquidos inflamáveis em geral. 7.3.2. Zona 1 inclui, por exemplo, espaços em torno de: Área de cabeça de poço QCDC (linhas de óleo e gás) Conector de riser de produção, de exportação, de injeção de gás Árvores de Natal secas Equipamentos para armazenamentos e processamento de óleo e gás: Tanques de armazenamento de líquido imflamável Tanque de armazenamento de líquido combustível (QAV, etc.) Vaso de pressão de hidrocarbonetos, em geral (Separadores de Alta e Baixa Pressão, Dessalgadora, Surge Drum) Distribuidor ou coletor Respiros, vents, Válvulas de alívio (PSV‟s, Diafragmas, etc.) e respectivas descargas Lançador ou Recebedor de PIG Lançador ou Recebedor de esferas e raspador Unidade de remoção de H2S Unidade de desidratação de gás (Glicol) Sistema de Lançamento através de linha (TFL) Desidratador, estabilizador e unidade de recuperação de hidrocarbonetos Equipamentos de armazenamento de água contaminada com gás imflamável (hidrociclones e caissons) CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a1 1 Unidade de Injeção de Produtos Químicos (metanol, etc.) Bombas de Transferência de Óleo Compressor de Gás, compressor recuperador de vapor Rerspectivos respiros de tanques de óleo lubrificante, óleo hidráulico (contamináveis através de selos em mancais) Trocadores de calor, intercooler Motor a gás, Turbinas: Vent das válvulas de blow-down (BDV) de despressurização das linhas de gás combustível; Vent de tanque de óleo hidráulico, tanque de óleo lubrificante, quando contaminável com gás através de selo dos mancais, etc; Respiro do Carter de motor a gás; Filtros de Unidades de tratamento de gás combustível; Interior do hood, conforme a condição de ventilação e proteções existentes, pode ser considerado Zona 2. Drenos fechados e abertos de vasos e skids Válvulas e atuadores de válvulas de hidrocarbonetos; Espaços em torno de mangotes flexíveis, com hidrocarbonetos; Espaços em torno de ponto de tomada de amostras (válvulas, etc.); Espaços em torno de selo de bombas compressores e similares, no caso de fonte de risco de grau primário. Espaços em torno dos cogumelos de exaustores de compartimentos classificados como Zona 1, incluindo o espaço interno de dutos; como exemplos: Sala de Baterias; Paiol de Tintas; Sala de Bombas de Exportação de Óleo Em áreas externas, a área de 1,5 m em torno de qualquer abertura de acesso ou de ventilação de compartimentos classificados como Zona 1, incluindo pó exemplo: Portas, janelas, escotilhas Abertura em pisos, tetos ou anteparas para passagens de cabos elétricos, tubulação Suspiro ou abertura para exaustão e/ou ventilação natural Outros: Qualquer área confinada ou semi-confinada, sem ventilação, com acesso direto a qualquer área classificada como Zona 2; Qualquer área confinada ou semi-confinada, com ventilação adequada, contendo fonte de risco de grau primário; Qualquer área confinada ou semi-confinada, sem ventilação, contendo fonte de risco de grau secundário; Salas de Baterias; Área em torno dos Tanques de Armazenamento de Querozene de Aviação, da Bomba de Abastecimento e carretel de mangueira. Paiol de Tintas; Área de depósito de Cilindros de Acetileno. CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a1 2 7.3.3. Zona 2 inclui, por exemplo: Áreas de 1,5 m além das áreas Zona 1 especificadas acima. Antecâmara (“air-lock”) formando barreira com duas portas, entre uma Zona 1 e área não classificada. Espaços em torno de fontes de risco secundário como flanges, conexões, válvulas, queixo-duro, etc. Qualquer área confinada ou semi-confinado, adequadamente ventilado, que contenha fontes de risco de grau secundário. Qualquer área confinada ou semi-confinada, adequadamente ventilada, com acesso direto a qualquer Zona 1. Áreas externas num raio de 1,5 m além da fronteira de qualquer saída de ventilação ou acesso a espaço Zona 2, como por exemplo: Portas, janelas, escotilhas Aberturas em pisos, tetos ou anteparas para passagem de cabos elétricos, tubulação. Suspiros ou aberturas para exaustão e/ou ventilação natural Equipamento de armazenamento de água contaminada com gás inflamável (hidrociclones e caissons) 7.3.4. Unidades tipo FPSO / FSO Estes tipos de unidade têm requisitos adicionais, conforme regras das classificadoras, superpondo / unindo as áreas classificadas típicas, como abaixo: Embarcação para armazenamento (navio petroleiro); Planta de Processamento de óleo / gás, no convés de produção; Torre do swivel; Poço do Turret para ancoragem e conexão dos Risers de produção / exportação Utilidades, etc. As áreas classificadas típicas de navios petroleiros, conforme definido na IEC 60092-502 [11F], que também inclui as figuras de classificação de áreas correspondentes, são: Vent / suspiros de tanques de carga de petróleo, atmosférico ou com válvula de vácuo- pressão, tipicamente, cilindro vertical com raio de classificação de 10 m (Zona 1 esfera e cilindro raio 6 m + Zona 2 com cilindro raio 4 m); Boca de visita de tanques de carga, boca de ulagem (medição), Zona 1; Área no convés livre sobre e adjacentes ao teto dos tanques de carga; Espaços confinados / cofferdam imediatamente adjacente (acima, abaixo ou lateralmente) a tanques de carga, Zona 1; respiros desses espaços no convés. Sala de bombas de carga / transferência de óleo, Zona 1 CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a1 3 CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a1 4 8. SISTEMA DE ATERRAMENTO 8.1. Aterramentos de equipamentos. A alta salinidade presente em instalações elétricas em atmosfera marinha contribui para a falha no isolamento dos equipamentos elétricos, com possibilidade de curto-circuito e fuga de corrente para a carcaça metálica dos equipamentos. Tais falhas podem gerar centelhas elétricas que podem constituir-se em fontes de ignição na presença de gases e também, risco de choque elétrico para as pessoas em contato com o equipamento. 8.2. Funções do aterramento: Desligamento Automático: Oferecer um percurso de baixa impedância para a corrente de fuga, permitindo a atuação do dispositivo de proteção. Controle de Tensões: Permite um controle de tensões desenvolvidas no solo (Descargas Atmosféricas) Transitórios: Estabiliza a tensão durante transitórios provocados por falta para terra, chaveamento, etc. Cargas Estáticas: Escoar cargas estáticas acumuladas em estruturas, suportes e carcaças Segurança de pessoas e animais: Proteger a pessoa e animais contra contatos indiretos. Terra – para efeito geral, é a massa metálica da estrutura ou casco da unidade marítima. A estrutura contínua de módulos que são montados e soldados, tendo uma conexão permanente à estrutura principal, jaqueta, é considerada “terra”. Módulos de perfuração e outras partes que não sejam soldadas à estrutura metálica principal devem ser providos de ligação ao anel de aterramento, para torná- los equipotencial à terra. Aterramento - significa ligar intencionalmente qualquer equipamento ou skid ao casco da embarcação ou estrutura metálica da plataforma. Anel de Aterramento - conjunto constituído por barras de aterramento interligadas através de condutores com o objetivo de manter a Equipotencialidade das partes metálicas não condutoras dos equipamentos e das estruturas, onde for o caso. Condutor de Aterramento - Elemento que liga qualquer parte da instalação a ser aterrada a um anel de aterramento ou a terra. Condutor de Proteção - condutor adicional que interliga as partes metálicas não energizadas dos equipamentos elétricos à barra de aterramento do painel alimentador(Ex.: quarto condutor de cabo trifásico). Nota: Terra para efeito de descargas atmosféricas refere-se ao mar, para onde escoa qualquer raio que atinja a estrutura metálica, que mantém contato com a água salgada. 8.3. O aterramento pode ser: Funcional: ligação através de um dos condutores do sistema de neutro. Proteção: ligação à terra das massas e dos elementos condutores estranhos à instalação. Temporário: ligação elétrica efetiva com baixa impedância intencional à terra, destinada a garantir a Equipotencialidade e mantida continuamente durante a intervenção na instalação elétrica. CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a1 5 Um efetivo aterramento significa ligar diretamente (galvanicamente) a carcaça dos equipamentos ao casco metálico da plataforma, eliminando o risco de centelhamento e de choque elétrico. Para instalações existentes, o cabo de aterramento pode ser dispensado se houver contato metálico adequado entre a carcaça do equipamento elétrico e a estrutura do casco, seja através de solda, fixação por parafuso ou rebite, com raspagem da pintura, ou com uso de arruela dentada para garantir proteção adequada em caso de curto-circuito, exceto nos sistemas com neutro solidamente aterrado e nas Unidades do tipo FPSO e FSO. Deve ser previsto um plano de manutenção e inspeção periódica do sistema de aterramento de segurança. A medição de resistência de contacto entre a carcaça de um equipamento e a estrutura, medindo de superfícies metálicas sem pintura, deve fornecer leitura “0,0” (zero) para qualquer megôhmetro 100/250 Volts e menor ou igual que 1 (um ohm) com qualquer multímetro (ohmiter). Aterramento de circuitos intrinsecamente seguros e respectivas blindagens de cabo, deve ser menor que 1 . CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a1 6 Um anel de aterramento visível, com cabo de cobre, isolado em PVC verde, e protegida contra danos mecânicos, interligando todas as principais estruturas metálicas, deverá ser instalado em plataformas que tenham sistemas solidamente aterrados, ou aterrados através de baixa resistência, conforme Norma PETROBRAS N-2222 [17D]. Recomendado também para skids com equipamentos elétricos, instalados sobre tanques de carga em FPSO ou FSO Para unidades fixas moduladas (plataformas fixas de jaqueta) deve ser previsto um anel de aterramento para cada módulo. Todos os anéis de aterramento de módulos adjacentes devem ser interligados entre si em pelo menos dois pontos a partir das barras de terra integrantes do anel de aterramento de cada módulo. O anel de aterramento de cada módulo deve ser conectado à barra de aterramento da estrutura metálica principal (jaqueta) em pelo menos dois pontos. Deve ser adotado cabo de cobre com seção nominal de 95 mm2 nas seguintes situações: a) anel de aterramento de cada módulo; b) interligação entre os anéis de aterramento dos módulos adjacentes; c) anel principal de aterramento dos conveses; d) interligações entre as barras de aterramento dos painéis e o anel de aterramento do módulo; e) interligações entre os anéis principais dos conveses e entre estes e as barras de aterramento da jaqueta ou da perna. Para unidades do tipo FPSO e FSO deve ser previsto um anel de aterramento para todo o convés de produção, salas de painéis e CCM’s elétricos, sala de bombas de exportação de óleo, praça de máquinas e “turret”. O anel de aterramento interno do “turret” deverá ser conectado à estrutura metálica do “turret” e ao anel de aterramento principal no convés de produção através de anel coletor com escovas (“slip-ring”) montado na junta rotativa (“swivel”) dedicado para aterramento. Deve ser adotado cabo com seção nominal de 95 mm2 nas seguintes situações: a) anel de aterramento do convés da planta de produção; b) interligação entre os anéis de aterramento; c) interligação entre as barras de aterramento dos painéis/CCM’s e o anel de aterramento. d) Interligação entre o anel de aterramento e o casco metálico. Todos os skids de processo formando uma unidade pacote (hood) devem ter anel de aterramento interno individual, conectado ao anel de aterramento principal. ATERRAMENTO DE SISTEMA ELÉTRICO DE BAIXA TENSÃO O sistema com neutro isolado deve ser utilizado preferencialmente em FPSO’s e FSO’s visando evitar circulação de corrente pelo casco, durante faltas à terra, na região dos tanques de petróleo (Exigência das Sociedades Classificadoras). O aterramento por alta resistência deve ser utilizado preferencialmente nas demais Unidades Marítimas de Produção, que não armazenem Petróleo. ... As saídas do CDC de emergência devem ter alarme na ECOS, sem desligamento em caso de falta à terra.” CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a1 7 ATERRAMENTO DE SISTEMA ELÉTRICO DE MEDIA TENSÃO “Para Unidades Marítimas de Produção que armazenem petróleo como FPSOs e FSOs, deve ser utilizado preferencialmente o aterramento por alta resistência, restrito à áreas não classificadas. Dessa forma, o aterramento da geração e as eventuais cargas em média tensão devem estar fisicamente localizados fora de qualquer área classificada, de modo a assegurar que não haverá retorno de corrente pelo casco em zonas perigosas. Essa exigência só poderá ser modificada com autorização explícita da Sociedade Classificadora. Alternativamente para os FPSOs e FSOs poderá ser utilizado o sistema com neutro isolado. O aterramento por alta resistência deve ser utilizado preferencialmente nas demais Unidades Marítimas de Produção, que não armazenem Petróleo. Para ambos os sistemas, neutro isolado ou aterrado por alta resistência, deve ser garantido um desligamento seletivo instantâneo no caso de qualquer falha à terra, bem como um eficiente sistema de localização e sinalização do circuito com defeito.” 8.3.1. Isolação Galvânica Conforme ilustra a figura abaixo, aumenta a eficiência da barreira zener com aterramento dedicado (integro), mas na prática sabemos que é difícil de construir e manter um aterramento com impedância menor que 1Ω. Visando eliminar este problema desenvolveu-se a técnica de isolação galvânica que possibilita dispensar-se a conexão do limitador de energia ao sistema de aterramento seguro. A figura abaixo ilustra um circuito seguro básica de isolador galvânico, onde temos a rede de corrente alternada conectada a um transformador redutor de tensão e a seguir uma fonte de corrente contínua CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a1 8 A tensão em corrente contínua é aplicada ao isolador galvânico, que oscila o sinal em corrente contínua para enviá-lo a um transformador isolador, que separa os sinais de entrada e saída da unidade. Em seguida o sinal é reconstituído através de um retificador com filtro, e enviado ao elemento de campo, pois além dos defeitos previstos pelas normas de segurança intrínseca (defeitos 3 e 4) teríamos que ter ainda outros defeitos, para que a tensão atingisse o circuito limitador. O transformador isolador é normalizado de forma a garantir alta isolação, e confiabilidade total de sua incapacidade de transferir sinais elevados, por efeitos de saturação, tornando-o um componente extremamente seguro. 8.4. Equipamentos Transportáveis, Máquina de Solda Containers e respectivos painéis/equipamentos internos devem ser efetivamente aterrados. Ferramentas manuais portáteis devem ser efetivamente aterradas através dos cabos de alimentação. Equipamentos transportáveis como máquinas de solda devem ser aterrados conforme figura abaixo: 9. ATO E CONDIÇÕESINSEGURAS. Todo acidente é CAUSADO, e não simplesmente acontece, é por isso que toda vez que ocorre um acidente, por mais simples que possa parecer, nós o investigamos e analisamos, com a finalidade de encontrarmos causas e, em consequência, encontrarmos as providências ou recomendações necessárias, para evitarmos a repetição de acidentes semelhantes. Os acidentes ocorrem por falta cometida pelo empregado contra as regras de segurança ou por condição de insegurança que existem no ambiente de trabalho. Podemos classificar basicamente as causa de um acidente de trabalho em dois fatores: Atos ou Condição Insegura. Existe uma terceira classificação de causas de acidentes que são as causas naturais, responsável por 1 a 2% dos acidentes. As causas naturais são os fatores da natureza, tais como vulcão, terremotos, maremotos, tempestades, etc, onde a tecnologia não tem controle ou previsões mais confiáveis. CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a1 9 Atos e condições inseguras são fatores que, combinados ou não, desencadeiam os acidentes do trabalho. São, portanto, as causas diretas dos acidentes. Assim, pode-se entender que prevenir acidente do trabalho, em síntese, é corrigir condições inseguras existentes nos locais de trabalho, não permitir que outras sejam criadas e evitar a pratica de atos inseguros por parte das pessoas. Tanto as condições como os atos inseguros têm origem mais remota, em causas indiretas. Esses fatores indiretos, porém, podem ser atenuados ou eliminados, de modo a evitar que os últimos elos da cadeia, atos e condições inseguras, venham a propiciar a ocorrência de acidentes ou pelo menos que essas ocorrências se tornem cada vez mais raros. Levantamentos realizados por diversos órgãos e institutos mostraram que a proporção das causas de acidentes é de aproximadamente: ATOS INSEGUROS 80% CONDIÇÕES INSEGURAS 20% 9.1. ATOS INSEGUROS É a maneira como as pessoas se expõem, consciente ou inconscientemente, a riscos de acidentes. São esses os atos responsáveis por muitos dos acidentes de trabalho e que estão presentes na maioria dos casos em que há alguém ferido. Nota-se que nas investigações de acidentes, que alguns atos inseguros se sobressaem entre os catalogados como os frequentes, embora essa maior evidência varie de empresa para empresa. Cabe ressaltar que um funcionário sem treinamento ou que não saiba os riscos inerentes a uma determinada atividade, não deve ser classificado como ato inseguro, mas sim como condição insegura. Abaixo alguns exemplos de atos inseguros mais conhecidos: · Ficar junto ou sob cargas suspensas. · Usar máquinas sem habilitação ou permissão. · Lubrificar, ajustar e limpar maquina em movimento. · Inutilizar dispositivos de segurança. · Uso de roupa inadequada. · Transportar ou empilhar inseguramente. · Tentar ganhar tempo · Expor partes do corpo, a partes móveis de maquinas ou equipamentos. · Imprimir excesso de velocidade. · Improvisar ou fazer uso de ferramenta inadequada a tarefa exigida. · Não utilizar EPI. · Manipulação inadequada de produtos químicos. · Fumar em lugar proibido. · Consumir drogas, ou bebidas alcoólicas durante a jornada de trabalho. 9.2. CONDIÇÕES INSEGURA Condições inseguras nos locais de serviço são aquelas que compreendem a segurança do trabalhador. São as falhas, os defeitos, irregularidades técnicas e carência de dispositivos de segurança que põem em risco a integridade física e/ou a saúde das pessoas e a própria segurança das instalações e equipamentos. CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a2 0 9.3. ERROS MAIS COMUNS EM EQUIPAMENTOS E CABOS. a) Falta de parafuso ou parafusos frouxos em tampas de invólucros à prova de explosão; b) Dimensões dos intertícios acima do máximo permitido em invólucros à prova de explosão (do tipo flageado); superfície retificada do flange amassada,borracha de silicone no intertício; e corrosão acentuada nas juntas flangeadas; c) Conexões de aterramento frouxas ou inexistente; d) Unidade seladora faltando massa seladora; e) Falta de unidades seladoras ou aplicadas de forma irregular; f) Equipamento à prova de explosão para grupo IIA (metano) aplicado em área de Grupo IIC (sala de baterias); g) Uso de prensa-cabo do tipo à prova de tempo (não do tipo “Ex”); h) Uso de prensa cabo de bitola inadequada (cabo folgado permitindo passagem de ar); i) Vedação de tampa ou conexão de eletrodutos, com menos de 5 fios rosqueados, e furo para entrada roscada com comprimento axial menor que 8 mm. j) Furo de entrada reserva – sem bujão adequado para vedação; k) Modificações não autorizadas que podem comprometer a integridade do painel, como por exemplo; furação de invólucro a prova de explosão pelo campo para: Instalação de botoeira / piloto adcional; Furação adcional na parede lateral ou no fundo da caixa, onde a parede tem espessura menor e não comporta no mínimo 5 fios de rosca, para entrada de eletroduto, por exemplo. Furação na tampa ou no corpo do painel para fixar conector de aterramento ou similar. l) Luminária com lâmpada diferente do especificado e aprovado (lâmpadas de maior potencia implica em maior temperatura). m) Equipamento pressurizado / purgado por ar comprimido, saturados de água ou óleo arrastado pela linha de ar. n) Idem; sem pressurização, desrregulado, sem placa de aviso para manter pressurizado. o) Alarme de equipamento pressurizado desativado / removido. p) Caixas do tipo “Exd” em alumínio, corroídos, perdendo a integridade “Ex” da carcaça, juntas flangeadas ou roscas com intertícios grandes; q) Painéis / caixas do tipo à plova de explosão, com cabo removido e com furo do prensa - cabo aberto; r) Caixas do tipo “Exd”, com juntas flangeadas pintadas; s) Caixas do tipo “Exd”, furadas para instalação de cabo de aterramento. CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a2 1 10. TIPOS DE PROTEÇÃO Ex: Os tipos de proteção para equipamentos “Ex”, conforme a IEC/ABNT, a simbologia associada, definição e Normas aplicáveis estão relacionadas na tabela a seguir: Os requerimentos constantes nos livros de regras das Sociedades Classificadoras (ABS, BV e DNV) e da IMO estão em conformidade com as prescrições da normas internacionais (IEC 60079). CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a2 2 11. TRABALHOS EM AREAS CLASSIFICADAS Neste capítulo são indicadas as precauções a serem tomadas para a execução de trabalhos com eletricidade e trabalhos a quente. Um resumo das precauções e impedimentos quanto ao uso de equipamentos ou ferramentas portáteis que se constituem em fontes de ignição. 11.1. Trabalho a Frio. Trabalho que não envolve o uso ou produção de chamas, calor ou centelhas (17E). 11.2. Trabalho a Quente. Trabalho que envolva o uso ou produção de chamas, calor ou centelhas (17E). Trabalho a quente é qualquer trabalho envolvendo soldagens ou fogo e outros trabalhos incluindo certas furações e operações de Esmerilhamento, trabalhos elétricos e uso de equipamentos elétricos não intrinsecamente seguros, que podem produzir centelhamento. 11.3. Anteparas de Tanques de Combustível / Lubrificantes, Praça de Máquinas. Nenhum trabalho a quente deve ser executado diretamente em anteparas, tetos de tanques ou tubulação de combustível, de óleo diesel, de óleo lubrificante ou dentro de um raio de 1 m dessas anteparas/pisos/tetos. Da mesma forma, num raio de 4,5 m de qualquer sondagem, suspiro desses tanques. Trabalhos a quente, em praça de máquinas de motoresdiesel, sala de compressores, etc., onde normalmente se acumulam resíduos oleosos no piso e drenos só podem ser realizados com limpeza para remoção de todos esses resíduos. 11.4. Manutenção em Vasos. Um vaso aberto para manutenção, mesmo depois de drenado e purgado, não pode ser considerado como uma área segura (não classificada). Para que seja atendida tal condição, é necessário que todos os resíduos, líquidos ou sólidos sejam removidos, inclusive as incrustações nas paredes e desgaseificado ou inertizado. Como normalmente faz-se necessária uma iluminação artificial para a conclusão deste procedimento de limpeza, a área permanece classificada até a total limpeza e desgaseificação do equipamento. 11.5. Trabalhos com Eletricidade. Nenhum equipamento elétrico ou caixa à prova de explosão ou de segurança aumentada poderá ser aberto, sem que tenha sido previamente desenergizado (Procedimento de Desenergização). A tensão do circuito não poderá ser ligada até que o trabalho tenha sido completado e as medidas de segurança tenham sido restabelecidas inteiramente. Tais trabalhos, incluindo troca de lâmpadas, somente poderão ser executados por eletricista autorizado. CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a2 3 É também admissível restaurar a alimentação para o equipamento, para fins de testes durante um período de reparo ou de alterações, sob as mesmas condições de segurança. Para execução de reparos ou ajustes, em havendo risco de formação de atmosfera explosiva, é recomendável remover o equipamento para a bancada, em local seguro. Em geral, somente os equipamentos elétricos do tipo “Intrinsecamente Seguro” adequadamente instalado, poderão ser reparados, ou abertos para calibração ou ajuste, com a Unidade em operação normal. O equipamento ou circuito do tipo intrinsecamente seguro é identificado pelas marcas Ex-ia ou Ex-ib. 11.6. Equipamentos Portáteis. É notório que apenas uma parcela dos equipamentos produzidos no país possui o Certificado de Conformidade. Apesar de obrigatoriedade da apresentação do mesmo para se comercializar o equipamento elétrico e eletrônico destinado ao uso em atmosferas explosivas, eles continuam sendo vendidos graças à desinformação dos usuários e sistemática displicência dos fabricantes desinteressados em qualidade e segurança do usuário. 11.6.1. Luminárias Portáteis. Alguns fabricantes de luminárias portáteis à prova de explosão geralmente adicionam um punho metálico revestido de borracha nas luminárias de linha destinadas à instalação fixa, e a batizam de luminária portátil. Logo, a portabilidade fica comprometida devido a não consideração do peso da mesma quanto à manejabilidade em campo. Os erros mais comuns dos usuários são a utilização do cabo como elemento de sustentação e maus tratos, notadamente pelas quedas e impactos. As principais deficiências devidas aos fabricantes são: a não utilização de vidro com as características físico-químicas exigidas e selagem inadequada entre câmaras. Luminárias que não possua plaqueta de marcação “Ex” do fabricante, com número do certificado de conformidade rastreável, jamais devem ser utilizadas em atmosfera explosiva, mesmo que tenha toda a aparência de ser do tipo à prova de explosão. A luminária, de tipo aprovado e certificado, devem conter lâmpada de tipo e potência máxima indicada na plaqueta (temperatura máxima de superfície está condicionada à potência da lâmpada para a qual a luminária foi certificada) 11.6.2. Lanternas de mão. A respeito da utilização de lanternas portáteis de até 3 pilhas de 1,5 V, o Manual de Instalações Elétricas em Industrias Químicas, petroquímicas e de petróleo, esclarece o seguinte: “Em julho de 1983 o API – AMERICAN PETROLEUM INSTITUTE, através de sua publicação nº 2212, admitiu, após pesquisas e ensaios em diversos laboratórios, que a utilização de lanternas comuns, com até 3 pilhas em série (pilhas de zinco-carbono), não se constituía num risco para aplicação em atmosfera explosiva de Grupo IIA do IEC (Grupo D do NEC) e portanto, era desnecessária a aplicação de lanternas do tipo à prova de explosão, certificadas.” Essa conclusão do API trouxe certa dúvida relacionada com o seguinte fato: os ensaios conduzidos pelos diversos laboratórios, conforme acima mencionado, foram feitos com lanternas de fabricação americana. Será que as lanternas brasileiras teriam o mesmo comportamento quando submetidas aos mesmos ensaios que foram feitos nos EUA? Imaginamos que a utilização de lanternas de fabricação doméstica estaria sob suspeita até que fossem feitos aqui no Brasil, ensaios similares àqueles que fundamentaram os resultados obtidos pelo API. Já existem à venda no Brasil lanternas do tipo segurança aumentada, certificadas segundo INMETRO, adequadas para utilização em Zona 1. CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a2 4 11.6.3. Ferramentas Portáteis ou Equipamentos Transportáveis (Elétricas ou Pneumáticas) Ferramentas elétricas portáteis que produzam fagulhas tais como esmeril, lixadeira, furadeiras, não devem ser utilizadas em Áreas Classificadas. Ferramentas pneumáticas portáteis que possam produzir fagulhas ou altas temperaturas (>200ºC) durante sua operação tais como lixadeira, rosqueiadeira, corte, agulheiro, etc., não devem ser utilizadas em Áreas Classificadas. 11.6.4. Ferro de solda, Soprador térmico. Ferro de solda e sopradores térmicos e outros de alta temperatura, não devem ser utilizados. 11.6.5. Megôhmetro (Megger), teste de alto potencial (Hi-pot). Megôhmetro (megger), teste de alto potencial (Hi-pot) e outros instrumentos de alta tensão, não devem ser utilizados. Atenção especial deve ser dada quando de medição de circuitos ou condutores a partir de painéis instalados em Áreas não classificadas, que poderão ter a outra extremidade do cabo terminando em Áreas Classificadas, podendo inadvertidamente provocar centelhas ou descargas nestes locais. 11.6.6. Flash e Câmeras Fotográficas com Flash. Estes equipamentos não devem ser utilizados em Áreas Classificadas. Além do centelhamento na descarga para disparo do flash existe a possibilidade do próprio clarão do flash sensibilizar os detectores de incêndio que monitoram áreas da planta, provocando parada de emergência (ESD). Quando necessário, em locais monitorados por detectores UV, os mesmos devem ter by-pass de sua função, antes de tirar fotos com flash. 11.6.7. Lava-jatos. Estes equipamentos deverão permanecer afastados de Áreas Classificadas, devido ao motor elétrico comum, tanque pressurizado e, principalmente, à caldeira de aquecimento com chama aberta. Não devem ser utilizados em Áreas Classificadas. Recomendável instalar tubulação rígida com engate rápido para mangueira, com máquina instalada remotamente em local seguro. 11.6.8. Máquinas de solda. As tomadas de solda não poderão ser instaladas em Áreas Classificadas. Precaução especial deve ser tomada quando do uso de equipamentos com arco elétrico, assegurando que a conexão do aterramento esteja bem próxima do local de trabalho (ponto de solda), com o cabo terra de retorno conectado diretamente na peça a ser soldada e no ponto de retorno de solda, de modo a evitar qualquer circulação de corrente de retorno pelo casco ou qualquer outro caminho como, por exemplo, tubulação, etc. Abaixo temos a figura de uma tomada de solda a prova de explosão e sua forma correta de manuseio. CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a2 5 11.6.9.Telefone Celular. Sobre a utilização de telefone celular em Áreas Classificadas o Manual de Instalações Elétricas em Indústrias Químicas, Petroquímicas e de Petróleo esclarece o seguinte: “Experiências já feitas demonstram que durante a operação desse tipo de telefone, há um fluxo de energia que é suficiente para causar a inflamação de uma atmosfera potencialmente explosiva. Desse modo, em diversas empresas que processam, manuseiam e ou armazenam produtos inflamáveis existe proibição de sua prática.” Também, o DIP susema – 7008/95, de 24/02/95 determina que os telefones celulares para uso em áreas classificadas no âmbito da Companhia devem ter Certificados de Conformidade e possuir um tipo de proteção adequado à aplicação em atmosferas potencialmente explosiva, como por exemplo, ser do tipo segurança intrínseca. Portanto, telefone celular do tipo comum não poderá ser utilizado em Áreas Classificadas. 12. TÉCNICA DE ANÁLISE DE RISCO: Os acidentes são materializações dos riscos associados a atividades, procedimentos, projetos e instalações, máquinas e equipamentos. Para reduzir a frequencia de acidentes, é preciso avaliar e controlar os riscos. - Que pode acontecer de errado? - Quais são as causas básicas dos eventos não desejados? - Quais são suas consequencias? A análise de riscos é um conjunto de métodos e técnicas que aplicado a uma atividade identifica e avalia qualitativa e quantitativamente os riscos que essa atividade representa para a população exposta, para o meio ambiente e para a empresa. Os principais resultados de uma análise de riscos são a identificação de cenários de acidentes, suas frequências esperadas de ocorrência e a magnitude das possíveis consequências. A análise de riscos deve incluir as medidas de prevenção de acidentes e as medidas para controle das consequências de acidentes para os trabalhadores e para as pessoas que vivem ou trabalham próximo à instalação ou para o meio ambiente. As metodologias representam os tipos de processos ou técnicas de execução dessa análise de riscos da instalação ou da tarefa. 12.1. Risco – Definição: As noções de perigo e de risco são por vezes confundidas. O perigo diz respeito a um acontecimento natural que causa ameaça às pessoas e aos bens materiais, como por exemplo, avalanches, cheias, deslizamentos ou terremotos. O risco já diz respeito à interação de um perigo, com um objeto ou pessoa que se encontra exposto a esse perigo e a sua vulnerabilidade. 12.2. Métodos de Analise de risco: Antes de detalhar o que representa uma Análise de Risco, vamos sincronizar nossos termos. Por segurança entende-se „certeza‟. Garantir que as suas estratégias retornarão no nível desejado significa identificar e entender os riscos para então administrá-los. Estar vivo, por exemplo, significa “arriscar diariamente”. Atravessar a rua, ir ao jogo de futebol ou dirigir são exemplos de situações que envolvem fatores de risco; mas como já estamos acostumados a enfrentá-los, formamos um instinto natural para o cálculo de energia utilizada para minimizar e controlar os riscos. Em regime off-shore no ambiente Petrobras, temos por critérios estabelecidos pelo SMS (Segurança Meio Ambiente e Saúde), a PT (Permissão de Trabalho), como método aplicativo na análise preliminar de risco CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a2 6 Nivel 1 (APN1) elaborada junto com o executante, a qual poderá ocorrer em uma análise preliminar de risco de nível 2 (APN2), caso haja alguma resposta positiva para o questionário ali estabelecido. Independente da análise de risco ter sido elaborada decorre agora no que chamamos de check list; o que nada mais é do que fazer uma lista de itens a serem observados antes de iniciar um trabalho. Recomenda- se a leitura integral da PT e sua reavaliação no local do trabalho, antes do inicio do mesmo. Fatores físicos podem ter mudado o ambiente de trabalho, assim como fatores humanos (psicológicos), uma simples troca do executante, entre outros. 13. PROCEDIMENTO DE CORTE E SOLDA: CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a2 7 CORTE E SOLDA EM ÁREA CLASSIFICADA – CSE Mecânica e Instrumentação LTDA – Filial Rio das Ostras P ág in a2 8
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