Buscar

2 - CÉLULAS EUCARIONTES E PROCARIONTES (PCM) OK

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TRANSCRIÇÃO DE PCM (25/02/2021) 
TEMA: CÉLULAS EUCARIONTES E PROCARIONTES 
PROFESSOR(a): ANA KATARINA 
DIRETOR(a): BRUNNO GIORDANO, IANE CASTRO, GABRIELA PESSOA 
 
 
 
 
 
Nossa aula de hoje é bem simples, nós vamos falar sobre a origem das células e um 
pouco sobre os diferentes tipos celulares que existem e suas propriedades. Nessa primeira 
etapa a gente usa mais o livro Alberts. 
 
 
 
 
1 
CÉLULAS EUCARIONTES E PROCARIONTES 
OBJETIVOS 
EVOLUÇÃO 
Como vocês viram com a professora Melina, a abordagem inicial química celular vem 
daquele princípio do surgimento da terra até o surgimento da vida. Então, vocês devem ter 
visto que em algum momento houve formação da Terra. Temos uma datação baseada na ideia 
do carbono, na hipótese que seria o big bang. Essa datação é em torno de 4,6 x 10^9 anos. 
Mas, em algum lugar onde essa transformação aconteceu, da formação da terra e seu 
aperfeiçoamento nos gases e da formação das primeiras moléculas, a gente viu um ponto 
onde existiu a origem da vida. Lembrando que o meio era anóxico, ou seja, não tinha 
oxigênio livre e ele passou a permear depois de algum tempo. 
Com a presença dele, tivemos a delimitação da camada de ozônio que, até então, não 
existia. Os raios incidiam sobre a crosta terrestre, e toda essa evolução molecular dos átomos 
se agregando através das descargas elétricas proporcionaram o surgimento da vida. Afinal, a 
Terra mudou, a radiação diminuiu e os organismos poderiam aparecer. A síntese prebiótica de 
biomoléculas deu origem a essa vida inicial, vida primitiva que foi se adequando, dando 
origem ao que chamamos de “era da vida microbiana”. Então, passamos a ter um ambiente 
onde o oxigênio já estava presente nos lagos, na forma de água que se condensou do vapor de 
água, do vapor de água condensado que formou os mares. Então, caminhamos para essa 
origem aqui, que é a origem dos seres fototróficos, até chegar nos primeiros eucariotos que 
são os mais evoluídos. 
 
 
 
 
Esse caminho passa por uma teoria bastante discutida, que é a teoria simbiótica, Nessa 
teoria, nós vimos que o ser procarioto inicial não conseguia metabolizar o oxigênio, é 
invadido por seres que faziam o metabolismo do oxigênio, no caso um procarioto simbionte, 
que ao invadir esse anaeróbio, deu a ele a capacidade de metabolizar o oxigênio. Simbiose já 
diz - troca -, ele passou a metabolizar o oxigênio para que esse procarioto inicial pudesse ter 
sua vida preservada, pois o aumento de oxigênio fez com que houvesse uma seleção natural, 
as células que não respiravam iam morrendo e as células que passaram a respirar iam se 
perpetuando. 
2 
TEORIA SIMBIÓTICA 
Tanto nós vemos a entrada aqui desse (procarionte laranja do slide), quanto desse 
outro (procarionte verde do slide) que já era um procarioto fotossintetizante, então a esse nós 
conhecemos como mitocôndria (laranja), e o outro conhecemos como cloroplastos (verde). 
A teoria simbiótica diz que esse procarioto criou um ser que tem tanto mitocôndria 
quanto cloroplastos, e que, a partir desse ser que respirava, foi possível, então, observar o 
surgimento dos animais e dos vegetais. 
 
Pergunta do professor: Como é que a gente afirma que isso aqui era um ser ao invés 
de ser uma organela? 
R: Então, várias evidências biológicas nos mostram que essa mitocôndria ela era 
verdadeiramente um ser por quê? Porque a membrana dela é muito parecida com uma 
membrana de bactéria. As enzimas que ela possui. Mitocôndria tem o próprio DNA, não tem 
histonas, é um DNA mais rudimentar como as células iniciais. As mitocôndrias também têm 
ribossomos. No caso, os ribossomos das mitocôndrias e dos cloroplastos são muito parecidos 
com o dos iniciais, dos seres procariotos simples. E também a gente tem essa síntese a partir 
dos ribossomos, das proteínas e enzimas. Então, temos toda uma ideia de que uma 
mitocôndria poderia viver sozinha. 
A gente tem sais em laboratório nos quais a gente sônica a célula, com um sonicador 
você rompe as moléculas, aí ela bota para fora todas as mitocôndrias e nós fazemos um 
ensaio somente com as mitocôndrias. Então, conseguimos manter viva somente a mitocôndria 
sem ela estar dentro da célula como um todo. A célula não vive sem ela, mas ela eu consigo 
trabalhar sozinha numa placa. Então tudo isso colabora com a ideia de termos mitocôndria e o 
cloroplasto como tendo sido procariontes simbióticos de vida livre, que invadiram células 
inicialmente. 
 
 
 
Então, essa é a nossa teoria endossimbiótica. Outra ideia é a invaginação das 
membranas. Como a gente sabe, a célula animal e vegetal é cheia de compartimentos, então 
não é só o fato de entrar na célula, mas sim dela já ter um núcleo individualizado. Então, essa 
ideia do endossimbionte, a qual a célula eucarionte ancestral englobou as bactérias aeróbicas, 
3 
TEORIA ENDOSSIMBIÓTICA 
que se transformaram nessas organelas conhecidas. Ela também vem em conjunto com a 
interiorização das membranas. 
A membrana invaginou e criou esses compartimentos. Você tá vendo aqui que esse 
núcleo (apontando no slide) já está individualizado e o retículo endoplasmático rugoso que é 
muito coladinho na membrana nuclear, ele já está aparecendo aqui (apontando no slide), isso 
é um sinal de endo (entrada de membrana, então é como se essa membrana aqui de fora 
entrasse, fornecendo, agora, tudo separado como se fosse uma coisa nova, célula nova. 
 
 
 
 
Então, como vocês viram, a partir do procarioto ancestral formamos 3 domínios. 
Domínio arqueobactéria e domínio eucarioto. A partir deles teremos as bactérias e as archeas, 
as bactérias fotossintetizantes, os cloroplastos que invadiram os Assim, como a mitocôndria, 
plantas têm cloroplastos e mitocôndrias. Animais e fungos tem mitocôndria. 
Então, na evolução acredita-se que surgiram primeiro a archea, a bactéria e o 
eucarioto ancestral. A archea deu origem às arqueobactérias, a bactéria, aquela comum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
EUCARIOTOS 
 
 
Vamos lá definir célula. Célula é a unidade fundamental de todo ser vivo, unidadeestrutural, funcional. Se a gente for parar para pensar, a própria célula é a vida. 
 Então, quando uma célula morre, a vida do tecido fica comprometida, então 
precisamos sempre pensar na vida não como um indivíduo como um todo, mas sim das suas 
unidades. A célula é uma unidade viva e essa vida que existe nela é a capacidade de criar as 
suas próprias cópias e reproduzir. A gente conhece a célula como unidade morfofuncional de 
todos os seres vivos, seja uni ou multicelular. Podemos dizer com toda propriedade que ela 
tem vida. Se eu tiro um nutriente, ela responde, se encolhe, descola da matriz, então a célula 
tem vida, e tem uma vida independente. Por isso, a gente vê os tecidos, vê a matriz, vê toda 
essa estruturação. 
 
 
As células variam muito em tamanho, forma e função e também de acordo com a 
necessidade química. 
5 
AS CÉLULAS 
 
 
Tamanho é muito fácil da gente ver. As menores células, como sabemos, são as 
bactérias.Temos bactérias bem pequenas, esse daqui que é um exemplo clássico (lactobacilo) 
casei shirota , ele é visto ao microscópio, porque ele tem 1mm dividido por mil que é um 
mícron. O casei-shirota foi utilizado por uma empresa, já que ele é um lactobacilo, ele 
consegue transformar o açúcar do leite, que é a lactose, em ácido láctico por fermentação. 
 Utilizado para fazer aqueles leites que se tomam para microbiota intestinal. Por isso, 
eles ficaram conhecidos como lactobacilos da Yakult. Mas, eles são muito pequenos, 
dependendo do microscópio não é visto. Porém, assim como o casei shirota é uma célula, eu 
tenho também um óvulo, olha só que diferença. O óvulo humano pode variar um pouco, de 
0,1 a 0,2 μm , ou seja 200 micrometros, e de acordo com alguns autores pode ser visto a olho 
nu. Se você tiver uma caneta bic, (esfera coincide com o tamanho), o óvulo é bem maior. 
 
 
O tamanho das células vai variar. Quando a gente faz microscopia, a gente vê. Sempre 
usamos uma escala. Estou mostrando aqui a vocês uma imagem do capítulo do livro 
6 
(Alberts), que mostra que as células têm variadas formas e tamanhos. Ele trouxe pra nós um 
neurônio. Nessa célula nervosa de encéfalo, você consegue ver todos os dendritos, axônios, 
tudo mais, tem uma ideia de célula estrelada no centro. 
 
B- É um paramécio, um dos protozoários mais conhecidos. É ciliado e de grande dimensão. 
C- É uma alga verde. Um ser unicelular bem distribuído em toda a natureza. 
D- É a Saccharomyces cerevisiae , uma célula de levedura, um fungo (é observada como se 
fosse bolinhas), bastante utilizada na panificação e em algumas indústrias. 
E- É a Helicobacter pylori , bactéria causadora da úlcera estomacal. É flagelada, possui vários 
flagelos que possuem a função de locomoção, como se fossem chicotes. Se difunde 
facilmente ao estômago causando lesão celular. 
 
As células precisam de nutrientes, podem metabolizar o oxigênio, como podem 
metabolizar qualquer outra molécula. Exemplo, a Lorcifera, que vive no mar mediterrâneo 
em águas tóxicas. É um ser que não metaboliza oxigênio. No lugar de mitocôndrias para fazer 
a respiração celular, ela tem hidrogenossomos, fazem um processo semelhante à respiração, 
mas ao invés de utilizarem oxigênio, usam hidrogênio. 
Essa micrografia mostra uma cianobactéria. São conhecidas como 
produtoras de toxinas, mas produzem em dois tipos, as Microcistinas 
(hexapeptídeo cíclico) e Nodularinas (pentapeptídeo), sendo 
extremamente tóxicas para o fígado humano. Então, pode-se dizer que as 
cianobactérias produzem toxinas prejudiciais à saúde humana. São 
máquinas produtoras de toxina. Por isso, deve-se ter bastante cuidado com 
águas contaminadas devido ao excesso de peptídeos (solúveis em água). 
Se ocorrer uma contaminação é possível que ela se espalhe por outros locais, como 
córregos, rios, lagos e etc. 
 
 
 
 
7 
NECESSIDADE QUÍMICA E ATIVIDADES 
Exemplos: neurônios, paramécio, hemácias, óvulo, bactéria, cloroplastos, fibras 
celulares. 
As células podem ter diversas formas e necessidades, mas todas se assemelham em 
relação ao material genético. Então, as células possuem DNA ou RNA no caso de algumas 
espécies, mas em sua maioria quem tem a química básica geral tem a molécula de DNA. As 
células vivas tem o material de toda a sua informação guardado no DNA. O RNA é uma 
molécula única, simples, na TEORIA DO MUNDO DO RNA se diz que o RNA surgiu 
primeiro e depois veio de DNA, isso porque existem muitos RNAs diferentes, os mais 
conhecidos são os RNA transportador, mitocondrial e ribossômico, mas existe muito mais. 
Por isso que na era atual, as vacinas moldaram a estrutura do RNA, porque sua estrutura é 
muito fácil de ser manipulada, o próprio corpo humano causa alterações em sua estrutura. O 
vírus de COVID, por exemplo, surgiu como uma sequência que atualmente já sofreu 
modificação, por ele ser um vírus de RNA sofre alterações de forma muito rápida. Dessa 
forma, o DNA substituiu o RNA e por ser uma molécula dupla, em hélice, ele é mais estável 
e a informação é guardada de forma mais segura para os indivíduos. 
Diversos tipos de seres possuem a mesma maquinaria química que é a presença de 
nucleotídeos de DNA. 
 
 Possibilitou a descoberta das células. 
8 
DIVERSIDADE CELULAR 
A INVENÇÃO DO MICROSCÓPIO 
O microscópio primitivo, bem pequeno, é colocado no dedo. 
Parecido com uma luneta 
Monocular, com o uso de lente que permite a visualização de 
um ponto. 
A microscopia envolve o uso de lentes, então a indústria evoluiu e as lentes foram 
aperfeiçoadas. Com isso, a criação dos microscópios foi sendo mais elaborada e conseguindo 
melhorar a visualização. 
Em 1665, o cientista Robert Hooke viu uma célula que, na verdade, 
eram várias cavidades em um pedaço de cortiça, que é um tecido 
morto. A essas cavidades ele chamou de célula. Mais tarde, depois de 
muito estudo e visualização com o seu microscópio que foi criado por 
Christopher Cock chegou a dizer que o tecido era formado por 
9 
MODELOS DE ORGANIZAÇÃO CELULAR 
unidades funcionais. Avançou bastante nos seus estudossobre cavidades vazias e mortas e 
chegou a visualizar verdadeiramente que a célula era a unidade que formava o ser vivo. 
 Esse livro possui inúmeros registros de visualizações dessas células. 
Com isso, houve bastante evolução. Em 1665, Hooke viu a primeira célula. Em 1674, 
Anthony van leeuwenhoek conseguiu ver os primeiros protozoários e os chamou inicialmente 
de animálculos, que estavam na água. Em 1831, Robert Brown descobriu o núcleo das 
células. Em 1838, Johannes Purkinje denominou o conteúdo ao redor do núcleo, falando 
sobre o protoplasma, que convencionou-se chamar de citoplasma, depois veio Matthias 
Schleiden e Friedrich Schwann que fizeram novas visualizações em células vegetais 
complementando o estudo celular, até que Rudolf e outros conseguiram ver uma divisão 
celular, em 1855. 
 
 
Ele viu ponto a ponto a divisão da célula dessa planta, e foi desenhando. Hoje, 
usamos microscopia eletrônica, vejam como a imagem microscópica é idêntica ao desenho 
dele: 
 
 
A ciência passa por muitas coisas. Tem gente que acha que fazer ciência é fazer de 
qualquer jeito e tem gente como Eduard Strasburguer, que fez a diferença. Mostrou que, em 
10 
1880, as pessoas verdadeiramente se dedicavam à ciência e ao conhecimento. Ele fez 45 
registros para mostrar o que hoje nós vemos rapidamente através do microscópio. Passou 
quase 3 horas na frente de um microscópios que deveria ser bem rudimentar, se dedicando a 
desenhar nos mínimos detalhes esse registro. 
 
 
Hoje, chegamos à Era da Microscopia. Toda Universidade tem um microscópio 
óptico. A Microscopia vai aparecer na Biologia Celular, junto à Patologia e muitas outras 
disciplinas. 
 
O primeiro microscópio que vemos é o Óptico. Simples, com a luz inferior (seta azul 
na imagem) e com as objetivas, normalmente em duas ou três (seta vermelha). A microscopia 
óptica utiliza luz, então devemos colocar a lâmina no charriot (seta verde) para poder a luz 
passar por ela. Ele permite que aumentemos até 1000 vezes uma imagem, então conseguimos 
ver 0,2 micra. Só que para isso, tudo tem que estar ajustado de forma correta. O conjunto de 
lentes é que faz a diferença. 
 
Já o microscópio eletrônico é mais elaborado. Tem uma precisão maior, porque é 
ligado a um computador, então ele faz uma diferença enorme, já que permite que a gente faça 
vários outros tipos de pesquisa. Podemos fazer microscopia de varredura, com focal, de 
transmissão, de transmissão de cor, com ondas fluorescentes etc. 
A imagem estática (à esquerda) é uma imagem de tecido adiposo, sem profundidade, 
feita em um microscópio óptico. Essa outra imagem (à direita) é uma microscopia de 
varredura do tecido muscular, as fibras. Como o microscópio eletrônico permite que a gente 
veja profundidade, dá pra ver bem as fibras, o endomísio, a constituição. 
 
 
 
A gente usa célula e testa materiais, por exemplo, para fazer um disco de titânio para 
utilizar como dente de titânio. Será que quando colocar o dente de titânio no paciente, a 
célula vai aderir? Ou seja, a gengiva vai reagir, interagindo com o dente para que ele fique 
perfeito na boca do meu paciente. Ou será que se eu colocar um pino ou outra coisa de titânio 
na boca do paciente, o tecido vai necrosar e ele vai se afastar? Para saber, a gente faz uma 
microscopia eletrônica de varredura. A gente coloca a célula sobre a superfície de titânio e 
fotografa pra ver se ela vai aderir ao material ou não. Quando a gente imagina titânio, 
imagina uma superfície lisa, como se fosse algo bem brilhante... E como conseguimos driblar 
11 
AS CÉLULAS AO MICROSCÓPIO 
essas barreiras? Podemos colocar uma substância lá, como soro (plasma sanguíneo), porque 
tem minerais, proteínas, moléculas que vão fazer uma ponte entre o titânio e a célula. Então, 
às vezes quando precisamos utilizar um pino de titânio no dente, primeiro tem que se fazer a 
estrutura de titânio, revesti-la no plasma e só assim colocar na boca do paciente, porque 
sabemos que o plasma vai promover a adesão da célula, ou seja, vai cicatrizar. 
 
Microscopia eletrônica permite fazer fluorescência. Todo mundo gosta de fazer 
marcação com fluorescência. Isso é possível graças a muitos estudos sobre substâncias 
fluorescentes. O prêmio Nobel de Química foi dado a Roger Tsein, que publicou o artigo na 
Science, falando sobre proteínas fluorescentes, o primeiro tom/cor. Com outros 
pesquisadores, temos hoje um arco-íris de fluorescência, ou seja, um composto que a gente 
coloca no meio junto com a célula e ele se adere e emite radiação, emite cor. Quando 
fazíamos experimentos com ratos, tínhamos que abrir o rato, tirar o tecido porque a gente não 
sabia como tinha sido o tratamento, se tinha cicatrizado etc. Hoje, com essa tecnologia da 
fluorescência, só precisamos marcar, como um exame, o tecido, a célula, e passa a observar o 
rato sem precisar abrir, lá no ponto certo ocorre essa emissão de cor. Filtros variados podem 
medir a intensidade das cores: azul, amarelo, vermelho, etc. 
 
Microscopia eletrônica de fluorescência: microvilos intestinais emitindo azul . 
 
 
Então, acabamos de falar de microscopia de fluorescência, que absorve luz e tem um 
certo comprimento de onda e vai emitir essa luminosidade que pode ser captada. Os 
microscópios vêm acoplados a um sistema de computador que consegue ler essa intensidade 
de luz, revelando localização, o que está acontecendo. A gente vê bastante a marcação do 
DNA, proteínas e outras macromoléculas. 
A microscopia de transmissão de varredura não utiliza luz, e sim elétrons. Olha 
pequenas regiões utilizando um canhão de elétrons. Tem uma lente que vai condensar esse 
feixe de elétrons e depois outro que vai projetar. Mas é importante lembrar que ela parece 
muito com o microscópio óptico, mas utiliza elétrons. Ele tem várias bobinas magnéticas, 
então é como se o elemento fosse coberto com um contraste, e quando a microscopia passa 
sobre aquele elemento, conseguimos observá-lo em 3D. É como se pulasse aos nossos olhos. 
O que verdadeiramente recobre são sais deurânio e sais de chumbo, então fazemos o feixe de 
elétrons passar pela superfície banhada por esses sais e conseguimos visualizar: 
 
 
 
Nesta imagem, apesar de ser em preto em branco, conseguimos visualizar a 
tridimensionalidade da imagem, que representa grãos de pólen, produzidos pelas plantas para 
fecundação. Isso aqui é uma microscopia de transmissão de pólen, eu a acho muito bonita. 
12 
Aqui está a foto do nosso microscópio da Universidade, é um microscópio óptico, 
falamos justamente sobre isso. O que faz com que vejamos melhor é a qualidade das lentes 
objetivas, as quais devem ser excelentes. 
 
Comentário: Eu usava um Nikon na 
UFRN que custou certa de 70000 
reais, ele é 5x maior que esse pois é 
invertido, e ele era bom não por 
outra coisa, mas por causa das 
lentes. 
 
 
 
 
Pergunta da professora: O que se consegue ver na microscopia? 
R: Tudo que o olho não consegue ver, dependendo da lente, conseguiremos. 
 
 
 
Falamos aqui também sobre Interferência Diferencial (marcação das células com 
material que se quer trabalhar ex: Ribossomo em um tom e todo o resto em outro), ou 
Fluorescência (na imagem se vê uma célula perfeita e outra sofrendo apoptose (processo de 
morte programada da célula). Vê-se que a morte começa pelo núcleo: do lado de fora a célula 
está perfeita, enquanto o núcleo vai encolhendo, quebrando todas as pontes do citoesqueleto e 
desfazendo a cromatina, então a célula vai perdendo todo o controle de divisão e de vida e 
termina se fragmentando em pequenos pedaços, mas veremos apoptose mais à frente. 
 
 
13 
 
 
Saindo da microscopia, nós lembramos que existem dois tipos de serem: Unicelulares 
(procariotos, exemplo: bactéria) e Pluricelulares (eucariotos, os mais evoluídos); nós sabemos 
que o que os diferencia é a invaginação e compartimentalização da célula. Os eucariontes 
possuem vários compartimentos separados que fazem síntese molecular, enquanto o 
procarioto tem todo o material exposto no centro da célula, delimitado apenas por uma 
membrana, possuindo flagelo as vezes; é um ser mais simples, podendo ter de 1 a 2 
micrômetros de comprimento, enquanto a célula animal pode ser um pouco maior (5 a 100 
micrômetros). 
Pergunta da professora: Os procariotos originaram os eucariotos? 
R: O que sabemos é que a evolução permitiu a invaginação membranar. A célula procariótica 
simples começou a ter estágios de invaginação de membrana, formação de retículo e de 
outras organelas até chegar à célula compartimentalizada que conhecemos hoje. 
 
 
Lembremos dos pontos clássicos: Célula que não têm núcleo individualizado, DNA 
está liberado no centro dela, são representados principalmente por bactérias e seres 
unicelulares (como algumas algas). Sabemos que existem várias bactérias, a exemplo a E. 
coli , e essas bactérias vivem em nosso organismo. A maioria estão no nosso corpo em 
concentrações pequenas, porém algumas, em grande concentração devido exagerada 
proliferação, podem causar doenças. O exemplo mais comum e mais conhecido é a 
Escherichia coli, que está no trato intestinal junto com vários outros microorganismos, 
compondo nossa microbiota. 
Deve-se lembrar que bactérias podem ter tamanhos muito variados (de 0,15 a 250 
micrômetros), vamos desde pequenos microplasmas até as células maiores. Na microscopia 
ótica não conseguimos ver bactérias muito bem, a não ser que ela esteja agregada. Sabemos 
que no início ela está sozinha, mas como se divide bem rápido, logo constitui uma colônia, 
então conseguimos ver a agregação (tanto de bacilos como de cocos) Obs Colônia de cocos= 
“estafilococos”. Já os espirilos, que são os víbrios e espiroquetas, nós visualizamos pelo 
movimento e identificamos quais são flagelados ou quais tem movimento desordenado. 
→ Constituição das Células Procariotas 
Toda bactéria tem uma constituição diferente de acordo com a que está sendo estudada, são 
os procariotos mais variados e numerosos da Terra, mas falaremos aqui da constituição 
básica. 
● Parede Celular : A parede celular das Arques não tem peptidoglicano, mas algumas 
têm moléculas semelhantes, já outras são compostas por proteínas e polímeros. Estou 
querendo dizer que bactéria tem proteína e carboidrato como todo outro ser vivo, o 
arranjo é o que pode mudar. Quando falamos em arranjo de carboidratos, lembramos 
da parede das plantas, de celulose, porém aqui o arranjo é bem semelhante só que 
ainda mais estruturado. Na fórmula estrutural, temos o ácido do açúcar (da 
glucosamina), o ácido murâmico, e as ligação com os peptídeos (que são proteínas, 
14 
TIPOS DE CÉLULAS 
CÉLULA PROCARIONTE 
cadeias de aminoácidos). Essa estrutura protegerá a bactéria, sendo essa associação de 
proteína e carboidrato uma barreira que a bactéria conseguiu criar para garantir sua 
sobrevivência. É importante que lembremos dessa cadeia de peptidoglicano, pois ela 
quem diferencia as bactérias gram+ das gram-. 
Quando falamos dessa parede, lembramos que hoje é possível classificar as 
bactérias segundo o Método Gram , que é um método de coloração. Esse método foi 
criado pelo patologista Christian Gram em 1880, no qual faz-se uma coloração na 
parede da bactéria. Quando se fixa a bactéria, haverá a camada de peptidoglicano na 
qual o cristal violeta se fixará (para garantir a fixação e a cor, adiciona-se lugol). 
Depois da coloração inicial há a lavagem com álcool, então há o arraste de alguns 
componentes do corante, principalmente a gordura (que dá o aspecto de coloração). 
Após a lavagem adiciona-se um contra-corante (a Safranina), que é vermelha. Nas 
bactérias gram positivas, a camada de peptidoglicano prende mais o corante que a 
gram negativa. Uma vez que o corante se fixa mais, a Safranina apenas fecha a 
ligação, então essas células são bem roxas/violetas, bem visíveis. Já as gram 
negativas, como possuem uma cadeia de peptidoglicano mais fina, o corante não se 
adere muito e o excesso é retirado na lavagem e, ao adicionar a Safranina, a coloração 
resultante é roseada (roxo + vermelho). Então distinguimos as células gram+ das 
gram- porque uma se core rosae outra se core roxo. Ao vermos essa microscopia, 
identificamos tanto as gram+, quanto as gram-, a diferença é que na cadeia da positiva 
a quantidade de membrana peptidoglicana é muito larga, e o ácido teicóico adere ao 
cristal violeta, já na gram- a cadeia é bem fina/estreita/delgada, e a camada de 
peptidoglicanos está entre duas membranas, por isso quando se lava sai uma parte e a 
cor predominante é rosa. 
Como já citamos, a camada de peptidoglicano é de proteção, como uma 
cápsula, que reveste a membrana da bactéria, que é o que ocorre perfeitamente nas 
gram+. Quando essa membrana forma uma parede mais extensa, acaba criando uma 
barreia. Para quebrar proteínas, existem enzimas, logo: o ser humano é dotado de 
enzimas capazes de quebrar a barreira, fazendo com que a bactéria fique mais 
suscetível à entrada de água e sofra lise. Essa barreira é rompida, principalmente, pela 
enzima Lisozima, que é muito bem distribuída pelo corpo humano, estando em vários 
pontos do nosso organismo (lágrima, secreção nasal, colostro, saliva) por onde as 
bactérias podem penetrar. Então todos temos um agente antibacteriano natural no 
corpo: as lisozimas. Às vezes, quando algo entra no olho, a ideia popular é de 
promover o choro; quando a lágrima é ativada para lubrificação do olho, a lisozima é 
também liberada como agente protetivo de ação contra qualquer bactéria, a levando à 
lise osmótica. 
 
 
 
 
 
A membrana do ser procarioto é composta por uma bicamada de lipídeos e proteínas, 
entretanto, se apresenta sendo mais simples que as membranas das células eucariontes em sua 
estruturação. Esta membrana pode apresentar um pouco de carboidrato (glicocálice), 
responsável por permitir maior aderência ao biofilme (cápsula). Em algumas arqueas, a 
15 
MEMBRANA PLASMÁTICA 
membrana plasmática é estruturada com apenas uma camada lipídica (monocamada). Toda 
essa organização permite fazer com que a bactéria possua grande poder de agregação e 
fixação para nutrição bacteriana. 
Os ribossomos estão espalhados no centro da célula e são responsáveis pela síntese 
proteica. Existem cerca de 15 mil ribossomos por célula bacteriana, justamente pela função 
primordial da célula: produção de proteínas. 
 
A bactéria pode apresentar um nucleóide: 
- Armazena e transmite a informação genética; 
- Contém uma molécula circular de DNA que é quase mil vezes maior que a 
própria célula; 
- O DNA é empacotado com proteínas e firmemente dobrado no nucleóide, que 
é menor que 1 µm. 
- Segmentos circulares menores de DNA; 
- Alguns plasmídeos contêm genes que codificam enzimas que destroem 
antibióticos, tornando as bactérias resistentes a ação desses medicamentos; 
- Pode ser transferido para outras células (conjugação); 
- Produção de toxinas; 
- De replicação própria. 
A transmissão de fragmentos de DNA ocorre através do pili (ou pilus) , que é uma 
forma de conexão entre células bacterianas. 
Flagelo é um polímero constituído por uma cadeia protéica, a flagelina, característico 
das bactérias. Órgão de locomoção . 
As fímbrias são filamentos curtos e rígidos - pilina - distribuídas por todas as 
superfícies ou polos. Responsáveis pela fixação. 
 
 
 
 
 
 
16 
RIBOSSOMOS 
NUCLEÓIDE 
PLASMÍDEO 
FLAGELO E FÍMBRIAS 
 
OBS : Alguns autores não falam mais sobre a presença de mesossomos, pois sua função 
ainda não é consenso na comunidade científica. 
 
 
PERGUNTA DA PROF: “O que é microbiota?” 
R : População de microorganismos que vai habitar a pele, as membranas, as mucosas, etc. 
 
Estes microorganismos não se restringem apenas às bactérias e podem ou não 
habitar nosso corpo por muito tempo. Alguns se estabelecem por determinado período de 
tempo, outros são considerados “oportunistas”, patógenos que podem obter vantagem 
sobre os microorganismos benéficos e acabarem se sobressaindo. 
 
São aproximadamente 100 trilhões de microorganismos habitando nosso corpo, 
que se distribuem em torno de 10 mil espécies diferentes. As relações estabelecidas entre 
nós e a microbiota são bastante diversificadas. Exemplo: Comensalismo, simbiose, 
parasitismo, endossimbiose, e, na maioria das vezes, todas essas ocorrem em equilíbrio. 
 
 
Distribuição da microbiota: 
 
 
OBS : 30% da massa seca das fezes humanas é composta apenas por bactérias, o que denota 
tamanha velocidade de renovação. 
 
 
17 
COMPONENTES 
MICROBIOTA HUMANA 
 
Funções: 
- Biofilme protetor; 
- Regulação imunológica; 
- Homeostasia do organismo; 
- Auxílio na digestão e absorção dos alimentos. 
 
 
 
Alguns pensam que a microbiota está no nosso organismo somente porque ela precisa 
de um meio para viver, mas essas bactérias representam muito mais do que isso. Sabemos que 
existem doenças, conhecidas como disbiose, resultantes do desequilíbrio dessas bactérias. 
Portanto, é de fundamental importância lembrar das funções dessa microbiota: proteção, 
ativação na regulação. 
A nossa imunidade está diretamente ligada ao que consumimos, ao que nos expomos. 
 
 
São tantas doenças relacionadas à disbiose (disfunção ou desequilíbrio da microbiota 
intestinal), que devemos saber que o ser humano em seu primeiro ano de vida deve ser 
preservado, devido a sua microbiota ser imatura (instável) e deve ser cuidado e preservado. 
Logo após o primeiro ano de vida, sabe-se então que essa microbiota passa por um estágio de 
maturidade e estabilidade. 
 
● Dieta; 
● Remédios; 
● Microbiota materna; 
● Idade; 
● Higiene; 
● Estado hormonal; 
 
 
 
A desregulação desta microbiota (disbiose) pode levar a doenças locais e sistêmicas 
para o organismo humano, como algumas citadas na tabela abaixo. 
18 
MICROBIOTA INTESTINAL 
FUNÇÕES DA MICROBIOTA INTESTINAL 
DISBIOSE INTESTINAL 
FATORES QUE INFLUENCIAM NA MICROBIOTA 
DOENÇAS QUE PODEM DESENVOLVER A DISBIOSE 
Essa parte da proteção depende da competição entre os microrganismos. Se o 
indivíduo tem uma alteração nos organismos dessa microbiota, alguns desses seres (no caso 
os patogênicos) podem provocar danos ao organismo, se estiverem em maioria. 
 
 
PA: A candidíase pode ser evitada se a microbiota estiver saudável? 
RP: Pode sim. Sabemos que Candida albicansfaz parte da nossa microbiota, mas ela está em 
pequena quantidade. Porém quando algo de errado acontece ela pode se manifestar. 
Exemplificando: Nessa micrografia (imagem 30) observamos quais microrganismos 
estão presentes nessa microbiota vaginal, por meio do esfregaço que foi feito através do 
exame Papanicolau (ou preventivo). Nela podemos observar uma grande quantidade de 
Candida albicans, então podemos dizer que as células escamosas intermediárias estão 
sofrendo com essa superpopulação. Sabemos que esse fungo é um microrganismo saprófito, 
assim, ele se aproveita do meio, causando diversas consequências ao hospedeiro, como 
alteração do PH do meio, reação inflamatória dentre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
Doenças locais Doenças sistêmicas 
Doença inflamatória intestinal Obesidade 
Câncer Diabetes 
Colite pseudomembranosa Alergia 
 Autismo 
CANDIDA ALBICANS: O QUE DEVEMOS SABER? 
Existem patógenos que são encontrados em grandes concentrações, o que pode 
provocar a lise celular. Observamos na figura 18, o processo de citólise celular. O ponto mais 
escuro (azul escuro) é o núcleo celular e as células são as partes mais claras (azul claro). 
Podemos observar, nesse exame do Papanicolau da figura 18, a presença de 
Lactobacillus em alta concentração. Nessa condição ocorre a lise celular. Nessa figura é 
mostrada uma citólise, as células foram mortas e os núcleos estão todos “desnudos” 
(expostos) por causa do excesso de Lactobacillus . Assim, como ele é uma bactéria 
dependente de glicogênio, e no útero tem esse nutriente, ele está aproveitando a situação. 
Precisa-se então de um tratamento adequado para a recuperação dessa microbiota. 
 
 
PA: Então os lactobacilos não são tão bons? 
RP: Depende da quantidade desses microrganismos, como podemos ver na imagem 18, eles 
estão em grande quantidade e consequentemente eles alteraram o PH, os quais produzem 
substâncias ácidas como o ácido lático, assim o excesso desse ácido pode provocar a morte 
celular. 
 Portanto na microbiota podemos encontrar tanto a Candida albicans como os Lactobacillus . 
No Nordeste, fala-se muito em relação a utilizar roupas apertadas todos os dias, como 
as calças jeans que quando chegaram ao Brasil eram feitas de um jeans muito rígido, já hoje é 
mais maleável, permitindo que o calor não fique tão concentrado. Portanto, essas alterações 
podem ocorrer tanto pela alimentação, quanto pela falta de higiene e outros fatores que 
podem alterar a microbiota intestinal ou a microbiota total do indivíduo. 
Em resumo, a microbiota tem relação direta com doenças como: disbioses 
emergentes, com colites, com síndrome do intestino irritável (SII), com doença inflamatória 
intestinal, com síndrome metabólica, obesidade, diabetes, alguns estudos relataram relação 
com sintomas de Parkinson, alergias (muito comum de se escutar) e autoimunidade. Essa 
microbiota tem relação direta com muitos importantes, portanto o tratamento deve ser 
imediato e é essencial. 
Também existem algumas tecnologias com relação ao tratamento dessa microbiota, 
como o transplante fecal de microbiota.. 
20 
Ela também se relaciona com medicamentos e com alimentos, é muito relevante 
lembrar dessa relação. Antes de se preocupar com o medicamento, se preocupe 
primeiramente com o funcional da alimentação. Então para melhorar a microbiota, pode-se 
utilizar os probióticos (são bactérias vivas) e os prebióticos (são aqueles que não são 
digeríveis) os quais promovem a seleção das espécies, eles irão trazer benefícios ao 
hospedeiro. 
Outros estudos mostram essa microbiota como um órgão, em que consideramos o 
organismo como um ecossistema devido a existência de grandes populações de 
microrganismos existentes. 
 
Sugestão de leitura: Botulismo: conhecendo os casos brasileiros notificados entre 
2007 a junho de 2013 
https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoesaude/article/view/2500#:~:text=Na% 
20distribui%C3%A7%C3%A3o%20de%20casos%20por,%25%2C%20foi%20da%20forma 
%20alimentar . 
Sobre a bactéria Clostridium botulinum , não é sobre o botox que esse artigo trata. Ele 
traz um apanhado de 2007 a 2013. Lembrando que o bacilo causador do botulismo é gram 
positivo e sua reprodução é através de esporos - esporos esses que são muito resistentes. Essa 
pesquisa, em suas analises, observou que os maiores grupos de risco eram do sexo masculino, 
da faixa etária dos 20 a 39 anos e que os maiores índices foram em 2009 na região sudeste. 
Como conclusão do artigo se observou que 60% dos acometidos se curaram e que a principal 
forma de contaminação foi através da alimentação. 
O botulismo não é uma doença muito comum, mas por meio deste artigo evidencia-se 
a necessidade de cuidar da alimentação, principalmente nós que estudamos, trabalhamos e 
ficamos o dia fora de casa. Com algumas sugestões básicas, como utilizar marmita, comer 
frutas lavadas e a maioria dos alimentos feitos em casa, pode-se fazer uma dieta normal, sem 
se preocupar com alterações no organismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
ANAERÓBIOS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA 
https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoesaude/article/view/2500#:~:text=Na%20distribui%C3%A7%C3%A3o%20de%20casos%20por,%25%2C%20foi%20da%20forma%20alimentar
https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoesaude/article/view/2500#:~:text=Na%20distribui%C3%A7%C3%A3o%20de%20casos%20por,%25%2C%20foi%20da%20forma%20alimentar
https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoesaude/article/view/2500#:~:text=Na%20distribui%C3%A7%C3%A3o%20de%20casos%20por,%25%2C%20foi%20da%20forma%20alimentar
 
Obs: Danos na membrana --> morte (lise) das bactérias porque esse dano permite a passagem 
de água para dentro da célula, provocando sua lise. 
Pode-se estabelecer uma relação com as células eucariontes, que em contato com 
cloreto de sódio (NaCl) ou hidróxido de sódio (NaOH), incham e lisam, principalmente, em 
contato com hidróxido de sódio, que tem maior interação. 
 
 
 
Sabe-se que as células eucarióticas, em geral, são maiores e mais complexas que as 
das bactérias e das arqueas. E sabe-se também, que elas têm a possibilidade de ter vida 
independente, como é o caso das amebas, leveduras, ou seja, podem viver agrupadas ou não. 
Os organismos podem ser organizados por células,classificados como eucariotos. 
Essa definição é devido à organização do núcleo, mas o que é falado do núcleo é justamente 
por ser acompanhado por uma variedade de organelas e elas que realizam as funções para a 
manutenção das células eucarióticas. 
 
 
22 
AÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS 
CÉLULAS EUCARIÓTICAS 
É uma célula simples, que possui uma membrana delimitando o material, com uma 
organização simples, sem invaginação, não encontrando nada de um modelo de organismo 
completo. Mas o fato dele ser delimitado por membrana e possuir um núcleo faz com que ele 
seja classificado como um eucarioto primitivo. Então, essas células podem ser ciliadas ou 
flageladas. Alguns podem devorar/atacar outros, como é o caso do Didinium. 
 
 
OBS.: Didinium - (imagens abaixo) protozoário de 150 micrometros. Corpo ciliado, carnívoro, 
que libera dardos nas presas, outros protozoários. 
 
IMAGEM 1 IMAGEM 2 
Na imagem 1 é mostrado a “boca” do protozoário. Na imagem 2 é mostrado o protozoário se 
alimentando de outros. Ele se movimenta rápido, devido aos cílios em forma de saia ao redor dele, 
como é mostrado na figura acima. 
Classificação dos protozoários: ciliados, euglenoides, amebas, dinoflagelados, heliozoa. 
OBS.: AMEBÍASE: nome da doença causada pela ameba Entamoeba histolytica, um 
protozoário que se aloja na parte gastrointestinal, podendo causar graves sintomas, como 
diarreia sanguinolenta e intoxicações que geram abscesso no fígado. A amebíase é uma infecção 
mundial, mas é mais comum em regiões pobres e com saneamento básico precário. O ciclo da 
ameba é simples e consiste em: 
1. O indivíduo ingere água e alimentos contaminados 
2. Os cistos se alojam na parte intestinal, onde fazem a reprodução de sua forma vegetativa 
3. Causam lesão gerando fezes sanguinolentas, com a presença dessas amebas, que podem 
ser eliminadas como cistos. 
4. Pode-se contaminar o solo e a água, passando essa doença à frente. 
23 
PROTOZOÁRIO 
 
 
Eles não têm uma estrutura como uma célula para poder ver, geralmente, ao observar 
o fungo ao microscópio, a estrutura externa da camada, por ser grossa, não permite visualizar 
muito bem o que ocorre dentro dele. A representante da levedura: Saccharomyces cerevisiae, 
é um organismo unicelular, tem sua importante utilização na indústria, na fabricação de pães 
e fermentação para a cerveja. Então, ele é um fungo unicelular, não tão grande, mas 
importante, quando comparado a animais e plantas. 
Saccharomyces cerevisiae 
Ele tem uma parede celular com a composição de açúcares, como hexoses e 
hexosaminas, e mananas e galactanas (polímeros de manose e galactose). No quesito 
transporte e movimento, ao contrário do protozoário, o fungo é bem estático, ele se reproduz 
rapidamente, mas é relativamente imóvel. Ele contém mitocôndrias, por isso tem a coloração 
clara. Mas realizam toda a parte básica. Todos os estudos genético e bioquímico confirmam 
que ele tem um mecanismo básico de um ser eucarioto. E a divisão que se pode ver, é que 
eles são duplicados produzindo células filhas, basicamente uma divisão simples. 
Com relação a outros tipos de fungos, existem muitos estudos, eles já fazem parte de 
algumas propriedades que antes atribuíam-se aos carboidratos; já se encontram pesquisas em 
relação a ação antibacteriana, anti proliferativa e muitas outras. 
Essa imagem abaixo é uma imagem característica, sendo um modelo clássico de 
fungo, onde se vê uma microscopia de varredura. Encontra-se o micélio e as hifas em verde, 
os esporângios de laranjas e os esporos em azul. Como sabe-se, o fungo Penicillium é 
passado e vai contaminando diversos lugares, porque as hifas e esporos são transportados, e a 
cada lugar que o esporo bate é formado uma nova hifa. Exemplo do pão: se um pão está com 
um pontinho de fungo, todo o pacote está contaminado. Como os esporos flutuam no ar, 
então quando o esporo se estabelece em um ponto ele já contaminou tudo ao seu redor. Então 
apesar de ser diferente e ter toda sua peculiaridade, eles são considerados eucariotos também. 
24 
FUNGOS 
Penicillium sp. 
 
Possui o modelo clássico, com membranas, citoplasmas e núcleos. Com o seu núcleo 
individualizado, com cromatina (material nuclear), nucléolo, membrana porosa, que separa o 
núcleo do retículo endoplasmático rugoso, possui o RE liso, complexo de Golgi, 
mitocôndrias, peroxissomos, lisossomos, citoesqueleto. Devido ao citoesqueleto, a célula 
animal pode ter várias formas, com uma imensa variação da localização nuclear, mas com os 
mesmos componentes, que fazem com que a célula tenha sua autonomia. 
 
 
 
Diferente das células animais, as células vegetais possuem três pontos a mais que são 
importantes, eles são: 
1. Parede celular - que sustenta a estrutura, impedindo uma lise osmótica, por exemplo - 
2. Cloroplasto – responsável pelo metabolismo para formar pigmentos, fazendo a 
fotossíntese - 
3. Vacúolo – preenchido com água, ou outras substâncias, e de vários tamanhos. 
25 
CÉLULA ANIMAL 
CÉLULA VEGETAL 
 
 
Contém uma bicamada lipídica, com proteínas integrais ou periféricas, além das 
cadeias de açúcares que se agregam aos lipídios, formando glicolipidios, ou às proteínas 
formando glicoproteínas, constituindo o glicocálix. 
 
 
PERGUNTA: O que é o glicocálix? 
R.: é a parte de carboidratos que fica por cima da membrana plasmática, tem células que as 
camadas são muito grossas, bem fechadas. Encontra-se em amarelo na segunda imagem 
acima. 
 
Meio intracelular, com a sua densidade definida através da interação entre 
carboidratos, proteínas e água. Composto por uma solução aquosa, o citosol e de várias 
partículas insolúveis suspensas. No citosol encontram-se muitas enzimas dissolvidas, 
moléculas de RNA, metabólitos e monômeros. Ele é responsável por várias movimentações, 
devido ao seu gel à base de água que prende as moléculas, então é nele que acontece a 
maioria das reações. Se tem reação química, tem que ter água. 
O esqueleto que forma o citosol é chamado de citoesqueleto. Ele é formado por 3 
filamentos principais, conforme a micrografia vista na imagem 2 abaixo, encontra-se cadeiasde proteínas entrelaçadas, chamadas citosol, filamentos que prendem a organela. Ou seja, o 
26 
MEMBRANA PLASMÁTICA 
CITOPLASMA 
citoesqueleto é um ponto de organização da estrutura celular, formado por 3 proteínas 
principais: microfilamentos, filamentos intermediários e os microtúbulos. Todos eles 
trabalham para estruturar, mas a quantidade de cada um depende da função de cada célula. 
IMAGEM 1 
 IMAGEM 2 
O esqueleto é muito importante, principalmente, na divisão celular. É importante 
lembrar que o citosol não é parado, existe muita ação nele e muita reação química, por isso 
pensa-se que a célula tem um citosol dinâmico, onde há interação entre as proteínas e todo o 
restante que trabalha em função do metabolismo celular. 
Além da estrutura principal, que seria as organelas, lembra-se que o sistema de 
endomembranas originou as organelas derivadas. 
 
 
Organelas que são envolvidas por membranas, como o complexo de golgi, o retículo 
endoplasmático e os lisossomos têm um papel importante na formação do sistema de 
endomembranas. 
O núcleo é a estrutura mais importante de uma célula eucariótica e é composto por 
uma membrana totalmente diferente da membrana da célula, pois é uma estrutura porosa que 
permite a passagem de substâncias pelo núcleo o tempo todo. Essa membrana tem uma rede 
chamada de lâmina nuclear, parecida com uma gaze. 
Então, existe a membrana externa do núcleo, a membrana interna e essa lâmina para poder 
constituir a estrutura nuclear. Essa lâmina é um filamento de proteína que dá sustentação e faz 
com que o envelope nuclear tenha uma forma, na maioria das vezes, arredondada. 
Os poros parecem uma cestinha de basquete. A visão geral é que eles parecem uma 
flor, mas quando se olha a sua estrutura, parecem, na verdade, uma cestinha de basquete. 
Então, aqui se tem o núcleo e a estrutura de um poro (slide). 
 
27 
NÚCLEO E MEMBRANA NUCLEAR 
 
 
 
A célula eucariótica não tem o núcleo como algo delimitador, não é como se o 
material estivesse aprisionado em seu interior. 
Quando se tem um quarto com uma porta, tem-se um local com um ambiente fechado, 
mas quando se tem um com 30 portas, isso quer dizer que esse quarto é apenas um local de 
movimentação e seleção, mas não de exclusão. Não é que o material genético esteja longe do 
resto da célula, o núcleo é só um modo de organizar porque o material é grande demais e ele 
passa por muitas mudanças durante os processos em que a célula se desenvolve. 
Essa membrana é como um quarto que tem 30 portas, onde se tem um movimento 
molecular intenso de entrada e de saída. Portanto, o núcleo não é algo restrito, é permeável. E 
essa membrana, com essa característica, indica que as moléculas podem entrar e sair, 
dependendo do tamanho. Quando se estuda a parte de síntese proteica, parte dela ocorre 
dentro do núcleo e parte fora. O RNA é produzido dentro e sai para sintetizar proteínas. 
É importante ter a ideia de que o núcleo não é para restringir a célula, não é isolante, 
ele tem função de organização. 
 
Caso clínico para identificação das principais moléculas e a sua classificação 
28 
 
 Pergunta da professora: “Cadê as moléculas? Como é que sei que é diabetes? Como é 
que eu sei que é hipertensão? Como sei que está havendo lesão renal? Como sei que está 
havendo dislipidemia? 
R: 
1- Glicose elevada, acima de 100. 
2- Sódio e potássio altos estão associados à hipertensão. 
3- Creatinina e albumina na urina indicam lesão renal. 
4- Dislipidemia pode ser observada pelo colesterol total e triglicerídeos altos. 
 
 
 
Falamos sobre bactérias, protozoários, fungos, animais e vegetais. As pesquisas hoje 
usam vários modelos. A bactéria é muito fácil de cultivar, pois já se conhece o DNA, então 
para estudo molecular ela é muito rápida. 
 O uso desses microrganismos já é preestabelecido. 
 
29 
Organismos-modelo 
 
 
 
Trabalhar com células é trabalhar com cultivo. A célula é cultivada em placas ou em 
garrafas. Essa placa é estéril e vem com uma matriz que nem se consegue ver. Quando se 
coloca as células na placa, elas vão crescendo e se desenvolvendo através dessa matriz e, 
assim, se consegue reproduzir vários tipos de células fora do corpo. 
 
Pergunta da professora: “Então o que se usa?” 
R: “3T3 Fibroblasto da pele, B16 que é melanoma... E, através disso, são feitos estudos de 
processos celulares, de tratamentos, de vacinas e se estabelece o que um fármaco faz e 
como ele faz.” 
A célula não é só isso que é estudado na biologia celular. Ela aborda parte de 
células-tronco, que já foram consideradas como “a oitava maravilha”. Hoje se tem 
células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs) com informações importantes para se obter a 
cura de algumas doenças. 
Um ritual que vem acontecendo na medicina regenerativa é a descelularização. Em 
que se cria um molde e coloca-se a célula nesse molde, fazendo com que se tenha um coração 
de verdade. À medida que se dão banhos de regeneração celular, o tecido vai se formando e 
se diferenciando. Usa-se plasma rico em plaquetas. É a chamada descelularização ou 
engenharia de tecidos. 
Obs: Células tronco pluripotente induzidas (do inglês, induced pluripotent stem cells, 
IPS), são células de organismos adultos que, através da expressão de fatores de 
transcrição específicos, ganham uma característica bastante particular de célula 
embrionária, a pluripotência. Por conta de tal capacidade é esperado que as células 
tronco pluripotente induzidas revolucionem a medicina regenerativa num futuro 
próximo. 
 
30 
CÉLULAS TRONCO 
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fator_de_transcri%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fator_de_transcri%C3%A7%C3%A3o

Continue navegando