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inconfidência mineira

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Alunos: Matheus Felipe Facundo(2°A), Emanuel Alves(2°A), Leonardo Vieira(2°A) 
Inconfidência Mineira
COMO OCORREU? 
A Inconfidência Mineira foi uma das mais importantes revoltas coloniais que aconteceram no Brasil no período da colonização brasileira. Foi organizada pela elite econômica da capitania de Minas Gerais, que estava insatisfeita com os altos impostos cobrados pelos portugueses. A conspiração acabou sendo denunciada e os envolvidos foram penalizados. A punição mais rígida foi dada a Tiradentes, um dos principais líderes da revolta.
O que resultou na Inconfidência Mineira foi a insatisfação da elite econômica de Minas Gerais com os impostos cobrados pela Coroa portuguesa. A conspiração começou na década de 1780, mas os historiadores não sabem o ano específico em que foi iniciada. Por causa da insatisfação com os impostos, a maioria dos envolvidos na revolta defendiam ideais de separatismo e a transformação de Minas Gerais em uma república. 
O momento crítico aconteceu quando Luís da Cunha Meneses e Visconde de Barbacena foram governadores de Minas Gerais. O primeiro prejudicou os interesses da elite mineira em detrimento dos seus próprios interesses. O segundo implementou a derrama, uma cobrança obrigatória de imposto sobre o ouro. 
A derrama foi resultado de uma ordem vinda de Portugal. Esse tipo de cobrança era acionado como forma de alcançar a cota annual de ouro estipulada por Portugal – 100 arrobas. Isso enfureceu a elite mineira porque a extração de ouro estava em queda naquele momento. Com isso, os preparativos para iniciar uma revolta contra Portugal foram antecipados e marcados para o dia em que a derrama acontecesse. 
Além da questão fiscal, os inconfidentes também foram influenciados pelo iluminismo, que defendia ideais como os direitos do homem e sua igualdade perante a lei. Grande parte dessa elite teve contato com o iluminismo na Universidade de Coimbra, em Portugal. 
                QUAL SUA FINALIDADE?
Os Inconfidentes tinham uma série de propostas para a capitania de Minas Gerais como: 
• Romper com Portugal e adotar um regime republicano (a capital seria São João del Rei); 
• Criar indústrias; 
• Fundar uma universidade em Vila Rica; 
• Acabar com o monopólio comercial português; 
• Adotar o serviço militar obrigatório; 
• Instituir parlamentos locais que seriam subordinados a um parlamento regional. 
A bandeira do novo país seria um pavilhão que conteria a frase latina Libertas quae sera tamen (Liberdade ainda que tardia). Mais tarde, um desenho semelhante e o lema seriam a base para a criação da bandeira do Estado de Minas Gerais.
       QUAIS FORAM OS BENEFICIADOS? 
As reuniões secretas que organizavam e divulgavam os princípios dessa revolta contra Portugal estenderam-se durante anos, mas o movimento não chegou nem ao ponto de ser deflagrado. Isso porque, antes mesmo de sua deflagração, denúncias levaram ao conhecimento da Coroa de que uma conspiração acontecia. 
Em 18 de maio de 1789, alguns dos inconfidentes foram informados de que a conspiração contra Portugal tinha sido descoberta. O Visconde de Barbacena recebeu seis denúncias a respeito de uma conspiração em curso nas Minas Gerais. A denúncia mais importante foi realizada por Joaquim Silvério dos Reis. 
Silvério dos Reis estava envolvido com a conspiração e devia grandes somas de dinheiro à Coroa portuguesa. Acabou denunciando o movimento organizado pelos inconfidentes como uma forma de ter as suas dívidas perdoadas. O relato de Silvério dos Reis deu todos os detalhes da estratégia da inconfidência e permitiu que autoridades coloniais planejassem a repressão contra os envolvidos. 
O Visconde de Barbacena ordenou a suspensão da derrama e deu início às prisões e interrogatórios. Todo o processo de julgamento dos presos por envolvimento na conspiração estendeu-se durante três anos e foi uma demonstração de poder da Coroa como forma de desencorajar outras conspirações do tipo. 
A leitura da sentença, conforme afirmação do historiador Boris Fausto, estendeu-se por dezoito horas. As condenações foram as mais diversas e incluíram penas como degredo (expulsão para a África), prisão perpétua, condenação à forca etc. Vários dos envolvidos foram condenados por morte na forca, mas d. Maria, rainha de Portugal, perdoou todos os condenados, menos um: Tiradentes. 
Tiradentes foi preso no Rio de Janeiro, em maio de 1789. Sua morte foi utilizada como exemplo de intimidação e ocorreu porque Tiradentes era o grande propagandista do movimento. Quando preso, estava em viagem para divulgar a conspiração que estava sendo organizada. 
Tiradentes acabou sendo enforcado no dia 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro. Foi esquartejado e partes do seu corpo foram espalhadas pela estrada que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais. Sua cabeça foi colocada em exposição na praça central de Vila Rica e lá permaneceria até apodrecer, mas acabou desaparecendo e não se sabe o seu paradeiro até hoje. 
A Conjuração Mineira foi uma das mais importantes revoltas organizadas contra a Coroa portuguesa e mostrou a disposição dos colonos a romper o laço colonial e a existência de ideais republicanos no seio da principal capitania brasileira. Poucos anos depois, foi a vez da Bahia rebelar-se contra o domínio português na Conjuração Baiana.

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