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PROVA AV1 DIR FIN TRIB 2 CCJ 0031 TURMA 2001

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INSTRUÇÕES 
 Esta avaliação deve ser respondida pelo(a) aluno(a) e devolvida em formato PDF; VIA TEAMS 	 
 A postagem da avaliação deve ser DEVOLVIDA ATÉ DIA 01-05-2021, às 24H; 	 
 A avaliação é constituída de 4 (quatro) questões discursivas. VALOR 8,0 PONTOS
 	 
 Não serão aceitos os envios feitos em desacordo com estas orientações. 
BOA PROVA!
CURSO: DIREITO 
PROFESSOR: NILSON JOSÉ GOMES BARROS 
DISCIPLINA: DIR FIN TRIBUTÁRIO 2 CCJ 0031 ALUNO(A):_TAVANY_COORRA_DA_SILVA________________________________________________________________________________________
TURMA:2001 TURNO TARDE 
DATA: 30/04/2021
AV1
Nota da Prova: _______________
Nota Final: _______________
Assinatura Prof.: ________________________ 
ALUNO
CASO CONCRETO 1
A Empresa BIGER Ltda. possui crédito no valor de R$ 300.000,00 (quinhentos mil reais), em face Do Estado do Pará onde mantém a sede de seu estabelecimento comercial, sendo tal crédito oriundo de um precatório judicial resultante de ação por desapropriação. Todavia, a empresa encontra-se em débito com o supracitado Estado, em razão do não pagamento de ICMS no montante de 250.000,00. Destaca-se que a legislação estadual aplicável ao contribuinte em pauta garante a possibilidade do abatimento total ou parcial de uma dívida de tributo quando o sujeito (pessoa física ou jurídica) possui um crédito na mesma administração que recolhe o tributo. À vista disso, responda, justificadamente, utilizando todos os fundamentos jurídicos aplicáveis à espécie. 
QUESTÃO 1 (2,0 PONTOS)
A) Analisando o caso concreto 1, indique a forma de liquidação do crédito tributário que se aplica ao débito do ICMS com a utilização do crédito oriundo do referido precatório judicial? Explique e fundamente sua reposta. Cite uma doutrina.
R: No caso em questão trata-se da compensação tributária que é umas das formas de liquidação do crédito tributário, conforme o artigo 156 inciso II do CTN. Nesse enfoque a doutrina de Luciano Amaro posiciona-se no sentido de que a compensação, quando couber, é modo alternativo de satisfação do débito tributário, ou seja o sujeito passivo da obrigação tributária tem, a faculdade legal de extingui- la por compensação, nos termos do que for previsto pela lei.
 Além disso, no artigo 170 do mesmo CTN que afirma que a lei pode atribuir á autoridade administrativa, a autorização da compensação de créditos tributários líquidos e certos, vencidos ou vincendos do sujeito passivo contra a fazenda publica, ou seja, os valores do precatório judicial a que faz jus o contribuinte poderiam ser compensados com valor resultante do debito de ICMS, pois matem diante do estado o devedor e o credor ao mesmo tempo, relação às respectivas obrigações. 
 
QUESTÃO 2 (2,0 PONTOS)
B) Analisando o caso concreto 1 e com base na resposta contida na letra A, a referida empresa poderia liquidar o seu débito do ICMS fundado no crédito contido no aludido precatório judicial? Explique e fundamente sua reposta. Cite uma jurisprudência. 
R: Nesse caso não poderia ser efetivada a compensação tributária entre o estado e a empresa BIGER, pois não está de acordo com o mencionado artigo 170 do CTN, sendo que não existe determinação legal para o caso.
Nesse sentido a jurisprudência a seguir afirma o já mencionado; 
OMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA. ICMS. Pretensão de pagar tributo com crédito decorrente de precatório judicial. Autorização legal não existente. Inteligência do artigo 170 do CTN. Limite previsto no artigo 78, § 2o, do ADCT. Ausência de direito líquido e certo. Segurança denegada. Recurso não provido.
(TJ-SP - -....: 2349902420098260000 SP, Relator: Edson Ferreira, Data de Julgamento: 24/11/2010, 12ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 13/12/2010)
CASO CONCRETO 2
Em 19/06/2011, a fiscalização MUNICIPAL lavrou auto de infração e notificou a empresa TWA SANTOS LTDA. para recolher ISS relativo a fatos geradores ocorridos no período de 01/06/2008 a 31/12/2008. Este tributo deveria ter sido recolhido, conforme legislação até o dia 10 do mês subsequente à data da ocorrência do fato gerador. A notificada impugnou, sem sucesso, a autuação e recorreu tempestivamente ao Conselho de Contribuintes, em 29/06/2011. Em face da sobrecarga de processos na 2a. instância administrativa, o recurso restou paralisado, sem qualquer despacho nem petição das partes, até 20/09/2011, vindo a ser julgado, também desfavoravelmente ao contribuinte, em 10/10/2011.  Publicada a decisão (e o aresto unânime) em 15/10/2011, foi a sociedade dela notificada, esgotando-se o prazo para pagar o débito em 22/10/2011. Não advindo pagamento nem pedido de parcelamento, foi o crédito tributário inscrito em dívida ativa, em 22/11/2017, vindo, contudo, a execução fiscal a ser ajuizada somente em 29/11/2017.  Citada, a executada ofereceu bens suficientes à penhora e, efetuada esta, ajuizou embargos à execução, alegando haver ocorrido a decadência e, ad argumentandum, a prescrição.
QUESTÃO 3 (2,0 PONTOS)
Analisando o caso concreto 2. Pergunta-se:   
A) Ocorreu decadência? Ocorreu prescrição? Fundamente sua resposta com base no CTN.
R: Nesse caso não ocorre a decadência, uma vez que o fisco tem o prazo de 5 anos para que isto aconteça, a contar do fato gerador, mas como houve a impugnação presume-se ter ocorrido o lançamento do fisco, ou seja, como ocorreu tal fato excluiu a decadência. 
B) Quais as causas de suspensão e as de interrupção do prazo prescricional da ação de cobrança do crédito tributário?  (Mencione TODOS os dispositivos legais segundo o CTN). Cite uma doutrina para suspensão e uma para interrupção. 
R: Conforme o artigo 174, parágrafo único inciso I ao IV as causas de interrupção do prazo prescricional ocorre através do despacho do juiz que o ordena a citação em execução fiscal, por qualquer ato judicial que constitui em mora o devedor e por qualquer ato inequívoco, mesmo que extrajudicial, que importe em reconhecimento do debito pelo devedor. 
 Já as causas de suspenção do prazo está previsto no artigo 151, do CTN, que afirma que suspende a exibilidade do credito a moratória, com o deposito do montante de forma integral, com a reclamação e recurso, com a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, ou com parcelamento do credito
          
 QUESTÃO 4 (2,0 PONTOS)
Analisando ainda o caso concreto 2. Pergunta-se
C) Esgotado o prazo prescricional dessa ação, o que se extingue?
R: De acordo com o artigo e 156 inciso V do CTN, afirma que quando ocorre o esgotamento do prazo prescricional o que se extingue é o crédito tributário com a prescrição e a decadência.
D) A  prescrição pode ser reconhecida de ofício pelo juízo? Cite uma jurisprudência.
R: Sim, uma vez que a Lei 11.280/06 criou o paragrafo 5° do artigo 219 do CPC de 73 afirmando que o juiz pronunciará de ofício a prescrição uma vez que o reconhecimento de ofício da prescrição é caracterizado pela ausência de alegação da parte que é por ela beneficiada, ou seja, ela é reconhecida pelo juiz sem que haja provocação de qualquer das partes do processo. 
 Desse mora a jurisprudência a segui afirma o já dito; 
Apelação Cível. Execução fiscal. Município de Magé. Cobrança de IPTU referente aos anos de 2005 a 2008. Ação proposta em 2009. Sentença de extinção do processo, proferida em 2017, reconhecendo a prescrição, de ofício, na forma do artigo 219, § 5º, do CPC/73. Manutenção. 1. A despeito da interposição da ação antes do quinquênio prescricional estabelecido no artigo 174, caput, do CTN, a tramitação do feito esteve paralisada por mais de cinco anos, sem qualquer andamento útil, não podendo se imputar tal fato exclusivamente ao Poder Judiciário. 2. O princípio do impulso oficial não se reveste de caráter absoluto, devendo ser realçado que, uma vez instauradoo executivo fiscal, a Fazenda Pública, como maior interessada no ingresso de recursos nos cofres públicos, deve diligenciar e envidar esforços no sentido de dar efetivo andamento ao feito, conduta que não foi adotada pelo Exequente. Inaplicabilidade da Súmula nº 106 do STJ. Desprovimento do recurso.
(TJ-RJ - APL: 00109843920098190029 RIO DE JANEIRO MAGE CENTRAL DE DIVIDA ATIVA, Relator: LUCIANO SABOIA RINALDI DE CARVALHO, Data de Julgamento: 21/03/2018, SÉTIMA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 26/03/2018)

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