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Direito das obrigações Aula 1 e 2 Nos direitos das obrigações temos o credor sendo o sujeito ativo e o devedor como sujeito passivo. Credor >> Objeto, vinculo jurídico >> Devedor Teoria Dualista ou Binária De origem alemã, está é adotada pelo nosso ordenamento jurídico (Brasil), onde a operação se desenvolve por meio de dois elementos: Debito e Responsabilidade. Debito, seria a dívida e o dever de paga-la. Responsabilidade, possibilidade que tem o credor de “invadir” o patrimônio do devedor para se satisfazer. (Pode ser por meio de hasta pública) Obrigação Civil ou Perfeita; apresenta os dois elementos sendo, DEBITO+RESPONSABILIDADE. Aqui pode entrar a dívida de jogos permitidos, (loterias Federais). Obrigação Natural ou Imperfeita; apresenta apenas um elemento, DEBITO. Ex: Prescrição e dívida de jogo. Prescrição; extinção da pretensão. Deve mas paga se quiser (Debito sem exigência da responsabilidade) Jogos; Classificação - Jogos proibidos (jogo do bicho). - Jogos tolerados (carteados), não é proibido pela lei, porém, não é bem visto pela sociedade. -Jogos permitidos (obrigação civil ou perfeita) loteria Federal. Responsabilidade Patrimonial do Devedor Quem responde pela dívida do DEVEDOR é seu PATRIMONIO, (não existe prisão por dívida civil no Brasil, exceto por pagamento de pensão alimentícia). Artigo 391 cc Obrigações como um Processo Processo, é o que se tem antes, durante e depois. (Obrigação é igual a processo). Princípio da boa-fé objetiva > permanece em toda fase do processo. Obrigação deve ser vista como um processo impermeabilizado pela boa-fé. As obrigações em nosso país são tidas como complexas. Obrigações Complexas É aquela que não basta o cumprimento da obrigação principal, mas, também deverão ser cumpridos os deveres laterais ou anexos. Direitos e obrigações aula 3 Vimos que as obrigações são permeadas pelo princípio da boa-fé. Temos o antes, durante e depois. As obrigações são tidas como complexas, ou seja, vistas como processo. Não basta o cumprimento da ação principal, também deverão ser cumpridos os direitos laterais ou anexos, sendo, esses direitos deverão estar no processo do antes, durante e depois. (Na doutrina são chamados de deveres satelitarios ou invisíveis, por não precisarem estar expressos no contrato). São eles: (deveres laterais ou anexos). Proteção Informação Cooperação Lealdade Solidariedade Ex: da lanchonete... entregou o sanduiche e o refri, mas não cumpriu com os deveres laterais que era proteger o cidadão que acabou escorregando... Recapitulando: Sujeito ativo – Credor Passivo – Devedor (Vinculo jurídico) Objetos das Obrigações; Dar, fazer, não fazer. Obrigações de dar ou fazer são tidas como positivas. As obrigações de NÃO fazer são tidas como negativas. 1 - Obrigação de DAR: Por meio da obrigação de dar, busca-se a entrega ou a restituição de algo. Ao depender do que é devido temos duas subdivisões: Obrigação de dar coisa certa ou incerta. Obrigação de dar coisa certa: Conceito; busca-se a entrega de algo que esteja perfeitamente determinado, individualizado... Exemplo; venda do carro, o credor espera do devedor um carro conforme características combinadas. Obs; mesmo que o devedor disponibilize um bem superior ao que deve, o credor não é obrigado a aceitar, conforme artigo 313 do CC. “313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. ” Quando aceito o bem mais valioso, Artigo 356do CC; dação em pagamento. (É quando o credor consente em receber prestação diversa da que lhe é devida). Vídeo 4 / Dar coisa certa Acessórios da coisa certa; artigo 233 CC Os acessórios da coisa certa, acompanham a coisa certa, mesmo que não mencionado. Conforme “o princípio” que o acessório segue o principal. Em regra, o acessório segue o principal, porém, é possível que não siga. Exemplo: compra de um veículo, mas, foi estipulado com antecedência (contrato) que o rádio não seguiria (acompanharia) no veículo. (Ressalva) conforme artigo 233 CC Artigo 233 CC - A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título (contrato) ou das circunstâncias do caso. Perda da coisa certa; Premissas; - A coisa móvel se transfere com a tradição. Tradição = entrega da coisa. Obs; na mesma negociação temos duas obrigações, devedor e credor, credor e devedor. Coisa móvel, se transfere pela tradição, ou seja, com a entrega da coisa, portanto, você só passa a ser dono com a entrega da mesma (não quando você paga por ela). Na compra de um carro, você passa a ser dono, não quando pagou e sim diante da posse do mesmo (recebeu o veículo), sendo assim os trametes de transferência no Detran, simplesmente algo administrativo. - A coisa se perde para seu dono (res perit domino). Linha do tempo; Alienante (devedor) Tradição Adquirente (credor) História – exemplo; Monica irá comprar um carro do João, Monica deve dinheiro para João... logo João deve carro pra Monica... Até a entrega do carro para Monica, João continua sendo dono, assim João será o alienante ou devedor, então, até a tradição (entrega da coisa), o dono da coisa continuará sendo o alienante (João), assim, se houver a perda da coisa até a tradição, o alienante ficará com o prejuízo. Após a tradição o prejuízo passa ser da credora (Monica). Vídeo 5 / Perda da coisa certa Recapitulação das premissas; 1° a coisa móvel se transfere pela tradição (entrega). 2° a coisa móvel se perde para seu dono (res perit domino). Até a tradição o alienante é responsável pela coisa móvel, porém se houver a perda dessa coisa, há de se verificar se é por culpa ou não (força maior ou caso fortuito), assim temos; Sem culpa: obrigação será resolvida, extinta (devolução do equivalente), valor adiantado. Com culpa: obrigação será resolvida, extinta (devolução do equivalente mais perdas e danos). Artigo 234 CC – “Se, no caso do artigo antecedente (233), a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. ” Melhoramentos na coisa (Cômodos obrigacionais). Antes da entrega essa a coisa passa por melhoramento, o mesmo passa a ser para seu dono (alienante). Exemplo, compra da cadela no pet shop, a mesma entra em prenhes, o credor já tinha pago o valor combinado, porém, conforme a tradição, ou seja, (a transferência se concretiza com a entrega da coisa), assim o alienante (pet shop), ainda era dona da cadelinha, a lei permite fazer uma negociação do valor (pela melhora) ou seja, pela prenhes a cadelinha valeria mais. Caso a credora não aceite, pode se resolver com a devolução do equivalente, (Sem culpa: obrigação será resolvida, extinta “devolução do equivalente”, valor adiantado). Artigo 237 CC, até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação. Atenção, danger – Da mesma forma que a perda se dará para seu dono, o melhoramento irá para o mesmo. Vídeo aula 6. Continuação dos estudos dos objetos das obrigações... Dar coisa incerta (dívida de gênero) Quando estamos diante desta obrigação de dar coisa incerta, só sabemos do gênero e quantidade. Exemplo: compra de cinco vacas, dez garrafas de vinhos... (aqui só sabemos o gênero e quantidade) Dito isso sabemos do gênero e quantidade... agora vemos que o contrato dirá a quem será o direito de fazer a “Escolha (concentração) ”, portanto se é o devedor ou o credor, e mais, se o contrato não indica um terceiro para que faça a Escolha. Se o contrato for omisso e não trouxer essa informação, recorre-se ao artigo 244 CC – “Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem seráobrigado a prestar a melhor”. Obs: A coisa incerta em algum momento da transação, ela se transformará em coisa certa. Momento da obrigação de dar coisa incerta se transforma na obrigação de dar coisa certa. Artigo 245, CC. “Cientificado da escolha o credor, (1) vigorará o disposto na Seção antecedente. O ato da escolha é, conforme determinado no artigo 246, o divisor de águas nas obrigações de entregar coisa incerta. ” Assim, como expresso nesse artigo, a coisa incerta se transforma em coisa certa, quando o devedor notifica, cientificação ao credor a sua escolha. Danger – Importante identificar qual obrigação estamos diante no caso concreto para que possamos fazer a aplicação correta da obrigação. Obrigação de dar coisa certa: Conceito; busca-se a entrega de algo que esteja perfeitamente determinado, individualizado... Ou Dar coisa incerta (dívida de gênero) Quando estamos diante desta obrigação de dar coisa incerta, só sabemos do gênero e quantidade. Perda da coisa incerta??? (Faz sentido? É possível?) Não pois, gênero não se perde. “Genus non perit” Artigo 246, CC - Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito. Vicio no artigo – o certo não seria “Antes da escolha” e sim “antes da cientificação”. Obs: Divida de gênero limitado -Não há nenhum artigo que refira ao mesmo. Exemplos de dívida de gênero limitada; - Devedor deve ao credor 10 garrafas de vinhos de uma determinada safra. - Devedor deve ao credor 5 vacas de uma fazenda específica. Quando estamos diante de uma dívida de gênero limitada, é possível que a coisa venha se perder, então aplica-se a regra das obrigações de dar a coisa certa. (Culpa ou sem culpa) Aula 7 Objetos das Obrigações 2 - Obrigação de fazer Artigos 247 até o 249, CC Conceito – Por meio da obrigação de fazer, busca-se do devedor o desempenho de uma atividade. Obrigação de fazer; classificações: - Fungível e infungível. Fungível – É aquela em que a pessoa do devedor poderá ser substituída. Ex; Contrato para lavar o carro, não interessa quem fará o serviço, o que interessa é que o carro fique limpo. Assim a pessoa do devedor podendo ser substituída por outra pessoa. Infungível ou personalíssima - É aquela que a pessoa do devedor não poderá ser substituída, ou seja, interessa ao credor a pessoa do devedor. Ex; quando eu contrato um compositor (Chico Buarque) para que faça uma música, não poderá ser transferida a obrigação de fazer a música para outro compositor. A infungibilidade possuem duas fontes: - Da natureza da obrigação ou contrato. Obs; A obrigação fungível por força de contrato, pode se transforma em infungível. Descumprimento da obrigação de fazer. Ocorre quando o devedor não faz. (Por culpa ou sem culpa do devedor) Sem culpa – Quando há um descumprimento do devedor essa obrigação será resolvida, ou seja, essa obrigação será extinta. Assim haverá a devolução do valor creditado ao devedor sem nenhum tipo de correção. Com culpa – Quando há o descumprimento do devedor essa obrigação será resolvida, ou seja, essa obrigação será extinta, porém, por não ser cumprida a obrigação de fazer por culpa do mesmo, terá que indenizar por perdas e danos. Concluindo com observação: Em se tratando de obrigação de fazer fungível, sem prejuízo das perdas e danos cabíveis, o credor poderá exigir judicialmente, que a atividade seja desempenhada por outrem às custas do devedor inadimplente. Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. (É necessário que o credor peça ao juiz, assim, via judicial) Diante da urgência Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido. (Auto executoriedade da obrigação de fazer). Aula vídeo 8 Continua os objetos das obrigações 3 Obrigação de NÃO fazer; (Artigos 250 e 251 do CC) Conceito: Por meio da obrigação de não fazer, busca-se do devedor uma abstenção. Exemplos: - Não violar segredo de empresa. - Se um morador de um condomínio possui duas vagas e libera uma para o condomínio, então o mesmo não poderá parar o carro nessa vaga. Classificações das obrigações de não fazer; - Instantânea ou permanente. Instantânea – é aquela em que quando há o seu descumprimento, não é possível desfazer aquilo que foi feito. Exemplo: Não violar segredo de empresa. (Pois se o sujeito conta o segredo da empresa, não tem como ele voltar atrás), assim é uma situação instantânea irreversível. Permanente – É aquela em que quando há o seu descumprimento, é possível desfazer aquilo que foi feito. Exemplo: Quando o sujeito assumiu o compromisso de não parar o carro naquela vaga de garagem e para, aí ele lembra do seu compromisso e retira o veículo. Assim é uma situação reversível. Descumprimento da obrigação de não fazer. Artigo 390, CC (sinônimo de não fazer, obrigações negativas) Ocorre quando a pessoa faz o que ela não poderia fazer. Art. 390. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se devia abster. Com culpa ou sem culpa? Sem culpa – A obrigação é simplesmente resolvida, extinta. Com culpa – A obrigação também é resolvida, porém, (o credor) poderá exigir perdas e danos. Danger – Sempre que olharmos para as obrigações, nos atentar para o fato de ser com ou sem culpa. Observação final: Obrigação de não fazer “permanente”. É aquela que quando há o seu descumprimento é ´possível desfazer o que foi feito. Exemplo da vaga de garagem. Ou seja, é reversível, tem como voltar atras. Descumprimento da Obrigação de não fazer é sinônimo de obrigação negativa SEM CULPA: resolvida Exemplo> Coagido a revelar segredo de empresa COM CUPLA Exemplo>Foi pago para revelar o segredo da empresa e aceitou o dinheiro. Nesse caso coca cola poderá exigir uma indenização por perdas e danos. Artigo 251 do CC - Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. (Pedir às custas permanente de forma judicial), porém, em caso de urgência aplica-se o paragrafo abaixo: Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. 01/03/2021 MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES 1) SIMPLES 1 Objeto> 1c------1d 2) PLURAIS/COMPOSTAS Subjetivamente plurais (vários sujeitos) Fracionárias; solidárias; indivisíveis e divisíveis (vários objetos) Cumulativas Alternativas OBRIGAÇÕES SUBJETIVAS PLURAIS 1) Obrigações fracionárias ( art 257 cc)> presunção Prestação divisível? Sim! Cada credor só pode cobrar sua cota parte. Presunção: Havendo uma pluralidade de credores, se a prestação for divisível, cada credor apenas poderá cobrar o valor correspondente a sua fração ou cota parte. OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIAS (art 264 cc) Espécies de obrigações solidárias Solidária ativa Solidária passiva C1---------- D1 ---------- 90 C2----------= D C = D2----------- 90 C3---------- D3----------- 90 SOLIDARIEDADE ATIVA OBSERVAÇÕES Haverá uma pluralidade de credores; Qualquer credor poderá cobrar a dívida toda; Aquele credor que receber o pagamento dividirá com os demais aquilo que recebeu; SOLIDARIEDADE PASSIVA OBSERVAÇÕES Haverá uma pluralidade devedores; Qualquer devedor poderá ser cobrado pela dívida toda; Aquele devedor que pagar cobrará aos demais devedores apenas o correspondente à fração de cada um; Observações importantes: Solidariedade não se presume, decorre da lei ou da vontade das partes (art 265 cc) Princípio da variabilidade da natureza da obrigação ( art 266) ALGUMAS REGRAS DE SOLIDARIEDADE ATIVA C1--------- C2--------- = D C3--------- Prevençãojudicial: art 268 cc Ou seja, um dos credores entrar com uma ação judicial, o devedor não pode escolher mais quem irá pagar! FALECIMENTO DE UM DOS CREDORES SOLIDARIOS C1----- C2------ = D ART 270 CC C3 ------ 15 CX 15CY . Vaca C1 ------ C2 ------- = D C3 --------- vaca cx vaca cy A cada um dos herdeiros poderá ser cobrado o valor correspondente ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível ( art 270) REMISSÃO (PERDÃO) C1 C2 = D (devedor remitido) ART 272 CC C3 ALGUMAS REGRAS DE SOLIDARIEDADE PASSIVA Solidariedade passiva não se confunde com litisconsórcio passivo necessário C = D1, D2, D3 ART 275 PARÁGRAFO ÚNICO FALECIMENTO DE UM DOS DEVEDORES SOLIDÁRIOS C= D1 90, D2 90, D3 DX 15 DY15 As obrigações são transmitidas, mas dentro das forças da herança Vaca C= D1, D2 D3 DX vaca DY vaca Por que não há indivisibilidade REMISSÃO C = D1, D2, D3 devedor remitido ART 277CC REMISSÃO À SOLIDARIEDADE C= D1, D2, D3 D1 – 30 O beneficiado com a renúncia deixa de ser devedor solidário e passa a ser devedor fracionário ART 282 PARÁGRAFO ÚNICO 5) IMPOSSIBILIDADE DA PRESTAÇÃO 08/03/2021 Vaca C====== D1, D2, D3 900 Vaca (no caso de a vaca morrer, a solidariedade continua) C===== D1, D2, D3 900 + perdas e danos Art 279 “...” Código Civil OBRIGAÇÕES INDIVISÍVEIS (ART 258) 1 Por sua natureza (carro, vaca) 2 Por motivo de ordem econômica (03 devedores devem uma enorme pedra de diamante, se dividida, a pedra valerá menos) 3 dada a razão determinante do negócio jurídico (03 devedores devem um grande terreno) OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS (não havendo nenhuma das três opções acima) 03 devedores devem três mil reais REGRAS SOBRE OBRIGAÇÕES INDIVISÍVEIS Obrigações indivisíveis e pluralidade de devedores Carro C==== D1, D2, D3 art 259 “...” Obrigações indivisíveis e pluralidade de credores Vaca C1, C2, C3 ===========D Como ocorrerá o pagamento? A todos os credores conjuntamente ou a um dos credores caução de retificação consiste em um documento que concente que o pagamento a determinado credor. ART 260 “...” ART 260 “...” OBRIGAÇÕES OBJETIVAMENTE PLURAIS (252 a 256) Obrigações cumulativas (conjuntivas) Obrigações alternativas Há uma partícula aditiva “e” Exemplo: João deve a Paulo moto e carro Há uma partícula alternativa “ou” Exemplo: João deve a Paulo carro ou moto Não disciplina legal Código Civil art 252/256 Carro e moto = C e D Carro e moto = C ou D O adimplemento da obrigação somente ocorre com o cumprimento de todas as prestações O adimplemento da obrigação ocorre com o cumprimento de uma prestação apenas. Assim, haverá uma escolha. Não confundir: Obrigação alternativa X obrigação com faculdade alternativa de cumprimento (trata-se antes de tudo de uma obrigação simples) Obs: na obrigação facultativa há um objeto com opção de entrega de outra coisa. Na obrigação alternativa há vários objetos. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES 1 Quanto ao conteúdo a) Obrigação de meio/de diligência É aquela em que o devedor se compromete a desempenhar a atividade sem contudo, garantir o resultado. Exemplo: médico não garante a cura Advogado não garante o ganho da causa b) Obrigação de fim/ de resultado É aquela em que o devedor se compromete a alcançar um resultado. Exemplo: o engenheiro não pode dizer que não se compromete caso o prédio venha a cair. O transportador não pode deixar de o passageiro no meio do caminho Obs: cirurgião plástico===== estético (obrigação fim) pois prometeu determinado serviço no nariz ou na boca Reparador (obrigação meio) no caso por exemplo de uma queimadura no corpo e a pessoa queira fazer alguns ajustes em razão das cicatrizes deixadas no incêndio 2 QUANTO A DEPENDÊNCIA a) Principal É aquela que existe independentemente de qualquer outra. Exemplo: sujeito que alugou um apartamento (locatário) b) Acessório É aquela que supõe o cumprimento de outra obrigação. Exemplo: obrigação do fiador 3 QUANTO AO LOCAL DO CUMPRIMENTO a) Obrigação quesível / queráble É aquela em que o cumprimento ocorre no domicílio do devedor. b) Obrigação portável / portáble É aquela em que o cumprimento ocorre no domicílio do credor. 16/03/2021 TRANSAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES (artigos 286 a 298 CC) Cessão de crédito Assunção de dívida Credor (cedente) =========Devedor (cedido) Terceiro (cessionário) É quando o credor cede seu crédito para um terceiro. Ou seja, é um cedente. Conceito Cessão de crédito é o negócio jurídico bilateral em que o credor transfere os seus direitos na relação jurídica obrigacional, a título gratuito ou oneroso, a um terceiro. OBEJTO DE CESSÃO Em regra, qualquer crédito. Salvo se a isso se opuser. A natureza da obrigação (exemplo: crédito decorrente de salário); A lei (exemplo: um crédito penhorado não pode ser cedido); O contrato; (Tudo previsto artigo 286 CC) Observações importantes: 1º não é necessário a anuência do devedor para que ocorra cessão de crédito. 2º é imprescindível a notificação ao devedor para que a cessão produza efeitos em relação a ele (devedor) (para que o devedor saiba a quem pagar) RESPONSABILIDADE DO CEDENTE Na cessão onerosa: Existência do crédito; (O cedente é responsável pela existência do crédito) O cedente não garante a solvência do devedor (dá-se o nome “pro soluto”) Na cessão gratuita O cedente será responsável pela existência do crédito somente se tiver agido de má fé. Excepcionalmente Existência de crédito e Solvência do devedor (dá-se o nome cessão “ pro solvendo”) ASSUNÇÃO DE DÍVIDA (299 a 303 cc) Credor ======== devedor (terceiro assuntor) Modalidades de assunção a) Por expromissão. A negociação de divida é feita diretamente entre credor e terceiro assuntor. b) Assunção por delegação A negociação é feita entre o devedor e o terceiro assuntor O devedor que delega é chamado de delegante Na assunção por delegação exige-se o consentimento do credor. Efeitos da assunção de dívida a) Liberatório (o devedor primitivo será liberado) b) Cumulativo Nesse caso apenas reforça o pagamento da dívida, de modo que o devedor primitivo não será liberado dela (a dívida). Enunciado 16 CJF”...” Aula 21 22/03/2021 ADIMPLEMENTO AS OBRIGAÇÕES (Adimplir significa cumprir) 1) Forma normal: por meio de pagamento (art 304 a 333 do Código Civil) 2) Formas especiais: consignação em pagamento; pagamento com sub rogação; imputação de pagamento; dação de pagamento; novação; compensação; confusão Forma normal de se cumprir com a obrigação Como ocorre o pagamento? Dar===== entrega da coisa Fazer===== atividade Não faze===== abstenção TEORIA DO PAGAMENTO 1) Aspectos subjetivos 2) Aspectos objetivos 3) Lugar do pagamento 4) Tempo do pagamento Aspectos subjetivos a) Quem paga (304/304 cc) devedor===terceiro interessado (aquele que tem um interesse jurídico na extinção da obrigação, se não haverá uma repercussão do seu próprio patrimônio) C (terceiro interessado) =====D Artigo 346, inciso 3º do Código Civil (sub-rogação = substituição) art 349 Terceiro não interessado: não tem interesse jurídico na extinção da obrigação. Exemplo: o pai que pagou a dívida do filho por motivo moral e afetivo. Pode pagar em nome do devedor (liberalidade) Pode pagar em nome próprio (reembolso) (final da aula 16 minutos) AULA 22 22/03/2021 b) A quem pagar====== credor====representante=====expresso (aquele que tem em mãos um instrumento de mandato (procuração)) Tácito: é aquele que embora não tenha uma procuração, tem em mãos o próprio título ou quitação. Exemplo: nota promissória Exemplo de quitação: recibo Pagar ao credor que tenha capacidade para dar quitação Exemplo: pai que deve pensão ao filho. O filho embora credor, não tem capacidade para dar quitação. Outra situação é entregar o dinheiro ao filho num parque de diversão; esse pagamento não será considerado como válido. (art 310 do CC) A menos que o pai consiga provar que o pagamento reverteu em benefício do incapaz: Exemplo: o filho pagou a escola e o curso de inglês Observação: credorputativo= credor imaginário Devedor de boa-fé R$ credor AULA 23 22/03/2021 O PAGAMENTO É VÁLIDO? Art 309 ... O artigo 309 do código civil funciona como uma exceção à regra de que “quem paga mal, paga duas vezes” Exemplo: assaltante amarrou todo mundo no fundo da loja e foi para frente do caixa, a pessoa não sabe de nada... duas horas depois, o dono liga cobrando... Conclusão: não deve pagar novamente por se tratar de credo putativo. Caberá ao credor verdadeiro cobrar do credor putativo. Exemplo da jurisprudência: Namorada do velhinho foi cobrar o aluguel... A justiça entendeu que o pagamento era válido por ser um credor putativo. Para o STJ Para que seja considerado caso de credor putativo é necessário que o erro seja escusável. AULA 24 29/03/2021 ASPECTOS OBJETIVOS DO PAGAMENTO Prestação ==== artigo 313 ===== artigo 314 (princípio da prestação integral) Ainda que a prestação seja divisível (dinheiro) o credor não é obrigado a receber por parte, assim como o devedor não é obrigado a pagar por parte se assim não foi convencionado. Dinheiro (artigo 315) = princípio da pontualidade: ser pontual, ou seja, pagar quando do vencimento Moeda corrente= considerar o valor nominal da moeda corrente: exemplo da moeda de 1997 valendo mais. Princípio do nominalismo Salvo por força do artigo 316= é lícito colocar a cláusula de escala móvel= é aquela que prevê um reajustamento prévio e automático das prestações. Artigo 317= teoria da imprevisão CURSO FORÇADO DA MOEDA NACIONAL Artigo 318 Um negócio feito no Brasil, deve-se valer do “real” AULA 25 29/03/2021 PROVA DO PAGAMENTO === quitação (artigo 319/320 = é o documento produzido pela pessoa que recebeu e o assina (recibo), sendo um direito daquele que paga Posse do título ==== artigo 324 Exemplo: João emprestou 1000 reais para x, houve nota promissória. Se devolveu a nota, presume-se que foi pago. Observação: artigo 322 cuida do pagamento feito em cotas periódicas AULA 26 29/03/2021 PAGAMENTO POR MEDIDA OU PESO Artigo 326 Exemplo: sou de Minas e compro uma fazenda em São Paulo, qual alqueire, usar? se não disser o contrato, será o de São Paulo. LUGAR DO PAGAMENTO artigo 327 a 330 Obrigações === quisíveis / querábles: é aquela em que o pagamento deverá ocorrer no domicílio do devedor Portáveis/ portables: é aquela em que o pagamento deverá ocorrer no domicílio do credor. Se o contrato não informar devemos nos valer do artigo 327. Significa que as regras em nosso ordenamento jurídico, as obrigações são quesíveis. Se a obrigação consistir na entrega de um imóvel ou em uma prestação relativa a um imóvel, caberá a regra do artigo 328. Exemplo: João pagava sempre na lagoa da Pampulha, conforme contrato. Porém, começamos a fazer curso juntos e recebi no curso mesmo. Daí percebi que o contrato estava sendo violado. João deve pagar novamente? Não. Neste caso caberá o artigo 330 = pagamentos reiterados faz presumir que o credor abria mão daquela cláusula (teoria do supressio)
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