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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CAMPUS WEST SHOPPING CURSO – GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS RELAÇÕES TRABALHISTAS E SINDICAIS PROFESSOR: MARCIO GONÇALVES DE PINHO ALUNO(A): MAYARA AUGUSTA E. MELIGA PEREIRA MATRÍCULA: 202002456681 RIO DE JANEIRO 2021 Como a reforma trabalhista e a crise econômica afetaram os sindicatos? “... A contribuição sindical obrigatória deixou de existir - e, com ela, a principal fonte de financiamento para muitas das entidades que representam tanto empresas quanto trabalhadores.” A Reforma Trabalhista, aprovada em 2017 com a Lei n.º 13.567, trouxe muitas alterações para a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), impactando nos contratos de trabalho e, também, nos direitos e deveres dos empregados e empregadores. Uma grande mudança foi em relação aos sindicatos, e serviu de estímulo para a proposta de uma reforma sindical. A Reforma Trabalhista trouxe algumas alterações importantes na atuação dos sindicatos. Contribuição Sindical O ponto que mais chamou a atenção dentre as alterações trazidas pela Reforma Trabalhista foi a não obrigatoriedade da contribuição sindical. Antes dessa lei, a contribuição, também conhecida como imposto sindical, era obrigatória, paga uma vez ao ano, em valor equivalente a um dia de salário do trabalhador. A lei alterou os artigos 578 e 579 da CLT, que tratam sobre esse tema, e que passaram a ter a seguinte redação: Art. 578. As contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas entidades serão, sob a denominação de contribuição sindical, pagas, recolhidas e aplicadas na forma estabelecida neste Capítulo, desde que prévia e expressamente autorizadas. Art. 579. O desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia e expressa dos que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591 desta Consolidação. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452compilado.htm https://blog.cabraladvocacia.adv.br/direitos-trabalhistas-mais-violados/ https://blog.cabraladvocacia.adv.br/convencao-e-acordo-coletivo-na-reforma-trabalhista/ Homologação A Reforma Trabalhista revogou o § 1.º do artigo 477 da CLT que determinava a obrigatoriedade de assistência e homologação da rescisão do contrato de trabalho, pelo sindicato respectivo, para empregados com mais de 1 ano de serviço. Agora não há mais essa obrigação do sindicato revisar a rescisão dos trabalhadores. A intenção dessa mudança é acabar com a burocracia dessa etapa. Assim, as rescisões de contrato de trabalho — independentemente do tempo de contrato — não precisam mais ser homologadas. Negociação Com a reforma, os acordos coletivos passaram a prevalecer sobre a legislação. Na prática, as empresas e os sindicatos podem negociar condições de trabalho diferentes das que estão previstas na CLT. Além disso, o acordo individual também passa a valer mais do que o coletivo. Contudo, essa prevalência do acordo individual é somente nos casos em que o empregado recebe remuneração superior ao dobro do teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e quando tem curso superior. Crise As entidades sindicais enfrentam restrições orçamentárias. Com a queda no número de trabalhadores formais por causa da recessão. Para se adaptar à nova realidade financeira, o sindicato cortou um terço dos funcionários. Para Ramalho, que está à frente da entidade desde 1999, "o imposto sindical morreu e tinha que morrer mesmo". Ele acredita que os sindicatos deveriam ser mantidos por uma contribuição discutida em assembleia com os trabalhadores, que julgariam o resultado da campanha salarial e, a partir daí, definiriam o percentual a ser descontado dos salários. Reação dos sindicatos Essa é uma das modificações que as centrais sindicais têm tentado negociar com o governo, diz o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, e que poderiam ser implementadas através de Medida Provisória. "É preciso garantir um financiamento associado ao bem público que o sindicato cria", ressalta, referindo-se aos ganhos resultantes das campanhas salariais, que atingem todos os trabalhadores de cada categoria - mesmo aqueles que, depois da lei, decidirem não contribuir. https://blog.cabraladvocacia.adv.br/fui-demitido-quais-meus-direitos/ https://blog.cabraladvocacia.adv.br/fui-demitido-quais-meus-direitos/ https://blog.cabraladvocacia.adv.br/convencao-e-acordo-coletivo-na-reforma-trabalhista/ Além disso, as entidades consideram fundamental que se retire o poder de negociação que foi concedido às comissões de funcionários que passarão a ser eleitas dentro das empresas. A avaliação é que uma série de atribuições que hoje são prerrogativa dos sindicatos passam a ser desempenhadas por trabalhadores que, muitas vezes, estão suscetíveis a pressão dos empregadores. "Isso quando falamos apenas dos sindicatos, mas há outros pontos que precisam de limite imediato, como o trabalho intermitente", acrescenta Ganz Lúcio. Entidades patronais As entidades patronais também serão afetadas pelo fim do imposto sindical. A entidade afirma que o recurso "é importante para o fortalecimento da atuação efetiva das entidades sindicais na representação das categorias econômicas a elas filiadas", mas destaca que tem trabalhado em busca da "autossutentabilidade, ampliando a arrecadação com a oferta de produtos e serviços aos empresários e a administração eficiente dos recursos". A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) também buscará aumentar a fatia das receitas com serviços. A entidade, que defende o fim da obrigatoriedade do imposto sindical, afirma que "a modernização da legislação trabalhista passa também pelas entidades sindicais, tanto as de trabalhadores quanto as patronais". Bibliografia https://blog.cabraladvocacia.adv.br/reforma-sindical/ https://g1.globo.com/economia/noticia/como-a-reforma-trabalhista-pode-afetar- os-sindicatos-e-seus-150-mil-funcionarios.ghtml https://jus.com.br/artigos/77898/reforma-trabalhista-sindicatos-e-o-advento-das- mudancas-na-contribuicao- sindical#:~:text=Um%20dos%20pontos%20que%20foi,funcion%C3%A1rios%2 0que%20autorizem%20tal%20desconto. https://www.migalhas.com.br/depeso/279983/como-fica-a-contribuicao-sindical- apos-a-reforma-trabalhista https://blog.cabraladvocacia.adv.br/reforma-sindical/ https://g1.globo.com/economia/noticia/como-a-reforma-trabalhista-pode-afetar-os-sindicatos-e-seus-150-mil-funcionarios.ghtml https://g1.globo.com/economia/noticia/como-a-reforma-trabalhista-pode-afetar-os-sindicatos-e-seus-150-mil-funcionarios.ghtml https://jus.com.br/artigos/77898/reforma-trabalhista-sindicatos-e-o-advento-das-mudancas-na-contribuicao-sindical#:~:text=Um%20dos%20pontos%20que%20foi,funcion%C3%A1rios%20que%20autorizem%20tal%20desconto https://jus.com.br/artigos/77898/reforma-trabalhista-sindicatos-e-o-advento-das-mudancas-na-contribuicao-sindical#:~:text=Um%20dos%20pontos%20que%20foi,funcion%C3%A1rios%20que%20autorizem%20tal%20desconto https://jus.com.br/artigos/77898/reforma-trabalhista-sindicatos-e-o-advento-das-mudancas-na-contribuicao-sindical#:~:text=Um%20dos%20pontos%20que%20foi,funcion%C3%A1rios%20que%20autorizem%20tal%20desconto https://jus.com.br/artigos/77898/reforma-trabalhista-sindicatos-e-o-advento-das-mudancas-na-contribuicao-sindical#:~:text=Um%20dos%20pontos%20que%20foi,funcion%C3%A1rios%20que%20autorizem%20tal%20desconto https://www.migalhas.com.br/depeso/279983/como-fica-a-contribuicao-sindical-apos-a-reforma-trabalhistahttps://www.migalhas.com.br/depeso/279983/como-fica-a-contribuicao-sindical-apos-a-reforma-trabalhista
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