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Neoplasias ➔ Aumento de volume tecidual sólido decorrente de uma multiplicação desordenada de células. ➔ Neoplasia significa literalmente o processo de um “novo crescimento” que ultrapassa e não é coordenado com o dos tecidos normais e persiste mesmo depois da interrupção dos estímulos que deram origem a essa mudança. Tumor: qualquer aumento de volume sólido que ultrapassa 3 cm de diâmetro. (lesão grande) Pode ser: Neoplásico- Crescimento desordenado. Não neoplásico- São consideradas lesões reativas que se desenvolvem em resposta a um dano tecidual recorrente e crônico (se desenvolve devido a um estímulo). Neoplasia benigna: Suas características micro e macroscópicas são consideradas relativamente inocentes. A multiplicação de células permanece localizada, ou seja, não se dissemina, geralmente pode ser removida facilmente por cirurgia local e o paciente normalmente sobrevive. ➔ Histologicamente: proliferação de células de um tecido se origina a partir de uma única célula (padrão celular repetido), bem delimitado. Neoplasia maligna: Apresentam um caráter destrutivo. ➔ São os cânceres. A designação “maligno” sempre levanta uma bandeira vermelha quando aplicada a um neoplasma, pois significa que a lesão pode invadir e destruir as estruturas adjacentes e se disseminar para sítios distantes (metastatizar) levando à morte do paciente. ➔ Nem todos os cânceres são mortíferos, pois podem ser descobertos precocemente e tratados com sucesso. ➔ Histologicamente: invadem os tecidos. Ex. Carcinoma epidermóide oral, de origem no epitélio de superfície: Células epiteliais invadem os tecidos adjacentes, invadem tecido conjuntivo, invadem tecido muscular, invadem área de vasos sanguíneos e de nervos. Nas neoplasias há dois componentes distintos (morfologia): Parênquima: são células neoplásicas em proliferação. Estroma: tecido conjuntivo, vasos e nervos que dão sensibilidade, nutrição e sustentação ao parênquima. Exemplos de neoplasias benignas: Lipoma- Neoplasia benigna de origem em adipócitos em tecido gorduroso. Há um área de parênquima onde tem as células gordurosas, os adipócitos e há o estroma de tecido conjuntivo em volta dessa lesão, permeando as células parenquimatosas. Ameloblastoma multicístico- origem a partir de tecidos dentários. Áreas de células parenquimatosas cercadas por um estroma de tecido conjuntivo cheio de vasos que dá sustentação e permite que essas lesões se desenvolvam. Adenoma pleomórfico- origem glândula salivar. Há componentes celulares do parênquima e áreas de estroma em volta. Exemplo de neoplasias maligna: Carcinoma epidermóide oral- origem em epitélio de superfície. Área de parênquima crescendo desordenadamente, área de estroma. Nomenclatura ➔ Segue uma espécie de padrão 1. Tumores benignos: célula de origem + sufixo “oma”. Ex. Origem em condroblastos- condroma/ Origem nos ossos- osteoma 2. Tumores malignos: Origem no epitélio- carcinoma Ex. Carcinoma epidermóide oral Origem nos tecidos mesenquimais- sarcomas célula de origem + sufixo “sarcoma” Ex. Lipossarcoma (contraparte maligna do lipoma) Exceções ➔ Neoplasia benigna Se de origem epitelial o lógico seria epitelioma. Mas neoplasias de origem epitelial são divididas dependendo do padrão de crescimento (da forma como elas crescem) e se tem diferenciação com padrão glandular ou de revestimento. ● As que exibem origem epitélio glandular e as neoplasias derivadas de glândulas são denominadas de adenomas. ● As de epitélio de revestimento que apresentam projeções dig tiformes (verrugas etc) é chamada de papiloma (a mais famosa). Apresenta histologicamente essas projeções dig tiformes, proliferação de epitélio que se expande para fora. ❖ Existem algumas neoplasias benignas de origem epitelial que formam grandes massas císticas, formam cavidades e são chamadas de cistadenomas. (é um padrão característico de lesão de ovário). ❖ Pode ocorrer também uma proliferação de células para dentro desses espaços císticos, assim ocorre crescimento complexo quase que preenchendo toda a cavidade cística. (Cistadenomas papilares). Se apresentam como projeções macroscópicamente visíveis, possíveis de serem observadas na clínica em superfície mucosa. (Pólipo). ➔ Tumores malignos ● Nas epiteliais há adições- Carcinoma que apresentam padrão de revestimento (escamosos) Carcinoma de células escamosas. ● Padrão de diferenciação glandular-adenocarcinoma Nesses dois há tendência em colocar a localização para ajudar na identificação. ● Para as neoplasias mesenquimais há adição do sufixo sarcoma. Tumores malignos indeferenciados- carcinomas ou sacomas. (Não se consegue definir) exemplos de neoplasias malignas (exceções) Adenocarcinoma polimorfo- origem mesenquimal com diferenciação glandular Carcinoma epidermoide- origem epitelial de revestimento. Fibrosarcoma- origem nos fibroblastos Lipossarcoma- origem nos adipócitos Angiossarcoma- origem nos angioblastos (células sanguíneas) Leiomiossarcoma- origem nas células musculares lisas Rabdomiossarcoma- origem nos radiomioblastos (células de origem da musculatura esquelética Não sabe qual o tipo de célula Carcinoma indiferenciado de células pequenas Carcinoma indiferenciado de células grandes Tanto as neoplasias malignas quanto as benignas surgem a partir de um ancestral único. Uma célula normal que sofre uma mutação, que passa para todas as células filhas e gera esse novo “organismo”. ➔ Tumores mistos São caracterizados por serem provenientes de uma única célula, mas a diferenciação toma caminhos diferentes. Ex. Adenoma pleomórfico- Neoplasia benigna de origem glandular que se diferencia em células distintas. A morfologia é como se tivesse mais de um componente celular em proliferação. ➔ Teratomas É a junção de vários restos celulares de folhetos germinativos (mesoderma, ectoderma, endoderma) e formam massas celulares que contém todo tipo de origem. Vão de uma alteração tecidual até um teratoma maligno (pode levar a morte). ex. Teratoma cístico ovariano (Tem cabelo, tem osso, tem dente, tecido muscular, gordura etc). Nomenclaturas Termos que soam benignos mas são malignos: 1. Linfoma 2. Melanoma 3. Mesotelioma 4. Seminoma ● Apesar de, lamentavelmente, a termologia das neoplasias nãos ser simples, ela é importante, pois representa a linguagem pela qual a natureza e os significado dos tumores são categorizados. ● A diferenciação entre tumores benignos e malignos é uma das distinções que um patologista pode fazer o MORFOLOGIA: diferenciação e anaplasia, taxa de crescimento , invasão local e metástases. DIEFERENCIAÇÃO E ANAPLASIA ● DIFERENCIAÇÃO: extensão com que as células do parênquima neoplásico lembram as células parenquimatosas normais correspondentes, tanto morfológica quanto funcionalmente; ● Ausência de diferenciação: ANAPLASMA ● Em geral, os tumores benignos são bem diferenciados. ● Neoplasma malignos: de BEM DIFERECIADOS E INDEFERENCIADOS; ● Neoplasmas malignos compostos por células indiferentes: ANAPLÁSICOS; ● A anaplasia é um ponto fundamental da transformação maligna. ● BEM DIFERENCIADO: muito facilmente reconhecíveis, se parecem com a célula de origem ● MODERAMENTE DIFERENCIADO ● POUCO DIFERENCIADO: não lembra a célula de origem, precisando verificar. Câncer bem diferenciado: maturação ou diferenciação das células indiferenciadas à medida que proliferam; (melhor prognostico) Câncer indiferenciado: proliferação sem maturação completa das células transformadas; (proliferação rápida) A anaplasia é marcada por algumas alterações morfológicas: pleomorfismo, morfologia nuclear anormal, mitoses, perda da polaridade, outras. PLEOMORFISMO ● variações de tamanhos e formas; CELULAS EPITELAIS NORMAIS CÉLULAS EPITELIAIS PLEOMÓRFICAS CÉLULAS EPITELIAIS ATÍPICAS MITOSES ● tumores indiferenciados grande número de mitoses: o Reflete a maior atividade proliferativa das células parenquimatosas; ● A presença de mitoses, contudo, não indica, necessariamente, um tumor seja malignoou que o tecido seja neoplásico. o Tecidos normais que exibem rápida renovação. Mais importante como característica morfológica de malignidade são as figuras mitóticas e bizarras. MITOSES TÍPICAS MITOSES ATÍPICAS PERDA DA POLARIDADE OUTRAS ALTERAÇÕES ● Células gigantes tumorais: o um único núcleo pleomórfico enorme; o dois ou mais núcleos; ● não confundir com células gigantes inflamatórias. DISPLASIA ● Crescimento desordenado; ● Caracterizada por uma constelacão de alterações que incluem a perda da uniformidade das células individuais, assim como a perda de sua orientação arquitetônica; ● As células displásicas exibem pleomorfismo considerável e frequentemente contêm núcleos hipercromáticos grandes com uma grande razão nucleo/citoplasma; ● A arquitetura do tecido pode ser desordenada. ● Contudo, a displasia não necessariamente progride para câncer. ● Quanto mais rapidamente o tumor crescer e quanto mais anaplásico for, menor a probabilidade de ter atividade funcional especializada e se assemelhar às suas células normais de origem. ● As células no câncer podem ser menos ou mais diferenciadas, mas algum grau de desordem de diferenciação está sempre presente. Quando um tumor sólido é clinicamente detectável, ele já completou uma porção importante do seu ciclo vital. ● Em geral, a taxa de crescimento dos tumores se correlaciona com seu nível de diferenciação e, portanto, a maioria dos tumores malignos cresce mais rapidamente do que as lesões benignas. ● Tumores benignos > tumores malignos; Crescimento não é constante durante todo o tempo. Alterações essenciais para a transformação maligna: 1. Auto-suficiência nos sinais de crescimento 2. Insensibilidade aos fatores inibidores de crescimento 3. Evasão da apoptose 4. Defeitos no reparo do DNA 5. Potencial infinito de replicação (não fica velha) 6. Manutenção da angiogênese 7. Capacidade de invadir e metastatizar INVASÃO LOCAL INVASÃO ● Cápsula; ● Malignos: relação com a velocidade de crescimento; ● Importância clínica: ressecabilidade ● Critério de malignidade. METÁSTASES ● São implantes tumorais separados do tumor primário ● Com poucas exceções, todos os tumores malignos podem gerar metástases; ● Neoplasias benignas não metastatizam; ● Mais agressivo; ● Crescimento rápido; ● Em geral, quanto mais agressivo, mais rápido o crescimento e maior o neoplasma primário MAIOR DISSEMINAÇÃO METASTÁTICA. ● Vias de disseminação o Implantes das cavidades e superfícies corporais: ▪ Pode ocorrer quando um neoplasma maligno penetra em um ‘‘campo aberto’’ natural; o Disseminação linfática; o Disseminação hematogênica;
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