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Conceito,nomenclatura e classificação de neoplasias

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Neoplasias:Conceito, 
Nomenclatura e Classificação. 
Referencia bibliográfica:Robbins e 
Cotran.Patologia-Bases Patológicas das 
doenças. 9°ed Capítulo 7:Neoplasias 
Nomenclatura 
Neoplasia significa “novo crescimento”, e um 
novo crescimento é denominado de 
neoplasma. O termo tumor foi originalmente 
aplicado ao edema causado pela inflamação, 
mas o uso não neoplásico de tumor 
praticamente desapareceu; portanto, o termo 
atualmente se iguala a neoplasia. Oncologia 
(do grego oncos = tumor) é o estudo dos 
tumores ou neoplasmas. Uma neoplasia pode 
ser definida como um distúrbio do 
crescimento celular que é desencadeado por 
uma série de mutações adquiridas que afetam 
uma única célula e sua progênie clonal. 
Todos os tumores apresentam dois 
componentes básicos: (1) células neoplásicas 
clonais que constituem o parênquima 
tumoral, (2) estroma reativo feito de tecido 
conjuntivo, vasos sanguíneos e números 
variáveis de células do sistema imune inato e 
adaptativo. A classificação dos tumores e seu 
comportamento biológico são baseados 
principalmente no componente 
parenquimatoso, mas seu crescimento e 
disseminação são criticamente dependentes 
do seu estroma. Em alguns tumores, o tecido 
conjuntivo é escasso e então a neoplasia é 
macia e carnosa. Em outros casos, as células 
do parênquima estimulam a formação de um 
estroma colagenoso abundante, referido 
como desmoplasia. Alguns tumores 
desmoplásicos – por exemplo, alguns 
cânceres da mama feminina – são duros como 
pedra ou cirróticos. 
 
 
-O câncer é a neoplasia maligna 
Tumores Benignos 
Diz-se que um tumor é benigno quando seus 
aspectos micro e macroscópicos são 
considerados relativamente inocentes, 
significando que ele permanece localizado, 
não se disseminará para outras áreas e 
geralmente pode ser removido por cirurgia 
local, sendo compreensível que o paciente 
sobreviva. No entanto, os tumores “benignos” 
podem causar morbidade significativa e às 
vezes serem até fatais. Em geral, os tumores 
benignos são designados ligando o sufixo -
oma ao nome do tipo de célula a partir do 
qual se origina o tumor. Os tumores de 
células mesenquimais geralmente seguem 
essa regra. Por exemplo, um tumor benigno 
que surge nos tecidos fibrosos é denominado 
fibroma, enquanto um tumor cartilaginoso 
benigno é denominado condroma. Por outro 
lado, a nomenclatura dos tumores epiteliais 
benignos é mais complexa; alguns são 
classificados com base em suas células de 
origem, outros no padrão microscópico, e 
ainda outros em sua arquitetura 
macroscópica. O termo adenoma é aplicado a 
uma neoplasia epitelial benigna derivada de 
glândulas, apesar de poderem, ou não, formar 
estruturas glandulares. Com base nisso, uma 
neoplasia epitelial benigna que surja de 
células dos túbulos renais que crescem na 
forma de numerosas glândulas pequenas 
agrupadas é denominado adenoma, assim 
como uma massa heterogênea de células do 
córtex das suprarrenais crescendo como 
lençóis sólidos. As neoplasias epiteliais 
benignas que produzem micro e 
macroscopicamente projeções visíveis, 
semelhantes a dedos ou verrucosas, que 
surgem a partir de suas superfícies epiteliais, 
são referidas como papilomas. Aquelas que 
formam grandes massas císticas, tais como no 
ovário, são referidas como cistadenomas. 
Alguns tumores produzem padrões papilares 
que se projetam nos espaços císticos e são 
denominados cistadenomas papilares. 
Quando uma neoplasia, benigna ou maligna, 
produz uma projeção macroscopicamente 
visível acima da superfície mucosa e se 
projeta, por exemplo, na luz gástrica ou 
colônica, denomina- se pólipo. Se o pólipo 
possuir tecido glandular, ele é chamado de 
um pólipo adenomatoso. 
-Ocorre o crescimento de células ainda 
diferenciadas,ou seja,as células ainda se 
parecem com o tecido em que estão se 
multiplicando(ainda se parece com o tecido 
sadio) 
-Sem presença de infiltrado linfocitário e de 
outras células 
Tumores Malignos 
Os tumores malignos são referidos 
coletivamente como cânceres, um derivado 
da palavra latina caranguejo, pois costumam 
se aderir a qualquer região na qual estejam, 
de maneira obstinada. Os tumores malignos 
podem invadir e destruir as estruturas 
adjacentes e se disseminar para áreas 
distantes (metastatizar), levando à morte. 
Nem todos os cânceres seguem um curso tão 
mortífero. Alguns são descobertos cedo o 
bastante para serem excisados 
cirurgicamente ou são tratados com sucesso 
com quimioterapia ou radiação, mas a 
designação “maligno” sempre levanta uma 
bandeira vermelha. 
A nomenclatura dos tumores malignos segue 
essencialmente o mesmo esquema usado 
para as neoplasias benignas, com adição de 
algumas expressões. Os tumores malignos 
que surgem em tecidos mesenquimais sólidos 
são geralmente chamados de sarcomas (do 
grego sar = carnosa; e.g. fibrossarcoma, 
condrossarcoma,leiomiossarcoma,rabdomios
sarcoma), enquanto os que surgem de células 
formadoras de sangue são as leucemias 
(literalmente, sangue branco) ou linfomas 
(tumores de linfócitos ou seus precursores). 
As neoplasias malignas de origem nas células 
epiteliais, derivadas de qualquer uma das três 
camadas germinativas, são denominadas 
carcinomas. Portanto, o câncer que surge na 
epiderme de origem ectodérmica, o câncer 
que se origina nas células dos túbulos renais 
derivados da mesoderme e nas células do 
revestimento do trato gastrointestinal 
derivados da endoderme são todos 
denominados carcinomas. Os carcinomas 
podem ser ainda mais especificados. O termo 
carcinoma de células escamosas denota um 
câncer em que as células tumorais lembram o 
epitélio escamoso estratificado, e 
adenocarcinoma denota uma lesão em que as 
células epiteliais neoplásicas crescem em um 
padrão glandular. Algumas vezes o tecido ou 
órgão de origem pode ser identificado e é 
adicionado como um descritor, como no 
adenocarcinoma de células renais ou no 
carcinoma de células escamosas 
broncogênico. Não é infrequente que um 
câncer seja composto por células de origem 
tecidual desconhecida,devendo ser designado 
meramente como um tumor maligno 
indiferenciado. 
-Tumor maligno tem o crescimento de células 
indiferenciadas do tecido que formam uma 
massaroca de células que vão perdendendo a 
vascularização e suprimento até formar 
necrose(as células que estão se multiplicando 
não se parecem mais com o tecido sadio) 
Nomenclatura das 
neoplasias(tabelas) 
 
 
 
 
 
A nomenclatura dos tipos mais comuns de tumor é apresentada na Tabela. Fica evidente, a partir 
dessa lista, que há alguns termos inapropriados, mas profundamente enraizados devido ao seu uso. 
Por exemplo,designações que soam benignas, tais como linfoma, melanoma, mesotelioma e 
seminoma, são usadas para certas neoplasias malignas. É também importante reconhecer que os 
termos que soam ameaçadores são aplicados a algumas lesões triviais. As hamartomas se 
apresentam como massas desorganizadas, mas benignas, compostas por células naturais de uma 
área em particular. Uma vez consideradas como uma deformidade do desenvolvimento que não 
mereciam o sufixo -oma, muitas de fato apresentam aberrações cromossômicas clonais que são 
adquiridas por meio de mutações somáticas, e com base nisso hoje em dia são consideradas 
neoplasias.Coristoma é o termo aplicado a um resto heterotópico de células. Por exemplo, um 
nódulo pequeno de tecido pancreático bem desenvolvido e normalmente organizado pode ser 
encontrado na submucosa do estômago, do duodeno, ou do intestino delgado. O termo coristoma, 
que sugere uma neoplasia, sugere a essas lesões uma gravidade muito além de seu significado real. 
Exceções
 
Tumores Mistos 
Nas maioria das neoplasias benignas e 
malignas, todas as células parenquimatosas 
se assemelham entre si. Com pouca 
frequência, contudo, a diferenciação 
divergente de um único clone neoplásico cria 
umtumor misto, tal como o tumor misto de 
glândula salivar. Esses tumores contêm 
componentes epiteliais esparsos em meio a 
um estroma mixoide que pode conter ilhas de 
cartilagem ou osso . Todos esses elementos 
surgem de um único clone capaz de produzir 
tanto células epiteliais quanto mioepiteliais; 
portanto, a designação de preferência para 
tais neoplasias é adenoma pleomórfico. A 
grande maioria das neoplasias, até mesmo os 
tumores mistos, são compostos por células de 
uma única camada germinativa. Uma exceção 
é o tumor chamado teratoma, que contém 
células maduras ou imaturas ou tecidos 
reconhecidamente pertencentes a mais de 
uma camada germinativa (às vezes a todas as 
três). O teratoma se origina de células 
germinativas totipotentes, normalmente 
presentes nos ovários e nos testículos e, 
algumas vezes, é também encontrado em 
restos embrionários anormais na linha média. 
Tais células podem se diferenciar em 
qualquer um dos tipos celulares encontrados 
no corpo adulto e, portanto, não 
surpreendentemente, podem originar 
neoplasias que contêm, de maneira 
desordenada, osso, epitélio, músculo, 
gordura, nervo e outros tecidos. Um padrão 
particularmente comum é observado no 
teratoma cístico ovariano (cisto dermoide), 
que se diferencia principalmente em 
linhagens ectodérmicas para criar um tumor 
cístico revestido de pele e repleto de pelos, 
glândulas sebáceas e estruturas dentárias. 
 
Características das neoplasias 
Benignas e Malignas 
 
Diferenciação e Anaplasia 
O termo diferenciação refere-se à extensão 
com que as células do parênquima neoplásico 
assemelham-se às células parenquimatosas 
normais correspondentes, tanto morfológica 
quanto funcionalmente; a falta de 
diferenciação é denominada anaplasia. Em 
geral, os tumores benignos são bem 
diferenciados. A célula neoplásica em um 
tumor benigno de adipócitos – um lipoma 
assemelha-se tanto à célula normal que pode 
ser impossível reconhecer o tumor através da 
análise microscópica das células individuais. 
Somente o crescimento de tais células 
formando uma massa distinta revela a 
natureza neoplásica da lesão. Pode- se chegar 
tão perto da árvore que não se enxerga mais 
a floresta. Em tumores bem diferenciados 
benignos, as mitoses são geralmente raras e 
apresentam configuração normal. 
 
 
Em contrapartida, enquanto as neoplasias 
malignas exibem uma ampla gama de 
diferenciação das células parenquimatosas, a 
maioria exibe alterações morfológicas que 
traem sua natureza maligna(ficam diferentes 
das células sadias) 
 
 
 
Neoplasias malignas que são compostas por 
células pouco diferenciadas são denominados 
anaplásicas. A falta de diferenciação, ou 
anaplasia, é considerada uma marca da 
malignidade. O termo anaplasia significa 
“formar-se para trás”, indicando uma 
reversão da diferenciação para um nível mais 
primitivo. 
A falta de diferenciação,ou 
anaplasia,frequentemente está associada a 
muitas outras alterações morfológicas; 
-Pleomorfismo: Células cancerígenas sempre 
mostram pleomorfismo – uma variação no 
tamanho e na forma. Assim, as células dentro 
do mesmo tumor não são uniformes, mas 
variam desde células pequenas com um 
aspecto indiferenciado, até células tumorais 
gigantes, muitas vezes maiores do que as suas 
vizinhas. Algumas células tumorais gigantes 
possuem apenas um único núcleo gigante 
polimórfico, enquanto outras apresentam 
dois ou mais grandes núcleos 
hipercromáticos. Essas células gigantes não 
devem ser confundidas com as células de 
Langhans ou células gigantes tipo corpo 
estranho inflamatórias, que são derivadas dos 
macrófagos e contêm muitos núcleos 
pequenos de aspecto normal. 
 
-Morfologia Nuclear anormal: 
Caracteristicamente, os núcleos são 
desproporcionalmente grandes para a célula, 
com uma razão núcleo-citoplasma que pode 
chegar a 1:1, em vez da relação normal de 1:4 
ou 1:6. A forma do núcleo é variável e muitas 
vezes irregular, e a cromatina está 
normalmente agrupada de forma 
desordenada e distribuída pela membrana 
nuclear, ou com uma coloração mais escura 
que o normal (hipercromática). Nucléolos 
anormais grandes também são comumente 
observados. 
-Mitoses: Diferentemente dos tumores 
benignos e de algumas neoplasias malignas 
bem diferenciadas, nos tumores 
indiferenciados, muitas células estão na 
mitose, refletindo atividade proliferativa 
maior das células parenquimatosas. A 
presença de mitoses, contudo, não indica, 
necessariamente, que um tumor seja maligno 
ou que o tecido seja neoplásico. As mitoses 
são indicativas de crescimento celular rápido. 
Desse modo, as células em mitose são muitas 
vezes observadas em tecidos normais que 
apresentam rápida renovação, como o 
revestimento epitelial do intestino e as 
proliferações não neoplásicastais como as 
hiperplasias. Mais importante como 
característica morfológica de malignidade são 
as figuras mitóticas atípicas, bizarras, algumas 
vezes com fusos tripolares, quadripolares ou 
multipolares. 
 
 
-Perda de polaridade: Além das 
anormalidades citológicas, a orientação das 
células anaplásicas é significativamente 
alterada. Lençóis ou grandes massas de 
células tumorais crescem de maneira 
anárquica e desorganizada. 
-Outras Alterações: Células tumorais em 
crescimento obviamente requererem um 
suprimento sanguíneo mas, frequentemente, 
o estroma vascular é escasso e, como 
resultado grandes áreas centrais de necrose 
isquêmica desenvolvem-se em vários tumores 
malignos de crescimento rápido. 
 
Como se pode presumir, quanto maior a 
diferenciação da célula transformada, mais 
ela retém as capacidades funcionais da sua 
contraparte normal. Portanto, as neoplasias 
benignas e carcinomas bem diferenciados de 
glândulas endócrinas frequentemente 
secretam hormônios característicos de sua 
origem. Níveis aumentados desses hormônios 
no sangue são usados clinicamente para 
detectar e acompanhar esses tumores. 
As células altamente anaplásicas e 
indiferenciadas, não importa qual seja seu 
tecido de origem, perdem sua semelhança 
com as células normais das quais se 
originaram. Em alguns casos, novas e 
inesperadas funções emergem. Desse modo, 
alguns tumores expressam proteínas fetais 
que não são produzidas por células 
comparáveis em adultos, enquanto outras 
expressam proteínas que são normalmente 
encontradas apenas em outros tipos de 
células adultas. 
 
 
 
Invasão Local 
O crescimento dos cânceres é acompanhado 
por infiltração progressiva, invasão e 
destruição do tecido circundante, ao passo 
que quase todos os tumores benignos 
crescem como massas expansivas coesas que 
permanecem em seu local de origem e não 
possuem capacidade para se infiltrar, invadir 
ou formar metástase em áreas distantes. 
Como os tumores benignos crescem e se 
expandem lentamente, geralmente eles 
desenvolvem um contorno de tecido fibroso 
comprimido, algumas vezes referido como 
uma cápsula que os separam do tecido 
hospedeiro. Esta cápsula é constituída em 
grande parte de matriz extracelular 
depositada pelas células estromáticas, tais 
como fibroblastos, que são ativados por 
danos hipóxicos resultantes da pressão do 
tumor em expansão. Essa encapsulação não 
evita que o tumor cresça, mas cria um plano 
tecidual que torna o tumor bem definido, 
facilmente palpável, móvel (não fixo), e 
facilmente excisável por enucleação cirúrgica. 
No entanto, existem exceções a essa regra. 
Por exemplo, os hemangiomas (neoplasias 
compostas por vasos sanguíneos 
entrelaçados) frequentemente não são 
encapsulados e podem dar a impressão de 
permear a área em que surgem (p. ex., derme 
da pele e o fígado); quando essas lesões são 
extensas, eles podem ser irressecáveis. 
 
 
Por outro lado, os tumores malignos são, no 
geral, pouco demarcados em relação ao 
tecido normal ao seu redor e não há um plano 
de clivagem bem definido. Os tumores 
malignos de expansão lenta, contudo, podem 
propiciar o desenvolvimento de uma cápsula 
fibrosa aparente, que pode empurrar uma 
ampla frente tumoral em direção às 
estruturas normais adjacentes. O exame 
histológico de tais massas 
“pseudoencapsuladas” quase sempre mostra 
fileiras de células penetrando na margem e 
infiltrando as estruturas adjacentes, um 
padrão de crescimento em forma de 
caranguejo que constitui a imagem popular 
do câncer. 
 
 
 
 
Juntamente com o desenvolvimento de 
metástases, a capacidade de invasão é a 
característica mais confiável para diferenciar 
os tumores malignos dos benignos. A maioria 
dos tumores malignos não reconhece os 
limites normais anatômicos e espera-se que 
eles penetrem a parede do cólon ou do útero, 
por exemplo, ou perfurem a superfície 
cutânea. Tal capacidade torna sua ressecção 
cirúrgica difícil ou impossível, e mesmo 
quando o tumor parece bem circunscrito é 
necessário remover uma margem 
considerável de tecidos aparentemente 
normais adjacentes à neoplasia infiltrante, a 
fim de garantir a excisão local completa. 
Alguns cânceres parecem evoluir de um 
estágio pré-invasivo referido como 
carcinoma in situ. Isso é comum nos 
carcinomas da pele, mama e algumas outras 
áreas e é melhor ilustrado pelo carcinoma do 
colo uterino.Os cânceres epiteliais in situ 
mostram características citológicas de 
malignidade sem a invasão da membrana 
basal. Eles podem ser considerados uma 
etapa anterior ao câncer invasivo; com o 
tempo, a maioria penetra a membrana basal e 
invade o estroma subepitelial. 
 
 
 
Metástase 
A metástase é definida pela propagação de 
um tumor para áreas que são fisicamente 
descontínuas com o tumor primário e de 
forma inequívoca marca um tumor como 
maligno, pois, por definição, neoplasias 
benignas não formam metástases. A 
invasividade dos tumores malignos permite 
que eles penetrem nos vasos sanguíneos, 
linfáticos e cavidades corpóreas, provendo a 
oportunidade para a disseminação. Todos os 
tumores malignos podem formar metástase, 
mas alguns o fazem muito raramente. Alguns 
exemplos incluem neoplasias malignas das 
células gliais do sistema nervoso central, 
denominados gliomas, e os carcinomas 
basocelulares da pele. Estes tipos de câncer 
fazem a invasão no início de seu curso, mas 
raramente formam metástase. 
Cânceres do sangue (leucemias e linfomas, às 
vezes chamados de tumores líquidos) são 
derivados de células formadoras de sangue 
que normalmente possuem a capacidade de 
entrar na corrente sanguínea e se deslocar 
para áreas distantes; como resultado, as 
leucemias e linfomas são frequentemente 
disseminadas ao diagnóstico e são sempre 
consideradas malignas. 
Vias de Disseminação: 
A disseminação dos cânceres pode ocorrer 
através de três vias: (1) implante direto nas 
cavidades ou superfícies corpóreas, (2) 
disseminação linfática e (3) disseminação 
hematológica. Embora possa ocorrer uma 
disseminação iatrogênica das células tumorais 
em instrumentos cirúrgicos – a razão pela 
qual, por exemplo, biópsias de massas 
testiculares nunca são realizadas – 
geralmente é raro. 
Implante em cavidade e superfícies 
Corpóreas: 
O implante de células tumorais em cavidades 
e superfícies corpóreas pode ocorrer sempre 
que uma neoplasia maligna penetra em um 
“campo aberto” natural sem barreiras físicas. 
A cavidade peritoneal é o local mais 
frequentemente envolvido,mas qualquer 
outra cavidade – pleural, pericárdica, 
subaracnoide e do espaço articular – pode ser 
afetada. Tal implantação é particularmente 
característica de carcinomas que se originam 
nos ovários, e que, com certa frequência, se 
espalham para superfícies peritoneais que se 
tornam recobertas por uma pesada camada 
vítrea do tumor maligno. 
Disseminação Linfatica: 
O transporte através dos vasos linfáticos é a 
via mais comum para a disseminação dos 
carcinomas. Os sarcomas podem também 
utilizar essa rota. Os tumores não contêm 
linfáticos funcionais, mas os vasos linfáticos 
localizados nas margens tumorais são 
aparentemente suficientes para a 
disseminação das células tumorais. A ênfase 
na disseminação linfática para carcinomas e 
na disseminação hematogênica para 
sarcomas é 
enganosa, pois, em última instância, há 
numerosas conexões entre os sistemas 
vascular e linfático. O padrão de 
acometimento dos linfonodos segue as rotas 
naturais da drenagem linfática. Como os 
carcinomas da mama geralmente surgem nos 
quadrantes superiores externos, eles 
geralmente se disseminam primeiro para os 
linfonodos axilares. Os cânceres dos 
quadrantes internos drenam para os 
linfonodos ao longo das artérias mamárias 
internas. Portanto, os linfonodos 
infraclaviculares e supraclaviculares podem 
ser envolvidos. Os carcinomas do pulmão que 
surgem nas vias respiratórias principais 
formam metástases primeiramente para os 
linfonodos peri-hilares traqueobrônquicos e 
mediastinais. Os linfonodos locais, contudo, 
podem ser contornados – a denominada 
metástase saltada/saltitante – porque os 
vasos linfáticos podem ter sido obliterados 
em razão de anastomoses venolinfáticas, ou 
devido à inflamação, ou à radiação. 
Um linfonodo sentinela é definido como “o 
primeiro linfonodo em uma cadeia linfática 
regional que recebe o fluxo da linfa que vem 
do tumor primário.” 
Disseminação Hematogênica: 
A disseminação hematogênica é típica dos 
sarcomas, mas também é vista nos 
carcinomas. As artérias, com suas paredes 
mais espessas, são menos prontamente 
invadidas do que as veias. Contudo, a 
disseminação arterial pode ocorrer quando as 
células tumorais passam através dos leitos 
capilares pulmonares, ou através dos shunts 
arteriovenosos pulmonares, ou quando as 
metástases pulmonares por si mesmas 
originam êmbolos tumorais. 
Nessa disseminação vascular, diversos fatores 
influenciam os padrões de distribuição das 
metástases. Com a invasão venosa, as células 
produzidas pelo sangue seguem o fluxo 
venoso de drenagem do local da neoplasia, 
enquanto as células tumorais 
frequentemente se detêm no primeiro leito 
capilar que encontram. 
É compreensível que o fígado e os pulmões 
estejam mais frequentemente envolvidos em 
tal disseminação hematogênica, porque toda 
a drenagem da área portal flui para o fígado e 
todo o sangue da veia cava flui para os 
pulmões. Os cânceres que surgem em íntima 
proximidade com a coluna vertebral com 
geralmente embolizam através do plexo 
paravertebral, e essa via está envolvida nas 
frequentes metástases vertebrais dos 
carcinomas da tireoide e da próstata. 
 
Alguns cânceres possuem a propensão de 
invadir as veias. O carcinoma de células renais 
frequentemente invade os ramos da veia 
renal e depois a própria veia renal, de onde 
ele pode crescer de forma semelhante a uma 
cobra, subindo pela veia cava inferior, 
alcançando, por vezes, o lado direito do 
coração. Os carcinomas 
hepatocelulares com frequência penetram as 
vênulas portais e hepáticas, crescendo dentro 
delas até atingir os canais venosos principais. 
É notável observar que esse crescimento 
intravenoso pode não ser acompanhado por 
uma ampla disseminação tumoral. Evidência 
histológica de penetração tumoral em 
pequenos vasos no sítio da neoplasia é 
obviamente uma característica perigosa. 
 
Resumindo: 
 
 
 
 
Metaplasia e Displasia 
A metaplasia: 
E definida como a substituição de um tipo 
celular por outro tipo celular. A metaplasia 
quase sempre é encontrada em associação 
com os processos de dano, reparo e 
regeneração teciduais. Frequentemente, o 
tipo celular é mais adaptado a alguma 
alteração do ambiente. Por exemplo, o 
refluxo gastro-esofágico danifica o epitélio 
escamoso do esôfago, levando à sua 
substituição por epitélio glandular (gástrico 
ou intestinal), mais adaptado a um ambiente 
ácido. 
Displasia: 
O termo displasialiteralmente significa 
“crescimento desordenado”. Ela pode ser 
encontrada principalmente em epitélios, e é 
caracterizada por uma constelação de 
alterações que incluem a perda da 
uniformidade das células individuais, assim 
como a perda de sua orientação arquitetural. 
As células displásicas podem exibir 
pleomorfismo considerável e frequentemente 
contêm núcleos hipercromáticos grandes com 
uma grande razão núcleo-citoplasma. A 
arquitetura do tecido pode ser desordenada. 
Por exemplo, no epitélio escamoso displásico, 
a maturação progressiva normal das células 
altas pertencentes à camada basal em células 
escamosas achatadas da superfície pode ser 
perdida parcial ou completamente, levando à 
substituição do epitélio por células de aspecto 
basal com núcleos hipercromáticos. Além 
disso, as figuras mitóticas são mais 
abundantes do que no tecido normal e, ao 
invés de estarem confinadas à camada basal, 
elas podem ser observadas em todos os 
níveis, incluindo células da superfície. 
Quando as alterações displásicas são 
marcantes e envolvem toda a espessura do 
epitélio, porém a lesão não penetra na 
membrana basal, ela é considerada como 
uma neoplasia pré-invasiva e é denominada 
carcinoma in situ.Uma vez que as células 
tumorais tenham rompido a membrana basal, 
diz-se que o tumor é invasivo. As alterações 
displásicas são frequentemente encontradas 
adjacentes a focos de carcinoma invasivo e 
em algumas situações, tais como em 
tabagistas de longa data e em pessoas com 
esôfago de Barrett, a displasia epitelial grave 
comumente antecede o aparecimento do 
câncer. Além disso, algumas mutações 
associadas a cânceres desenvolvidos (ver 
adiante) podem estar presentes mesmo em 
displasias “leves”. Assim, embora a displasia 
possa ser uma precursora da transformação 
maligna, ela nem sempre progride para o 
câncer. Com a remoção das causas 
agressoras, displasias leves a moderadas que 
não envolvem toda a espessura do epitélio 
podem ser completamente reversíveis. Até 
mesmo o carcinoma in situ pode persistir por 
anos antes de se tornar invasivo. Por fim, 
mesmo que a displasia ocorra com frequência 
no epitélio metaplásico, nem todos epitélios 
metaplásicossão displásicos. 
-Ocorre a perda de função das células e perda 
ou redução da sua diferenciação 
 
 
 
 
 
 
Neoplasia Benigna ou Neoplasia 
Maligna? 
Benigna 
Benigna 
Maligna 
Maligna 
Imagens Macroscópicas de 
Neoplasias Malignas:

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