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Direito Civil IV (Casamento Inexistente, Nulo e Anulável) Trabalho 2º Bim

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CASAMENTO INEXISTENTE, NULO E ANULÁVEL 
 
Casamento Inexistente para um casamento ser declarado inexistente deverá faltar um ou 
mais elementos essências e indispensáveis para sua formação. 
Um exemplo que podemos citar de casamento inexistente é o que ocorria no passado era a 
de que a diversidade de sexo dos noivos era condição imprescindível para a validade do 
casamento, tornando inexistente o casamento de pessoas do mesmo sexo, isso antes da 
decisão do STF em face da ADI 4.277/2009 e ADPF 132/2008. 
Veremos algumas hipóteses que tornam inexistente o casamento: 
✓ A incompetência da autoridade celebrante pode levar a inexistência do casamento, a 
qual está deve estar legalmente investida dos respectivos poderes; 
✓ Quando ausente o consentimento dos nubentes na forma determinada em lei, sendo 
a declaração de vontade devendo restar inequivocamente manifestada; 
✓ O matrimonio quando celebrado por procuração outorgada por instrumento particular 
ou sem os poderes especiais, ou se ultrapassados 90 dias; 
Ademais, vale ressaltar que contra o casamento inexistente não ocorrera qualquer 
prescrição ou prazo preclusivo. 
 
Casamento Nulo a proposição da ação de nulidade do casamento pode ser de ordem moral 
e eugênica, por envolver os cônjuges, ascendentes, descendentes, irmãos e cunhados, 
podendo ser também de ordem econômica, em razão da sua concorrência com o cônjuge 
viúvo, dos colaterais sucessíveis, dos credores dos cônjuges e cessionários de seus bens, 
assim como da legitimidade na defesa dos interesses sociais. 
Os efeitos da nulidade do casamento retroagem a data de sua celebração, sem prejuízo da 
eventual aquisição de direitos a títulos onerosos por terceiros de boa-fé. 
 
O Art. 1548 do CC traz um rol taxativo das hipóteses de nulidade absoluta do casamento. 
 
• Casamento Celebrado com Infringência a Impedimento Matrimonial Art. 1548, II 
do CC em suma, são nulos de pleno direito os casamentos contraídos violando as 
causas de impedimento do Art. 1521 do CC. 
Este terá efeito ex tunc retroagindo tudo antes do casamento, tendo efeito para a prole 
(filhos) ou cônjuge de boa-fé. 
 
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Casamento Anulável a anulação do casamento se difere da ação de nulidade, uma vez que 
o casamento anulável permite em certas situações a convalidação do matrimonio, assim 
como reduz as pessoas legitimadas para promoverem a ação de anulação do casamento. 
Uma das mudanças que tivemos nesse instituto foi em relação a pessoa com deficiência, 
com o propósito da inclusão social da pessoa com deficiência, instituída pela Lei Brasileira 
de Inclusão da Pessoa com Deficiência em seu Art. 144, acrescentou o § 2º ao Art. 1.550 do 
CC, o direito da pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbil poder contrair 
o matrimonio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou 
curador. 
 
O Art. 1550 do CC também se trata de um rol taxativo, sem prejuízo a outros dispositivos 
que completam o tratamento da matéria. 
 
• Casamento Contraído Por Quem Não Completou Idade Mínima para Casar Art. 
1550, I do CC o menor que tiver idade menor de 16 anos necessitará de autorização 
judicial, sempre atendendo o melhor interesse da criança Art. 1520 do CC. 
Os legitimados para pedir a anulação desse casamento estão descritos no Art. 1552 
do CC. 
Sobre o inicio da contagem do prazo decadencial há as seguintes regras: 
✓ Se a ação for proposta pelo próprio menor devidamente representado, o prazo 
será contado a partir do momento em que completar a idade núbil; 
✓ Se a ação for proposta pelo representante legal ou ascendente, o prazo será 
contado a partir do momento em que o casamento foi celebrado; 
✓ Para o início da contagem desse prazo, são utilizadas as regras constantes do 
Art. 1.560, §1 do CC, destaca-se o prazo de 180 dias é decadencial, pois a 
ação anulatória é constitutiva negativa; 
✓ O casamento pode ser convalidado, inclusive por confirmação das partes. 
✓ Não se anula o casamento que por motivo de idade dele resultou gravidez Art. 
1.551 do CC, não sendo necessária a autorização do seu representante legal; 
✓ O menor poderá depois de completar a idade núbil confirmar o seu casamento 
com a autorização de seus representantes legais ou com suprimento judicial 
Art. 1.553 do CC; 
 
 
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• Casamento Contraído por Menor em Idade Núbil (16 e 18 anos), em que Não Há 
Autorização do seu Representante Legal Art. 1.550, II do CC o menor entre 16 e 
18 anos não necessita de autorização judicial para se casar, mas apenas do 
consentimento de seus pais ou outros representantes, caso dos tutores Art. 1.517 do 
CC, se trata de uma autorização especial, não se confunde com assistência. 
Sendo desrespeitada essa premissa, o prazo para a propositura da ação anulatória é 
decadencial de 180 dias, ação essa que somente pode ser proposta pelo incapaz (ao 
deixar de sê-lo), por seus representantes legais ou por seus herdeiros necessários 
Art. 1.555, caput, do CC. 
Sobre o início da contagem do prazo decadencial há as seguintes regras Art. 1.555, 
§1 do CC: 
✓ Se a ação for proposta pelo menor, o prazo será contado a partir do momento 
em que completar 18 anos; 
✓ Se a ação for proposta pelo representante legal, o prazo será contado a partir 
da celebração do casamento; 
✓ Se a ação for proposta por herdeiro necessário, o prazo será contado da data 
do óbito do menor; 
✓ Não se anulará esse casamento quando a sua celebração tiver assistido os 
representantes legais do menor ou se tiverem manifestado a sua aprovação 
Art. 1.555, §2 do CC. 
✓ Se os representantes estiverem presentes e nada fazer para impedir a 
realização, ocorre a concordância de maneira tácita. 
 
• Casamento Celebrado Sob Coação Moral ou Vis Compulsiva Arts. 1.550, III e 
1.558 do CC este constitui um vício de vontade ou do consentimento. 
A duas formas de coação previstas: 
 
 
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✓ Se a coação for física (competência absoluta) o casamento é inexistente, se 
for psicológica/moral (competência relativa) será casamento anulável; 
✓ É possível anular um casamento por coação relacionada ao patrimônio ou a 
pessoa que não seja da família do coato; 
✓ A coação exercida por terceiro também pode anular o casamento, desde que 
o outro cônjuge tenha conhecimento ou devesse ter conhecimento do vicio Art. 
154 e 155 do CC; 
✓ O prazo decadencial para anular o casamento celebrado sob coação 4 anos 
contados da celebração do casamento Art. 1.560, IV do CC; 
✓ Essa ação anulatória é personalíssima, somente podendo ser proposta pelo 
cônjuge que sofreu a coação; 
✓ O ato poderá ser convalidado, havendo posterior coabitação entre os cônjuges 
e ciência do vicio, pelo tempo que o juiz entender que é razoável Art. 1.559 do 
CC; 
 
• Casamento Celebrado Havendo Erro Essencial Quanto à Pessoa do Outro 
Cônjuge Arts. 1.550, III, 1.556 e 1.557 do CC o casamento pode ser anulado se 
houver por parte de um dos nubentes ao consentir erro essencial quanto a pessoa do 
outro. 
O Art. 1557 do CC traz um rol de situações caracterizadoras do erro: 
✓ Inciso I diz respeito a identidade, honra e boa fama do outro cônjuge; 
✓ Inciso II diz respeito a ignorância de crime anterior ao casamento; 
✓ Inciso III diz respeito a defeito físico irremediável que não caracterize 
deficiência, ou de moléstia grave e transmissível pelo contagio ou pela 
herança, capaz de por em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua 
descendência. A impotência genrandi ou concipiendi (para ter filhos) não gera 
anulabilidade do casamento; 
 
• Do Incapaz de Consentir e de Manifestar de Forma Inequívoca a Sua Vontade 
Art. 1.550, IV do CC essa previsão continua a englobar os alcoólatras e viciados em 
tóxicos Art. 4, II do CC, o comando não incide mais para pessoas com discernimento 
mental reduzido e aos excepcionais sem desenvolvimento completo. 
 
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✓ O prazo decadencial para ação anulatória é de 180 dias contados do 
casamento Art. 1.560, caput e §1 do CC; 
✓ Os casos envolvendo os demais incapazes são de anulabilidade Art. 1.550, IV 
do CC; 
✓ As pessoas com deficiência podem se casar livremente Art. 1.550, §2 do CC. 
✓ No caso do prodigo, não sendo celebrado pacto antenupcial o regime do 
casamento será de comunhão parcial Art. 1.640 do CC; 
✓ O prodigo que fazer opção por outro regime, este deverá ser assistido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Casamento Celebrado por Procuração Havendo Revogação do Mandato Art. 
1.550, V do CC o casamento poderá ser anulado se realizado por mandatário e 
ocorrendo a revogação do mandato, sem que o representante e o outro cônjuge 
tivessem conhecimento dessa revogação pelo mandante. 
Essa revogação terá efeitos se realizado antes da celebração do casamento, caso 
contrário o ato será valido não sendo caso de sua anulação. 
✓ A nulidade absoluta ou relativa do mandato gera a anulação do casamento; 
✓ A anulação do casamento cabe somente a aquele que detém a titularidade 
dessa ação personalíssima; 
✓ O outro cônjuge não poderá anular o casamento após a sua celebração, o que 
constitui a aplicação da vedação do contraditório. 
✓ O casamento será convalidado se houver coabitação entre os cônjuges em 
qualquer hipótese Art. 1.550, V do CC. 
 
 
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• Casamento Celebrado Perante Autoridade Relativamente Incompetente Art. 
1.550, VI do CC a incompetência se diz apenas em relação ao local, sendo está uma 
incompetência relativa, e também se enquadra a incompetência em razão da pessoa 
quando o substituto do juiz de casamento for incompetente. 
O prazo decadencial para propositura da ação anulatória será de 2 anos contados da 
data da celebração do casamento. 
Esta ação caberá somente aos cônjuges, únicos interessados na ação. 
O Art. 1.554 do CC traz a hipótese de convalidação do ato sanando o vicio de forma 
e conservando o casamento. 
 
ESTUPRO. VIOLENCIA REAL. EXTINCAO PELO CASAMENTO INEXISTENTE. CONFIRMADO 
NA PROVA O CONSTRANGIMENTO POR AMEACAS E ATE FORCA FISICA, INDISCUTIVEL 
AUTORIA, AS RELACOES DE SEXO CARACTERIZAM O ESTUPRO, QUANDO O CASAMENTO 
DA OFENDIDA NAO EXTINGUE PUNIBILIDADE. (Apelação Crime Nº 685008641, Terceira Câmara 
Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Milton dos Santos Martins, Julgado em 09/05/1985) 
(TJ-RS - ACR: 685008641 RS, Relator: Milton dos Santos Martins, Data de Julgamento: 09/05/1985, 
Terceira Câmara Criminal, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia) 
 
CASAMENTO NULO. BIGAMIA DO MARIDO. SENTENÇA CONFIRMADA EM REEXAME. 
(Reexame Necessário 584041727, Terceira Câmara Civil, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Galeno 
Vellinho de Lacerda, Julgado em 23/05/1985) 
 
(TJ-RS – REEX: 584041727 RS, Relator: Galeno Vellinho de Lacerda, Julgado em 23/05/1985, Terceira 
Câmara Civil, Data da Publicação: Diário da Justiça do dia) 
 
APELAÇÃO CÍVIL. ANULAÇÃO DE CASAMENTO. INCORRÊNCIA DE ERRO ESSENCIAL. APELO 
PROVIDO. Nos termos do artigo 1.557, inciso I, do Código Civil, erro essencial diz com questão relativa a 
identidade, a honra e a boa fama do cônjuge que, se conhecida antes da celebração do enlace, inviabilizaria 
o casamento. Ademais, depois do conhecimento da “questão”, a vida em comum há de ter se tornado 
insuportável para justificar o pleito de anulação de casamento. Ausentes tais requisitos, não há falar em 
anulação de casamento. APELO PROVIDO. (Apelação Cível Nº 70064817703, Oitava Câmara Cível, 
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 16/07/2015.) 
 
(TJ-RS – AC: 70064817703 RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 16/07/2015, Oitava Câmara 
Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 22/07/2015) 
 
INTERPRETAÇÃO DO ART. 221 E SEU PARÁGRA ÚNICO DO CÓDIGO CIVIL. II – A 
PUTATIVIDADE, NO CASAMENTO ANULAVEL OU MESMO NULO, CONSISTE EM ASSEGURAR 
O CONJUGE DE BOA-FÉ OS EFEITOS DO CASAMENTO VALIDO, E ENTRE ESTES SE ENCONTA 
O DIREITO A ALIMENTOS, SEM LIMITAÇÃO NO TEMPO, RECONHECIDO, EM PARTE, E 
IMPROVIDO. 
 
(STF – RE: 81105, Relator: CORDEIRO GUERRA, Data de Julgamento: 05/09/1978, SEGUNDA TURMA, 
Data da Publicação: DJ 08-08-1975 PP-*****)

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