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Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.20, p.97-101, set. 2006. Suplemento n.5. • 97 XI Congresso Ciências do Desporto e Educação Física dos países de língua portuguesa Núcleos da base e controle locomotor: aspectos neurofisiológicos e evidências experimentais Lilian Teresa Bucken GOBBI Frederico PIERUCCINI-FARIA Carolina Rodrigues Alves SILVEIRA Maria Joana Duarte CAETANO Departamento de Educação Física, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista,Rio Claro, São Paulo, Brasil Introdução M e s a R e d o n d a C o n tr o le M o to r A locomoção independente permite ao indivíduo interagir com o meio ambiente. A locomoção estável, segura e eficiente requer adaptações do padrão locomotor às características do terreno e o paradigma da ultrapassagem de obstáculos permite a observação do emprego destas estratégias adaptativas. A presença de um obstáculo no caminho pode ser considerada uma perturbação ambiental ao sistema locomotor, pois obriga o indivíduo a modificar seus padrões de força de propulsão, que garantem que o sistema mantenha sua estabilidade postural dinâmica e a continuidade do ato locomotor (PIERUCCINI-FARIA et al., 2006). A locomoção necessita do acoplamento entre informação sensorial e modulação do sistema efetor (PATLA, 1991, 1997; GOBBI & PATLA, 1997) e qualquer possível degeneração dos componentes ou subsistemas pode dificultar a realização da tarefa de ultrapassar obstáculo. Estudos enfocando o controle motor na doença de Parkinson (DP) têm sido úteis para aprofundar o entendimento do papel dos núcleos da base (NB) no controle dos movimentos do ser humano. A DP provoca um desequilíbrio dopaminérgico na atividade inibitória e/ou excitatória do córtex motor, ocasionando diversos comprometimentos motores, especialmente na regulação da amplitude de movimentos (DESMURGET et al., 2003; KEIJSERS et al., 2005; MORRIS et al., 1994a, 1994b, 1996a, 1996b, 2005). A manipulação da ação dopaminérgica permite observar como os NB podem atuar sobre o controle da locomoção adaptativa. Muitos estudos enfocando a marcha nas condições de L-dopa têm evidenciado seus efeitos e, conseqüentemente, o papel dos NB nesta ação motora (BLIN et al., 1991; FERRANDEZ & BLIN, 1991; MORRIS et al., 1999, 2001, 2005). Entretanto, apenas recentemente, o paradigma da ultrapassagem de obstáculos tem sido utilizado para investigar o papel dos NB em pacientes com DP (PIERUCCINI-FARIA, 2006; PIERUCCINI-FARIA et al., 2006; HUBERTUS ET al., 2006). Portanto, o envolvimento dos NB em situações que exigem adaptações ou modificações da marcha, sem e sob o efeito da L-dopa, são reveladores do papel desta estrutura subcortical no controle da locomoção adaptativa. Desta forma, nosso objetivo nesta participação é apresentar os aspectos neurofisiológicos dos núcleos da base por meio de evidências experimentais relacionadas à locomoção adaptativa de pacientes com DP. Para tal, iniciamos com as características da locomoção adaptativa, prosseguimos com os aspectos neurofisiológicos dos NB e concluímos com as evidências experimentais em pacientes com DP. Locomoção adaptativa O obstáculo é uma perturbação ambiental para a locomoção. Para vencê-lo, o indivíduo deve dispor de estratégias que demandam o uso de processos cognitivos para o planejamento e a implementação dos passos que o antecedem e para controlar as pernas durante a ultrapassagem. O controle desta ação locomotora acontece a partir da integração de diversos sinais sensoriais (GOBBI & PATLA, 1997). Estratégias para a aproximação e para ultrapassagem podem ser observadas em mudanças nos parâmetros biomecânicos da relação entre membros, intramembros e com o obstáculo (PATLA, 1991; GOBBI, 1997). Durante a locomoção adaptativa, há duas fases com importâncias e necessidades distintas para que o indivíduo possa realizar a ultrapassagem sem que haja contato com o obstáculo. A primeira fase é a de aproximação onde todas as informações, principalmente da posição do obstáculo em relação aos membros inferiores do indivíduo, estão sendo constantemente monitoradas para que ajustes corretivos sejam feitos nas distâncias dos pés em relação aos obstáculos. Nesta fase, os parâmetros locomotores não são mais guiados “automaticamente”, pois parâmetros espaciais e temporais durante a marcha devem ser ajustados e regulados para garantir o posicionamento preciso dos pés em relação ao obstáculo (PATLA, 1998; MOHAGHEGHI et al., 2004). Estratégias empregadas na fase de aproximação, utilizando o mecanismo de controle prospectivo ou feedforward, acontecem aproximadamente nos últimos quatro passos antes da abordagem quando correndo (LEE et al., 1982) e, mais criticamente, nos dois últimos passos antes da abordagem quando andando (PATLA & VICKERS, 2003). A quatro passos do obstáculo, a extração da 98 • Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.20, p.97-101, set. 2006. Suplemento n.5. XI Congresso Ciências do Desporto e Educação Física dos países de língua portuguesa informação exteroceptiva e exproprioceptiva é relevante para que o indivíduo possa estimar corretamente os locais de aterrissagem dos pés em relação ao obstáculo, bem como corrigi-los à medida que se aproxima do mesmo (PATLA, 1998; MOHAGHEGHI et al., 2004). Nesta fase, o SNC seleciona os parâmetros espaciais dos passos e as distâncias mais adequadas para o posicionamento dos pés em relação ao obstáculo. A seleção desses parâmetros envolve a integração de informações sensoriais (propriocepção, exterocepção, expropriocepção e vestibular), que subsidiam respostas motoras para ajustes locomotores adequados ao seu contexto (PATLA et al., 1996; GOBBI & PATLA, 1997). Na passada imediatamente anterior ao obstáculo acontece o planejamento da margem de segurança do pé com o obstáculo, garantindo acurada informação sobre suas propriedades (MOHAGHEGHI et al., 2004; PATLA et al., 2002). Mecanismos de controle, também evidenciados por comprimento e duração dos passos, podem ser influenciados pela característica e complexidade das restrições da tarefa (MONTAGNE et al., 2002). O controle locomotor da PA e da PS é mais crítico no período de abordagem (durante a elevação da perna), pois neste momento acontece um aumento do desafio à estabilidade dinâmica do corpo (MACLELLAN & PATLA, 2006) e que, por conseqüência, aumenta o desafio neuromuscular dos membros inferiores na adaptação da marcha àquela perturbação. Para a ultrapassagem, um novo programa motor deve ser elaborado, baseado nas alturas dos obstáculos e nas distâncias horizontais em que os membros inferiores estão dos obstáculos (PATLA & GREIG, 2006). Em outras palavras, a elaboração do programa motor para a ultrapassagem é dependente das condições em que o sistema locomotor se encontra e que também sofre a influência das restrições do organismo (GOBBI & PATLA, 1997). Os núcleos da base Os NB são um conjunto de estruturas cerebrais constituído pelo núcleo caudado, putamen, globo pálido, núcleo subtalâmico e substância negra. Estas estruturas controlam a atividade motora por meio da regulação de impulsos neuromotores que facilitam sua atividade tônica, auxiliando o planejamento e a execução de movimentos seqüenciados como, por exemplo, a marcha humana (CÔTÉ & CRUTCHER, 1991; FREUND, 2002). Os NB enviam e recebem sinais excitatórios do córtex sensório-motor e também do cerebelo e do próprio tálamo (CÔTÉ & CRUTCHER, 1991; JUEPTNER & WEILLER, 1998). A principal função dessas estruturas é manter a prontidão de neurônios corticais, principalmente na área motora suplementar (AMS), para organizar e liberar seqüências de movimentos ou programas motores, em momentos adequados dentro de uma seqüência de movimentos auto-gerados (CUNNINGTON et al., 1996). Durante a aprendizagem de movimentos e mesmo em movimentos bem aprendidos, os NB exercem importante função relacionada à formulação do comportamento adaptativo (GRAYBIEL ET al., 1994; JUEPTNER & WEILLER, 1998). Outra função importante é a de liberar e finalizar programas motores que sejam adequados para a aquisiçãode uma meta, como por exemplo, alcançar e segurar um objeto. Sua função também está relacionada à manutenção desse movimento durante sua execução e que pode ser observado pelas variações na velocidade e na amplitude do movimento (GENTILUCCI & NEGROTTI, 1999; GENTILUCCI et al., 2000). Desta forma, a atividade dos NB libera o córtex para outras ações concomitantes durante movimentos. Os NB auxiliam o córtex motor no controle de movimentos através de duas vias: a indireta e a direta. Essas duas vias têm funções distintas para o controle de movimentos. A indireta está envolvida com a iniciação e/ou com a finalização de movimentos e a direta, além da iniciação, é responsável pela manutenção do programa motor durante a ação (ONLA-OR & WINSTEIN, 2001; GRILLNER et al., 2005). Estudos de neuroimagem têm revelado que os NB são ativados quando os sujeitos devem selecionar movimentos, especialmente relacionada aos músculos apropriados (componente motor eferente). Entretanto, não há alteração no fluxo sanguíneo dos NB quando movimentos são regidos por feedback sensorial e em movimentos passivos (componente sensorial aferente) (JUEPTNER & WEILLER, 1998). Quando os indivíduos melhoram suas performances, os NB e o cerebelo estão ativados (JUEPTNER & WEILLER, 1998). A doença de Parkinson idiopática (DP) é decorrente da degeneração dos neurônios dopaminérgicos da substância negra parte compacta (SNc). Esta degeneração provoca um desequilíbrio da atividade inibitória e/ou excitatória do córtex motor, levando a diversos comprometimentos motores. A acinesia é a dificuldade encontrada por pacientes com DP para iniciar um movimento e mesmo para pará-los a fim de começar um novo (troca de movimentos). A lentificação dos movimentos, conhecida como bradicinesia, é outro sintoma incapacitante na DP, e que revela uma grande dificuldade para gerar pulsos neuromotores que mantenham o andamento do movimento desejado durante a ação. Esses comprometimentos estão diretamente ligados a dificuldades em regular os parâmetros da marcha e do controle postural e que aumenta os riscos de queda em função da dificuldade de lidar com perturbações do ambiente (GRIMBERGEM et al., 2004). Padrões motores da marcha são diretamente afetados com o aparecimento da DP e alguns deles mostram-se sensíveis ou resistentes ao tratamento com a levodopa (L-dopa), medicamento que repõe a dopamina no cérebro (BLIN et al., 1991). No entanto, os NB têm um papel fundamental na formulação e geração de padrões locomotores que garantam a estabilidade dinâmica, liberando graus de liberdade do movimento de acordo com as demandas ambientais (TAKAKUSAKI et al., 2004). Com a DP, as duas vias, direta e indireta, tornam-se hiper- inibidas em função da redução de dopamina estriatal, pois esta Sheyla HighLight Sheyla HighLight Sheyla HighLight Sheyla HighLight Sheyla HighLight Sheyla HighLight Sheyla HighLight Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.20, p.97-101, set. 2006. Suplemento n.5. • 99 XI Congresso Ciências do Desporto e Educação Física dos países de língua portuguesa Núcleos da base e o controle da locomoção adaptativa: evidências experimentais Na DP, as alterações dos padrões locomotores parecem refletir um padrão menos automático, o que pode ser observado no aumento da duração do duplo suporte e na diminuição do comprimento da passada (MORRIS et al., 1996a, 1996b). Esta alteração nos parâmetros da marcha é provocada por diminuições nos sinais excitatórios tálamo- corticais, que auxiliam o córtex pré-motor no desencadeamento das seqüências e da amplitude de passos e passadas. Portanto, seria esperado que o aumento da demanda atencional para a aquisição de informações necessárias aos ajustes locomotores, durante a aproximação (BROWN et al., 2005), aumentasse o tempo de duplo suporte e diminuísse o comprimento da passada. PIERUCCINI-FARIA (2006) demonstrou que, na fase de aproximação do obstáculo, não ocorreram alterações no tempo do duplo suporte entre pacientes com DP e idosos controle. Entretanto, o comprimento da passada foi diferente dos valores demonstrados pelos idosos controle. Estes resultados evidenciam que pacientes com DP apresentam estratégias locomotoras diferentes das adotadas pelos idosos controle. Alterações nos parâmetros locomotores podem ser esperadas quando sob efeito da L-dopa (aumentando o sinal excitatório à AMS), como: aumento na cadência, no comprimento da passada e na velocidade preferida e diminuição no tempo do duplo suporte (BLIN et al., 1991). Na locomoção adaptativa, ainda na fase de aproximação, foram confirmados os aumentos na velocidade preferida e na cadência. Entretanto, foram observadas alterações apenas marginais no tempo do duplo suporte e no comprimento da passada (PIERUCCINI-FARIA, 2006). Durante a fase de ultrapassagem, a regulação da perna de abordagem (PA) pode ser afetada em função da diminuição do sinal proprioceptivo ou da cópia aferente que parece acontecer em indivíduos com a DP (DEMIRCI et al., 1997). Esse comprometimento da integração do sinal proprioceptivo pode fazê-los desenvolver menores amplitudes de movimento, tanto das margens de segurança do pé com o obstáculo, quanto da máxima elevação do pé em relação ao solo. PIERUCCINI-FARIA et al. (2006) demonstraram que a margem de segurança na ultrapassagem do obstáculo foi influenciada pela L-dopa. Da mesma forma, a altura do obstáculo desencadeou maior elevação da PA. Os pacientes, quando repuseram a dopamina, foram capazes de elevar mais a PA para garantir uma ultrapassagem segura, mesmo em detrimento do desequilíbrio corporal. O comportamento hipométrico, observado nesta população, pode ser ainda maior para a perna de suporte (PS), visto que essa é guiada basicamente em modo feedforward pelo SNC (MOHAGHEGHI et al., 2004). Os resultados de Pieruccini-Faria (2006) não suportam esta afirmação, pois não houve alteração da margem de segurança da PS sobre o obstáculo quando pacientes estavam sob efeito da L-dopa. Quando os movimentos do membro não são visíveis, pacientes com DP tendem a realizá-los com menor amplitude em relação aos seus pares neurologicamente saudáveis (DESMURGET et al., 2003). Este comportamento pode também ser alterado em função da ação da L-dopa, disponibilizando mais sinal proprioceptivo eferente do córtex sensório-motor para o corpo estriado (núcleo caudado + putamen) e que, posteriormente, será enviado para a AMS (GENTILUCCI et al., 2000) para organizar e implementar os programas motores da PA e da PS durante a ultrapassagem dos obstáculos. PIERUCCINI-FARIA (2006) evidenciou que, na fase de ultrapassagem, nenhuma das variáveis espaciais foi influenciada pela reposição da dopamina. Na comparação entre os grupos (pacientes sob efeito da L-dopa e idosos controle), ainda na fase de ultrapassagem, as variáveis relacionadas ao comprimento da passada (distância horizontal pé-obstáculo e obstáculo-pé) foram estatisticamente diferentes. Os pacientes sob efeito da L- dopa não atingiram valores semelhantes aos idosos controle, pois não há como restabelecer ou normalizar plenamente a atividade dopaminérgica no corpo estriado. Conclusão Considerando que nosso objetivo foi apresentar os aspectos neurofisiológicos dos núcleos da base por meio de evidências experimentais relacionadas à locomoção adaptativa de pacientes com DP, podemos afirmar que: a) a L-dopa melhora os mecanismos envolvidos na programação de parâmetros locomotores dos idosos com DP sem equipará-los com os idosos controle, na fase de aproximação; b) as propriedades intrínsecas M e s a R e d o n d a C o n tr o le M o to r (alturas) dos obstáculos desencadearam estratégias adaptativas conservadoras, na fase de ultrapassagem, que podem estar baseadas na segurança do organismo e não no mínimo gasto energético. Assim, os NB têm um forte papel na locomoção adaptativa, em especial na programação de parâmetros cinemáticos que controlam os membros inferiores na ultrapassagem por sobre os obstáculos, por meio da via direta. regula a atividade excitatória (atravésdo glutamato) e inibitória (através do GABA), deixando a via inibitória hiper-ativa (ONLA- OR & WINSTEIN, 2001; GRILLNER et al., 2005). A relação da patologia dessas vias na DP com a locomoção adaptativa ainda foi pouco explorada e, por isso, merece mais atenção, pois, pode- se saber quais parâmetros são ou não influenciados pela L-dopa e quais ainda estão preservados, quando comparados ao controle locomotor de indivíduos neurologicamente normais. 100 • Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.20, p.97-101, set. 2006. Suplemento n.5. XI Congresso Ciências do Desporto e Educação Física dos países de língua portuguesa Referências BLIN, O; FERRANDEZ, A.M.; PAILHOUS, J.; SERRATRICE, G. 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