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Desenvolvimento e aprendizado motor 17/05/21 _______________________________ OBS - Estado de deferência - Ato motor extremamente especializado. Relação com as olivas, quando a pessoa treina um determinado movimento, resultando em uma alta performance. _______________________________ LIVRO DE REFERÊNCIA: CONTROLE MOTOR. Teoria e aplicações práticas. 3ª edição. Modelos teóricos do desenvolvimento motor humano Part. 1 O que é controle motor? Habilidade de regular ou direcionar os mecanismos essenciais de movimento. A área está relacionada ao estudo da natureza do movimento e como é controlado. Como o controle do movimento se dá? ★ Indivíduo; - percepção; - cognição; - ação (sistema locomotor). ★ Tarefa; - mobilidade - estabilidade (proporcional a mobilidade); - manipulação (da tarefa, aumento de carga...etc). ★ Ambiente; - reguladores: influencia diretamente no movimento, como o tipo de piso. - não reguladores: influenciam indiretamente no movimento (ex: ruídos, temperatura, vento, outras formas de distração). Estes três quesitos influenciam o controle motor. 24/05/2021 Modelos teóricos do desenvolvimento motor humano Part. 2 TEORIAS - Ideias abstratas sobre algo e que tentam explicar como algo funciona. As teorias são dinâmicas e evolutivas e isso afeta a forma como entendemos o controle motor. TEORIA DE REFLEXO Criada por Charles Sherrington, um neurofisiologista. Sua pesquisa formou a base experimental para a teoria clássica de reflexo do controle motor: Ele acreditava que “Os reflexos são blocos de construção do comportamento complexo” Movimento complexo (ex) - andar ou escrever, um reflexo desencadeia uma série de outros movimentos. Ele acreditava que o comportamento complexo poderia ser explicado pela combinação da ação de reflexos individuais que estavam conectados uns aos outros. Teoria foi INCONTESTÁVEL por 50 ANOS e segue influenciando muitos clínicos até hoje. Limitações: - O reflexo é ativado por um agente externo; - Não explica ou prevê de maneira adequada os movimentos que ocorrem na ausência do estímulo sensorial. Mais recentemente, foi demonstrado que animais podem mover-se de um modo relativamente coordenado na ausência de input sensorial. - Não há explicações sobre movimentos muito rápidos. Por exemplo, um digitador experiente e competente vai de uma tecla para outra com tanta rapidez que não há tempo para a informação sensorial de um toque ativar o outro toque. - O conceito não explica por que um único estímulo pode resultar em respostas variáveis de acordo com o contexto e os comandos descendentes. Por exemplo, há ocasiões nas quais é necessário ignorar reflexos para cumprir um objetivo. Portanto, tocar algo quente, normalmente, resulta em um reflexo de retirada da mão. Entretanto, se seu filho está pegando fogo, você poderá ignorar o reflexo de retirada para tirar a criança do fogo. - Não explica por que um único estímulo pode gerar respostas distintas (diferentes mov.) de acordo com o contexto e os comandos descendentes. Ex: Reflexo miotático. - O fato de os reflexos estarem em cadeia não explica a habilidade em produzir movimentos novos. Movimentos novos reúnem combinações únicas de estímulos e respostas de acordo com as regras previamente aprendidas. Um violinista que aprendeu uma partitura no violino e também conhece as técnicas para tocar um violoncelo pode tocar a partitura neste instrumento sem a necessidade de ter praticado no próprio violoncelo. O violinista aprendeu as regras de tocar a partitura e aplicou-as para uma situação inusitada ou nova. Implicações Clínicas: De que modo a teoria de reflexo do controle motor pode ser usada para interpretar o comportamento do paciente e servir como diretriz para as ações do terapeuta? Se reflexos em cadeia ou compostos são a base para o movimento funcional, estratégias clínicas desenvolvidas para testar reflexos deveriam permitir ao terapeuta a previsão da função. Além disso, os comportamentos de movimento do paciente seriam interpretados em termos da presença ou ausência dos reflexos controladores. Por fim, reabilitar o controle motor para habilidades funcionais objetivaria enfatizar ou reduzir os efeitos de diversos reflexos durante as tarefas motoras. TEORIA HIERÁRQUICA Controle organizacional que ocorre de cima para baixo influenciaria o controle de movimento. Ou seja, cada nível mais elevado, sucessivamente, exerce controle sobre o nível abaixo dele. Em uma hierarquia estritamente vertical, linhas de controle não se cruzam e nunca há um controle de baixo para cima. Rudolf Magnus descobriu que reflexos controlados por níveis mais baixos da hierarquia neural estão presentes apenas quando os centros corticais estão lesionados. Esses resultados são posteriormente interpretados para sugerir que os reflexos são parte de um controle hierárquico do controle motor, no qual centros mais elevados inibiriam, em geral, esses centros mais baixos de reflexo. Georg Schaltenbrand sugeriu o surgimento e desaparecimento de reflexos organizados segundo uma determinada hierarquia; patologias no encéfalo poderiam gerar persistência de reflexos (continuidade de reflexos que já teriam desaparecido - EX. reflexo palmar no bebê). Teoria reflexo/hierárquica: o controle motor emerge de reflexos que estão contidos nos níveis do SNC organizados em hierarquia. Teoria de neuromaturação do desenvolvimento: a maturação do SNC é o agente primário da mudança no desenvolvimento. O desenvolvimento motor normal foi atribuído ao aumento da corticalização do SNC, resultando no aparecimento do controle dos níveis mais elevados sobre os reflexos de níveis mais baixos CONCEITOS ATUAIS RELACIONADOS AO CONTROLE HIERÁRQUICO Teoria hierárquica/reflexa: O conceito de uma hierarquia rígida, na qual os centros mais elevados estão sempre em controle, foi modificado. Cada nível do sistema nervoso pode agir em outros níveis (elevados ou mais baixos) dependendo da tarefa. Reflexos NÃO são considerados determinantes solitários do controle motor (APENAS o reflexo não faz movimento), mas apenas um dos diversos processos importantes para a geração e o controle do movimento. Implicações Clínicas: - Patologias do encéfalo podem resultar na persistência de reflexos de níveis mais baixos, uma compreensão completa de todos os reflexos permitiria a determinação da idade neural da criança ou de um paciente com disfunção do controle motor. - Além de que explicaria algumas consequências de lesões neurológicas (falta de motricidade, reflexos patológicos, má postura…). → a partir disso é possível especular a idade neural de uma paciente (como anda sua evolução e etc) Limitações: Uma das limitações da teoria de reflexo hierárquico do controle motor é que não explica o domínio do comportamento reflexo em certas situações em adultos normais. . Por exemplo, pisar em alfinetes resulta na retirada imediata da perna. Esse é um exemplo de um reflexo de nível mais baixo de hierarquia dominante da função motora. É um exemplo de controle de baixo para cima. Portanto, deve-se ter cuidado ao afirmar que todos os comportamentos de níveis mais baixos são primitivos, imaturos e não adaptativos, enquanto todos os comportamentos de níveis mais elevados (corticais) são maduros, adaptativos e apropriados. EX: Reflexo de retirada ex. ao pisar em um prego), reflexo extensor cruzado (a perna tem que aumentar seu tônus e sua extensão para que a pessoa não caia - compensação), esses reflexos em castaca ocorrem em milisegundos!!! TEORIA DA PROGRAMAÇÃO MOTORA - Sugere que o movimento é possível na ausência de ação reflexa. - O input sensorial, ainda não seja essencial para deflagrar o movimento, tem uma função importante na modulação. Esse movimento seria gerado pela aquisição de um programa motor central. obs: ENGRAMA - um traço de memória motora específica. EX. Conseguimos escrever com a nossa mão dominante, mesmo que não se tenha a habilidade ideal, mas o padrão motor ainda segue gravado em nosso cérebro. Assim como um violinista trocaria tranquilamentedepois de anos longe de seu instrumento. “geradores de padrão central (programas motores mediados pela medula espinal) por si só, podem gerar movimentos complexos como andar, trotar e galopar” Limitações: - o programa motor central NÃO pode ser considerado o único determinante de ação; - Essa teoria não leva em consideração que o SNC tem que lidar com variáveis musculoesqueléticas e ambientais para alcançar TEORIA DOS SISTEMAS - Nicolai Bernstein, 1966 - Teoria importante De que modo o corpo enquanto sistema mecânico influencia o processo de controle? O mesmo comando central poderia levar a movimentos diferentes devido a interação entre forças externas e as variações das condições iniciais. Por essa razão, comandos iguais podem levar a movimentos diferentes. EX. o mesmo comando para abduzir o braço vai produzir diferentes comandos se levar em consideração qual era a posição inicial do mesmo. “a coordenação do movimento é o processo de dominar os graus de liberdade redundantes do organismo que se movimenta” Em outras palavras, envolve converter o corpo num sistema controlável. Primeira teoria a levar em consideração sistemas musculares e ósseos e grandezas físicas como a gravidade e inércia. porém… não levou em consideração como o ambiente interage com o mov. Relação com teoria hierárquica Implicações clínicas: Explicações para o movimento anormal foram expandidas para incluírem problemas resultantes de anormalidades nos geradores de padrão central ou em programas motores de níveis mais elevados. Em pacientes com a programação motora de níveis mais elevados afetados, a teoria de programa motor sugere a importância de auxiliar os pacientes a reaprender as regras corretas para a ação. TEORIA DE AÇÃO DINÂMICA Quando um sistema de partes individuais se torna UNO, seus elementos se comportam de forma coletiva e ordenada. Esse princípio aplicado ao controle motor prevê que o movimento pode emergir como o resultado da interação de elementos, sem a necessidade de comandos específicos ou programas motores do sistema nervoso. EX. andar, correr, trotar. A teoria dinâmica sugere que o novo movimento emerge devido a uma mudança crítica em um dos sistemas, denominada “parâmetro de controle”. Um parâmetro de controle é uma variável que regula a mudança no comportamento de todo o sistema. No nosso exemplo, o parâmetro de controle é a velocidade. Quando a velocidade do andar do animal, um parâmetro de controle, chega a um ponto crítico, há uma mudança no comportamento do animal, do andar para o trotar. Limitações: SNC NÃO TENDO PAPEL IMPORTANTE NO SISTEMA FÍSICO E MEIO AMBIENTE PARA O MOVIMENTO TEORIA ECOLÓGICA Sugere que o controle motor evoluiu para que animais pudessem lidar com o ambiente ao seu redor, movimentando-se de modo eficaz a fim de encontrar alimento, fugir de predadores, construir abrigos e até brincar. A organização da ação estaria intimamente relacionada com a tarefa específica e o ambiente ao no qual a tarefa está sendo realizada. Implicações clínicas importantes. TEORIA DOS SISTEMAS DINÂMICOS / TEORIA DA ABORDAGEM DOS SISTEMAS Shumway Cook e Marjorie Wollacoott No final da década de 1950 e início da década de 1960, foram desenvolvidas as denominadas abordagens de neurofacilitação, o que resultou em uma mudança dramática nas intervenções clínicas direcionadas ao paciente com deficiências neurológicas. Essas teorias são base para alguns modelos de reabilitação neurológica. Desenvolvimento do Sistema Nervoso Central 31/05/21 Devido a mielinização do SNC entre 1 e 2 anos a criança é capaz de realizar algumas tarefas. Em algumas dessas etapas pode haver alguma doença que altere o SNC e outras funções. Para relembrar…. Ectoderma - Pele e tecido nervoso. Mesoderma - Músculo, vasos e tecido conjuntivo. Endoderma - Pulmões, trato digestivo, sist. urogenital. SNC: - O SNC não nasce pronto; - Nos 3 últimos meses ocorre o pico de desenvolvimento encefálico na gravidez. GÊNESE DOS NEURÔNIOS E CONEXÕES ou NEUROGÊNESE - SINAPTOGÊNESE Células tronco podem desenvolver → neurônios, astrócitos e oligodendrócitos (os principais, existem outras células da glia). O que define o que vai ser produzido e em que quantidade? Fatores genéticos e demanda do ambiente (sinais notch, inibem ou promove essa estimulação) Essas células são formadas na zona subventricular e migram para a região do córtex GLIA RADIAL - se forma como se fosse uma passagem/tubo, dando suporte para o neurônio migrar para a região mais alta, do córtex. As células corticais seguem um padrão de migração “interior-primeiro, exterior - depois” O neurônio não nasce com uma morfologia de neurônio, ele nasce como uma célula redonda e depois ele se diferencia. Há aumento de neurônio (quantidade) até os 2 anos, após isso inicia-se conexões e ramificações (até a idade adulta). 24 = 2 anos ★ O giro denteado do hipocampo é uma zona responsável por memórias, por isso produz neurônios em adultos ★ Núcleo estriado também produz neurônios Situações que podem inibir ou potencializar a neurogênese hipocampal (relação com cognição, aprendizado): Aumento: Dieta saudável e exercício físico. Diminuição: Dieta pobre de nutrientes, drogas, sedentarismo e stress (aumento da corticosterona) MIELINIZAÇÃO Não está pronto ao nascimento ps: em adultos ainda há neurogênese em algumas áreas específicas Oligodendrócito - prod. de mielina no SNC. Célula de schwann - prod. de mielina no SNP. É possível visualizar melhor a mielinização quanto mais velha a criança (substância branca): Tratos e vias são mielinizados em momentos diferentes. EX:Tratos motores (como o corticoespinal controle de movimento) é mielinizado até o fim do primeiro e até dois anos de vida. Os dois primeiros anos são anos essenciais dentro desse período de desenvolvimento do SNC A mielinização acontece de cima para baixo e de trás para frente. Áreas mielinizadas por último Por que os adolescentes fazem tantas “cagadas”? A parte frontal é responsável pelo julgamento (deve ser feito ou não) e tomada de decisões, porém, essa é uma das áreas a serem as últimas a se minimizarem (a mielinização é completa por volta dos 21 anos). CRESCIMENTO E DIRECIONAMENTO DO AXÔNIO ★ Seleção da via ★ Seleção de alvo ★ Seleção da estrutura-alvo para sinapse Em nível menor se tem a formação de espinhos dendríticos, que amplificam a comunicação do neurônio: Cones de crescimento: Quando começa a crescer, inicialmente, o neurônio? Crescimento mediado pelos microtúbulos já presentes no axônio, seu direcionamento e orientação é mediado pelos quimioatratores e quimiorepelentes (atraem ou repelem o crescimento), como acontece: Neurônio pioneiro começa a produzir um quimioatrator, início de fasciculação ou também pode haver produção de quimiorepelidor quando não há necessidade de conexão (quimioreoulsão). FORMAÇÃO e ELIMINAÇÃO DE CÉLULAS E SINAPSES Recrutamento de receptores Neurotrofinas são substâncias que fortalecem o contato sináptico (NGF, NT-3, NT-4 e BDNF) Glia promovendo a formação sináptica, principalmente astrócito... O astrócito envolve as duas células (pré e pós sináptica) e vai garantir que eles tenham a quantidade necessária de nutrientes e energia para que essa sinapse se consolide (alta demanda de cálcio) Aporte escasso de neurotrofinas - morte neuronal caspase 9 se não for inibida ela irá ativas caspase 3 que vai fragmentar o dna do neurônio (morte), a neurotrofina inibiria a caspase 9. PODA SINÁPTICA: Conexões que não estão tão fortes ou algo do tipo são inibidas, acontece até 14 anos. PERÍODO CRÍTICO E JANELA DE OPORTUNIDADES Período crítico - períodos em que estimulação ou nao estimulação, podem gerar comportamentos e desenvolturas a partir disto. EX. se não houver contato com claridade em determinado período do desenvolvimento podemos não enxergar. - correlaciona o pico de desenvolvimento de alguns sistemas com a presença de alguns estímulos ou nao - relação com o imprint - dois primeiros anos de vida são considerados os mais sensíveis(mil primeiros dias considerando a gestação). ……………………………………………. primeiro NEUROCIÊNCIAS E DESENVOLVIMENTO DO SN 4 EDIÇÃO (cap desenvolvimento) ……………………………………………. Envelhecimento 07/06/21 Senescência - processo de envelhecimento natural. Sensibilidade - processo de envelhecimento associado a uma patologia. Alterações encefálicas: ★ Existem várias hipóteses sobre as razões pelas quais as alterações ocorrem ★ O envelhecimento do SNC é multifatorial, não uniforme e regionalmente variável. Adulto - 94 anos - 77 anos c/ demência ★ O peso do encéfalo chega a diminuir até 18% a partir dos 55 anos, de forma gradual. ★ Colapso de grandes neurônios em diversas áreas do córtex, dando lugar a neurônios menores: ocorre pois os grandes neurônios gastam mais energia. ★ Espinhos neurais menos densos Alterações nos neurotransmissores ★ Alterações em sua quantidade que podem interferir na homeostase encefálica ★ Principal: redução de monoaminas (dopaminas, serotoninas…), relacionado a depressão em idosos (bastante recorrente); ★ Idosos que conseguem se manter ativos têm menor taxa de depressão, pois o exercício físico consegue aumentar um pouco o nível de monoaminas. ★ Apenas uma pequena porcentagem de idosos apresenta um declínio cognitivo notável. Alterações Cognitivas O processo de senescência irá gerar , na maioria dos casos, idosos que vão apresentar declínio cognitivo LEVE, não alterando suas faculdades e funcionalidade. ➔ PREJUÍZO COGNITIVO MODERADO - Pode ou não evoluir para DA. ➔ Demencia senil: relacionado com eventos cerebrovasculares e DA (mais comuns). Desenvolvimento motor 0-2 anos 14/06/21 - fase motora reflexa; - fase motora rudimentar; - fase motora fundamental; - fase motora especializada; Fatores ambientais e hereditários influenciam. Mas quando, de fato, os movimentos surgem? Desde o útero (em média 10ª semana de gestação) - o nome dado a esses movimentos é: MOVIMENTOS WRITHING - movimentos sem coordenação, com caráter elíptico (às vezes seguem um padrão e as vezes não). Estarão presentes até a sexta/sétima semana pós natal. MOVIMENTOS FIDGETY - Por volta da décima semana, um pouquinho antes e termina por volta da 20ª semana (3 meses). Possui gama maior de movimentos (maior riqueza de movimentos) (alternância das pernas, diminuição de assimetria…). MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS - a partir do 5º mês (20ª semana). GENERAL MOVEMENT: avaliação/teste de diagnóstico de paralisia. Embasamento de acordo com a desenvoltura dos movimentos descritos acima. Desenvolvimento embrionário: Drogas, álcool, patologias, são riscos danosos para o material genético. Desenvolvimento Motor Normal até os 12 meses de vida O desenvolvimento postural acontece de encéfalo para caudal e proximal/distal. Porém, não é possível dizer que o DESENVOLVIMENTO se dá dessa forma, já que existem diversos fatores a serem somados. ATÉ 6 MESES: presença de REFLEXOS PRIMITIVOS. 1. Recém Nascido DNM até os 12 meses de vida Pouco espaço na barriga da mãe, em determinado momento, a criança se mantém em uma posição de flexão (fetal). Quando nasce não possui controle muscular e movimentos Writhing. Deitado em PRONO (1) 0 meses ● Suporte de peso: sobre as bochechas, mãos, antebraços e tronco superior ● Postura: cabeça rolada para um lado, flexão fisiológica, braços próximos ao corpo e cotovelos fletidos. ● Movimento anti gravitacional: cabeça rodada para liberar vias aéreas superiores da superfície de apoio. Deitado em PRONO (2) 15 dias a 2 meses ● Diminuição de flexão de quadril; ● Maior controle na região cervical por alguns segundos. Deitado em SUPINO (2) 20 dias ● Flexo de quadril ainda é bastante forte; ● criança não encontra a linha média (não encosta mão com mão); ● criança ASSIMÉTRICA. Deitado SUPINO (3) 25 dias Menor flexão de membro superior e inferior. Sentado com apoio 25 dias ● Suporte de peso: nádegas e pernas; ● Postura: flexão de quadril e tronco; ● Movimento anti gravitacional: eleva e mantém brevemente a cabeça na linha média brevemente. extensão da coluna superior. De 3 (principalmente) até 6 meses existem muitos reflexos primitivos: ★ Reflexo Moro; - estimula propriocepção cervical e auditiva; - abdução seguida de uma adução (tentativa de agarrar algo para se segurar). ★ Reflexo de Busca; ★ Reflexo de Galant (2 a 4 meses); - Estimulação em um lado do dorso e a criança faz uma flexão para o lado desta estimulação; - detona a instabilidade de tronco associado a instabilidade da cabeça. Observa-se a permanência por tempo prolongado ou até p/ resto da vida em crianças com lesões centrais. ★ Reflexo de sucção; ★ Reflexo de Marcha automática (desde o nascimento até 2 meses); - Consiste em inclinar a criança sobre uma superfície e ela iniciar marcha; - É observado frequentemente em muitos pacientes com PC espástica independente da idade, o que sugere uma incapacidade do SNC de controlar estruturas inferiores. ★ Reflexo tônico cervical; assimétrico (RTCA) - até 3 meses; - Quando rotacionada a cabeça da criança, um lado do corpo vai apresentar flexão e o outro extensão: - Alguns livros se referem como reflexo do extremista; - Geralmente o lado de extensão é o da face e o de flexão o occipital; - Se persistir, faz com que a criança não alcance a linha média. ★ Reflexo de preensão palmar (até 1 ano, em média); ★ Reflexo de preensão plantar (até 6/7 meses, logo após a criança costuma conseguir ficar de pé). ★ Reflexo de colocação plantar - “placing” ( até 5 ou 6 meses) - Estímulo: segura-se a criança com apoio na região das axilas e estimula-se a região dorsal dos pés na borda da mesa do exame. - Resposta: a criança irá flexionar os membros inferiores (flexão de quadril e perna), colocando o pé sobre a mesa. - Se persistir, DIFICULTA O DESENVOLVIMENTO DE REAÇÕES FUNCIONAIS E AUTOMÁTICAS DOS MEMBROS INFERIORES DIFICULTANDO O POSICIONAMENTO ORTOSTÁTICO E A MARCHA. 2. 1 mês PRONO com suporte ● Melhor controle da cabeça, podendo elevá-la até 45º e permanecer por um tempo. Deitado em SUPINO (3) de 25 dias até 1 mês ● Criança mais simétrica (cabeça já não mais tão rodada; ● Movimento de pernas interessantes começando a acontecer. Em pé com apoio (1) 1 mês ● Marcha automatica ● Tronco fletido, sem controle de cervical Em pé com apoio (2) Fim do 1º mês ● A criança suporta melhor seu peso, TENDE A DESAPARECER APÓS 2º MÊS. 3. 2 meses Suporte de antebraço (1) 2 meses ● Controla ainda mais a cabeça (eleva um pouco mais de 45º); ● Maior controle da cintura escapular; ● Começa a descarregar peso nos antebraços; Deitado em supino ● Flexores de pescoço ativos (“chin tuck”) - queixo p/ dentro; Sentado com apoio dos braços 4. 3 meses TUMMY TIME: Importante para o controle de cervical e tronco superior. Evolução do TUMMY TIME com o passar do tempo: - Linha do cotovelo à frente da do ombro, melhor suporte biomecânico. - Melhora controle da cervical Aos três meses é possível notar a criança começando a pôr a mão no joelho, o que é muito importante para a MOBILIDADE PÉLVICA. Tracionado para sentar ● Semi Flexão de pescoço / chin tuck (ao ser puxada criança estabiliza a cabeça): cabeça na linha média ou à frente do corpo ● Mov. pode ser auxiliado por flexão de abdominais ou braço. 5.4 e 5 meses TUMMY TIME mais EVOLUÍDO ➔ Criança já alcança o pé, linha média e rolar. Natação ou mata-borrão ● Padrão extensor ativo (de tronco superior) ● Peso sobre o abdômen Alcance com apoio de antebraço Já realiza alcance de objetos com apenas um apoio de antebraço. Pivoteio Roda em torno do seu eixo, começa a se arrastar e se locomover mais rapidamente. Mãos nos pés e pés a boca Rolando de supino para prono sem rotação (ROLAR) Sentado sem apoio 4,5 - 5 meses ● Tronco flexionado e com apoio anterior de mãos. Sentado sem apoio e SUPORTE DE BRAÇO 5 MESES ● Tronco ainda fletido e possivelmente utiliza apoio por alguns segundos. Sentado sem apoio dos braços Fim do 5º mês, início do 6º ● Tronco mais ereto e sem apoio ● Melhor controle de abdominaise cintura pélvica Em pé com apoio 4,5 a 7,5 ● Mais simétrica e reta devido o controle de abdominais e cintura escapular 7. 6 meses ➔ Reação de LANDAU: quando se apoia a criança suspensa no ar, se flexiona a cabeça dela e ela responde com FLEXÃO DE MEMBROS INF. ➔ Reações de Retificação e Labirínticas ★ Rolar ★ 4 apoios ★ Sentar Nessa fase a criança já não tem mais reflexos, praticamente e passa a se observar muitos movimentos voluntários. 8. 7, 8 e 9 meses Acontecem um pouco juntos e sobrepostos, pode ser que uma etapa esteja acontecendo junto da outra. ★ Criança mais ativa, explorando novas posições ★ Começa a se arrastar e a engatinhar (posição de urso, “engatinhar” com cotovelos e joelhos estendidos); ★ Domina melhor a posição de sentado ★ Começa a se puxar para ficar em pé Ajoelhado em 4 apoios A partir do 7º mês ● Nessa posição a criança apresenta acentuação da lordose, já que a criança não tem um CORE bem estabelecido. ● A medida em que a criança evolui a lordose diminui e a criança começa a engatinhar Engatinhar recíproco (1) - RUDIMENTAR 8 meses, em média Engatinhar recíproco (2) - mais APRIMORADO 8 meses, em média ● Nota-se ausência da acentuação da lordose → Nota-se variações de posições de SENTADO e QUATRO APOIOS → A atividade grossa do sentar está pronta por volta dos 8 meses Tracionar-se para ficar em pé ● Nota-se desalinhamento da pelve com o tronco (anteriorizado), permanece assim por um tempo. Andando de lado sem rotação Agachamento controlado a partir da posição do pé Por volta do nono mês 9. 10, 11 e 12 meses ★ DESENVOLVIMENTO DE SIMETRIA: Simetria entre tronco e pélvis; ★ Desenvolvimento de pinça; ★ Consegue ficar em pé sozinha; ★ PRIMEIROS PASSOS POR VOLTA DOS 11 MESES ou até 13 MESES; ★ Uma das últimas etapas que a criança vai atingir é a posição de CÓCORAS (ficar e se manter); Levantamento de posição quadrúpede Após 1 ano de vida, basicamente, é tentativa e erro. 10. 13 - 18 meses ★ Caminham de forma independente e raramente caem; ★ Agachamento para pegar um brinquedo; ★ Empilha dois objetos ou blocos; ★ Interesse em interagir; ★ Mantém contato visual com as pessoas durante interações lúdicas; ★ Vira a cabeça em resposta ao nome; ★ É capaz de localizar objetos; ★ Palmas das mãos juntas em resposta ao jogo social; ★ Gosta de brincar com variedade de brinquedos e texturas; ★ Gosta de bater e brincar com brinquedos musicais; ★ Gosta de brincar com brinquedos novos; ★ Explora ansiosamente o ambiente quando colocado no chão; ★ Gosta de ser balançado e jogado no ar; ★ Gosta de explorar e brincar no parquinho; ★ Gosta de balançar em playgrounds; COORDENAÇÃO MOTORA : ★ É frequente entrar e sair de várias posições para explorar e obter objetos. ★ Mantém o equilíbrio em sentar ou em pé enquanto usa as duas mãos juntas para explorar brinquedos; ★ É capaz de virar a cabeça para olhar para objetos sem perder o equilíbrio em pé. É capaz de dar passos para motivar o item ★ Rasteja ou caminha para obter item desejado; ★ Resistência e força adequadas para brincar com colegas; ★ Usa as mãos para ajudar a mover-se de uma posição para outra; ★ É capaz de jogar bola sem perder o equilíbrio; ★ Usa as duas mãos para brincar. SENSORIAIS ★ Gosta de experimentar diferentes texturas; ★ Ajuda a se vestir e despir-se; ★ Fala de 5 a 10 palabras; ★ Combinação de sons com gestos; ★ Segue comando simples; ★ Interesse em imagens e figuras (principalmente com sons); ★ Identificação de de partes do corpo 15 meses ➔ Consegue responder questões e perguntas simples; ➔ Por volta dos 15 meses a criança já consegue entender por volta de 50 palavras, em média. ➔ Balbucia algumas palavras. 11. 19 - 24 meses ★ Capaz de participar de pequenos grupos; ★ Está interessado, consciente e capaz de manter contato visual com outra pessoas; ★ É capaz de jogar em situações sociais após um tempo de transição; ★ Aponta para objetos; ★ É capaz de localizar objetos nos quais são apontados; ★ Gosta de balanços em parquinhos; ★ Gosta de brincar com novos brinquedos de diversas maneiras; ★ Normalmente brinca com brinquedos sem engolir ou levar a boca; ★ Gosta de brincar com brinquedos musicais; ★ Gosta de sentar para ver ou ouvir um livro; ★ Geralmente caminha com padrão de calcanhar e não principalmente nos dedos; ★ Pode manter o equilíbrio para pegar a bola ou quando é gentilmente esbarrado por colegas; ★ Usa as mãos para ajudar a mover-se de uma posição para outra; ★ Usa as duas mãos igualmente para brincar e explorar brinquedos; ★ Maior habilidade de comunicação; ★ Entende alguns pronomes pessoais (você, meu, seu..); ★ Endente palavras mais rapidamente; ★ Começa formar frases; ★ Usa gestos e palavras; ★ Segue algumas orientações; ★ Tem o prazer de ouvir histórias; SINAIS DE ATRASO DE DESENVOLVIMENTO MOTOR ➔ A partir dos dois meses: dificuldade de segurar a cabeça; ➔ Pouco movimento ou não tem movimento nas pernas ➔ Dificuldade em controlar tronco (dificuldade em terminar rolar); ➔ 6, 7 meses não consegue ficar sentada, fletida e nem segurar a cabeça; ➔ Quando colocadas em pé com suporte fica na ponta dos pés; ➔ Muito fletida quando colocada sentada; ➔ Assimetrias; O desenvolvimento atípico PODE ser relacionado a alguma lesão ou patologia, nem sempre em alguma patologia terá algum desenvolvimento atípico. DNM APÓS 2 ANOS DE IDADE 28/06/21 A ideia é que esse aprendizado vai se refinando e a criança aprenda mais. ➔ Inicial: aprendizado motor. ➔ Elementar: refinamento do aprendizado. ➔ Maduro: total eficiência. Movimentos fundamentais Habilidades motoras grossas refinadas: ★ Estabilizadores: equilíbrio estático e dinâmico, movimentos axiais 2 - 7 anos EQUILÍBRIO ESTÁTICO: APOIO REDUZIDO E APOIO INVERTIDO. ESTABILIZAÇÃO AXIAL: ROLAMENTO. maior força de tronco EQUILÍBRIO DINÂMICO: CAMINHADA DIRECIONADA orientação da cabeça, amplitude de mov. dos pés. ★ Locomotores: andar, correr e saltar 2 - 7 anos CORRIDA menor flexão de tronco = maior amplitude de mov. c/ passos maiores e velocidade. SALTO HORIZONTAL Maior flexão de tronco, quadril e joelhos. ★ Manipuláveis: alcançar, segurar, soltar, lançar, receber, chutar ARREMESSAR Maior arco de mov. p/ mais força e amplitude p/ o lançamento. RECEPÇÃO Vai aumentando a flexão de cotovelo, no maduro, já se tem o melhor movimento das pernas. CHUTAR Flexão de joelho e rotação de tronco - Há uma relação cultural em relação a isso Fase de movimento especializado 7-14 Refinamento e acoplamento dos movimentos fundamentais resultando no surgimento de novo padrões motores JUNÇÃO DE MOVIMENTOS FUNDAMENTAIS = MOVIMENTOS ESPECIALIZADOS Um movimento especializado pode ser usado em esportes, por exemplo. Estágio de transição 7 a 14 anos ➢ Início de combinação de movimentos fundamentais; ➢ Aumento do interesse por atividades complexas. Estágio de aplicação 11-13 anos ➢ Melhora de performance; ➢ Interesse na prática esportiva; ➢ Melhor execução especializada. Estágio de aplicação 14 anos em diante ➢ Ápice de performance motora especializada; ➢ Interesse específico, somação de habilidade. RESUMO DO DIA: ★ 2 - 7 ANOS APRIMORAMENTO DA ATIVIDADE MOTORA GROSSA (MOVIMENTOS FUNDAMENTAIS) ★ 7 - 14: MOVIMENTOS ESPECIALIZADOS. Dismorfismo e anomalias congênitas ➔ Dismorfologia: Estudo do desenvolvimento físico anormal e voltado para o entendimento dos eventos embrionários que geram o aparecimento das anomalias congênitas. ➔ Anomalia congênita: Qualquer alteração funcional ou estrutural, presente na infância ou vida adulta causada por um evento anterior ao nascimento. ESTATURA ★ Medida de comprimento tem relação com a idade gestacional. ★ Para algumas doenças e síndromes genéticas existem curvas de crescimento específicas. padrão (x, anos ; y, cm) ★ Doenças que causam alterações articulares graves. ★ A baixa estatura vai acontecer quando o recém nascido apresentar comprimento menor que 2 desvios padrões abaixo da média. ★ Baixa estatura proporcionada ou desproporcionada(alteração em relação a outras partes do corpo). CRÂNIO ★ Perímetro cefálico e presença de deformidades. ★ Craniossinostose - anomalia decorrente da fusão prematura das suturas cranianas. ★ A microcefalia pode causar craniossinostose ou o tecido encefálico para de crescer em determinado ponto. perímetro cefálico menos que 32 cm ★ Plagiocefalia (assimétrico) e braquicefalia (simétrico) → posicional: criança muito tempo deitada (causa) por alguma patologia de base (não consegue controlar a cabeça. PESCOÇO ★ Mobilidade (como a instabilidade atlantoaxial - risco de óbito) ★ Torcicolo congênito (criança nasce com uma pequena contratura em um dos lados da musculatura posterior da cervical.) TÓRAX ★ Peito carinatum: não se sabe bem o porquê ela aparece, costuma ter uma boa reversão. ★ Peito excavatum: normal em crianças com doenças respiratórias. COLUNA ★ Presença de assimetrias ★ Presença de escolioses e alterações nas curvas fisiológicas ★ Presença de fístulas ou massas na região dorsal (espinha bífida / EX). MEMBROS INFERIORES ★ Desproporção entre membros ★ Observar a mobilidade dos segmentos. ★ Pregas cutâneas assimétricas. ★ Limitação da abdução do quadril. ★ Manobra de galeazzi (perceber assimetria dos joelhos - patologia no quadril / displasia). ★ Joelhos - luxações e ausência de patelas. MÃOS E PÉS ★ Mãos - linhas de flexão da palma e dos dedos, presença de linfedema, dedos extras, camprodacrilia (posição de flexão dos dedos), sindacrilias (falha na separação dos dedos). ★ Pés - doenças neuromusculares ou síndromes malformativas. Pé torto congênito - pé varo, e valgo, pé equino ou até junção destes desvios. DISPLASIAS ESQUELÉTICAS ★ Acondroplásicos: baixa estatura, fronte ampla, macrocefalia, lordose lombar acentuada, mãos pequenas e em forma de tridente, estreitamento do forame magno ★ Variações: hipocondroplasia e pseudoacondroplasia ★ Artrogripose: ampla gama de patologias, caracterizada pela presença de múltiplas contraturas articulares, já presentes ao nascimento. ★ Síndrome de down ou trissomia do cromossomo 21 Características do Down ➔ Hipotonia ao nascimento; ➔ Atraso do neurodesenvolvimento e etapas motoras; ➔ Alterações dismórficas; ➔ Debilidade cognitiva; ➔ Alterações cardíacas congênitas; ➔ Dificuldade em manter foco e atenção. Problemas associados ➔ Leucemia; ➔ Problemas auditivos e visuais; ➔ Distúrbios cardíacos e congênitos; ➔ Infecções respiratórias e episódios de pneumonia; ➔ Alzheimer precoce. Protuberância da língua, prega palmar única, orelhas dobradas, braquicefalia... Continuação 05/07/21. Etiologia das más-formações congênitas Originam-se muito cedo, no início da gestação, podendo estar constituídas a partir do final do segundo mês de gravidez geralmente). Costuma ocorrer devido a exposição materna a Agentes teratogênicos: agente capaz de alterar estrutura celular em relação a suas organelas. Fatores teratogênicos: rubéola, sífilis, toxoplasmose, alcoolismo, diabetes mellitus, radiação ionizante, talidomina, ciclofosfamina, mercúrio, fenilcetonúria, tetraciclina… # Principais tipos de falhas embrionárias que produzem malformações # ★ Falha na formação das partes; ★ Falha na diferenciação das partes; ★ Duplicação; ★ Sobrecrescimento; ★ Crescimento insuficiente. AMELIA: ausência total dos componentes esqueléticos de todo o membro (sem os segmentos). ➔ Por ser uma deficiência transversa terminal, a amelia do membro superior é homóloga a uma desarticulação do ombro. ➔ Ocorre mais em meninos e em 50% dos casos pode ser BILATERAL. FOCOMELIA: Ausência congênita da parte proximal de um segmento. ➔ MIIS, geralmente, nem todos os dedos estão presentes, o polegar pode estar ausente ou é hipoplásico. ➔ A força e a função das mãos raramente é normal; ➔ No caso do MMII, todos os elementos proximais estão ausentes e o pé estará acoplado diretamente à pélvis; ➔ Costuma ser BILATERAL em mais de 50 % dos casos; ➔ A forma mais completa ocorre mais frequentemente na forma proximal do que distal; ➔ Em MMII ocorre mais em meninos e é bilateral em 20 a 30% dos casos. Teoria do aprendizado motor 05/07/21 APRENDIZADO MOTOR - estudo da aquisição e/ou modificação do movimento, pois enquanto o controle motor foca na compreensão do controle do movimento já adquirido, o aprendizado motor foca na compreensão da aquisição e/ou modificação do movimento. Possuímos 2 formas de memória a longo prazo: 1. Forma explícita ou declarativa: memória sobre fatos e eventos (associação com hipocampo, lóbulo medial…). 2. Forma implícita ou não declarativa: Possui 2 subdivisões: ➢ Aprendizado não associativo: relacionado com habituação e sensibilização. ➢ Aprendizado associativo: condicionamento clássico e operante, relação com respostas emocionais (amígdala). As teorias... Teoria de circuito fechado de Adams - 1967 ★ No processo de circuito fechado, o feedback sensorial é utilizado para a produção contínua de movimento hábil. ★ 2 tipos de memória: traço de memória e traço perceptual. ★ Início de movimento com o traço de memória (lembrança de um movimento) e execução e detecção de erros pelo traço perceptual (lembrança de execução do movimento, por percepção - utilizando feedback sensitivo - como o visual). ★ Com a prática o traço perceptual se desenvolve de forma gradativa, que servirá para orientação de movimentos futuros. - NECESSIDADE DE REPETIÇÃO. LIMITAÇÕES ★ Na ausência de inputs sensoriais é possível realizar movimentos, inclusive movimentos inéditos. ★ Um único traço perceptivo para um movimento específico não acontece. Há compartilhamento de vias e traços para diferentes movimentos. Teoria de esquema de Schmidt - 1075 ★ Os programas motores não contém regras generalizadas para uma classe específica de movimentos. ★ O termo esquema se refere a uma representação abstrata armazenada na memória após múltiplas apresentações de um tipo de objeto… (EX. cachorro). ★ Quando aprendemos um ato motor ele pode ser transposto a um outro, já que ambos possuem similaridades. ★ Essa teoria tem total relação com a teoria de programação motora do controle do movimento (ex de escrever com ambas as mãos). ★ O programa motor generalizado contém as regras para criar padrões espacial e temporal de atividade muscular necessária para executar um determinado movimento. ★ Condições iniciais do movimento; ★ Parâmetros utilizados no padrão motor generalizado; ★ Resultado do movimento - conhecimento dos resultados (ajuste); ★ As consequências sensoriais do movimento. ★ ESQUEMA DE RETRANSMISSÃO (ato motor em si) E RECONHECIMENTO (sensorial - o feedback). IMPLICAÇÕES CLÍNICAS ★ O aprendizado ideal irá ocorrer se a tarefa for praticada em condições variadas; ★ Praticar o movimento de alcançar em várias condições diferentes é essencial para formar esquemas de retransmissão e reconhecimento precisos. LIMITAÇÕES Falta de especificidade: ela não prevê como o programa motor generalizado ou outros esquemas são criados - isto é, como uma pessoa realiza seu primeiro movimento antes da existência de qualquer esquema. Modelo de três estágios de Fittz e Posner - 1967. Três fases principais envolvidas no aprendizado de uma habilidade: 1. Compreensão da natureza da tarefa - Estágio cognitivo. - Nesse estágio a quantidade de erros e atenção deve ser maior. 2. Estágio Associativo - menor variabilidade no desempenho. 3. Estágio autônomo. - erros menores e menor atenção. Modelo de sistemas de três estágios - 67,73,89 ... 1992. ★ Ênfase no controle dos graus de movimento de Bernstein como componente central para a aprendizagem motora. ★ Co-contração e “congelamento” dos graus de liberdade (EX. martelo). Mesmos estágios com diferentes nomes devido a “att”: ★ Estágio Novato: simplificação do movimento para reduzir graus de liberdade. ★ Estágio Avançado: Aumenta os graus de liberdade dos movimentos envolvidos (aprimoração de movimento). ★ Estágio Especializado: Liberdade de todos os graus de movimento envolvidos, maior coordenação e aprendizado dasvantagens biomecânicas e ambiente para melhorar a performance. IMPLICAÇÕES CLÍNICAS ★ Co-ativação muscular em pacientes incapazes de controlar movimentos dinâmicos. ★ Raciocínio neuromaturacional para a reabilitação - visão biomecânica* ★ Importância de suporte externo nos estágios iniciais de aprendizado de um movimento. LIMITAÇÕES Os princípios que governam os processos de aprendizado motor para levar a esse último estágio de domínio são, em grande parte, desconhecidos. Aplicações práticas da pesquisa do aprendizado motor Níveis de prática e feedback Níveis de prática ➔ repetição Feedback produzido pelo movimento Toda a informação sensorial que está disponível como resultado do movimento que a pessoa executou. Cerebelo tem uma função muito importante em refinar as tentativas. Este, está conectado, indiretamente, com nossos sentidos: sentidos → áreas somatossensoriais → áreas motoras. - intrínseco: chega ao indivíduo apenas por meio de diversos sistemas sensoriais como resultado da produção normal de movimento (ex. inf visual, propriocepção, inf somatosensorial). - extrínseco: é a informação que suplementa o feedback intrínseco (ex. quando dá-se ao paciente “dicas” durante o movimento, pois às vezes, ele não possui um dos fatores sensoriais). - terminal: Idem ao extrínseco, mas fornecido ao fim do movimento. Quando devemos fornecer o feedback? O mais ideal é explicar de forma inicial e fazer o feedback terminal (a não ser que ocorra algo algo de muito errado durante) para que a concentração do paciente não seja desviada. Quando mais avançado o acompanhamento, aí sim é possível realizar feedback extrínseco. Condições de prática Prática compacta versus distribuída Compacta: tempo de atividade maior que o de descanso. Leva a fadiga em algumas tarefas. → maior nível de repetição. Distribuição: Quantidade de descanso é igual ou maior que a tarefa. Qual tipo usar e em qual situação? Para pacientes não muito habituados (a fadiga) → DISTRIBUÍDA. Em indivíduos mais adaptados e em estágios mais avançados → COMPACTA. Prática constante vs. prática variada Constante: Mesma atividade, com a mesma execução. Variada: Mesma atividade com variadas execuções. Quando usar cada prática? Pacientes iniciantes, ainda aprendendo → CONSTANTE. Pacientes mais experientes → VARIADA. Continuação 12/07/21 Prática aleatória versus prática bloqueada (em blocos) Maior dificuldade na execução de um movimento no início, a demanda de atenção de um paciente eleva muito. A curto prazo ele erra mais, mas a longo menos. Prática aleatória: diferentes tipos de coordenações na mesma atividade. Pode ser inapropriada até que os aprendizes compreendam as dinâmicas da tarefa a ser aprendida. EX. em um momento arremesso, em outro agarra, no outro lança... Prática bloqueada / em blocos: Três atividades, por exemplo, com coordenações semelhantes. → Primeiro é necessário aprender a atividade, por meio de blocos. Treinamento completo versus treinamento parcial Uma abordagem da reabilitação é dividir a tarefa em passos provisórios, auxiliando o paciente a dominar cada passo antes de aprender a tarefa inteira. Tal divisão tem sido denominada “análise da tarefa” e é definida como o processo de identificação dos componentes de uma habilidade ou movimento e depois organizando-os em uma sequência. ➔ Fazer a tarefa em partes e depois fazer todas as fases de forma contínua (treino completo. ex: marcha - primeiro treino das fases da marcha e depois realizar treino de marcha completo. ➔ Os componentes da tarefa são definidos com relação aos objetivos da tarefa. Transferência O aprendizado de uma tarefa em um ambiente terapêutico será transportado para o ambiente terapêutico? Sim. ➔ Não só nesses casos, mas também em pessoas “saudáveis”, como em situações em: vôlei - beach tênis (ex) ➔ Quanto mais essas exigências de processamento no ambiente terapêutico forem similares às do ambiente real, melhor será a transposição do aprendizado. Prática mental Parece algo não tangível. Envolve a visualização de um ato motor sendo executado, existem porções de técnicas que utilizam imagem, imaginações, ilusões, para que se execute um ato motor ou afins. Algumas técnicas utilizadas: 1. Terapia de espelhos: utilizada em pacientes que tenham repercussões de um lado do corpo. Executam a tarefa com o lado saudável, olhando para um espelho que está próximo a sua linha média (logo, do outro lado ele vê os dois braços se movimentando - EX.). Desuso aprendido devido a lesão, por isso, a terapia de espelhos pode ser tão importante. 2. Prática mental ou imaginação: Indivíduo imagina o ato motor. 3. Observação da ação: indivíduo assiste vídeos do movimento específico, depois disso ele tenta executar, volta a assistir, volta a executar… Cada vez mais a estudos sobre e, consequentemente, um crescente nível de evidência. Prática de orientação versus descoberta ★ Não realizada muito em prática clínica. ★ O indivíduo pode aprender a atividade sozinho, à medida que que ele executa, ou o aprendizado pode ser orientado através de feedbacks. ★ Geralmente o orientado é utilizado. Aspectos relacionados à recuperação da função ★ Função. ★ Recuperação. ★ Recuperação vs. compensação: o ato motor raramente volta 100%, existem compensações. ★ Função poupada: capacidade de recuperar algumas funções, independente de terapia ou não (ocorre em alguns momentos, nosso papel é potencializá-los). ★ Estágios de recuperação → - espontâneo: aparecem de forma espontânea, potencializando (forçado). Fatores que afetam a recuperação ➔ idade; ➔ lesão; ➔ fatores neuroplásticos pré-lesão; ➔ fatores pós lesão. Memória 12/07/21 Memória: processo pelo qual determinada informação é codificada, armazenada e evocada. Aprendizagem: Manifestação comportamental de determinada memória. Tipos de memórias ★ Declarativas: Podem ser declaradas. Tipos: Memória a longo prazo: Recordadas, por dias, meses ou até anos após terem sido originalmente armazenadas. Memória a curto prazo: São vulneráveis, por exemplo, essa memória pode ser apagada por um trauma na cabeça. Memória de trabalho: São limitadas de forma aguda em sua capacidade e requerem ensaio. Diz-se frequentemente que a memória de trabalho é aquela informação que retemos na mente. ★ Não declarativas: Relação com aprendizado MOTOR. Condicionamento clássico, respostas emocionais, aprendizado motor (memória procedural): Memória procedural - Principal tipo de memória não declarativa. - Envolve aprendizado de uma resposta motora a uma entrada sensorial. Existem subdivisões: ➔ Aprendizado não associativo: Mudança na resposta comportamental que ocorre ao longo do tempo em resposta a um único tipo de estímulo. Existem 2 tipos. - Habituação: toda vez que é dado um estímulo sensorial, na primeira vez ele é bastante percebido, ao decorrer do tempo o intuito é essa percepção diminuir (menor número de estímulos) devido o processo de habituação. - Sensitização: Pacientes alogênicos (sensibilidade exacerbada) o mecanismo de resposta é maior. ➔ Aprendizado associativo O comportamento é alterado pela formação de associações entre eventos, isso contrasta com a resposta alterada a um único estímulo no aprendizado não associativo. Existem 2 tipos básicos: - Condicionamento clássico: Associar um estímulo a um acontecimento. EX. após o sinal vem a comida, por isso o cachorro saliva ao sinal ser tocado. - Condicionamento operante: Após realizar determinada atividade algo vai acontecer. EX. ratos treinados a usar uma alavanca, pois sabem que a puxarem receberão alimento. Continuação 19/07/21. # Etapas para formação de uma memória declarativa # ★ Aquisição: No momento que a memória está sendo formada (durante o estímulo ou exposição). - Intimamente relacionada com nível de atenção - Ambientes com perturbações atrapalham a aquisição. - Estrutura cortical envolvida: córtex pré-frontal. ★ Consolidação: Ocorre algumas horas depois. - Relacionada a quão marcante o evento (memória) foi. - Emoções fortes produzemmemórias intensas e duradouras. - Final da copa de 2002 vs. Um dia antes da final da copa de 2002. - Estrutura encefálica envolvida: hipocampo. - Fatores emocionais irão levar a uma melhor consolidação. - 6 - 12 horas para estar completa. - Depende do sono para melhor execução. ★ Armazenamento: Ocorre em dias ou meses. ★ Evocação: Lembrança da memória específica. - Mais facilmente observada em seu contexto original. - Fatores contextuais podem gerar evocação de memórias específicas (cheiro, ambiente, formas, pistas visuais…). ★ Reconsolidação: Memórias evocadas podem estar sujeitas a nova consolidação. - Estrutura envolvida hipocampo. - Reconsolidação ou extinção. - Se a informação for necessária há necessidade de reconsolidação. - A reconsolidação permite a incorporação de novas informações a memórias já existentes, INCLUSIVE, quando as informações estão erradas. AMNÉSIA ➔ Amnésia retrógrada: Caracterizada por perda de memórias e eventos que ocorrem antes do trauma, você esquece coisas que você já sabia. ➔ Amnésia anterógrada: Incapacidade de formar novas memórias após um trauma. Pode ser transitória em alguns casos. PACIENTE H.M ➔ Acidente de bicicleta aos 9 anos. ➔ Crises epilépticas intratáveis. ➔ Remoção dos lobos parietais → perda completa de formar novas memórias e retenção de já formadas. ➔ Caso ajudou a compreender a formação de novas memórias e que é independente da evocação de memórias. # Algumas estruturas anatômicas e memória # Memória de trabalho espacial é a que nos permite nos orientar por caminhos e afins. → O HIPOCAMPO tem papel importante. Memórias de cunho afetivo e viés emocional são armazenadas ou envolvem estrutura anatômica específica, as AMÍGDALAS. # Consolidando memórias e retendo engramas # Formação de redes neuronais. Novas sinapses e enfraquecimento de umas decorrente do fortalecimento de outras, devido a falta de prática de determinada tarefa. Restrições do controle motor: como alterações neurológicas o afetam 19/07/21 Lesões mais recorrentes no SN: - Lesão NMS (neurônio motor superior). - Lesão NMI (neurônio motor inferior). - Lesão cerebelar. - Lesão em núcleo da base. Qual a diferença de plegia e paresia? Paresia - aparelho muscular não reage bem a sua ação. Consegue realizar movimentos, mas não é sua melhor performance. Os aspectos neurais da produção da força refletem: 1. O número de unidades motoras recrutadas; 2. O tipo de unidades recrutadas; 3. Frequência de disparo. Fraqueza é definida como uma incapacidade de gerar níveis normais de força. Tratamento da fraqueza muscular - Biofeedback; - FES; - Treinamento Bimanual. Anormalidades de tônus muscular ★ Hipertonia: Espasticidade (lesão em córtex motor) vs. Rigidez. ★ Hipotonia. ★ “Flutuação” de tônus (ocorre geralmente com pacientes com lesão nos núcleos da base). Paresia ou plegia - segmento que não se move no espaço. Controle Motor 26/07/21 # Controle ESPINALdo Movimento # O neurônio motor inferior é localizado no corno ventral da medula espinal e comandará diretamente a contração muscular. Neurônios motores Alfa: são neurônios motores inferiores da ME e podem ser divididos em 2 categorias: Alfa e Gama. ➔ O neurônio motor alfa irá ser responsável pela geração de força pelo músculo. ➔ O neurônio motor alfa + as fibras musculares por ele inervada = UNIDADE MOTORA. Como o neurônio motor alfa controla e/ou grada a contração muscular? ★ Variando a taxa de disparo dos neurônios motores; ★ Recrutamento de unidades motoras sinérgicas adicionais. Entradas dos neurônios motores alfa: 1. Células ganglionares da raiz dorsal (fuso muscular); - Propriocepção dos fusos musculares; - Reflexo de estiramento (reflexo miotático). - Propriocepção dos órgãos tendinosos de Golgi: monitora a tensão muscular ou a força de contração; 2. Neurônios motores superiores (presente no CÓRTEX motor, devido o DESEJO DE MOVIMENTO/ ordem motora superior); 3. Interneurônios da medula espinhal (inibem e excitam neurônio motor inf.). - Entrada inibitória → inibição recíproca (contração de agonista e inibição de antagonista pelo o interneurônio inibitório). - Entrada excitatória: → reflexo de retirada: interneurônio excitatório para contração muscular para o reflexo de retirada. → reflexo extensor cruzado: ao fazer o reflexo de retirada, a descarga de peso do lado oposto vai aumentar, por isso e extensão do lado oposto deve aumentar, ação realizada através de um interneurônio. TAIS REFLEXOS ACONTECEM A NÍVEL MEDULAR, sem intervenção do encéfalo. # Geradores de Programas motores espinais para a locomoção # ★ Reflexo de retirada e extensão vs. marcha. → INTERNEURONIOS, realizar de uma maneira mais automática, sem pensar ou racionalizar. ★ Geradores centrais de padrão - atividades rítmicas; ex. caminhada, corrida, natação… Treinamento Locomotor e os GCP ➔ Uso de esteira ergométrica; ➔ Exercício treina e exercita os geradores de programas motores espinais, que são um grupo de neurônios na medula importantes para a marcha. # Controle ENCEFÁLICO do movimento # !Coexistência do controle encefálico e medular! Vias espinais descendentes ➔ Trato corticoespinal; ➔ Trato rubroespinal; ➔ Trato reticuloespinal bulbar; ➔ Trato reticuloespinal pontino; ➔ Trator vestibuloespinais; ➔ Trato tectoespinal. VIAS LATERAIS ➔ Via córtico-espinal: Originado no neocórtex, é a mais longa e uma das maiores vias do SNC; - Comumente lesada; - ⅔ dos axônios desse trato tem origem nas áreas 4 e 6 do lobo frontal (córtex motor); - A maioria dos axônios remanescentes (os outros neurônios) deriva de áreas somatossensoriais. ➔ Via rubro-espinal: se origina no núcleo mesencefálico - A principal fonte de aferências do núcleo rubro é o córtex frontal; ➔ Via vestíbulo-espinal: mantém o equilíbrio da cabeça sobre os ombros à medida que o corpo se move pelo espaço e movem a cabeça em resposta a novos estímulos sensoriais. - Controle da musculatura do pescoço e das costas para guiar movimentos da cabeça; - Manutenção de olhos estáveis mesmo em movimento; - Auxilia na manutenção da postura e equilíbrio. ➔ Via tecto-espinal: se origina no colículo superior do mesencéfalo - recebendo referências diretas da retina; ➔ Vias retículo-espinais pontina e bulbar: participação importante no controle postural; PONTINA - origem na formação reticular; - aumenta os reflexos antigravitacionais da medula. BULBAR - origem na formação reticular; - libera os músculos antigravitacionais do controle reflexo. O planejamento do movimento pelo córtex cerebral No córtex determinadas regiões estão responsáveis por certas partes do nosso corpo, como o homúnculo sensorial. Maior região para as mãos do que para o cotovelo, por exemplo. Os núcleos da base ➔ Núcleo caudado, putamen, globo pálido, núcleo subtalâmico e substância nigra. ➔ Putâmen + caudado = estriado. ➔ Os núcleos da base enviam aferências para a área 6 e também são alvo do córtex frontal, pré-frontal e parietal. A alça motora dos núcleos da base Modulação de movimento Via direta Globo pálido interno tem o papel de inibir o tálamo, na via direta o globo pálido interno é INIBIDO. córtex - estriado (putamen e caudado) - inibição do globo pálido interno inibido - excitações chegam ao tálamo - LIBERAÇÃO DE MOVIMENTO Via indireta excitação do córtex - estriado - excitar globo pálido externo que inibe o pálido interno, mas o núcleo subtalâmico também estará EXERCITANDO O PÁLIDO INTERNO - o que propicia a inibição do tálamo Fora que a substância nigra, a D2 pode inibir o núcleo estriado. O cerebelo ➔ Tem papel de coletar informações em relação ao movimento; ➔ Refinação de movimentos → refinação e ajuste de execução; ➔ Alça para retroalimentação do movimento; Restrições no controle Motor: Uma Revisão dos comprometimentos neurológicos Lesões mais recorrentes no SN ★ Lesão NMS; ★ Lesão NMI; ★ Lesões cerebelares; ★ Lesões em núcleos da base. Fraqueza Motora (Paresia) Os aspectos neurais da produção de força refletem: 1. O número de unidadesmotoras recrutadas 2. O tipo de unidades motoras recrutadas 3. Frequência de disparo Fraqueza é definida como uma incapacidade de gerar níveis normais de força. # Paresia vs. paralisia/plegia # Paresia ou plegia temporária: O indivíduo consegue movimentar (com dificuldade) o segmento, mas não em sua totalidade. Ocorre devido à LESÃO DE NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR. Paralisia/plegia: Paciente não realiza mais movimento. Pode ocorrer em LESÃO DO NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR, mas é muito MAIS COMUM NO INFERIOR. Anormalidade de Tônus muscular ➔ Hipertonia: espasticidade vs. rigidez (ocorre geralmente em pacientes com lesão nos núcleos da base); ➔ Hipotonia; ➔ “Flutuação” de tônus. A flacidez vai ocorrer quando houver ruptura total do nervo periférico, o grupo muscular não responde de forma alguma. Em casos de AVC também há flacidez, devido a edemaciação encefálica, a medida em que o edema cessa, começa a espasticidade. HIPERTONIA ELÁSTICA → espasticidade. - Lesão em córtex motor ou em axônios que estão indo para a medula. - Não se modifica - sempre elástica. - Sinal de canivete: Resistência no início do movimento e depois vai cedendo - devido ao funcionamento exacerbado do reflexo miotático (fuso). HIPERTONIA PLÁSTICA → rigidez. - Não muda, o que pode acontecer é se tornar mais ou menos rígida. - Sinal da roda dentada (pois não cede, é rígida em toda a amplitude de movimento de forma uniforme. CONTINUAÇÃO 02/08/21. ➔ Fuso neuromuscular - aumento do grau de tensão muscular (previne lesões por estiramento); ➔ Fuso não possui apenas a função de proteção; ESPASTICIDADE- resistência do músculo ao alongamento/movimento passivo, que é velocidade dependente. Tem sido atribuído a respostas hiperexcitáveis do reflexo de estiramento. O alongamento passivo em pacientes com hipertonia pode gerar o reflexo de estiramento e contrair o músculo, por isso, o mais recomendado é o alongamento ativo, que diminui esse reflexo. Quais as repercussões negativas da espasticidade? Limitação de ADM → limitação de função motora. Será que a espasticidade é sempre maléfica ao paciente? Ela pode ser maléfica e benéfica. MALÉFICA ➔ Limitação de ADM → limitação de função motora. ➔ Afeta qualidade de marcha ou locomoção; ➔ Gera posturas dissimétricas e promove deformidade; ➔ Afeta cuidados pessoais e higiene. BENÉFICA ➔ Ajuda em funções; ➔ Ajuda nas transferências de posições; ➔ Auxilia na ativação muscular; ➔ Permite algum esvaziamento da bexiga; ➔ Mantém a incontinência vesical. Quando iremos intervir na espasticidade? Função, cuidados, deformidades ortopédicas e dor. Avaliação de tônus muscular anormal: ★ Algumas lesões podem ter espasticidade global (em todos os segmentos), mas é RARO. ★ Lesão em todo o corpo: lesão bastante extensa em todo o córtex motor. ★ Em membro superior, em relação a espasticidade, é o bíceps. Além de flexores de cotovelo, punho e dedos. Ombro aduzido, antebraço pronado, cotovelo e punho fletidos. Pode ocorrer deformidades, principalmente do polegar. Se temos um grupo muscular com aumento de tônus, consequentemente esse grupo muscular não vai fazer uma ADM adequada, se isso acontece ocorre a seguinte situação: se um determinado músculo não trabalha em um arco total disponível a ele, o mesmo terá fraqueza muscular. Geralmente os músculos espásticos são fracos, principalmente em relação a músculos saudáveis. TRATAMENTO do tônus muscular anormal: ➔ Tratamento farmacológico; ➔ Tratamento cirúrgico; ➔ Tratamento físico (envolve questões da fisio). Problemas de coordenação A essência da coordenação é a sequência, a cronometragem e a graduação da ativação de múltiplos grupos musculares. Coordenação é a possibilidade de mover segmentos de forma coordenada. É possível fazer isso em um tempo adequado/normal, ou não. Dificuldade na graduação da ativação de múltiplos grupos musculares, exemplo: flexores mais ativos que extensores - dificuldade em graduar ativação e maior dificuldade em chegar no alvo. SINERGIAS ANORMAIS Padrões de movimentos que não podem ser modificados ou adaptados às mudanças na tarefa ou as exigências do ambiente. - Ativação mais exacerbante em alguns grupamentos musculares. COATIVAÇÃO Ativação agonista e antagonista simultaneamente. Coordenação interarticular comprometida. Problemas de coordenação ★ Problemas ao iniciar o movimento - BRADICINESIA; - O tempo de reação é o tempo entre a decisão do paciente em se mover e a iniciação do movimento em si. Fatores neuromusculares que afetam o início do movimento: 1. Geração de força inadequada; 2. Diminuição da quantidade de força gerada; 3. Amplitude de movimento insuficiente para permitir o movimento; 4. Motivação reduzida para se movimentar; 5. Controle postural anormal, especificamente a incapacidade de estabilizar o corpo antes de movimentos potencialmente desestabilizadores. ★ Tempo de movimento lentificado ★ Problemas para finalizar o movimento - MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS: A dificuldade em terminar um movimento pode se manifestar como uma incapacidade de cessar um movimento, e também como a incapacidade de modificar a sua direção. Muito associado a lesões e patologias do CEREBELO. DISTONIA: síndrome dominada por contrações musculares mantidas, frequentemente causando movimentos em torção e repetitivos de posturas anormais. Distonia focal ou segmentar. MOVIMENTOS ASSOCIADOS: caracterizados por movimentos não intencionais de um membro durante o movimento voluntário de outro membro. - (EX) TREMOR; definido como movimento rítmico, involuntário e oscilatório de uma parte do corpo. Tremor de repouso vs. tremor de ação - Movimentos coreiformes/atetóides: movimentos involuntários, rápidos, irregulares e espasmódicos que resultam das lesões do gânglios da base. A atetose consiste em movimentos involuntários lentos em torção ou em espasmos, que envolvem em geral os membros superiores mais do que os inferiores, entretanto, também podem envolver o pescoço, a face e a língua. COMPROMETIMENTOS MUSCULOESQUELÉTICOS SECUNDÁRIOS ➔ atrofia muscular ➔ diminuição de força e extensibilidade ➔ diminuição de densidade óssea ➔ encurtamentos musculares ➔ deformidades articulares COMPROMETIMENTOS PERCEPTUAIS ★ Distúrbio de esquema: percepção diferente das partes do corpo e suas relações umas com as outras e o ambiente. ★ Negligência unilateral: também referida como hemidesatenção e negligência hemiespacial, é a incapacidade de perceber e integrar estímulos em um lado do corpo. ★ Apraxia: incapacidade de executar movimentos com propósitos na presença de sensação, movimento e coordenação intacta. Controle postural normal e aspectos gerais relacionados ao seu desenvolvimento e modificações geradas pelo envelhecimento 02/08/21. Para que determinados movimentos ocorram, posturas específicas devem ser adquiridas. As posturas são as bases dos movimentos. Controle postural: envolve controlar a posição do corpo no espaço com propósitos duplos de estabilidade e orientação. Orientação postural: habilidade de manter relação adequada entre os segmentos corporais e entre o corpo e o meio ambiente da tarefa, independente das situações impostas durante a tarefa. Estabilidade corporal: Referida comumente também como equilíbrio. É a habilidade de controlar o centro de massa em relação a base de sustentação. ➔ A projeção vertical do CM é frequentemente definida como o centro de gravidade (CG). A base de sustentação (BS) é definida como a área do corpo que está em contato com a superfície de apoio. ➔ O centro de pressão (PS) é o centro de distribuição da força total aplicada à superfície de apoio. Ele se move continuamente em volta do CM para mantê-lo dentro da base de sustentação. # Requisitos do controle postural que variam com a tarefa e o ambiente # Enquanto o controle postural é um requisito comum para a maioria das atividades, as exigências de estabilidade e orientação se modificam a cada tarefa. O goleiro tem que mudar seu controle postural, assumir uma nova posição para cumprir a tarefa.# Controle motor normal e aspectos gerais relacionados ao seu envelhecimento e modificações geradas pelo envelhecimento # 16/08/21 Requisitos do controle postural que variam com a tarefa ➔ Na marcha e outras atividades dinâmicas o CG não permanece dentro da base de suporte e sustentação dos pés e, portanto, o corpo está em um estado constante desequilíbrio. ➔ Os requisitos de estabilidade e orientação específicos variam de acordo com a tarefa e ambiente. ➔ Logo, as estratégias de percepção/ação utilizadas para se obter o controle postural devem se adaptar à tarefa e às exigências do ambiente. Definindo sistemas para o controle postural... ➔ Estabilidade postural ou equilíbrio, é definido como a habilidade de manter o CM projetados dentro do limite da BS e referida como limites de estabilidade. ➔ O sistema de ação que fundamenta o controle da postura inclui sistemas envolvidos no planejamento de nível superior (córtex frontal e motor), na coordenação (tronco cerebral e redes espinais que coordenam a sinergia de resposta muc.) e na geração (neurônios motores e músculos) de forças que produzem movimentos efetivos no controle de posição corporal no espaço. Posição e velocidade do CM ➔ Movimentos rápidos costumam gerar maior instabilidade do que os lentos, gradativamente. ➔ < Velocidade - chega mais rápido ao limite de estabilidade ➔ Paciente em estágio de reabilitação o paciente ainda está muito instável, por isso, progredir de forma lenta com os exercícios. 2 fatores influenciam diretamente no ortostatismo imóvel… 1. Alinhamento corporal 2. Tônus muscular - Rigidez muscular intrínseca; - Tônus muscular de base; - Ativação dos músculos antigravitacionais. Estratégias de movimento durante o ortostatismo imóvel CONTROLE DE FEEDBACK: Controle que ocorre em resposta ao feedback sensorial. ou CONTROLE DE ANTECIPAÇÃO: Respostas posturais que são feitas em antecipação aos movimentos voluntários, potencialmente desestabilizadores, a fim de manter estabilidade durante o movimento. ESTABILIDADE anteroposterior: papel das sinergias. Adaptando estratégias motoras... O controle postural em condições de mudança de tarefa e do ambiente requer a modificação do movimento ao manter estabilidade em resposta às novas demandas. Adaptação é o termo que reflete a capacidade de modificar o comportamento em resposta às exigências de uma nova tarefa. SNC - Ativação sinérgica muscular em articulações específicas frente à mudança de CG. braços abertos - ativação do rombóide Sentidos que contribuem para o controle postural... ➔ Normalmente, os estímulos periféricos dos sistema visual, somatosensorial (receptores proprioceptivos, cutâneos e articulares) e vestibular estão disponíveis para detectar a posição e a movimentação do corpo no espaço, em relação à gravidade e ao ambiente. ➔ A retirada ou ausência de um desses sentidos pode influenciar no controle postural. Controle postural antecipatório ➔ Indivíduos respondem excessivamente quando é esperada uma perturbação maior que é recebida e respondem insuficientemente quando esperada uma maior. ➔ Praticar tarefas que requerem atividade postural antecipatória pode aumentar a eficiência desse componente de controle postural com o tempo. Desenvolvimento do controle postural: Embora diversas pesquisas estejam contrárias a ideia de que o desenvolvimento motor no sentido craniocaudal, o desenvolvimento do controle postural parece seguir nesse sentido. Envelhecimento e controle postural Diminuição da função neuronal pelo envelhecimento. Existe um limiar específico em que se tem diversas patologias que afetam na função neuronal. Modificação desses sistemas levam a modificações posturais importantes. Fatores primário e secundários relacionados ao envelhecimento HETEROGENEIDADE DO ENVELHECIMENTO - idosos envelhecem de formas diferentes ao passar do tempo. Indicadores comportamentais de instabilidade Fatores relacionados a quedas em idosos: Fraqueza muscular, histórico de quedas, déficit na marcha, déficit no equilíbrio, uso de um auxílio externo, déficits visuais, artrite, AVD comprometida, depressão, comprometimento cognitivo e idade (<80 anos). Mudanças relacionadas à idade nos sistemas de controle postural ➔ FORÇA MUSCULAR: A força ou sua quantidade dos MMII pode ser reduzida em até 40% entre os 30 e 80 anos de idade. ➔ RESISTÊNCIA MUSCULAR: Diminuição da resistência muscular com o avançar da idade. ➔ ADM: Diminuição da mobilidade da coluna. Pode estar associada a outras mudanças no alinhamento postural, incluindo mudança compensatória no deslocamento vertical do CM para trás em direção aos calcanhares. ➔ Diminuição de ADM do tornozelo. Compensações devido às alterações… Sistema Neuromuscular ➔ Deterioração dos sistemas visual, vestibular e somatossensorial. ➔ Déficit cognitivo. Alcance, preensão e manipulação normais 23/08/21 A função do MMSS NÃO está apenas relacionada com atividades de motricidade fina, assim como outras habilidades motoras, o controle motor dos MMSS está envolvido em 3 aspectos básicos: PESSOA, ENVOLVIMENTO e ATIVIDADE. Elementos chaves para o controle das habilidades de alcance, preensão e manipulação do MMSS: 1. LOCALIZAÇÃO DE UM ALVO - Movimentos Olhos-Cabeça; ➔ A fim de alcançar um objeto com êxito, devemos inicialmente localizá-lo no espaço. ➔ Movimentos dos olhos - campo visual central. Inicialmente treinar com o paciente com o objeto em seu campo visual. ➔ Movimentos dos olhos e cabeça/tronco - campo visual periférico (coordenação periférica). 2. ALCANCE - Transporte da mão e braço no espaço; 3. PREENSÃO - Formação de preensão, inclui o pegar e soltar; 4. HABILIDADE MANIPULADORAS MANUAIS. O controle de movimento de antecipação (feedforward) vs. feedback: O feedforward leva vantagem da experiência anterior para prever as consequências da informação sensorial que é percebida. Características comportamentais do alcance e da preensão A velocidade, o controle dos movimentos do braço muda dependendo do objetivo da tarefa. ➔ Realizar o treinamento dos dois tipos de alcance com os pacientes. ➔ Movimentos mais refinados requerem uma velocidade menor. Sistemas que contribuem para o alcance e a preensão Informação recebida pelo sistema visual irá ser integrada nos lobos parietal e temporal (áreas de percepção e integração de inf. sensoriais). Após isso, a informação é passada para os centros superiores do movimento. A intenção e plano de movimento é formado e passado para os efetores. O cerebelo e os núcleos da base terão papel fundamental no refinamento do movimento. ➔ O feedback sensorial é fundamental para que o paciente consiga executar o movimento com precisão e eficiência (visual, proprioceptivo, somatossensorial). ➔ O feedback somatossensorial impedirá parcialmente o refinamento do moviennto (ex. objeto escorregadio); ➔ O feedback visual é relacionado com a precisão fina! E se o córtex for lesionado? ➔ ALCANCES CONTROLADOS VISUALMENTE ULTRAPASSANDO A LINHA MÉDIA (eficiência do alcance e preensão do lado ipsilateral (mais fácil) vs. contralateral). ➔ SISTEMAS MOTORES DISTINTOS PARA ALCANCE E PREENSÃO - trato córtico espinal (preensão e controle fino); - trato rubro espinhal (músculos proximais relacionados com o alcance). ➔ CONTRIBUIÇÕES MUSCULOSQUELÉTICAS: integridade dos elementos e características básicas do sistema músculo esquelético durante o movimento. ➔ Problema na raiz do segmento irá refletir em imprecisão ou alterações na execução da preensão ou alcance. Preensão ➔ Os padrões de preensão variam em função da localização do tamanho e do formato do objeto a ser pego. ➔ Os movimentos de preensão humana podem ser divididos em; preensão de força ou precisão. ➔ O formato do objeto pode ter influência no tipo de preensão Preensão de força: ➔ Forças direcionadas para a palma da mão; ➔ “Gancho”; Preensão de precisão: As forças são direcionadas entre o polegar e os dedos; Princípios gerais do controle neural do alcance de preensão As 2 preensões são utilizadas demodos muito diferentes nas habilidades de manipulação; a preensão de precisão permite movimentos do objeto em relação a mão e dentro da mão, enquanto a preensão de força não permite. Alcance preensão e manipulação anormais Os problemas que afetam a localização do alvo e a estabilização do olhar incluem: (a) interrupção dos movimentos impulsionados visualmente pela lesão dentro do sistema oculomotor; (b) lesão no sistema vestibular; (c) incapacidade de adaptar o reflexo vestíbuloocular as mudanças nas exigências da tarefa em decorrência de lesão cerebral. PROBLEMAS MOTORES ➔ Problemas de cronometragem (tempo) - Pacientes com AVE têm menor velocidade e gastam mais tempo em realizar um alcance; - Crianças com Paralisia Cerebral (PC); - Pacientes com Parkinson. Sinergias anormais “Padrões fixos de movimentos que envolvem o membro por inteiro, com a incapacidade de isolar movimentos fora do padrão de sinergia, muito comum em pacientes com ave.” Espasticidade ➔ Hiperexcitabilidade do reflexo de estiramento ➔ Alguns autores afirmam ser um dos principais fatores limitantes para a diminuição da velocidade do alcance. ➔ Outros autores ressaltam a fraqueza muscular como fator primordial. Problemas sensoriais A lesão encefálica não necessariamente é espelhada, a lesão do lado E pode causar uma repercussão e a do lado D outra, apesar de anatomicamente a estruturas serem bem semelhantes. Efeito dos déficits visuais no alcance visualmente orientado Lesões em qualquer um dos hemisférios no córtex parietal posterior (CENTRO DE INTEGRAÇÃO SOMATOSSENSORIAL) poderão gerar comprometimento olho-mão importante ou ataxia óptica Ataxia óptica: incapacidade de alcançar objetos no espaço extrapessoal, na ausência de déficits motos, visual ou somatosensorial extensivos. A. Mão normal B. B. Mão afetada, com feedback visual C. Mão afetada, sem feedback visual Mas será que o estímulo somatossensorial é essencial para os movimentos de alcance? É importante, mas o indivíduo consegue se adaptar. ➔ Neuropatia sensorial periférica ➔ O feedback cinestésico não é necessário para iniciação e execução do alcance MAS é importante para o alcance preciso envolvendo múltiplas articulações. Problemas com preensão ➔ Crianças com 2 anos PC hemi; sem/com patologia PC hemi (5 anos). Dedo indicador sempre em extensão na criança com PC. Apraxia Leão no hemisfério E podem causar APRAXIA. É uma disfunção de execução de movimento que não pode ser associada a fraqueza, incoordenação ou a perda somatossensorial, à compreensão ruim da linguagem ou a desatenção dos comandos ➔ Apraxia ideacional (lesão lobo frontal): O indivíduo tem dificuldade em compreender a ação do objeto. EX. se for pedido ao paciente que fume um cigarro, pode-se observar que irá acender o fósforo com o cigarro, ou que leva o cigarro aos lábios e fuma sem tê-lo acendido). ➔ Apraxia ideomotora: Ocorre geralmente em lesão de córtex parietal posterior. Distúrbio na realização de gestos simples ou simbólicos, sem a utilização de objetos. Embora o paciente saiba o que fazer, ele é incapaz de fazê-lo com intenção, mas pode executá-los automaticamente (ex. Ordena-se que o paciente faça sinal da cruz, ele não o faz, mas realiza-o automaticamente ao entrar em uma igreja). Como essas alterações de alcance e preensão irão se manifestar nas diferentes lesões do SN? ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE) ● O tipo de problema irá depender da localização e extensão da lesão; ● Diminuição da velocidade do movimento e pela falta de harmonia e coordenação da trajetória do movimento. ● Flutuações acentuadas na força durante a preensão (as vezes pega de forma forte ou fraca). ● Síndrome dolorosa regional (“ombro congelado”). DOENÇA DE PARKINSON ● Bradicinesia; ● Comprometimentos no alcance e na preensão provavelmente serão dependentes da tarefa ● Poderá ter dificuldade em soltar objetos por conta da rigidez; ● Existem alguns medicamentos que pode facilitar em relação ao alcance; LESÃO CEREBELAR ATÁXICA TRAUMÁTICA ● Dismetria, erros na direção, na amplitude, na velocidade e na força do movimento. ● Movimentação muito rápida ou muito lenta no alcance pode interferir no alcance do alvo. ● No alcance de objetos móveis, o paciente poderá ser capaz de acompanhar a velocidade do alvo. PARALISIA CEREBRAL - PC ● Gravidade da paresia, extensão da perda sensorial, grau de espasticidade e presença de movimentos distônicos; ● Tempos de movimentos maiores; ● Formação antecipatória deficiente da pegada durante o alcance com o braço afetado. ● Forças de preensão e de carga que serão incoordenadas, força excessiva de preensão quando levantar um objeto para compensar o controle motor.
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