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Desenvolvimento e aprendizado motor

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Desenvolvimento e
aprendizado motor
17/05/21
_______________________________
OBS - Estado de deferência - Ato motor
extremamente especializado. Relação
com as olivas, quando a pessoa treina
um determinado movimento,
resultando em uma alta performance.
_______________________________
LIVRO DE REFERÊNCIA: CONTROLE MOTOR.
Teoria e aplicações práticas. 3ª
edição.
Modelos teóricos do
desenvolvimento
motor humano
Part. 1
O que é controle motor? Habilidade de
regular ou direcionar os
mecanismos essenciais de
movimento. A área está relacionada
ao estudo da natureza do movimento
e como é controlado.
Como o controle do movimento se dá?
★ Indivíduo;
- percepção;
- cognição;
- ação (sistema locomotor).
★ Tarefa;
- mobilidade
- estabilidade (proporcional a
mobilidade);
- manipulação (da tarefa,
aumento de carga...etc).
★ Ambiente;
- reguladores: influencia
diretamente no movimento,
como o tipo de piso.
- não reguladores: influenciam
indiretamente no movimento
(ex: ruídos, temperatura, vento,
outras formas de distração).
Estes três quesitos influenciam o
controle motor.
24/05/2021
Modelos teóricos do
desenvolvimento
motor humano
Part. 2
TEORIAS - Ideias abstratas sobre algo e que
tentam explicar como algo funciona. As teorias
são dinâmicas e evolutivas e isso afeta a
forma como entendemos o controle motor.
TEORIA DE REFLEXO
Criada por Charles Sherrington, um
neurofisiologista. Sua pesquisa formou a
base experimental para a teoria
clássica de reflexo do controle motor:
Ele acreditava que “Os reflexos são
blocos de construção do
comportamento complexo”
Movimento complexo (ex) - andar ou
escrever, um reflexo desencadeia uma
série de outros movimentos.
Ele acreditava que o
comportamento complexo poderia
ser explicado pela combinação da
ação de reflexos individuais que
estavam conectados uns aos
outros.
Teoria foi INCONTESTÁVEL por 50
ANOS e segue influenciando muitos
clínicos até hoje.
Limitações:
- O reflexo é ativado por um
agente externo;
- Não explica ou prevê de
maneira adequada os
movimentos que ocorrem na
ausência do estímulo
sensorial. Mais recentemente,
foi demonstrado que animais
podem mover-se de um modo
relativamente coordenado na
ausência de input sensorial.
- Não há explicações sobre
movimentos muito rápidos.
Por exemplo, um digitador
experiente e competente vai de
uma tecla para outra com tanta
rapidez que não há tempo
para a informação sensorial
de um toque ativar o outro
toque.
- O conceito não explica por
que um único estímulo pode
resultar em respostas
variáveis de acordo com o
contexto e os comandos
descendentes. Por exemplo,
há ocasiões nas quais é
necessário ignorar reflexos
para cumprir um objetivo.
Portanto, tocar algo quente,
normalmente, resulta em um
reflexo de retirada da mão.
Entretanto, se seu filho está
pegando fogo, você poderá
ignorar o reflexo de retirada
para tirar a criança do fogo.
- Não explica por que um único
estímulo pode gerar
respostas distintas (diferentes
mov.) de acordo com o contexto
e os comandos descendentes.
Ex: Reflexo miotático.
- O fato de os reflexos estarem
em cadeia não explica a
habilidade em produzir
movimentos novos.
Movimentos novos reúnem
combinações únicas de
estímulos e respostas de
acordo com as regras
previamente aprendidas. Um
violinista que aprendeu uma
partitura no violino e também
conhece as técnicas para tocar
um violoncelo pode tocar a
partitura neste instrumento sem
a necessidade de ter praticado
no próprio violoncelo. O
violinista aprendeu as regras de
tocar a partitura e aplicou-as
para uma situação inusitada ou
nova.
Implicações Clínicas:
De que modo a teoria de reflexo do
controle motor pode ser usada para
interpretar o comportamento do
paciente e servir como diretriz para as
ações do terapeuta? Se reflexos em
cadeia ou compostos são a base para
o movimento funcional, estratégias
clínicas desenvolvidas para testar
reflexos deveriam permitir ao
terapeuta a previsão da função. Além
disso, os comportamentos de
movimento do paciente seriam
interpretados em termos da presença
ou ausência dos reflexos
controladores. Por fim, reabilitar o
controle motor para habilidades
funcionais objetivaria enfatizar ou
reduzir os efeitos de diversos reflexos
durante as tarefas motoras.
TEORIA HIERÁRQUICA
Controle organizacional que ocorre
de cima para baixo influenciaria o
controle de movimento. Ou seja,
cada nível mais elevado,
sucessivamente, exerce controle
sobre o nível abaixo dele.
Em uma hierarquia estritamente vertical,
linhas de controle não se cruzam e
nunca há um controle de baixo para
cima.
Rudolf Magnus descobriu que reflexos
controlados por níveis mais baixos da
hierarquia neural estão presentes apenas
quando os centros corticais estão
lesionados.
Esses resultados são posteriormente
interpretados para sugerir que os reflexos são
parte de um controle hierárquico do controle
motor, no qual centros mais elevados
inibiriam, em geral, esses centros mais
baixos de reflexo.
Georg Schaltenbrand sugeriu o
surgimento e desaparecimento de
reflexos organizados segundo uma
determinada hierarquia; patologias
no encéfalo poderiam gerar
persistência de reflexos
(continuidade de reflexos que já teriam
desaparecido - EX. reflexo palmar no
bebê).
Teoria reflexo/hierárquica: o
controle motor emerge de reflexos
que estão contidos nos níveis do
SNC organizados em hierarquia.
Teoria de neuromaturação do
desenvolvimento: a maturação do
SNC é o agente primário da mudança
no desenvolvimento.
O desenvolvimento motor normal
foi atribuído ao aumento da
corticalização do SNC, resultando
no aparecimento do controle dos
níveis mais elevados sobre os
reflexos de níveis mais baixos
CONCEITOS ATUAIS
RELACIONADOS AO CONTROLE
HIERÁRQUICO
Teoria hierárquica/reflexa: O
conceito de uma hierarquia rígida,
na qual os centros mais elevados
estão sempre em controle, foi
modificado.
Cada nível do sistema nervoso
pode agir em outros níveis
(elevados ou mais baixos)
dependendo da tarefa.
Reflexos NÃO são considerados
determinantes solitários do controle
motor (APENAS o reflexo não faz
movimento), mas apenas um dos
diversos processos importantes para a
geração e o controle do movimento.
Implicações Clínicas:
- Patologias do encéfalo
podem resultar na
persistência de reflexos de
níveis mais baixos, uma
compreensão completa de
todos os reflexos permitiria a
determinação da idade neural
da criança ou de um paciente
com disfunção do controle
motor.
- Além de que explicaria algumas
consequências de lesões
neurológicas (falta de
motricidade, reflexos
patológicos, má postura…).
→ a partir disso é possível especular a
idade neural de uma paciente (como
anda sua evolução e etc)
Limitações:
Uma das limitações da teoria de
reflexo hierárquico do controle motor
é que não explica o domínio do
comportamento reflexo em certas
situações em adultos normais. . Por
exemplo, pisar em alfinetes resulta na
retirada imediata da perna. Esse é um
exemplo de um reflexo de nível mais
baixo de hierarquia dominante da
função motora. É um exemplo de
controle de baixo para cima.
Portanto, deve-se ter cuidado ao
afirmar que todos os comportamentos
de níveis mais baixos são primitivos,
imaturos e não adaptativos, enquanto
todos os comportamentos de níveis
mais elevados (corticais) são
maduros, adaptativos e apropriados.
EX: Reflexo de retirada ex. ao pisar em um
prego), reflexo extensor cruzado (a perna tem
que aumentar seu tônus e sua extensão para
que a pessoa não caia - compensação), esses
reflexos em castaca ocorrem em
milisegundos!!!
TEORIA DA PROGRAMAÇÃO
MOTORA
- Sugere que o movimento é
possível na ausência de ação
reflexa.
- O input sensorial, ainda não
seja essencial para deflagrar
o movimento, tem uma
função importante na
modulação.
Esse movimento seria gerado pela
aquisição de um programa motor
central.
obs: ENGRAMA - um traço de
memória motora específica.
EX.
Conseguimos escrever com a nossa
mão dominante, mesmo que não se
tenha a habilidade ideal, mas o padrão
motor ainda segue gravado em nosso
cérebro. Assim como um violinista
trocaria tranquilamentedepois de anos
longe de seu instrumento.
“geradores de padrão central
(programas motores mediados pela
medula espinal) por si só, podem gerar
movimentos complexos como andar,
trotar e galopar”
Limitações:
- o programa motor central NÃO
pode ser considerado o único
determinante de ação;
- Essa teoria não leva em
consideração que o SNC tem
que lidar com variáveis
musculoesqueléticas e
ambientais para alcançar
TEORIA DOS SISTEMAS
- Nicolai Bernstein, 1966
- Teoria importante
De que modo o corpo enquanto
sistema mecânico influencia o
processo de controle?
O mesmo comando central poderia
levar a movimentos diferentes
devido a interação entre forças
externas e as variações das
condições iniciais. Por essa razão,
comandos iguais podem levar a
movimentos diferentes.
EX. o mesmo comando para abduzir
o braço vai produzir diferentes
comandos se levar em
consideração qual era a posição
inicial do mesmo.
“a coordenação do movimento é o
processo de dominar os graus de
liberdade redundantes do organismo
que se movimenta”
Em outras palavras, envolve
converter o corpo num sistema
controlável.
Primeira teoria a levar em consideração
sistemas musculares e ósseos e
grandezas físicas como a gravidade e
inércia.
porém…
não levou em consideração como o
ambiente interage com o mov.
Relação com teoria hierárquica
Implicações clínicas:
Explicações para o movimento
anormal foram expandidas para
incluírem problemas resultantes de
anormalidades nos geradores de
padrão central ou em programas
motores de níveis mais elevados.
Em pacientes com a programação
motora de níveis mais elevados
afetados, a teoria de programa
motor sugere a importância de
auxiliar os pacientes a reaprender
as regras corretas para a ação.
TEORIA DE AÇÃO DINÂMICA
Quando um sistema de partes
individuais se torna UNO, seus
elementos se comportam de forma
coletiva e ordenada.
Esse princípio aplicado ao controle
motor prevê que o movimento pode
emergir como o resultado da
interação de elementos, sem a
necessidade de comandos
específicos ou programas motores
do sistema nervoso.
EX. andar, correr, trotar.
A teoria dinâmica sugere que o
novo movimento emerge devido a
uma mudança crítica em um dos
sistemas, denominada “parâmetro
de controle”. Um parâmetro de
controle é uma variável que regula a
mudança no comportamento de
todo o sistema. No nosso exemplo, o
parâmetro de controle é a velocidade.
Quando a velocidade do andar do
animal, um parâmetro de controle,
chega a um ponto crítico, há uma
mudança no comportamento do
animal, do andar para o trotar.
Limitações:
SNC NÃO TENDO PAPEL
IMPORTANTE NO SISTEMA FÍSICO
E MEIO AMBIENTE PARA O
MOVIMENTO
TEORIA ECOLÓGICA
Sugere que o controle motor evoluiu
para que animais pudessem lidar com
o ambiente ao seu redor,
movimentando-se de modo eficaz a
fim de encontrar alimento, fugir de
predadores, construir abrigos e até
brincar.
A organização da ação estaria
intimamente relacionada com a tarefa
específica e o ambiente ao no qual a
tarefa está sendo realizada.
Implicações clínicas importantes.
TEORIA DOS SISTEMAS
DINÂMICOS / TEORIA DA
ABORDAGEM DOS SISTEMAS
Shumway Cook e Marjorie Wollacoott
No final da década de 1950 e início da
década de 1960, foram desenvolvidas
as denominadas abordagens de
neurofacilitação, o que resultou em
uma mudança dramática nas
intervenções clínicas direcionadas
ao paciente com deficiências
neurológicas.
Essas teorias são base para alguns
modelos de reabilitação neurológica.
Desenvolvimento do
Sistema Nervoso
Central
31/05/21
Devido a mielinização do SNC entre 1 e
2 anos a criança é capaz de realizar
algumas tarefas.
Em algumas dessas etapas pode haver
alguma doença que altere o SNC e outras
funções.
Para relembrar….
Ectoderma - Pele e tecido nervoso.
Mesoderma - Músculo, vasos e tecido
conjuntivo.
Endoderma - Pulmões, trato
digestivo, sist. urogenital.
SNC:
- O SNC não nasce pronto;
- Nos 3 últimos meses ocorre o
pico de desenvolvimento
encefálico na gravidez.
GÊNESE DOS NEURÔNIOS E
CONEXÕES ou
NEUROGÊNESE -
SINAPTOGÊNESE
Células tronco podem desenvolver →
neurônios, astrócitos e
oligodendrócitos (os principais,
existem outras células da glia).
O que define o que vai ser
produzido e em que quantidade?
Fatores genéticos e demanda do
ambiente (sinais notch, inibem ou
promove essa estimulação)
Essas células são formadas na
zona subventricular e migram para
a região do córtex
GLIA RADIAL - se forma como se
fosse uma passagem/tubo, dando
suporte para o neurônio migrar para
a região mais alta, do córtex.
As células corticais seguem um padrão de
migração “interior-primeiro, exterior - depois”
O neurônio não nasce com uma
morfologia de neurônio, ele nasce
como uma célula redonda e depois ele
se diferencia.
Há aumento de neurônio
(quantidade) até os 2 anos, após
isso inicia-se conexões e
ramificações (até a idade adulta).
24 = 2 anos
★ O giro denteado do
hipocampo é uma zona
responsável por memórias,
por isso produz neurônios
em adultos
★ Núcleo estriado também
produz neurônios
Situações que podem inibir ou
potencializar a neurogênese
hipocampal (relação com cognição,
aprendizado):
Aumento: Dieta saudável e exercício
físico.
Diminuição: Dieta pobre de
nutrientes, drogas, sedentarismo e
stress (aumento da corticosterona)
MIELINIZAÇÃO
Não está pronto ao nascimento
ps: em adultos ainda há neurogênese em
algumas áreas específicas
Oligodendrócito - prod. de mielina no
SNC.
Célula de schwann - prod. de mielina
no SNP.
É possível visualizar melhor a
mielinização quanto mais velha a
criança (substância branca):
Tratos e vias são mielinizados em momentos
diferentes. EX:Tratos motores (como o
corticoespinal controle de movimento) é
mielinizado até o fim do primeiro e até dois
anos de vida.
Os dois primeiros anos são anos
essenciais dentro desse período de
desenvolvimento do SNC
A mielinização acontece de cima
para baixo e de trás para frente.
Áreas mielinizadas por último
Por que os adolescentes fazem
tantas “cagadas”? A parte frontal é
responsável pelo julgamento (deve
ser feito ou não) e tomada de
decisões, porém, essa é uma das
áreas a serem as últimas a se
minimizarem (a mielinização é
completa por volta dos 21 anos).
CRESCIMENTO E
DIRECIONAMENTO DO AXÔNIO
★ Seleção da via
★ Seleção de alvo
★ Seleção da estrutura-alvo para
sinapse
Em nível menor se tem a formação
de espinhos dendríticos, que
amplificam a comunicação do
neurônio:
Cones de crescimento:
Quando começa a crescer,
inicialmente, o neurônio?
Crescimento mediado pelos
microtúbulos já presentes no axônio,
seu direcionamento e orientação é
mediado pelos quimioatratores e
quimiorepelentes (atraem ou
repelem o crescimento), como
acontece:
Neurônio pioneiro começa a
produzir um quimioatrator, início de
fasciculação ou também pode
haver produção de quimiorepelidor
quando não há necessidade de
conexão (quimioreoulsão).
FORMAÇÃO e ELIMINAÇÃO DE
CÉLULAS E SINAPSES
Recrutamento de receptores
Neurotrofinas são substâncias que
fortalecem o contato sináptico
(NGF, NT-3, NT-4 e BDNF)
Glia promovendo a formação
sináptica, principalmente astrócito...
O astrócito envolve as duas células
(pré e pós sináptica) e vai garantir
que eles tenham a quantidade
necessária de nutrientes e energia
para que essa sinapse se consolide
(alta demanda de cálcio)
Aporte escasso de neurotrofinas -
morte neuronal
caspase 9 se não for inibida ela irá
ativas caspase 3 que vai fragmentar
o dna do neurônio (morte), a
neurotrofina inibiria a caspase 9.
PODA SINÁPTICA: Conexões que
não estão tão fortes ou algo do tipo
são inibidas, acontece até 14 anos.
PERÍODO CRÍTICO E JANELA
DE OPORTUNIDADES
Período crítico - períodos em que
estimulação ou nao estimulação,
podem gerar comportamentos e
desenvolturas a partir disto. EX. se
não houver contato com claridade em
determinado período do
desenvolvimento podemos não
enxergar.
- correlaciona o pico de
desenvolvimento de alguns
sistemas com a presença de
alguns estímulos ou nao
- relação com o imprint
- dois primeiros anos de vida são
considerados os mais sensíveis(mil primeiros dias
considerando a gestação).
…………………………………………….
primeiro NEUROCIÊNCIAS E
DESENVOLVIMENTO DO SN 4
EDIÇÃO (cap desenvolvimento)
…………………………………………….
Envelhecimento
07/06/21
Senescência - processo de
envelhecimento natural.
Sensibilidade - processo de
envelhecimento associado a uma
patologia.
Alterações encefálicas:
★ Existem várias hipóteses sobre
as razões pelas quais as
alterações ocorrem
★ O envelhecimento do SNC é
multifatorial, não uniforme e
regionalmente variável.
Adulto - 94 anos - 77 anos c/ demência
★ O peso do encéfalo chega a
diminuir até 18% a partir dos 55
anos, de forma gradual.
★ Colapso de grandes
neurônios em diversas áreas
do córtex, dando lugar a
neurônios menores: ocorre
pois os grandes neurônios
gastam mais energia.
★ Espinhos neurais menos
densos
Alterações nos
neurotransmissores
★ Alterações em sua
quantidade que podem
interferir na homeostase
encefálica
★ Principal: redução de
monoaminas (dopaminas,
serotoninas…), relacionado a
depressão em idosos
(bastante recorrente);
★ Idosos que conseguem se
manter ativos têm menor taxa
de depressão, pois o exercício
físico consegue aumentar um
pouco o nível de monoaminas.
★ Apenas uma pequena
porcentagem de idosos
apresenta um declínio
cognitivo notável.
Alterações Cognitivas
O processo de senescência irá
gerar , na maioria dos casos, idosos
que vão apresentar declínio
cognitivo LEVE, não alterando suas
faculdades e funcionalidade.
➔ PREJUÍZO COGNITIVO
MODERADO - Pode ou não
evoluir para DA.
➔ Demencia senil: relacionado
com eventos cerebrovasculares
e DA (mais comuns).
Desenvolvimento
motor 0-2 anos
14/06/21
- fase motora reflexa;
- fase motora rudimentar;
- fase motora fundamental;
- fase motora especializada;
Fatores ambientais e hereditários
influenciam.
Mas quando, de fato, os
movimentos surgem?
Desde o útero (em média 10ª semana
de gestação) - o nome dado a esses
movimentos é:
MOVIMENTOS WRITHING -
movimentos sem coordenação, com
caráter elíptico (às vezes seguem um
padrão e as vezes não). Estarão
presentes até a sexta/sétima semana
pós natal.
MOVIMENTOS FIDGETY - Por volta
da décima semana, um pouquinho
antes e termina por volta da 20ª
semana (3 meses). Possui gama
maior de movimentos (maior
riqueza de movimentos) (alternância
das pernas, diminuição de
assimetria…).
MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS - a
partir do 5º mês (20ª semana).
GENERAL MOVEMENT:
avaliação/teste de diagnóstico de
paralisia. Embasamento de acordo
com a desenvoltura dos movimentos
descritos acima.
Desenvolvimento embrionário:
Drogas, álcool, patologias, são riscos
danosos para o material genético.
Desenvolvimento Motor Normal
até os 12 meses de vida
O desenvolvimento postural acontece
de encéfalo para caudal e
proximal/distal. Porém, não é possível
dizer que o DESENVOLVIMENTO se
dá dessa forma, já que existem
diversos fatores a serem somados.
ATÉ 6 MESES: presença de
REFLEXOS PRIMITIVOS.
1. Recém Nascido
DNM até os 12 meses de vida
Pouco espaço na barriga da mãe, em
determinado momento, a criança se
mantém em uma posição de flexão
(fetal).
Quando nasce não possui controle
muscular e movimentos Writhing.
Deitado em PRONO (1)
0 meses
● Suporte de peso: sobre as
bochechas, mãos, antebraços e
tronco superior
● Postura: cabeça rolada para
um lado, flexão fisiológica,
braços próximos ao corpo e
cotovelos fletidos.
● Movimento anti gravitacional:
cabeça rodada para liberar
vias aéreas superiores da
superfície de apoio.
Deitado em PRONO (2)
15 dias a 2 meses
● Diminuição de flexão de
quadril;
● Maior controle na região
cervical por alguns segundos.
Deitado em SUPINO (2)
20 dias
● Flexo de quadril ainda é
bastante forte;
● criança não encontra a linha
média (não encosta mão com
mão);
● criança ASSIMÉTRICA.
Deitado SUPINO (3)
25 dias
Menor flexão de membro superior e
inferior.
Sentado com apoio
25 dias
● Suporte de peso: nádegas e
pernas;
● Postura: flexão de quadril e
tronco;
● Movimento anti gravitacional:
eleva e mantém brevemente a
cabeça na linha média
brevemente. extensão da
coluna superior.
De 3 (principalmente) até 6 meses
existem muitos reflexos primitivos:
★ Reflexo Moro;
- estimula propriocepção cervical
e auditiva;
- abdução seguida de uma
adução (tentativa de agarrar
algo para se segurar).
★ Reflexo de Busca;
★ Reflexo de Galant (2 a 4
meses);
- Estimulação em um lado do
dorso e a criança faz uma
flexão para o lado desta
estimulação;
- detona a instabilidade de tronco
associado a instabilidade da
cabeça. Observa-se a
permanência por tempo
prolongado ou até p/ resto da
vida em crianças com lesões
centrais.
★ Reflexo de sucção;
★ Reflexo de Marcha automática
(desde o nascimento até 2
meses);
- Consiste em inclinar a criança
sobre uma superfície e ela
iniciar marcha;
- É observado frequentemente
em muitos pacientes com PC
espástica independente da
idade, o que sugere uma
incapacidade do SNC de
controlar estruturas inferiores.
★ Reflexo tônico cervical;
assimétrico (RTCA) - até 3
meses;
- Quando rotacionada a cabeça
da criança, um lado do corpo
vai apresentar flexão e o outro
extensão:
- Alguns livros se referem como
reflexo do extremista;
- Geralmente o lado de extensão
é o da face e o de flexão o
occipital;
- Se persistir, faz com que a
criança não alcance a linha
média.
★ Reflexo de preensão palmar
(até 1 ano, em média);
★ Reflexo de preensão plantar
(até 6/7 meses, logo após a
criança costuma conseguir ficar
de pé).
★ Reflexo de colocação plantar -
“placing” ( até 5 ou 6 meses)
- Estímulo: segura-se a criança
com apoio na região das axilas
e estimula-se a região dorsal
dos pés na borda da mesa do
exame.
- Resposta: a criança irá flexionar
os membros inferiores (flexão
de quadril e perna), colocando
o pé sobre a mesa.
- Se persistir, DIFICULTA O
DESENVOLVIMENTO DE
REAÇÕES FUNCIONAIS E
AUTOMÁTICAS DOS
MEMBROS INFERIORES
DIFICULTANDO O
POSICIONAMENTO
ORTOSTÁTICO E A MARCHA.
2. 1 mês
PRONO com suporte
● Melhor controle da cabeça,
podendo elevá-la até 45º e
permanecer por um tempo.
Deitado em SUPINO (3)
de 25 dias até 1 mês
● Criança mais simétrica
(cabeça já não mais tão
rodada;
● Movimento de pernas
interessantes começando a
acontecer.
Em pé com apoio (1)
1 mês
● Marcha automatica
● Tronco fletido, sem controle
de cervical
Em pé com apoio (2)
Fim do 1º mês
● A criança suporta melhor seu
peso, TENDE A
DESAPARECER APÓS 2º
MÊS.
3. 2 meses
Suporte de antebraço (1)
2 meses
● Controla ainda mais a cabeça
(eleva um pouco mais de 45º);
● Maior controle da cintura
escapular;
● Começa a descarregar peso
nos antebraços;
Deitado em supino
● Flexores de pescoço ativos
(“chin tuck”) - queixo p/ dentro;
Sentado com apoio dos braços
4. 3 meses
TUMMY TIME: Importante para o
controle de cervical e tronco
superior.
Evolução do TUMMY TIME com o
passar do tempo:
- Linha do cotovelo à frente da
do ombro, melhor suporte
biomecânico.
- Melhora controle da cervical
Aos três meses é possível notar a
criança começando a pôr a mão no
joelho, o que é muito importante para
a MOBILIDADE PÉLVICA.
Tracionado para sentar
● Semi Flexão de pescoço /
chin tuck (ao ser puxada
criança estabiliza a cabeça):
cabeça na linha média ou à
frente do corpo
● Mov. pode ser auxiliado por
flexão de abdominais ou braço.
5.4 e 5 meses
TUMMY TIME mais EVOLUÍDO
➔ Criança já alcança o pé, linha
média e rolar.
Natação ou mata-borrão
● Padrão extensor ativo (de
tronco superior)
● Peso sobre o abdômen
Alcance com apoio de antebraço
Já realiza alcance de objetos com
apenas um apoio de antebraço.
Pivoteio
Roda em torno do seu eixo, começa a
se arrastar e se locomover mais
rapidamente.
Mãos nos pés e pés a boca
Rolando de supino para prono sem
rotação (ROLAR)
Sentado sem apoio
4,5 - 5 meses
● Tronco flexionado e com apoio
anterior de mãos.
Sentado sem apoio e SUPORTE DE
BRAÇO
5 MESES
● Tronco ainda fletido e
possivelmente utiliza apoio por
alguns segundos.
Sentado sem apoio dos braços
Fim do 5º mês, início do 6º
● Tronco mais ereto e sem apoio
● Melhor controle de abdominaise cintura pélvica
Em pé com apoio
4,5 a 7,5
● Mais simétrica e reta devido o
controle de abdominais e
cintura escapular
7. 6 meses
➔ Reação de LANDAU: quando
se apoia a criança suspensa no
ar, se flexiona a cabeça dela e
ela responde com FLEXÃO DE
MEMBROS INF.
➔ Reações de Retificação e
Labirínticas
★ Rolar
★ 4 apoios
★ Sentar
Nessa fase a criança já não tem
mais reflexos, praticamente e passa
a se observar muitos movimentos
voluntários.
8. 7, 8 e 9 meses
Acontecem um pouco juntos e
sobrepostos, pode ser que uma etapa
esteja acontecendo junto da outra.
★ Criança mais ativa, explorando
novas posições
★ Começa a se arrastar e a
engatinhar (posição de urso,
“engatinhar” com cotovelos e
joelhos estendidos);
★ Domina melhor a posição de
sentado
★ Começa a se puxar para ficar
em pé
Ajoelhado em 4 apoios
A partir do 7º mês
● Nessa posição a criança
apresenta acentuação da
lordose, já que a criança não
tem um CORE bem
estabelecido.
● A medida em que a criança
evolui a lordose diminui e a
criança começa a engatinhar
Engatinhar recíproco (1) -
RUDIMENTAR
8 meses, em média
Engatinhar recíproco (2) - mais
APRIMORADO
8 meses, em média
● Nota-se ausência da
acentuação da lordose
→ Nota-se variações de posições de
SENTADO e QUATRO APOIOS
→ A atividade grossa do sentar está
pronta por volta dos 8 meses
Tracionar-se para ficar em pé
● Nota-se desalinhamento da
pelve com o tronco
(anteriorizado), permanece
assim por um tempo.
Andando de lado sem rotação
Agachamento controlado a partir da
posição do pé
Por volta do nono mês
9. 10, 11 e 12 meses
★ DESENVOLVIMENTO DE
SIMETRIA: Simetria entre
tronco e pélvis;
★ Desenvolvimento de pinça;
★ Consegue ficar em pé
sozinha;
★ PRIMEIROS PASSOS POR
VOLTA DOS 11 MESES ou até
13 MESES;
★ Uma das últimas etapas que a
criança vai atingir é a posição
de CÓCORAS (ficar e se
manter);
Levantamento de posição quadrúpede
Após 1 ano de vida, basicamente, é
tentativa e erro.
10. 13 - 18 meses
★ Caminham de forma
independente e raramente
caem;
★ Agachamento para pegar um
brinquedo;
★ Empilha dois objetos ou blocos;
★ Interesse em interagir;
★ Mantém contato visual com as
pessoas durante interações
lúdicas;
★ Vira a cabeça em resposta ao
nome;
★ É capaz de localizar objetos;
★ Palmas das mãos juntas em
resposta ao jogo social;
★ Gosta de brincar com
variedade de brinquedos e
texturas;
★ Gosta de bater e brincar com
brinquedos musicais;
★ Gosta de brincar com
brinquedos novos;
★ Explora ansiosamente o
ambiente quando colocado no
chão;
★ Gosta de ser balançado e
jogado no ar;
★ Gosta de explorar e brincar no
parquinho;
★ Gosta de balançar em
playgrounds;
COORDENAÇÃO MOTORA :
★ É frequente entrar e sair de
várias posições para explorar e
obter objetos.
★ Mantém o equilíbrio em sentar
ou em pé enquanto usa as duas
mãos juntas para explorar
brinquedos;
★ É capaz de virar a cabeça para
olhar para objetos sem perder o
equilíbrio em pé. É capaz de
dar passos para motivar o item
★ Rasteja ou caminha para obter
item desejado;
★ Resistência e força adequadas
para brincar com colegas;
★ Usa as mãos para ajudar a
mover-se de uma posição para
outra;
★ É capaz de jogar bola sem
perder o equilíbrio;
★ Usa as duas mãos para brincar.
SENSORIAIS
★ Gosta de experimentar
diferentes texturas;
★ Ajuda a se vestir e despir-se;
★ Fala de 5 a 10 palabras;
★ Combinação de sons com
gestos;
★ Segue comando simples;
★ Interesse em imagens e figuras
(principalmente com sons);
★ Identificação de de partes do
corpo
15 meses
➔ Consegue responder questões
e perguntas simples;
➔ Por volta dos 15 meses a
criança já consegue entender
por volta de 50 palavras, em
média.
➔ Balbucia algumas palavras.
11. 19 - 24 meses
★ Capaz de participar de
pequenos grupos;
★ Está interessado, consciente e
capaz de manter contato visual
com outra pessoas;
★ É capaz de jogar em situações
sociais após um tempo de
transição;
★ Aponta para objetos;
★ É capaz de localizar objetos
nos quais são apontados;
★ Gosta de balanços em
parquinhos;
★ Gosta de brincar com novos
brinquedos de diversas
maneiras;
★ Normalmente brinca com
brinquedos sem engolir ou levar
a boca;
★ Gosta de brincar com
brinquedos musicais;
★ Gosta de sentar para ver ou
ouvir um livro;
★ Geralmente caminha com
padrão de calcanhar e não
principalmente nos dedos;
★ Pode manter o equilíbrio para
pegar a bola ou quando é
gentilmente esbarrado por
colegas;
★ Usa as mãos para ajudar a
mover-se de uma posição para
outra;
★ Usa as duas mãos igualmente
para brincar e explorar
brinquedos;
★ Maior habilidade de
comunicação;
★ Entende alguns pronomes
pessoais (você, meu, seu..);
★ Endente palavras mais
rapidamente;
★ Começa formar frases;
★ Usa gestos e palavras;
★ Segue algumas orientações;
★ Tem o prazer de ouvir histórias;
SINAIS DE ATRASO DE
DESENVOLVIMENTO MOTOR
➔ A partir dos dois meses:
dificuldade de segurar a
cabeça;
➔ Pouco movimento ou não tem
movimento nas pernas
➔ Dificuldade em controlar tronco
(dificuldade em terminar rolar);
➔ 6, 7 meses não consegue ficar
sentada, fletida e nem segurar
a cabeça;
➔ Quando colocadas em pé com
suporte fica na ponta dos pés;
➔ Muito fletida quando colocada
sentada;
➔ Assimetrias;
O desenvolvimento atípico PODE ser
relacionado a alguma lesão ou
patologia, nem sempre em alguma
patologia terá algum desenvolvimento
atípico.
DNM APÓS 2 ANOS
DE IDADE
28/06/21
A ideia é que esse aprendizado vai se
refinando e a criança aprenda mais.
➔ Inicial: aprendizado motor.
➔ Elementar: refinamento do
aprendizado.
➔ Maduro: total eficiência.
Movimentos fundamentais
Habilidades motoras grossas
refinadas:
★ Estabilizadores: equilíbrio
estático e dinâmico,
movimentos axiais
2 - 7 anos
EQUILÍBRIO ESTÁTICO: APOIO
REDUZIDO E APOIO INVERTIDO.
ESTABILIZAÇÃO AXIAL:
ROLAMENTO.
maior força de tronco
EQUILÍBRIO DINÂMICO:
CAMINHADA DIRECIONADA
orientação da cabeça, amplitude de mov.
dos pés.
★ Locomotores: andar, correr e
saltar
2 - 7 anos
CORRIDA
menor flexão de tronco = maior amplitude
de mov. c/ passos maiores e velocidade.
SALTO HORIZONTAL
Maior flexão de tronco, quadril e joelhos.
★ Manipuláveis: alcançar,
segurar, soltar, lançar, receber,
chutar
ARREMESSAR
Maior arco de mov. p/ mais força e
amplitude p/ o lançamento.
RECEPÇÃO
Vai aumentando a flexão de cotovelo, no
maduro, já se tem o melhor movimento das
pernas.
CHUTAR
Flexão de joelho e rotação de tronco
- Há uma relação cultural em
relação a isso
Fase de movimento
especializado
7-14
Refinamento e acoplamento dos
movimentos fundamentais resultando
no surgimento de novo padrões
motores
JUNÇÃO DE MOVIMENTOS
FUNDAMENTAIS = MOVIMENTOS
ESPECIALIZADOS
Um movimento especializado pode ser
usado em esportes, por exemplo.
Estágio de transição 7 a 14 anos
➢ Início de combinação de
movimentos fundamentais;
➢ Aumento do interesse por
atividades complexas.
Estágio de aplicação 11-13 anos
➢ Melhora de performance;
➢ Interesse na prática esportiva;
➢ Melhor execução especializada.
Estágio de aplicação 14 anos em
diante
➢ Ápice de performance motora
especializada;
➢ Interesse específico, somação
de habilidade.
RESUMO DO DIA:
★ 2 - 7 ANOS APRIMORAMENTO DA
ATIVIDADE MOTORA GROSSA
(MOVIMENTOS FUNDAMENTAIS)
★ 7 - 14: MOVIMENTOS
ESPECIALIZADOS.
Dismorfismo e anomalias
congênitas
➔ Dismorfologia: Estudo do
desenvolvimento físico anormal e
voltado para o entendimento dos
eventos embrionários que geram o
aparecimento das anomalias
congênitas.
➔ Anomalia congênita: Qualquer
alteração funcional ou
estrutural, presente na infância ou
vida adulta causada por um evento
anterior ao nascimento.
ESTATURA
★ Medida de comprimento tem
relação com a idade
gestacional.
★ Para algumas doenças e
síndromes genéticas existem
curvas de crescimento
específicas.
padrão (x, anos ; y, cm)
★ Doenças que causam
alterações articulares graves.
★ A baixa estatura vai acontecer
quando o recém nascido
apresentar comprimento menor
que 2 desvios padrões abaixo
da média.
★ Baixa estatura proporcionada
ou desproporcionada(alteração em relação a outras
partes do corpo).
CRÂNIO
★ Perímetro cefálico e presença
de deformidades.
★ Craniossinostose - anomalia
decorrente da fusão prematura
das suturas cranianas.
★ A microcefalia pode causar
craniossinostose ou o tecido
encefálico para de crescer em
determinado ponto.
perímetro cefálico menos que 32 cm
★ Plagiocefalia (assimétrico) e
braquicefalia (simétrico) →
posicional: criança muito
tempo deitada (causa) por
alguma patologia de base (não
consegue controlar a cabeça.
PESCOÇO
★ Mobilidade (como a
instabilidade atlantoaxial -
risco de óbito)
★ Torcicolo congênito (criança
nasce com uma pequena
contratura em um dos lados
da musculatura posterior da
cervical.)
TÓRAX
★ Peito carinatum: não se sabe
bem o porquê ela aparece,
costuma ter uma boa reversão.
★ Peito excavatum: normal em
crianças com doenças
respiratórias.
COLUNA
★ Presença de assimetrias
★ Presença de escolioses e
alterações nas curvas
fisiológicas
★ Presença de fístulas ou
massas na região dorsal
(espinha bífida / EX).
MEMBROS INFERIORES
★ Desproporção entre membros
★ Observar a mobilidade dos
segmentos.
★ Pregas cutâneas
assimétricas.
★ Limitação da abdução do
quadril.
★ Manobra de galeazzi
(perceber assimetria dos
joelhos - patologia no quadril
/ displasia).
★ Joelhos - luxações e ausência
de patelas.
MÃOS E PÉS
★ Mãos - linhas de flexão da
palma e dos dedos, presença
de linfedema, dedos extras,
camprodacrilia (posição de
flexão dos dedos), sindacrilias
(falha na separação dos
dedos).
★ Pés - doenças
neuromusculares ou síndromes
malformativas.
Pé torto congênito - pé varo, e valgo,
pé equino ou até junção destes
desvios.
DISPLASIAS ESQUELÉTICAS
★ Acondroplásicos: baixa
estatura, fronte ampla,
macrocefalia, lordose lombar
acentuada, mãos pequenas e
em forma de tridente,
estreitamento do forame magno
★ Variações: hipocondroplasia e
pseudoacondroplasia
★ Artrogripose: ampla gama de
patologias, caracterizada pela
presença de múltiplas
contraturas articulares, já
presentes ao nascimento.
★ Síndrome de down ou
trissomia do cromossomo 21
Características do Down
➔ Hipotonia ao nascimento;
➔ Atraso do
neurodesenvolvimento e etapas
motoras;
➔ Alterações dismórficas;
➔ Debilidade cognitiva;
➔ Alterações cardíacas
congênitas;
➔ Dificuldade em manter foco e
atenção.
Problemas associados
➔ Leucemia;
➔ Problemas auditivos e visuais;
➔ Distúrbios cardíacos e
congênitos;
➔ Infecções respiratórias e
episódios de pneumonia;
➔ Alzheimer precoce.
Protuberância da língua, prega palmar
única, orelhas dobradas,
braquicefalia...
Continuação 05/07/21.
Etiologia das
más-formações
congênitas
Originam-se muito cedo, no início da
gestação, podendo estar constituídas
a partir do final do segundo mês de
gravidez geralmente).
Costuma ocorrer devido a exposição
materna a Agentes teratogênicos:
agente capaz de alterar estrutura
celular em relação a suas
organelas.
Fatores teratogênicos: rubéola,
sífilis, toxoplasmose, alcoolismo,
diabetes mellitus, radiação ionizante,
talidomina, ciclofosfamina, mercúrio,
fenilcetonúria, tetraciclina…
# Principais tipos de falhas
embrionárias que produzem
malformações #
★ Falha na formação das partes;
★ Falha na diferenciação das
partes;
★ Duplicação;
★ Sobrecrescimento;
★ Crescimento insuficiente.
AMELIA: ausência total dos
componentes esqueléticos de todo o
membro (sem os segmentos).
➔ Por ser uma deficiência
transversa terminal, a amelia do
membro superior é homóloga a
uma desarticulação do ombro.
➔ Ocorre mais em meninos
e em 50% dos casos
pode ser BILATERAL.
FOCOMELIA: Ausência congênita
da parte proximal de um segmento.
➔ MIIS, geralmente, nem todos os
dedos estão presentes, o
polegar pode estar ausente ou
é hipoplásico.
➔ A força e a função das mãos
raramente é normal;
➔ No caso do MMII, todos os
elementos proximais estão
ausentes e o pé estará
acoplado diretamente à pélvis;
➔ Costuma ser BILATERAL em
mais de 50 % dos casos;
➔ A forma mais completa
ocorre mais frequentemente
na forma proximal do que
distal;
➔ Em MMII ocorre mais em
meninos e é bilateral em 20 a
30% dos casos.
Teoria do aprendizado
motor
05/07/21
APRENDIZADO MOTOR - estudo da
aquisição e/ou modificação do
movimento, pois enquanto o controle
motor foca na compreensão do
controle do movimento já adquirido, o
aprendizado motor foca na
compreensão da aquisição e/ou
modificação do movimento.
Possuímos 2 formas de memória a
longo prazo:
1. Forma explícita ou
declarativa: memória sobre
fatos e eventos (associação
com hipocampo, lóbulo
medial…).
2. Forma implícita ou não
declarativa: Possui 2
subdivisões:
➢ Aprendizado não associativo:
relacionado com habituação e
sensibilização.
➢ Aprendizado associativo:
condicionamento clássico e
operante, relação com
respostas emocionais
(amígdala).
As teorias...
Teoria de circuito fechado de Adams
- 1967
★ No processo de circuito
fechado, o feedback sensorial
é utilizado para a produção
contínua de movimento hábil.
★ 2 tipos de memória: traço de
memória e traço perceptual.
★ Início de movimento com o
traço de memória (lembrança
de um movimento) e
execução e detecção de erros
pelo traço perceptual
(lembrança de execução do
movimento, por percepção -
utilizando feedback sensitivo
- como o visual).
★ Com a prática o traço
perceptual se desenvolve de
forma gradativa, que servirá
para orientação de movimentos
futuros. - NECESSIDADE DE
REPETIÇÃO.
LIMITAÇÕES
★ Na ausência de inputs
sensoriais é possível realizar
movimentos, inclusive
movimentos inéditos.
★ Um único traço perceptivo para
um movimento específico não
acontece. Há
compartilhamento de vias e
traços para diferentes
movimentos.
Teoria de esquema de Schmidt - 1075
★ Os programas motores não
contém regras generalizadas
para uma classe específica
de movimentos.
★ O termo esquema se refere a
uma representação abstrata
armazenada na memória após
múltiplas apresentações de
um tipo de objeto… (EX.
cachorro).
★ Quando aprendemos um ato
motor ele pode ser
transposto a um outro, já que
ambos possuem
similaridades.
★ Essa teoria tem total relação
com a teoria de programação
motora do controle do
movimento (ex de escrever com
ambas as mãos).
★ O programa motor generalizado
contém as regras para criar
padrões espacial e temporal de
atividade muscular necessária
para executar um determinado
movimento.
★ Condições iniciais do
movimento;
★ Parâmetros utilizados no
padrão motor generalizado;
★ Resultado do movimento -
conhecimento dos resultados
(ajuste);
★ As consequências sensoriais do
movimento.
★ ESQUEMA DE
RETRANSMISSÃO (ato motor
em si) E RECONHECIMENTO
(sensorial - o feedback).
IMPLICAÇÕES CLÍNICAS
★ O aprendizado ideal irá
ocorrer se a tarefa for
praticada em condições
variadas;
★ Praticar o movimento de
alcançar em várias condições
diferentes é essencial para
formar esquemas de
retransmissão e
reconhecimento precisos.
LIMITAÇÕES
Falta de especificidade: ela não
prevê como o programa motor
generalizado ou outros esquemas são
criados - isto é, como uma pessoa
realiza seu primeiro movimento
antes da existência de qualquer
esquema.
Modelo de três estágios de Fittz e
Posner - 1967.
Três fases principais envolvidas no
aprendizado de uma habilidade:
1. Compreensão da natureza da
tarefa - Estágio cognitivo.
- Nesse estágio a quantidade
de erros e atenção deve ser
maior.
2. Estágio Associativo - menor
variabilidade no
desempenho.
3. Estágio autônomo. - erros
menores e menor atenção.
Modelo de sistemas de três estágios
- 67,73,89 ... 1992.
★ Ênfase no controle dos graus
de movimento de Bernstein
como componente central
para a aprendizagem motora.
★ Co-contração e “congelamento”
dos graus de liberdade (EX.
martelo).
Mesmos estágios com diferentes nomes
devido a “att”:
★ Estágio Novato: simplificação
do movimento para reduzir
graus de liberdade.
★ Estágio Avançado: Aumenta
os graus de liberdade dos
movimentos envolvidos
(aprimoração de movimento).
★ Estágio Especializado:
Liberdade de todos os graus
de movimento envolvidos,
maior coordenação e
aprendizado dasvantagens
biomecânicas e ambiente
para melhorar a performance.
IMPLICAÇÕES CLÍNICAS
★ Co-ativação muscular em
pacientes incapazes de
controlar movimentos
dinâmicos.
★ Raciocínio neuromaturacional
para a reabilitação - visão
biomecânica*
★ Importância de suporte
externo nos estágios iniciais
de aprendizado de um
movimento.
LIMITAÇÕES
Os princípios que governam os
processos de aprendizado motor
para levar a esse último estágio de
domínio são, em grande parte,
desconhecidos.
Aplicações práticas da
pesquisa do aprendizado
motor
Níveis de prática e feedback
Níveis de prática
➔ repetição
Feedback produzido pelo
movimento
Toda a informação sensorial que está
disponível como resultado do
movimento que a pessoa executou.
Cerebelo tem uma função muito
importante em refinar as tentativas.
Este, está conectado, indiretamente,
com nossos sentidos:
sentidos → áreas
somatossensoriais → áreas
motoras.
- intrínseco: chega ao
indivíduo apenas por meio de
diversos sistemas sensoriais
como resultado da produção
normal de movimento (ex. inf
visual, propriocepção, inf
somatosensorial).
- extrínseco: é a informação que
suplementa o feedback
intrínseco (ex. quando dá-se
ao paciente “dicas” durante o
movimento, pois às vezes, ele
não possui um dos fatores
sensoriais).
- terminal: Idem ao extrínseco,
mas fornecido ao fim do
movimento.
Quando devemos fornecer o
feedback? O mais ideal é explicar de
forma inicial e fazer o feedback
terminal (a não ser que ocorra algo
algo de muito errado durante) para
que a concentração do paciente não
seja desviada. Quando mais
avançado o acompanhamento, aí
sim é possível realizar feedback
extrínseco.
Condições de prática
Prática compacta versus distribuída
Compacta: tempo de atividade
maior que o de descanso. Leva a
fadiga em algumas tarefas.
→ maior nível de repetição.
Distribuição: Quantidade de
descanso é igual ou maior que a
tarefa.
Qual tipo usar e em qual situação?
Para pacientes não muito
habituados (a fadiga) →
DISTRIBUÍDA.
Em indivíduos mais adaptados e em
estágios mais avançados →
COMPACTA.
Prática constante vs. prática variada
Constante: Mesma atividade, com a
mesma execução.
Variada: Mesma atividade com
variadas execuções.
Quando usar cada prática?
Pacientes iniciantes, ainda
aprendendo → CONSTANTE.
Pacientes mais experientes →
VARIADA.
Continuação 12/07/21
Prática aleatória versus prática
bloqueada (em blocos)
Maior dificuldade na execução de um
movimento no início, a demanda de
atenção de um paciente eleva
muito. A curto prazo ele erra mais,
mas a longo menos.
Prática aleatória: diferentes tipos de
coordenações na mesma atividade.
Pode ser inapropriada até que os
aprendizes compreendam as
dinâmicas da tarefa a ser aprendida.
EX. em um momento arremesso, em
outro agarra, no outro lança...
Prática bloqueada / em blocos: Três
atividades, por exemplo, com
coordenações semelhantes.
→ Primeiro é necessário
aprender a atividade, por meio de
blocos.
Treinamento completo versus
treinamento parcial
Uma abordagem da reabilitação é
dividir a tarefa em passos
provisórios, auxiliando o paciente a
dominar cada passo antes de
aprender a tarefa inteira. Tal divisão
tem sido denominada “análise da
tarefa” e é definida como o processo
de identificação dos componentes de
uma habilidade ou movimento e
depois organizando-os em uma
sequência.
➔ Fazer a tarefa em partes e
depois fazer todas as fases
de forma contínua (treino
completo. ex: marcha -
primeiro treino das fases da
marcha e depois realizar
treino de marcha completo.
➔ Os componentes da tarefa são
definidos com relação aos
objetivos da tarefa.
Transferência
O aprendizado de uma tarefa em um
ambiente terapêutico será
transportado para o ambiente
terapêutico? Sim.
➔ Não só nesses casos, mas
também em pessoas
“saudáveis”, como em
situações em: vôlei - beach
tênis (ex)
➔ Quanto mais essas
exigências de processamento
no ambiente terapêutico
forem similares às do
ambiente real, melhor será a
transposição do aprendizado.
Prática mental
Parece algo não tangível. Envolve a
visualização de um ato motor sendo
executado, existem porções de
técnicas que utilizam imagem,
imaginações, ilusões, para que se
execute um ato motor ou afins.
Algumas técnicas utilizadas:
1. Terapia de espelhos: utilizada
em pacientes que tenham
repercussões de um lado
do corpo. Executam a tarefa
com o lado saudável, olhando
para um espelho que está
próximo a sua linha média
(logo, do outro lado ele vê os
dois braços se movimentando -
EX.).
Desuso aprendido devido a lesão,
por isso, a terapia de espelhos pode
ser tão importante.
2. Prática mental ou
imaginação: Indivíduo
imagina o ato motor.
3. Observação da ação:
indivíduo assiste vídeos do
movimento específico, depois
disso ele tenta executar, volta
a assistir, volta a executar…
Cada vez mais a estudos sobre e,
consequentemente, um crescente
nível de evidência.
Prática de orientação versus
descoberta
★ Não realizada muito em prática
clínica.
★ O indivíduo pode aprender a
atividade sozinho, à medida
que que ele executa, ou o
aprendizado pode ser
orientado através de
feedbacks.
★ Geralmente o orientado é
utilizado.
Aspectos relacionados à recuperação
da função
★ Função.
★ Recuperação.
★ Recuperação vs. compensação:
o ato motor raramente volta
100%, existem compensações.
★ Função poupada: capacidade
de recuperar algumas
funções, independente de
terapia ou não (ocorre em
alguns momentos, nosso papel
é potencializá-los).
★ Estágios de recuperação →
- espontâneo: aparecem de
forma espontânea,
potencializando (forçado).
Fatores que afetam a recuperação
➔ idade;
➔ lesão;
➔ fatores neuroplásticos
pré-lesão;
➔ fatores pós lesão.
Memória
12/07/21
Memória: processo pelo qual
determinada informação é
codificada, armazenada e evocada.
Aprendizagem: Manifestação
comportamental de determinada
memória.
Tipos de memórias
★ Declarativas: Podem ser
declaradas.
Tipos:
Memória a longo prazo: Recordadas,
por dias, meses ou até anos após
terem sido originalmente
armazenadas.
Memória a curto prazo: São
vulneráveis, por exemplo, essa
memória pode ser apagada por um
trauma na cabeça.
Memória de trabalho: São limitadas
de forma aguda em sua capacidade e
requerem ensaio. Diz-se
frequentemente que a memória de
trabalho é aquela informação que
retemos na mente.
★ Não declarativas: Relação
com aprendizado MOTOR.
Condicionamento clássico,
respostas emocionais,
aprendizado motor
(memória procedural):
Memória procedural
- Principal tipo de memória não
declarativa.
- Envolve aprendizado de uma
resposta motora a uma
entrada sensorial.
Existem subdivisões:
➔ Aprendizado não associativo:
Mudança na resposta
comportamental que ocorre ao
longo do tempo em resposta a um
único tipo de estímulo.
Existem 2 tipos.
- Habituação: toda vez que é
dado um estímulo sensorial, na
primeira vez ele é bastante
percebido, ao decorrer do
tempo o intuito é essa
percepção diminuir (menor
número de estímulos) devido o
processo de habituação.
- Sensitização: Pacientes
alogênicos (sensibilidade
exacerbada) o mecanismo de
resposta é maior.
➔ Aprendizado associativo
O comportamento é alterado pela
formação de associações entre
eventos, isso contrasta com a
resposta alterada a um único estímulo
no aprendizado não associativo.
Existem 2 tipos básicos:
- Condicionamento clássico:
Associar um estímulo a um
acontecimento.
EX. após o sinal vem a comida, por
isso o cachorro saliva ao sinal ser
tocado.
- Condicionamento operante:
Após realizar determinada
atividade algo vai acontecer.
EX. ratos treinados a usar uma
alavanca, pois sabem que a puxarem
receberão alimento.
Continuação 19/07/21.
# Etapas para formação de
uma memória declarativa #
★ Aquisição: No momento que a
memória está sendo formada
(durante o estímulo ou
exposição).
- Intimamente relacionada com
nível de atenção
- Ambientes com perturbações
atrapalham a aquisição.
- Estrutura cortical envolvida:
córtex pré-frontal.
★ Consolidação: Ocorre algumas
horas depois.
- Relacionada a quão marcante
o evento (memória) foi.
- Emoções fortes produzemmemórias intensas e
duradouras.
- Final da copa de 2002 vs. Um
dia antes da final da copa de
2002.
- Estrutura encefálica envolvida:
hipocampo.
- Fatores emocionais irão levar
a uma melhor consolidação.
- 6 - 12 horas para estar
completa.
- Depende do sono para melhor
execução.
★ Armazenamento: Ocorre em
dias ou meses.
★ Evocação: Lembrança da
memória específica.
- Mais facilmente observada em
seu contexto original.
- Fatores contextuais podem
gerar evocação de memórias
específicas (cheiro, ambiente,
formas, pistas visuais…).
★ Reconsolidação: Memórias
evocadas podem estar sujeitas
a nova consolidação.
- Estrutura envolvida
hipocampo.
- Reconsolidação ou extinção.
- Se a informação for
necessária há necessidade de
reconsolidação.
- A reconsolidação permite a
incorporação de novas
informações a memórias já
existentes, INCLUSIVE,
quando as informações estão
erradas.
AMNÉSIA
➔ Amnésia retrógrada:
Caracterizada por perda de
memórias e eventos que
ocorrem antes do trauma,
você esquece coisas que você
já sabia.
➔ Amnésia anterógrada:
Incapacidade de formar
novas memórias após um
trauma. Pode ser transitória em
alguns casos.
PACIENTE H.M
➔ Acidente de bicicleta aos
9 anos.
➔ Crises epilépticas
intratáveis.
➔ Remoção dos lobos
parietais → perda
completa de formar
novas memórias e
retenção de já
formadas.
➔ Caso ajudou a
compreender a formação
de novas memórias e
que é independente da
evocação de memórias.
# Algumas estruturas
anatômicas e memória #
Memória de trabalho espacial é a
que nos permite nos orientar por
caminhos e afins.
→ O HIPOCAMPO tem papel
importante.
Memórias de cunho afetivo e viés
emocional são armazenadas ou
envolvem estrutura anatômica
específica, as AMÍGDALAS.
# Consolidando memórias e
retendo engramas #
Formação de redes neuronais.
Novas sinapses e enfraquecimento
de umas decorrente do
fortalecimento de outras, devido a
falta de prática de determinada tarefa.
Restrições do controle motor:
como alterações neurológicas
o afetam
19/07/21
Lesões mais recorrentes no SN:
- Lesão NMS (neurônio motor
superior).
- Lesão NMI (neurônio motor
inferior).
- Lesão cerebelar.
- Lesão em núcleo da base.
Qual a diferença de plegia e
paresia?
Paresia - aparelho muscular não
reage bem a sua ação. Consegue
realizar movimentos, mas não é sua
melhor performance.
Os aspectos neurais da produção da
força refletem:
1. O número de unidades
motoras recrutadas;
2. O tipo de unidades
recrutadas;
3. Frequência de disparo.
Fraqueza é definida como uma incapacidade
de gerar níveis normais de força.
Tratamento da fraqueza muscular
- Biofeedback;
- FES;
- Treinamento Bimanual.
Anormalidades de tônus muscular
★ Hipertonia: Espasticidade
(lesão em córtex motor) vs.
Rigidez.
★ Hipotonia.
★ “Flutuação” de tônus (ocorre
geralmente com pacientes com
lesão nos núcleos da base).
Paresia ou plegia - segmento que
não se move no espaço.
Controle Motor
26/07/21
# Controle ESPINALdo
Movimento #
O neurônio motor inferior é
localizado no corno ventral da
medula espinal e comandará
diretamente a contração muscular.
Neurônios motores Alfa: são
neurônios motores inferiores da ME e
podem ser divididos em 2 categorias:
Alfa e Gama.
➔ O neurônio motor alfa irá ser
responsável pela geração de
força pelo músculo.
➔ O neurônio motor alfa + as
fibras musculares por ele
inervada = UNIDADE
MOTORA.
Como o neurônio motor alfa
controla e/ou grada a contração
muscular?
★ Variando a taxa de disparo
dos neurônios motores;
★ Recrutamento de unidades
motoras sinérgicas adicionais.
Entradas dos neurônios motores
alfa:
1. Células ganglionares da raiz
dorsal (fuso muscular);
- Propriocepção dos fusos
musculares;
- Reflexo de estiramento (reflexo
miotático).
- Propriocepção dos órgãos
tendinosos de Golgi: monitora
a tensão muscular ou a força de
contração;
2. Neurônios motores
superiores (presente no
CÓRTEX motor, devido o
DESEJO DE MOVIMENTO/
ordem motora superior);
3. Interneurônios da medula
espinhal (inibem e excitam
neurônio motor inf.).
- Entrada inibitória → inibição
recíproca (contração de
agonista e inibição de
antagonista pelo o
interneurônio inibitório).
- Entrada excitatória:
→ reflexo de retirada: interneurônio
excitatório para contração muscular
para o reflexo de retirada.
→ reflexo extensor cruzado: ao fazer
o reflexo de retirada, a descarga de
peso do lado oposto vai aumentar,
por isso e extensão do lado oposto
deve aumentar, ação realizada
através de um interneurônio.
TAIS REFLEXOS ACONTECEM A
NÍVEL MEDULAR, sem intervenção
do encéfalo.
# Geradores de Programas
motores espinais para a
locomoção #
★ Reflexo de retirada e
extensão vs. marcha. →
INTERNEURONIOS, realizar
de uma maneira mais
automática, sem pensar ou
racionalizar.
★ Geradores centrais de padrão -
atividades rítmicas;
ex. caminhada, corrida,
natação…
Treinamento Locomotor e
os GCP
➔ Uso de esteira
ergométrica;
➔ Exercício treina e
exercita os geradores
de programas motores
espinais, que são um
grupo de neurônios na
medula importantes
para a marcha.
# Controle ENCEFÁLICO do
movimento #
!Coexistência do controle encefálico e
medular!
Vias espinais descendentes
➔ Trato corticoespinal;
➔ Trato rubroespinal;
➔ Trato reticuloespinal bulbar;
➔ Trato reticuloespinal pontino;
➔ Trator vestibuloespinais;
➔ Trato tectoespinal.
VIAS LATERAIS
➔ Via córtico-espinal: Originado
no neocórtex, é a mais longa e
uma das maiores vias do
SNC;
- Comumente lesada;
- ⅔ dos axônios desse trato
tem origem nas áreas 4 e 6 do
lobo frontal (córtex motor);
- A maioria dos axônios
remanescentes (os outros
neurônios) deriva de áreas
somatossensoriais.
➔ Via rubro-espinal: se origina
no núcleo mesencefálico
- A principal fonte de aferências
do núcleo rubro é o córtex
frontal;
➔ Via vestíbulo-espinal:
mantém o equilíbrio da
cabeça sobre os ombros à
medida que o corpo se move
pelo espaço e movem a
cabeça em resposta a novos
estímulos sensoriais.
- Controle da musculatura do
pescoço e das costas para
guiar movimentos da cabeça;
- Manutenção de olhos estáveis
mesmo em movimento;
- Auxilia na manutenção da
postura e equilíbrio.
➔ Via tecto-espinal: se origina no
colículo superior do
mesencéfalo - recebendo
referências diretas da retina;
➔ Vias retículo-espinais pontina
e bulbar: participação
importante no controle
postural;
PONTINA
- origem na formação reticular;
- aumenta os reflexos
antigravitacionais da medula.
BULBAR
- origem na formação reticular;
- libera os músculos
antigravitacionais do controle
reflexo.
O planejamento do movimento
pelo córtex cerebral
No córtex determinadas regiões estão
responsáveis por certas partes do
nosso corpo, como o homúnculo
sensorial. Maior região para as mãos
do que para o cotovelo, por exemplo.
Os núcleos da base
➔ Núcleo caudado, putamen,
globo pálido, núcleo
subtalâmico e substância nigra.
➔ Putâmen + caudado = estriado.
➔ Os núcleos da base enviam
aferências para a área 6 e
também são alvo do córtex
frontal, pré-frontal e parietal.
A alça motora dos núcleos da
base
Modulação de movimento
Via direta
Globo pálido interno tem o papel de
inibir o tálamo, na via direta o globo
pálido interno é INIBIDO.
córtex - estriado (putamen e caudado)
- inibição do globo pálido interno
inibido - excitações chegam ao tálamo
- LIBERAÇÃO DE MOVIMENTO
Via indireta
excitação do córtex - estriado - excitar
globo pálido externo que inibe o pálido
interno, mas o núcleo subtalâmico
também estará EXERCITANDO O
PÁLIDO INTERNO - o que propicia a
inibição do tálamo
Fora que a substância nigra, a D2
pode inibir o núcleo estriado.
O cerebelo
➔ Tem papel de coletar
informações em relação ao
movimento;
➔ Refinação de movimentos →
refinação e ajuste de
execução;
➔ Alça para retroalimentação do
movimento;
Restrições no controle
Motor: Uma Revisão dos
comprometimentos
neurológicos
Lesões mais recorrentes no SN
★ Lesão NMS;
★ Lesão NMI;
★ Lesões cerebelares;
★ Lesões em núcleos da base.
Fraqueza Motora (Paresia)
Os aspectos neurais da produção de
força refletem:
1. O número de unidadesmotoras
recrutadas
2. O tipo de unidades motoras
recrutadas
3. Frequência de disparo
Fraqueza é definida como uma
incapacidade de gerar níveis
normais de força.
# Paresia vs. paralisia/plegia #
Paresia ou plegia temporária:
O indivíduo consegue movimentar
(com dificuldade) o
segmento, mas não em sua
totalidade. Ocorre devido à LESÃO
DE NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR.
Paralisia/plegia:
Paciente não realiza mais
movimento. Pode ocorrer em LESÃO
DO NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR,
mas é muito MAIS COMUM NO
INFERIOR.
Anormalidade de Tônus
muscular
➔ Hipertonia: espasticidade vs.
rigidez (ocorre geralmente em
pacientes com lesão nos
núcleos da base);
➔ Hipotonia;
➔ “Flutuação” de tônus.
A flacidez vai ocorrer quando
houver ruptura total do nervo
periférico, o grupo muscular não
responde de forma alguma.
Em casos de AVC também há
flacidez, devido a edemaciação
encefálica, a medida em que o
edema cessa, começa a
espasticidade.
HIPERTONIA ELÁSTICA →
espasticidade.
- Lesão em córtex motor ou em
axônios que estão indo para a
medula.
- Não se modifica - sempre
elástica.
- Sinal de canivete: Resistência
no início do movimento e
depois vai cedendo - devido
ao funcionamento exacerbado
do reflexo miotático (fuso).
HIPERTONIA PLÁSTICA → rigidez.
- Não muda, o que pode
acontecer é se tornar mais ou
menos rígida.
- Sinal da roda dentada (pois
não cede, é rígida em toda a
amplitude de movimento de
forma uniforme.
CONTINUAÇÃO 02/08/21.
➔ Fuso neuromuscular - aumento
do grau de tensão muscular
(previne lesões por
estiramento);
➔ Fuso não possui apenas a
função de proteção;
ESPASTICIDADE- resistência do
músculo ao
alongamento/movimento
passivo, que é velocidade
dependente. Tem sido atribuído a
respostas hiperexcitáveis do reflexo
de estiramento.
O alongamento passivo em
pacientes com hipertonia pode
gerar o reflexo de estiramento e
contrair o músculo, por isso, o mais
recomendado é o alongamento
ativo, que diminui esse reflexo.
Quais as repercussões
negativas da espasticidade?
Limitação de ADM → limitação de
função motora.
Será que a espasticidade é
sempre maléfica ao paciente?
Ela pode ser maléfica e benéfica.
MALÉFICA
➔ Limitação de ADM →
limitação de função motora.
➔ Afeta qualidade de marcha ou
locomoção;
➔ Gera posturas dissimétricas e
promove deformidade;
➔ Afeta cuidados pessoais e
higiene.
BENÉFICA
➔ Ajuda em funções;
➔ Ajuda nas transferências de
posições;
➔ Auxilia na ativação muscular;
➔ Permite algum esvaziamento
da bexiga;
➔ Mantém a incontinência
vesical.
Quando iremos intervir na
espasticidade?
Função, cuidados,
deformidades ortopédicas e
dor.
Avaliação de tônus muscular
anormal:
★ Algumas lesões podem ter
espasticidade global (em
todos os segmentos), mas é
RARO.
★ Lesão em todo o corpo: lesão
bastante extensa em todo o
córtex motor.
★ Em membro superior, em
relação a espasticidade, é o
bíceps. Além de flexores de
cotovelo, punho e dedos.
Ombro aduzido, antebraço pronado, cotovelo
e punho fletidos. Pode ocorrer deformidades,
principalmente do polegar.
Se temos um grupo muscular com
aumento de tônus, consequentemente
esse grupo muscular não vai fazer
uma ADM adequada, se isso acontece
ocorre a seguinte situação: se um
determinado músculo não trabalha
em um arco total disponível a ele, o
mesmo terá fraqueza muscular.
Geralmente os músculos
espásticos são fracos,
principalmente em relação a músculos
saudáveis.
TRATAMENTO do tônus muscular
anormal:
➔ Tratamento farmacológico;
➔ Tratamento cirúrgico;
➔ Tratamento físico (envolve
questões da fisio).
Problemas de
coordenação
A essência da coordenação é a
sequência, a cronometragem e a
graduação da ativação de múltiplos
grupos musculares.
Coordenação é a possibilidade de
mover segmentos de forma
coordenada. É possível fazer isso em
um tempo adequado/normal, ou não.
Dificuldade na graduação da
ativação de múltiplos grupos
musculares, exemplo: flexores mais
ativos que extensores - dificuldade
em graduar ativação e maior
dificuldade em chegar no alvo.
SINERGIAS ANORMAIS
Padrões de movimentos que não
podem ser modificados ou
adaptados às mudanças na tarefa
ou as exigências do ambiente.
- Ativação mais
exacerbante em alguns
grupamentos
musculares.
COATIVAÇÃO
Ativação agonista e antagonista
simultaneamente. Coordenação
interarticular comprometida.
Problemas de coordenação
★ Problemas ao iniciar o
movimento - BRADICINESIA;
- O tempo de reação é o tempo
entre a decisão do paciente em
se mover e a iniciação do
movimento em si.
Fatores neuromusculares que
afetam o início do movimento:
1. Geração de força inadequada;
2. Diminuição da quantidade de
força gerada;
3. Amplitude de movimento
insuficiente para permitir o
movimento;
4. Motivação reduzida para se
movimentar;
5. Controle postural anormal,
especificamente a incapacidade
de estabilizar o corpo antes de
movimentos potencialmente
desestabilizadores.
★ Tempo de movimento
lentificado
★ Problemas para finalizar o
movimento
- MOVIMENTOS
INVOLUNTÁRIOS: A
dificuldade em terminar um
movimento pode se
manifestar como uma
incapacidade de cessar um
movimento, e também como a
incapacidade de modificar a
sua direção. Muito associado a
lesões e patologias do
CEREBELO.
DISTONIA: síndrome dominada por
contrações musculares mantidas,
frequentemente causando
movimentos em torção e repetitivos
de posturas anormais.
Distonia focal ou segmentar.
MOVIMENTOS ASSOCIADOS:
caracterizados por movimentos não
intencionais de um membro durante
o movimento voluntário de outro
membro.
- (EX) TREMOR; definido como
movimento rítmico, involuntário
e oscilatório de uma parte do
corpo.
Tremor de repouso vs. tremor de
ação
- Movimentos
coreiformes/atetóides:
movimentos involuntários,
rápidos, irregulares e
espasmódicos que resultam
das lesões do gânglios da
base.
A atetose consiste em movimentos
involuntários lentos em torção ou em
espasmos, que envolvem em geral os
membros superiores mais do que os
inferiores, entretanto, também podem
envolver o pescoço, a face e a
língua.
COMPROMETIMENTOS
MUSCULOESQUELÉTICOS
SECUNDÁRIOS
➔ atrofia muscular
➔ diminuição de força e
extensibilidade
➔ diminuição de densidade óssea
➔ encurtamentos musculares
➔ deformidades articulares
COMPROMETIMENTOS
PERCEPTUAIS
★ Distúrbio de esquema:
percepção diferente das
partes do corpo e suas
relações umas com as outras e
o ambiente.
★ Negligência unilateral:
também referida como
hemidesatenção e negligência
hemiespacial, é a
incapacidade de perceber e
integrar estímulos em um
lado do corpo.
★ Apraxia: incapacidade de
executar movimentos com
propósitos na presença de
sensação, movimento e
coordenação intacta.
Controle postural
normal e aspectos
gerais relacionados ao
seu desenvolvimento e
modificações geradas
pelo envelhecimento
02/08/21.
Para que determinados movimentos
ocorram, posturas específicas devem
ser adquiridas.
As posturas são as bases dos
movimentos.
Controle postural: envolve controlar
a posição do corpo no espaço com
propósitos duplos de estabilidade e
orientação.
Orientação postural: habilidade de
manter relação adequada entre os
segmentos corporais e entre o
corpo e o meio ambiente da tarefa,
independente das situações impostas
durante a tarefa.
Estabilidade corporal: Referida
comumente também como equilíbrio.
É a habilidade de controlar o centro
de massa em relação a base de
sustentação.
➔ A projeção vertical do CM é
frequentemente definida como
o centro de gravidade (CG). A
base de sustentação (BS) é
definida como a área do corpo
que está em contato com a
superfície de apoio.
➔ O centro de pressão (PS) é o
centro de distribuição da força
total aplicada à superfície de
apoio. Ele se move
continuamente em volta do CM
para mantê-lo dentro da base
de sustentação.
# Requisitos do controle
postural que variam com a
tarefa e o ambiente #
Enquanto o controle postural é um
requisito comum para a maioria das
atividades, as exigências de
estabilidade e orientação se
modificam a cada tarefa.
O goleiro tem que mudar seu controle
postural, assumir uma nova posição para
cumprir a tarefa.# Controle motor normal e
aspectos gerais relacionados
ao seu envelhecimento e
modificações geradas pelo
envelhecimento #
16/08/21
Requisitos do controle postural
que variam com a tarefa
➔ Na marcha e outras
atividades dinâmicas o CG
não permanece dentro da
base de suporte e sustentação
dos pés e, portanto, o corpo
está em um estado constante
desequilíbrio.
➔ Os requisitos de estabilidade e
orientação específicos variam
de acordo com a tarefa e
ambiente.
➔ Logo, as estratégias de
percepção/ação utilizadas para
se obter o controle postural
devem se adaptar à tarefa e às
exigências do ambiente.
Definindo sistemas para o
controle postural...
➔ Estabilidade postural ou
equilíbrio, é definido como a
habilidade de manter o CM
projetados dentro do limite
da BS e referida como limites
de estabilidade.
➔ O sistema de ação que
fundamenta o controle da
postura inclui sistemas
envolvidos no planejamento de
nível superior (córtex frontal e
motor), na coordenação
(tronco cerebral e redes
espinais que coordenam a
sinergia de resposta muc.) e na
geração (neurônios motores e
músculos) de forças que
produzem movimentos efetivos
no controle de posição corporal
no espaço.
Posição e velocidade do CM
➔ Movimentos rápidos
costumam gerar maior
instabilidade do que os
lentos, gradativamente.
➔ < Velocidade - chega mais
rápido ao limite de estabilidade
➔ Paciente em estágio de
reabilitação o paciente ainda
está muito instável, por isso,
progredir de forma lenta com
os exercícios.
2 fatores influenciam diretamente
no ortostatismo imóvel…
1. Alinhamento corporal
2. Tônus muscular
- Rigidez muscular intrínseca;
- Tônus muscular de base;
- Ativação dos músculos
antigravitacionais.
Estratégias de movimento
durante o ortostatismo imóvel
CONTROLE DE FEEDBACK:
Controle que ocorre em resposta ao
feedback sensorial.
ou
CONTROLE DE ANTECIPAÇÃO:
Respostas posturais que são feitas em
antecipação aos movimentos
voluntários, potencialmente
desestabilizadores, a fim de manter
estabilidade durante o movimento.
ESTABILIDADE anteroposterior:
papel das sinergias.
Adaptando estratégias motoras...
O controle postural em condições de
mudança de tarefa e do ambiente
requer a modificação do movimento
ao manter estabilidade em resposta
às novas demandas. Adaptação é o
termo que reflete a capacidade de
modificar o comportamento em
resposta às exigências de uma nova
tarefa.
SNC - Ativação sinérgica muscular
em articulações específicas frente à
mudança de CG.
braços abertos - ativação do rombóide
Sentidos que contribuem para o
controle postural...
➔ Normalmente, os estímulos
periféricos dos sistema visual,
somatosensorial (receptores
proprioceptivos, cutâneos e
articulares) e vestibular estão
disponíveis para detectar a
posição e a movimentação do
corpo no espaço, em relação
à gravidade e ao ambiente.
➔ A retirada ou ausência de um
desses sentidos pode
influenciar no controle
postural.
Controle postural antecipatório
➔ Indivíduos respondem
excessivamente quando é
esperada uma perturbação
maior que é recebida e
respondem insuficientemente
quando esperada uma maior.
➔ Praticar tarefas que requerem
atividade postural antecipatória
pode aumentar a eficiência
desse componente de
controle postural com o
tempo.
Desenvolvimento do controle
postural: Embora diversas pesquisas
estejam contrárias a ideia de que o
desenvolvimento motor no sentido
craniocaudal, o desenvolvimento do
controle postural parece seguir
nesse sentido.
Envelhecimento e controle postural
Diminuição da função neuronal pelo
envelhecimento. Existe um limiar
específico em que se tem diversas
patologias que afetam na função
neuronal.
Modificação desses sistemas levam
a modificações posturais
importantes.
Fatores primário e secundários
relacionados ao envelhecimento
HETEROGENEIDADE DO
ENVELHECIMENTO - idosos
envelhecem de formas diferentes ao
passar do tempo.
Indicadores comportamentais de
instabilidade
Fatores relacionados a quedas em
idosos: Fraqueza muscular, histórico
de quedas, déficit na marcha, déficit
no equilíbrio, uso de um auxílio
externo, déficits visuais, artrite, AVD
comprometida, depressão,
comprometimento cognitivo e idade
(<80 anos).
Mudanças relacionadas à idade
nos sistemas de controle
postural
➔ FORÇA MUSCULAR: A força
ou sua quantidade dos MMII
pode ser reduzida em até 40%
entre os 30 e 80 anos de
idade.
➔ RESISTÊNCIA MUSCULAR:
Diminuição da resistência
muscular com o avançar da
idade.
➔ ADM: Diminuição da
mobilidade da coluna. Pode
estar associada a outras
mudanças no alinhamento
postural, incluindo mudança
compensatória no
deslocamento vertical do CM
para trás em direção aos
calcanhares.
➔ Diminuição de ADM do
tornozelo.
Compensações devido às alterações…
Sistema Neuromuscular
➔ Deterioração dos sistemas
visual, vestibular e
somatossensorial.
➔ Déficit cognitivo.
Alcance, preensão e
manipulação normais
23/08/21
A função do MMSS NÃO está apenas
relacionada com atividades de
motricidade fina, assim como outras
habilidades motoras, o controle
motor dos MMSS está envolvido em
3 aspectos básicos: PESSOA,
ENVOLVIMENTO e ATIVIDADE.
Elementos chaves para o
controle das habilidades de
alcance, preensão e
manipulação do MMSS:
1. LOCALIZAÇÃO DE UM ALVO
- Movimentos Olhos-Cabeça;
➔ A fim de alcançar um objeto
com êxito, devemos
inicialmente localizá-lo no
espaço.
➔ Movimentos dos olhos - campo
visual central. Inicialmente
treinar com o paciente com o
objeto em seu campo visual.
➔ Movimentos dos olhos e
cabeça/tronco - campo visual
periférico (coordenação
periférica).
2. ALCANCE - Transporte da mão
e braço no espaço;
3. PREENSÃO - Formação de
preensão, inclui o pegar e
soltar;
4. HABILIDADE
MANIPULADORAS MANUAIS.
O controle de movimento de
antecipação (feedforward) vs.
feedback: O feedforward leva
vantagem da experiência anterior para
prever as consequências da
informação sensorial que é percebida.
Características
comportamentais do alcance
e da preensão
A velocidade, o controle dos
movimentos do braço muda
dependendo do objetivo da tarefa.
➔ Realizar o treinamento dos
dois tipos de alcance com os
pacientes.
➔ Movimentos mais refinados
requerem uma velocidade
menor.
Sistemas que contribuem
para o alcance e a preensão
Informação recebida pelo
sistema visual irá ser integrada nos
lobos parietal e temporal (áreas de
percepção e integração de inf.
sensoriais).
Após isso, a informação é
passada para os centros superiores do
movimento.
A intenção e plano de
movimento é formado e passado para
os efetores.
O cerebelo e os núcleos da
base terão papel fundamental no
refinamento do movimento.
➔ O feedback sensorial é
fundamental para que o
paciente consiga executar o
movimento com precisão e
eficiência (visual,
proprioceptivo,
somatossensorial).
➔ O feedback somatossensorial
impedirá parcialmente o
refinamento do moviennto (ex.
objeto escorregadio);
➔ O feedback visual é relacionado
com a precisão fina!
E se o córtex for lesionado?
➔ ALCANCES
CONTROLADOS
VISUALMENTE
ULTRAPASSANDO A
LINHA MÉDIA
(eficiência do alcance e
preensão do lado
ipsilateral (mais fácil) vs.
contralateral).
➔ SISTEMAS MOTORES
DISTINTOS PARA
ALCANCE E
PREENSÃO
- trato córtico espinal (preensão e
controle fino);
- trato rubro espinhal (músculos
proximais relacionados com o
alcance).
➔ CONTRIBUIÇÕES
MUSCULOSQUELÉTICAS:
integridade dos elementos e
características básicas do
sistema músculo esquelético
durante o movimento.
➔ Problema na raiz do segmento
irá refletir em imprecisão ou
alterações na execução da
preensão ou alcance.
Preensão
➔ Os padrões de preensão variam
em função da localização do
tamanho e do formato do objeto
a ser pego.
➔ Os movimentos de preensão
humana podem ser divididos
em; preensão de força ou
precisão.
➔ O formato do objeto pode ter
influência no tipo de preensão
Preensão de força:
➔ Forças direcionadas para a
palma da mão;
➔ “Gancho”;
Preensão de precisão:
As forças são direcionadas entre o
polegar e os dedos;
Princípios gerais do controle
neural do alcance de
preensão
As 2 preensões são utilizadas demodos muito diferentes nas
habilidades de manipulação; a
preensão de precisão permite
movimentos do objeto em relação a
mão e dentro da mão, enquanto a
preensão de força não permite.
Alcance preensão e
manipulação anormais
Os problemas que afetam a
localização do alvo e a estabilização
do olhar incluem: (a) interrupção dos
movimentos impulsionados
visualmente pela lesão dentro do
sistema oculomotor; (b) lesão no
sistema vestibular; (c) incapacidade
de adaptar o reflexo vestíbuloocular
as mudanças nas exigências da
tarefa em decorrência de lesão
cerebral.
PROBLEMAS MOTORES
➔ Problemas de
cronometragem (tempo)
- Pacientes com AVE têm menor
velocidade e gastam mais
tempo em realizar um alcance;
- Crianças com Paralisia
Cerebral (PC);
- Pacientes com Parkinson.
Sinergias anormais
“Padrões fixos de movimentos que
envolvem o membro por inteiro,
com a incapacidade de isolar
movimentos fora do padrão de
sinergia, muito comum em pacientes
com ave.”
Espasticidade
➔ Hiperexcitabilidade do reflexo
de estiramento
➔ Alguns autores afirmam ser um
dos principais fatores
limitantes para a diminuição
da velocidade do alcance.
➔ Outros autores ressaltam a
fraqueza muscular como fator
primordial.
Problemas sensoriais
A lesão encefálica não
necessariamente é espelhada, a
lesão do lado E pode causar uma
repercussão e a do lado D outra,
apesar de anatomicamente a
estruturas serem bem semelhantes.
Efeito dos déficits visuais no
alcance visualmente orientado
Lesões em qualquer um dos
hemisférios no córtex parietal
posterior (CENTRO DE
INTEGRAÇÃO
SOMATOSSENSORIAL) poderão
gerar comprometimento olho-mão
importante ou ataxia óptica
Ataxia óptica: incapacidade de
alcançar objetos no espaço
extrapessoal, na ausência de déficits
motos, visual ou somatosensorial
extensivos.
A. Mão normal
B. B. Mão afetada, com feedback
visual
C. Mão afetada, sem feedback
visual
Mas será que o estímulo
somatossensorial é essencial
para os movimentos de
alcance?
É importante, mas o indivíduo
consegue se adaptar.
➔ Neuropatia sensorial periférica
➔ O feedback cinestésico não é
necessário para iniciação e
execução do alcance MAS é
importante para o alcance
preciso envolvendo múltiplas
articulações.
Problemas com preensão
➔ Crianças com 2 anos PC hemi;
sem/com patologia
PC hemi (5 anos). Dedo indicador sempre
em extensão na criança com PC.
Apraxia
Leão no hemisfério E podem
causar APRAXIA. É uma disfunção
de execução de movimento que não
pode ser associada a fraqueza,
incoordenação ou a perda
somatossensorial, à compreensão
ruim da linguagem ou a desatenção
dos comandos
➔ Apraxia ideacional (lesão lobo
frontal): O indivíduo tem
dificuldade em compreender
a ação do objeto. EX. se for
pedido ao paciente que fume
um cigarro, pode-se observar
que irá acender o fósforo com o
cigarro, ou que leva o cigarro
aos lábios e fuma sem tê-lo
acendido).
➔ Apraxia ideomotora: Ocorre
geralmente em lesão de córtex
parietal posterior. Distúrbio
na realização de gestos
simples ou simbólicos, sem a
utilização de objetos. Embora o
paciente saiba o que fazer, ele
é incapaz de fazê-lo com
intenção, mas pode
executá-los automaticamente
(ex. Ordena-se que o paciente
faça sinal da cruz, ele não o
faz, mas realiza-o
automaticamente ao entrar em
uma igreja).
Como essas alterações de
alcance e preensão irão se
manifestar nas diferentes
lesões do SN?
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
(AVE)
● O tipo de problema irá
depender da localização e
extensão da lesão;
● Diminuição da velocidade do
movimento e pela falta de
harmonia e coordenação da
trajetória do movimento.
● Flutuações acentuadas na força
durante a preensão (as vezes
pega de forma forte ou fraca).
● Síndrome dolorosa regional
(“ombro congelado”).
DOENÇA DE PARKINSON
● Bradicinesia;
● Comprometimentos no alcance
e na preensão provavelmente
serão dependentes da tarefa
● Poderá ter dificuldade em
soltar objetos por conta da
rigidez;
● Existem alguns medicamentos
que pode facilitar em relação ao
alcance;
LESÃO CEREBELAR ATÁXICA
TRAUMÁTICA
● Dismetria, erros na
direção, na amplitude,
na velocidade e na
força do movimento.
● Movimentação muito
rápida ou muito lenta
no alcance pode interferir
no alcance do alvo.
● No alcance de objetos
móveis, o paciente
poderá ser capaz de
acompanhar a
velocidade do alvo.
PARALISIA CEREBRAL - PC
● Gravidade da paresia, extensão
da perda sensorial, grau de
espasticidade e presença de
movimentos distônicos;
● Tempos de movimentos
maiores;
● Formação antecipatória
deficiente da pegada durante o
alcance com o braço afetado.
● Forças de preensão e de
carga que serão
incoordenadas, força
excessiva de preensão
quando levantar um objeto
para compensar o controle
motor.

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