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Aula 06 - Vasodilatadores

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1 
 
FARMACOLOGIA 
Vasodilatadores 
Na aula de hoje, vamos ver fármacos que diminuem a resistência vascular 
periférica (RV) e outros que diminuem o DC. 
Entre os vasodilatadores, você tem fármacos que agem mais no leito venoso ou 
mais no leito arterial, claro que alguns exclusivos de ação arterial como o minoxidil e não 
iremos ver. Vamos ver os com ação cardiovascular, como o sildenafil. Alguns 
vasodilatadores de um mesmo grupo tem variação de ação, por exemplo, no grupo dos 
nitratos, o nitroprussiato tem ação venosa e arterial, tem a nitroglicerina que tem mais 
ação venosa que arterial. Então, dependendo se você faz vasodilatação venosa ou 
arterial você pode diminuir pré-carga ou pós-carga. Alguns agem nos dois leitos, como os 
antagonistas-alfa1 que bloqueiam receptores alfa1 nos dois leitos, fazendo vasodilatação. 
Metildopa (ação central): Agonista alfa-2 no pré-sináptico, diminuindo liberação de 
neurotransmissor simpático. 
Para os vasodilatadores, a ação é inicial, pois há resposta do corpo ativando centro 
vasomotor (simpático > inotrópico e cronotrópico positivo) e SRAA. Angiotensina II é 
potente vasoconstritor e aumenta volume sanguíneo. Por isso, uso de vasodilatador é 
associado com outros fármacos. 
Quando você faz vasodilatação, além de diminuir a RV, você contribui para facilitar 
a passagem de sangue em determinada região que estava obstruída, ajudando a 
melhorar a irrigação de determinados órgãos, e ajudam a diminuir a PA. 
 
Quando estamos usando vasodilatadores e a PA cai, nosso organismo vai lançar 
mão de mecanismos para elevar essa PA. Entre esses mecanismos está a liberação de 
renina. Essa renina, liberada pelas células do aparelho justaglomerular, vai clivar a 
molécula de angiotensinogênio produzindo angiotensina I, que por ação da ECA vai 
ser clivada originando a angiotensina II, que é uma substância hipertensora muito 
potente. 
Então, sempre que tem uma queda significativa da PA, a gente ativa esse sistema. 
A angiotensina II tem duas ações principais: uma é a vasoconstrição direta e a outra é a 
liberação de aldosterona pelo córtex da adrenal. A aldosterona age no ducto coletor, no 
trocador de sódio, reabsorvendo sódio e consequentemente água. Isso aumenta o volume 
sanguíneo, aumentando a PA. Além disso a aldosterona tem outras ações. 
2 
 
Outra coisa que o nosso organismo vai fazer na queda da PA é ativar o SNA 
simpático, que libera adrenalina a noradrenalina. Elas tem ação vasoconstritora potente 
e agem sobre o coração aumentando FC, força de contração, propagação dos impulsos 
nervosos e, consequentemente, aumentando o DC, que resulta em aumento da PA. Por 
isso que se você faz somente vasodilatação, o organismo vai achar um jeito de 
compensar a vasodilatação: ou revertendo a vasodilatação ou lançando mão de outros 
mecanismos para a pressão arterial voltar a subir. Por isso que, muitas vezes, são 
necessários fármacos combinados para controle da hipertensão. E por isso também que o 
indivíduo começa o tratamento e tem aquela queda da PA, fica hipotenso e com o passar 
do tempo essa PA vai aumentando. 
Mostra associações possíveis para hipertensão. 
ANTAGONISTAS ANGIOTENSÍNICOS (IECA E BRA) 
Como a ação da angiotensina é muito disseminada no nosso corpo, se você 
bloqueia essa ação por algum mecanismo, você vai bloquear a vasoconstrição e a 
ativação do simpático. 
 
Receptor AT1: vasoconstrição (vaso), Retenção de sódio e líquido via secreção de 
aldosterona, leva a perda de potássio e H+ (iECA dá hipercalemia e acidose, cuidado com 
associação a poupador de potássio) (córtex da adrenal), age no TCP independente de 
aldosterona para também reabsorver sódio, crescimento celular (hiperplasia e hipertrofia 
de células cardíacas e arteriais) e ativação simpática (no sistema nervoso central, ativa o 
autônomo e aumentam a sede no hipotálamo). EFEITO MUITO AMPLO. 
Receptor AT2 tem certo efeito contrário. 
Vias alternativas da Angio II, alguns metabólitos podem produzem fragmento 
inativo ou se tornar angiotensina III, estimulando ação de aldosterona e ação do ADH 
(com alguns efeitos hipertensores); parte da angiotensina II vira angiotensina1-7, esse 
3 
 
tipo tem efeito leve de vasodilatadores, na inibição da formação de angio II, desvia rota 
para angiotensina 1-7, aumentando ainda mais o efeito dilatador. Como o BRA só inibe 
AT1, não tem esses outros efeitos. Além disso, ECA degrada bradicinina (vasodilatadora, 
algogenica), evitando uma substância vasodilatadora, que estimula fosfolipase A2, ac 
araquidônico, prostaglandinas (vasodilatador). Assim, IECA acumula bradicinica, que 
podem acumular nos cilios respiratorios com ação irritante, provocndo reflexo da tosse. 
 
Nós produzimos angiotensinogênio continuamente, ele não tem ação, ele vai ser 
transformado em uma substância ativa a partir da liberação de renina. Ela vai ser mais ou 
menos liberada dependendo de vários fatores como queda da PA, osmolaridade do 
plasma (hiperosmolar - mostra desidratação). 
A renina tem uma ação catalítica sobre o angiotensinogênio e vai transformá-lo 
em angiotensina I, que continua inativa. Você precisa de uma segunda etapa de 
transformação que é feita pela enzima conversora de angiotensina (ECA), que vai 
converter a angiotensina I em angiotensina II, que é uma forma ativa e vai agir nos vários 
receptores (AT1, AT2). O foco é o receptor AT1 que está presente em vários tecidos. 
Age no tecido vascular fazendo vasoconstrição, aumenta resistência periférica 
aumentando a PA. Age no rim – diretamente no túbulo contorcido proximal – ativando 
anidrase carbônica, aumentando a reabsorção de sódio e de água, age no ducto coletor 
também e age no córtex da adrenal, estimulando liberação de aldosterona que, por sua 
vez, vai agir no ducto coletor aumentando reabsorção de sódio e de água. Esses efeitos 
da angiotensina aumentam a volemia e o DC. 
Outra ação da angiotensina é sobre o crescimento celular, mais especificamente 
nos miócitos. Ela contribui para o remodelamento cardíaco, para a hipertrofia cardíaca. E 
ativação simpática: ela estimula SNA simpático. Isso causa hipertensão por meio da 
liberação de adrenalina e noradrenalina, que são hipertensores, tanto pela vasoconstrição 
em alfa1, tanto pelo aumento de FC e força de contração em beta1. 
A noradrenalina tem mais efeito hipertensor, devido a adrenalina estimular mais o 
beta2 que estão presentes nos pulmões e músculo esquelético e pelo fato de a adrenalina 
ser liberada na corrente sanguínea e se disseminar. A noradrenalina é liberada por 
terminações nervosas direcionadas para determinados alvos, próximo do coração e dos 
vasos, não tem ação sobre beta2. O estímulo de beta2 provoca vasodilatação, por isso 
que aumento de resistência vascular periférica acontece mais intensamente com 
noradrenalina porque ela vai estar estimulando só alfa1. 
Além disso, a angiotensina, se liberada em situações de hiperosmolaridade ativa o 
hipotálamo e aumenta a sede. 
Para isso, você tem os IECA, os bloqueadores dos receptores de angiotensina 
(BRA) e os inibidores diretos de renina (Alisquireno). 
IECA (-pril) 
Captopril 
(CAPOTEN, 
meia vida 
curta) 
Ramipril 
(TRIATEC) 
Benazepril 
(LOSETIN) 
Lisinopril 
(ZESTRIL) 
Fosinopril 
(MONOPRIL) 
4 
 
Enalapril 
(RENITEC, 
EUPRESSIN, 
menos efeito 
adverso e 
maior meia-
vida) 
 
Mecanismo de ação 
Inibem a ECA, essa enzima é muito semelhante estruturalmente a cininase II que 
degrada bradicinina. Então, ao inibir a ECA eles também inibem a degradação de 
bradicinina, que pode ter alguns efeitos adversos específicos. 
 
Ao inibir a ECA, eles vão ter todas aquelas ações de diminuir a ativação do 
simpático, diminuir aquele estímulo da sede pela angiotensina etc. Isso também vai 
interferir na regulação de eletrólitos, por conta da inibição da liberação de aldosterona. 
Então, a principal alteração que a aldosterona faz em termos de eletrólitosé o aumento 
da reabsorção de sódio e a perda de potássio. Assim, o indivíduo em uso de IECA tem 
risco de ter hipercalemia (inibição da perda de potássio). A hipercalemia e a hiponatremia 
vão ser mais evidentes com o uso conjunto de diuréticos. 
Usos clínicos (mesma indicação para o BRA) 
Hipertensos e hipertensos com: 
 Diabetes (diminui desenvolvimento de glomerulopatia diabética). Lembrando 
que a angiotensina tem ação de vasoconstrição, então você vai estar 
inibindo a vasoconstrição renal; 
 Hipertrofia ventricular esquerda, devido a remodelação cardíaca que não irá 
mais ocorrer; 
 Cardiopatia isquêmica; 
 Doença renal crônica. 
Os IECAs diminuem a resistência vascular periférica, mas também diminuem o 
débito cardíaco (devido diminuição do remodelamento cardíaco, diminuição da volemia e 
da ativação simpática). 
5 
 
Diferença maior entre ieca e bra, é que ieca aumenta efeito vasodilatador de 
bradicinica e aumenta angio1-7. Como BRA não acumula bradicinina, não tem tosse 
como efeito adverso. 
Efeitos adversos 
Em geral são bem tolerados. Mas pode ocorrer: 
 Hiperpotassemia (hipercalemia) principalmente em portadores de 
insuficiência renal e em pacientes em uso de diuréticos poupadores de 
potássio (amilorida, triantereno e espironolactona); 
 Angioedema por conta da vasodilatação da bradicinina (prostalglandinas) e 
angio 1-7, além da inibição da ação vasoconstritora; 
 Efeito de 1ª dose com queda abrupta de PA (acontece para outros 
vasodilatadores também, no início do tratamento o indivíduo pode ter uma 
hipotensão, principalmente ortostática); 
 Tosse (devido irritação das vias aéreas, por causa da inibição da 
degradação de bradicinina que se acumula nas vias aéreas e provoca tosse 
seca em cerca de 5-20% dos pacientes); 
 Potencial fetopático. Não usar em gestante por relato de casos de má 
formações. Pode haver até agenesia renal. 
O antihipertensivo usado para gestante é alfa-metildopa 
*Quando a pessoa usa IECA, não tem necessidade de usar diurético poupador de 
potássio. O próprio IECA vai evitar a hipocalemia produzida pelos outros diuréticos. 
*Absorção sublingual é muito maior que a VO. Então, não deve usar captopril 
sublingual para baixar PA, pois pode ter choque hipovolêmico. 
BLOQUEADORES DOS RECEPTORES DE ANGIOTENSINA II - BRA (-sartana) 
Não interferem na cininase II. 
Losartana 
(Cozaar) 
Telmisartana 
(Pritor) 
Candesartana 
(Atacand e 
blopress) 
Olmesartana 
Irbesartana 
(Aprovel) 
Valsartana 
(Diovan) 
 
 
Mecanismo de ação 
Bloqueia de forma competitiva a ligação da angiotensina II aos receptores AT1. 
Então, se você tem mais angiotensina II que fármaco, ela pode deslocá-lo do receptor, se 
você tem mais fármaco ele desloca a angiotensina do receptor, seja ele cardíaco, 
vascular, renal. 
Usos clínicos 
 Hipertensão arterial (semelhante aos IECA). 
 Os que não conseguem reverter tosse crônica com iECA. 
6 
 
Efeitos adversos 
 Hiperpotassemia (agravada com o uso de outras substâncias que podem 
aumentar essa retenção do potássio); 
 Hipotensão (dependendo da dose); 
 Angioedema; 
 Rash cutâneo; (sem mecanismo explicado) 
 Potencial fetopático (principalmente no 1° trimestre). Relatos de efeitos 
adversos em animais. 
A associação entre IECA e BRA é contraindicada 
INIBIDOR DIRETO DA RENINA 
Alisquireno 
Mecanismo de ação 
Inibe o sítio catalítico da renina, impedindo o início da cascata do sistema renina-
angiotensina-aldosterona. Às vezes, o angiotensinogênio faz uma segunda via para 
produzir aldosterona, então quando você inibe a renina, a ECA, não quer dizer que vai 
inibir a produção de aldosterona. Efeito terapêutico semelhante a iECA e BRA, mas é 
fármaco novo. 
Características gerais 
Pico em 2h, meia-vida de 24-36h (captopril é de 3 a 6h, por isso precisa usar 
muitas vezes) (pode ser dado em dose única diária), eliminação principalmente biliar/fecal 
(vantagem pois não depende do funcionamento renal, então não precisa ajustar a dose 
em insuficiência renal). Tem metabolização hepática 
Principal efeito adverso 
 Diarreia. Mas bem tolerado. 
Interação 
 Derivados azólicos (cetoconazol, itraconazol); 
 Amiodarona (antiarrítmico); 
 Verapamil (vasodilatador). 
 
BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO 
Fenilalquilaminas Benzotiazepinas Diidropiridinas 
7 
 
Verapamil Retard 
Diltiazem AP, SR ou 
CD 
Anlodipino 
Nifedipino Oros 
Nifedipino Retard 
Felodipino 
Isradipina 
Lacidipina 
Manidipino 
Nitrendipino 
Nisoldipino 
Lercarnidipino 
*** Retard, SR, Oros, CD: formas farmacêuticas de liberação prolongada ou 
controlada. 
Se bloqueia canal de cálcio, interfere na contração muscular (músculo liso e 
cardíaco). 
As diidropiridinas (também chamadas de dipinas) são mais potentes (doses 
menores produzem o mesmo efeito terapêutico). 
Mecanismo de ação 
Agem em canais de cálcio voltagem dependentes de musculatura lisa e cardíaca, 
inibem o influxo de cálcio. Assim, na despolarização falta cálcio para a contração 
muscular, isso gera vasodilatação. Eles têm boa ação sobre os canais de cálcio das 
coronárias fazendo vasodilatação coronariana (diminui resistência vascular coronariana e 
aumentam o fluxo sanguíneo coronariano - maior fluxo de sangue e O2 para o músculo 
cardíaco sendo importante nos casos de angina). Gera também diminuição da força e da 
frequência de contração. Então, ele tem efeito cronotrópico negativo (diminui FC) e 
inotrópico negativo (diminui força de contração). Nesse, caso você diminui a demanda 
de O2, vai diminuir FC, força de contração, isso contribui para diminuir DC e 
consequentemente a PA. 
8 
 
 
*As dipinas (diidropiridinas) tem menor efeito sobre o músculo cardíaco do que 
sobre os vasos. 
O verapamil e o diltiazem tem maior ação sobre o músculo cardíaco que as 
diidropiridinas. Mas também tem boa ação sobre os vasos. 
Usos clínicos 
 Angina; (diminui demanda de O2 cronotropico e inotrópico negativo e maior 
aumento de oferta de O2 por vasodilatação) 
 HAS (diminui DC pelo cronotropismo e inotropismo neg e tem efeito 
vasodilatador, menor RVP); 
 Taquiarritmias (principalmente verapamil e diltiazem, diminui FC, força de 
contração, efeito cronotrópico negativo); 
9 
 
 IAM (principalmente devido dilatação coronariana que melhora o aporte 
sanguíneo e melhora a perfusão do músculo cardíaco). 
Efeitos adversos 
Vasodilatação excessiva, com consequente hiperemia, rubor, hipotensão, edema 
periférico, tontura, cefaleia, ativação simpática reflexa (via barorreceptores) (resposta a 
vasodilatação, vai manifestar aumento da FC, sudorese). Esses efeitos são mais 
frequentes com as diidropiridinas, pois tem mais ação vasodilatadora que cardíaca. 
Os efeitos adversos são dose dependentes, vão se manifestar quando o indivíduo 
estiver usando doses muito elevadas, causando bloqueio dos receptores de canais de 
cálcio de outros lugares. Consequentemente, você vai ter diminuição da contração de 
outras musculaturas lisas (diminui seletividade). Então, a pessoa pode ter: náuseas, 
prisão de ventre (VERAPAMIL, diminuição da peristalse por diminuir contração do 
musculo liso intestinal (relaxamento da musculatura) - verapamil), refluxo gastroesofágico 
(relaxa esfíncteres, além de prisão de ventre), depressão miocárdica e bloqueio 
atrioventricular (verapamil e diltiazem). 
Efeitos adversos por bloqueio de utros canais de cálcio é mais pelo Verapamill e 
Diltiazem, os efeitos da vasodilação é mais pelas diidropiridinas. 
ALFA-BLOQUEADORES (-zosinas) 
Bloqueia receptores alfa1. 
Prazosina 
(Minipress) 
Terazosina Doxazonia 
Mecanismo de ação 
Bloqueio competitivo dos receptores alfa1 na musculatura lisa dos vasos 
sanguíneos (principalmente em pele, mucosa, vasculatura esplênica e renal). Então, vai 
impedir a ação da adrenalina, noradrenalina, ou de algum agonista alfa1 exógeno que o 
paciente tenha utilizado. Pode induzir ao aparecimento de tolerância.Principais usos 
 Hipertensão (associado com betabloqueador e diurético para compensar 
ativação simpática reflexa); 
 Hiperplasia prostática benigna (relaxa o esfíncter e facilita passagem da 
urina, mas pode dar incontinência urinária como efeito adverso para 
qualquer pessoa). 
Efeitos adversos 
10 
 
 Fenômeno de 1ª dose (síncope, hipotensão ortostática e edema); 
 Edema; 
 Olho (bloqueia alfa-1 e faz miose) 
 Tontura; 
 Adinamia; 
 Zumbido; 
 Náuseas; esfíncters gastroesofágico 
 Vômito; esfíncters gastroesofágico 
 Aumento do número de micções (incontinência urinária); Esfíncteres da 
bexiga 
 Sonolência (por bloqueio dos receptores H1, não são seletivos); 
 Xerostomia (bloqueio dos receptores M3, não são seletivos). 
 
NITRATOS ORGÂNICOS E NITROPRUSSIATO DE SÓDIO 
No final, todos aumentam ação do NO. Mas intensidade e duração muda. 
Nitroglicerina 
(Nitroderm) 
Isossorbida 
(Isordil) 
Propanilnitrato 
(Sustrate) 
Nitroprussiato 
de sódio 
 
Nitroglicerina (nitratos orgânicos): maior ação no sistema venoso, tem a 
capacidade de dilatar vasos coronários epicárdicos. 
Nitroprussiato de sódio: maior ação no sistema arterial, início rápido (segundos), 
meia vida curta (3-4 min), metabólito é o cianeto. Efeito maior é por infusão sanguínea, 
mas é perigoso devido ao metabólito tóxico. Por isso, não pode por longo período (até 
24h ou 48h) e altas doses. 
Vias de administração: sublingual e VO e EV (nitroglicerina pode via transdérmica). 
Efeitos farmacológicos 
 
11 
 
Nitroprussiato tem efeito mais rápido (por isso tem adesivo, pra infusão continua, 
pois tem efeito rebote depois que para): pois ele sozinho libera NO, os outros entram na 
célula endotelial, são metabolizados para passar para célula muscular lisa e agir. 
A célula endotelial libera NO para a célula muscular lisa para ter ação 
vasodilatadora, quando o NO chega na célula muscular lisa, ele altera a produção de 
guanilato-ciclase que vai causar relaxamento, hiperpolarização pela saída de potássio, 
então vai ter efeito vasodilatador. Esses medicamentos aumentam NO, que tem ação 
vasodilatadora, predomina venodilatação diminuindo a pré-carga. 
O nitroprussiato de sódio sofre degradação espontânea e libera NO, por isso o 
efeito é rápido. Os outros nitratos orgânicos precisam entrar na célula endotelial e 
enzimas redutoras vão liberar o NO. Então eles são fontes de NO, você não fornece o NO 
logo porque ele tem meia-vida muito curta. 
Usos clínicos 
 Angina estável e instável (dilata coronárias e melhora fluxo cardíaco); 
 IAM (dilata coronárias e melhora fluxo cardíaco); 
 HAS (efeito vasodilatador); 
 IC aguda e crônica (melhora do aporte sanguíneo). 
Efeitos adversos 
 Os mais comuns são decorrentes da vasodilatação periférica - cefaleia, 
hipotensão, taquicardia reflexa (pois não é inotrópico e cronotrópico negativo 
como os BCC, por isso pode associar com beta-bloqueador) 
 Superdosagem - aumento da PIC. 
 Tolerância e dependência (comum com a nitroglicerina). Requer aumento da 
dose. 
 Toxicidade com nitroprussiato (melhor usar os nitratos orgânicos a longo 
prazo). Intoxicação por cianeto: acidose metabólica, confusão mental, coma, 
encefalopatia, cefaleia e bloqueio cardíaco inexplicado. Particularmente em 
nefropatas ou hepatopatas, asvezes ocorre com dose nem tão alta, pois 
esses pacientes não conseguem metabolizar suficientemente o cianeto.

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