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Retomando aos conceitos PA: é o produto do débito cardíaco x resistência vascular periférica; • Quanto maior é a resistência vascular periférica, maior deve ser a pressão arterial para conseguir vencer essa resistência; DC: é o produto do débito sistólico (tanto de sangue que o coração consegue bombear) x frequência cardíaca; • Fármacos que atuam no sistema renina- angiotensina-aldosterona, são fármacos que atuam diminuindo a resistência vascular periférica para diminuir a pressão arterial. 1ª Compreende os fármacos do tipo IECA e BRA; Esse sistema responde à diminuição da pressão arterial, ou seja, quando ocorre uma hipotensão, o sistema vascular renal detecta essa alteração e faz com que as células justaglomerulares e os túbulos renais liberem renina para a circulação; A renina atua sobre o angiotensinogênio, transformando-o em angiotensina I. A angiotensina I irá ganhar a circulação e, perifericamente, em todo o corpo, vai encontrar a ECA (enzima conversora de angiotensina) a qual transformará angiotensina I em angiotensina II. A angiotensina II age por meio de dois mecanismos: • Estímulo da suprarrenal para liberar aldosterona, a qual vai atuar retendo sódio e água (aumento indireto da PA); • Vasoconstricção periférica que aumenta a PA (aumento direto). A renina A renina é sintetizada em resposta principalmente à diminuição da PA renal, a qual é reflexo da pressão arterial como um todo. Mas também, ela é sintetizada em resposta a diminuição de sódio, fazendo com que o sódio seja retido através da aldosterona; A produção da renina é feita pelas células justaglomerulares e ela vai atuar transformando angiotensinogenio em angiotensina I; A angiotensina A angiotensina II atua causando vasoconstricção e estimulando a retenção de sódio através do estímulo da secreção de aldosterona; A angiotensina II pode ser convertida em angiotensina III na suprarrenal. Ambas estimulam a aldosterona; A angiotensina II, além de ser sintetizada, pela transformação de angiotensina I pela renina, ela também pode ser sintetizada em alguns tecidos como o coração. Assim, ela pode ter efeitos na contratilidade e frequência do coração; Dessa forma, ao administrar anti-hipertensivos IECA’s e BRA’s, nem sempre se sabe como será a resposta barorreceptora, ou seja, nem sempre se sabe se essa contratilidade e frequência irão aumentar ou diminuir, pois cada indivíduo possui uma resposta diferente a presença ou bloqueio da angiotensina. A aldosterona Atua na porção cortical do ducto coletor, estimulando a troca de sódio por potássio ou por hidrogênio; A aldosterona funciona reabsorvendo o sódio para o sangue e secretando potássio e hidrogênio para os túbulos renais para serem excretados na urina. Esse processo pode resultar em hipocalemia, por causa da secreção de potássio e alcalose devido a secreção de hidrogênio; Caso essa ação da aldosterona seja bloqueada, o potássio e o hidrogênio são retidos e o sódio é excretado. Fármacos representantes: enalapril, captopril IECA’s: atuam em todo o corpo, mas principalmente no pulmão, onde há uma maior concentração da enzima conversora da angiotensina; Mecanismo de ação: o fármaco age exatamente sobre a enzima chamada de peptil-peptidase, inibindo-a. Assim, não há conversão de angiotensina I em angiotensina II; O resultado é a diminuição da PA e vasodilatação, pois a angiotensina II não irá provocar o seu efeito de vasoconstricção. Além disso, o estímulo a secreção de aldosterona é interrompido, e o sódio, ao invés de ser reabsorvido para o sangue, será excretado na urina (natriurese); Outra ação da enzima peptil dipeptidase é inativar a bradicinina. Com a inibição dessa enzima, ocorre o acúmulo de bradicinina no organismo; É desnecessário conhecer o valor da renina, pois pacientes com atividade de renina plasmática elevada são beneficiados com o uso de IECA e aqueles com atividade de renina plasmática normal também são beneficiados; Usos clínicos: • Doença renal crônica: freiam a progressão da insuficiência renal; • ICC e Pós-IAM: atuam na redução da mortalidade. Farmacocinética: • O enalapril, possui como metabólito ativo o enalaprilate e possui uma concentração máxima de 3-4h após administração, tendo uma meia-vida é de 11 horas. Geralmente, é administrado de 10-20mg de 1-2x por dia e possui eliminação renal; • O captopril tem 65% de biodisponibilidade, possui uma meia-vida de 2 horas. Geralmente é administrado inicialmente com uma dose de 50-75 mg ao dia e possui uma dose de manutenção habitual de 75-150 mg por dia; Eventos adversos: • Hipotensão em pacientes hipovolêmicos; • Injuria renal aguda: pacientes que apresentam estenose de artéria renal ou rim único não devem fazer uso desses fármacos; • Hipercalemia: devido a retenção de potássio; • Tosse seca: aproximadamente 10% dos pacientes que fazem uso de IECA’s podem apresentar tosse seca. Quando essa tosse é insustentável, o uso do medicamento deve ser suspenso. Essa tosse ocorre pelo acúmulo de bradicinina e substância P no pulmão, as quais deveriam ser inibidas no processo de transformação da angiotensina. Como essa transformação não ocorre pela ação dos IECA’s, essas substâncias se acumulam no pulmão e são irritantes ao mesmo, causando a tosse; • Angioedema: inchaço de áreas de tecido subcutâneo que, por vezes, afeta a face e a garganta e ocorre também pelo acúmulo de bradicinina. Contraindicação: A principal contraindicação é a gestação; Interações medicamentosas: • Antiácidos: diminuição da absorção e menor efeito hipotensor; • AINES: reduzem a resposta anti- hipertensiva; • Medicamentos que elevem potássio: O uso da espironolactona ou de beta-bloqueadores juntamente aos anti-hipertensivos IECA’s, podem resultar em um aumento maior ainda de potássio no sangue. Fármacos representantes: losartana, walsartana BRA’s: atuam principalmente nos receptores AT1 por meio de um antagonismo insuperável. Ou seja, independentemente da quantidade angiotensina que for produzida, não superará o antagonismo de bloqueio; Mecanismo de ação: o BRA atua em todo o corpo, bloqueando os receptores AT1, não permitindo que a angiotensina II se ligue a eles, resultando assim em vasodilatação e redução da PA; • Esses fármacos inibem a contração do músculo liso vascular, inibem as respostas pressóricas, inibem a liberação de vasopressina e catecolaminas e inibe também o aumento do tônus simpático; Farmacocinética: • Losartana: 14% desse fármaco é convertido no metabólito ativo, o qual é muito potente. Os níveis plasmáticos máximos são alcançados em 1-3 horas e a meia vida é muito variável (2,5–9 horas). A sua depuração é do tipo renal e hepática e a administração deve ser feita de 1 a 2x ao dia por meio de uma dose de 25– 100mg/dia; • Walsartana: o alimento diminui a absorção desse fármaco. Os níveis plasmáticos máximos são alcançados em 2-4 horas e a sua meia vida é de 2,5-9 horas. A sua depuração é exclusivamente hepática e a administração deve ser feita 1x ao dia numa dose de 80-320mg/dia; Eventos adversos: • Menos tosse que IECA; • Menos angioedema que IECA; • Contraindicado também na gestação. Outros medicamentos: • Inibidores da vasopeptidase: • Enzima semelhante à ECA; • Efeitos anti-hipertensivos associados à expansão volêmica; • Inibidores da renina; Fármacos em desenvolvimento ainda possuem uma absorção ineficaz e ao metabolismo de primeira passagem hepática que ainda é muito acentuado. BRA x IECA, qual o melhor? Os dois são medicamentos de primeira linha. Há mais estudos com o IECA, mas nenhum estudo que comprove que IECA é melhor que o BRA. Muitas vezes o IECA é mais utilizado, por causa da disponibilidade, custo e conhecimentosobre o medicamento. No entanto, se o paciente vem apresentando tosse seca insustentável ou angioedema, o mais indicado é a prescrição do BRA, pois tem uma eficácia muito semelhante ao IECA; O que NÃO pode ocorrer de jeito nenhum é a associação dos dois medicamentos (BRA e IECA), pois a interação entre os dois não causa sinergismo, ou seja, não potencializa o efeito hipotensor. Estudos mostraram que a associação entre esses dois fármacos está ligada a um aumento de mortalidade, ou seja, essa associação é proibida. Não são utilizados mais como medicamentos de primeira linha para tratamento de hipertensão; Abrangem os medicamentos que irão atuar bloqueando os receptores β e α; Regulação simpática da pressão arterial Os nervos simpáticos do SNC regulam a resistência vascular periférica das arteríolas, causando vasoconstricção ou vasodilatação, além de regular a capacitância das vênulas, a frequência e a força contrátil do coração e o volume dos rins, estimulando o SRAA e aumentando a PA; Barorreflexo postural Ajustes rápidos e contínuos que são feitos por barorreceptores para controlar a pressão arterial; Através do estiramento das paredes vasculares pelo aumento do fluxo sanguíneo os barorreceptores vão perceber a pressão elevada e irão inibir a descarga simpática; O barorrefelxo é importante para manter a pressão arterial nos níveis normais mesmo estando de pé, pois ao ficar de pé, o retorno venoso precisa vencer a gravidade para que aquele sangue chegue ao coração. Portanto, o barorreflexo faz a contração de veias rapidamente para ajudar o sangue a chegar no coração e para que a PA fique nos mesmos níveis quando estamos sentados ou de pe. Subtipos de adrenoreceptores β β1: atua no coração, aumentando a força e a frequência de contração e atua nas células justaglomerulares, aumentando a liberação da renina; β2: atua nos múculos lisos respiratórios, uterinos e vasculares, promovendo o relaxamento de músculos lisos, atua no músculo esquelético, promovendo a captação de potássio e atua no fígado humano, ativando a glicogenólise; β3: atua nas células adiposas, ativando a lipólise Propanolol Betabloqueador 1 que atua principalmente na cardiopatia isquêmica (pós-IAM), na insuficiência cardíaca com fração ejetiva preservada e em casos de hipertensão grave em uso de vasodilatores para prevenir taquicardia reflexa; Mecanismo de ação: bloqueio competitivo do receptor β-seletivo, impedindo que o neurotransmissor noroepinefrina se ligue. Reduz a pressão arterial pela redução do débito cardíaco, além de inibir a produção de renina por catecolaminas e reduzir a vasoconstricção. Eventos adversos: • Bloqueio cardíaco: pacientes que já possuem bloqueio cardíaco podem ter esse estímulo cardíaco ainda mais lentificado pelo uso de propranolol; • Bloqueio brônquico: pode bloquear o receptor β2 e fazer com que o músculo liso do pulmão se contraia. Dessa forma, deve-se ter cuidado ao administrar esse medicamento em pacientes predispostos a broncoespasmos; • Síndrome de abstinência: é necessário ter atenção ao administrar esse fármaco em pacientes que já possuem: - Bradicardia: por agravar o quadro da bradicardia; - Arritmia: por agravar o quadro de bloqueio cardíaco; - Asma: por conta do agravamento de broncoespasmos; - Diabetes: existe a possibilidade do paciente diabético não perceber a hipotensão, como também do betabloqueador agravar o quadro de hipoglicemia - Insuficiência vascular periférica: pacientes que possuem IVP não devem fazer uso desse beta bloqueador; Metaprolol É mais cardiosseletivo e possui menos contraindicações do que propranolol, pois atua muito mais em beta do que em alfa; Tem um alto metabolismo de primeira passagem e uma meia vida de 4-6 horas. Atenolol É também cardiosseletivo com menos efeitos brônquicos e uterinos, e, portanto, é mais indicado em pacientes que possuem asma ou DPOC; Possui um menor metabolismo de primeira passagem, sendo excretado pela via renal e tendo uma meia vida de 6 horas. É administrado 1x/dia numa dose de 50-100mg; Carvedilol: É um betabloqueador, mas também vasodilatador. Possui uma meia vida de 7-10 horas e pode ser administrado 1x ao dia, numa dose de 50-100mg. No entanto, o tratamento deve se iniciar com uma dose 6,25mg 2x/dia; É muito utilizado em pacientes com insuficiência cardíaca, tanto com ejeção preservada, como em ejeção reduzida. Labetalol Também atua mais em beta do que em alfa, no entanto, é usado clinicamente para tratamento de feocromocitoma, um tumor da glândula suprarrenal que produz catecolaminas e usado em emergências hipertensivas; Nebivolol: Também é β1 seletivo e tem um efeito vasodilatador por estimular a ação do óxido nítrico; É administrado 1x/dia numa dose de 5-40mg e possui uma meia vida de 10 a 12 horas; Esmolol Usado clinicamente em hipertensão pré e pos operatória e em emergências hipertensivas por ter uma meia-vida de 10 minutos; A administração é somente por via intra-venosa; Subtipos de adrenoreceptores α α1: atua na maioria dos músculos lisos vasculares (inervados), levando a vasoconstrição periférica e difusa, atua no músuclo dilatador da pupila levando a midríase (dilatação da pupila), atua no coração, aumentando sua força de contração, atua contraindo a próstata e atua no músculo liso pilomotor, eriçando os pelos α2: atua nos neurônios pós-sinápticos do SNC, causando múltiplas ações, atua nas plaquetas, estimulando a agregação plaquetária, atua nos msculos lisos vasculares fazendo a sua vasoconstrição, atua nas células adiposas inibindo a lipólise e atua nos terminais nervosos adrenérgicos e colinérgicos, inibindo a liberação do transmissor. Prazosina e outros α1 Causam o bloqueio nas arteríolas e vênulas; Promovem uma menor taquicardia do que os α não seletivos; Os usos clínicos são:: • Hipertensão; • Hiperplasia prostática benigna: atua inibindo o tônus da próstata; Eventos adversos: • Causam a retenção de sal e água e por isso devem ser administrados juntamente com diuréticos para que o sal e a agua sejam eliminados, chegando a um equilíbrio; • Fenômeno da primeira dose: na primeira dose os efeitos podem vir muito proeminentes, portanto, esses medicamentos devem ser amdinisrados inicialmente com dose pequena e o paciente deve estar em decúbito, pois um dos efeitos causados é a hipotensão ortostática; • Tontura; • Palpitações; • Cefaleia; • Fadiga; Prazosina: Promove menos taquicardia pois é altamente seletiva para α1. É muito metabolizada, sendo que apenas 50% está biodisponível após a ingestão via oral. Tem uma meia vida de 3 horas; Terazosina: também é seletivo para α1, além de ser muito metabolizada no fígado e ter uma biodisponibilidade alta. Possui uma meia vida de 9- 12h; Doxazosina: muito metabolizada no fígado, tem uma biodisponibilidade moderada e uma meia-vida de 22 horas; Se dividem em: • Di-hidropiridinas: representadas por amlodipino e nifedipino; • Não di-hidropiridinas: representadas por verapamil e diltiazem; Esses fármacos bloqueiam a entrada de cálcio na célula. A diferença farmacológica entre essas duas classes citadas acima, é a subunidade do canal de cálcio do tipo L que é bloqueada; Farmacocinética: • São ativos por via oral, embora verapamil e diltiazem que também são amdinistados por via endovenosa; • Possuem elevado efeito de primeira passagem, fazendo com que alguns desses fármacos tenham uma baixa biodisponibilidade; • Possuem um extenso metabolismo; Papel do Ca+ na contratilidade Fisiologicamente, para que haja contratilidade da musculatura, o cálcio deve entrar na célula muscular e se acoplar ao miofilamento. No entanto, para que haja a entrada de cálcio na célulaé necessário canais de cálcio abertos que façam esse transporte; Para que os canais abram e haja influxo de cálcio, a membrana da célula precisa ser despolarizada. Mecanismo de ação dos bloqueadores Os bloqueadores dos canais de cálcio (BCC) irão atuar reduzindo a frequência de abertura dos canais em resposta à despolarização, reduzindo assim a disponibilidade de cálcio e a contração da musculatura lisa vascular e cardíaca; Sendo assim, os bloqueadores promovem uma menor corrente de cálcio transmembrana e, por consequência, relaxamento no músculo liso e redução da contratilidade no músculo cardíaco; Além disso, para que haja atividade elétrica do coração e a contração, o nó sinusal e o nó atrioventricular precisam do cálcio para fazer o impulso elétrico. Sendo assim, com uma baixa disponibilidade de cálcio causada por esses fármacos, a frequência do nó sinusal e a velocidade de condução do nó atrioventricular se reduzem; Por isso, é preciso ter cuidado com a administração desses medicamentos em pacientes que já possuem bloqueio atrioventricular. Os fármacos simpaticomimétricos revertem o efeito dos bloqueadores dos canais de cálcio, pois eles aumentam a frequência da despolarização e aumentam o influxo de cálcio na célula muscular. Portanto, em efeitos exacerbados de bloqueadores de canais de cálcio, é possível a administração de simpáticomimétricos como “antídotos” que revertem esses efeitos. Ação no musculo liso vascular O musculo liso vascular é o mais sensível a esses fármacos, sendo que, dentro os vasos, as arteríolas são mais sensíveis do que as vênulas; Isso contribui para que haja menos hipotensão ortostática no paciente que fizer uso desse medicamento, pois, ao ficar de pé, as vênulas precisam se contrair para que o sangue seja circulado, como esse medicamento age mais nas arteríolas, o retorno venoso não será tão prejudicado; Outros locais de ação: • Músculo liso uterino: o nifedipino é utilizado para parar as contrações do trabalho de parto prematuro; • Gastrointestinal: como evento adverso, é comum que o paciente em uso desses medicamentos tenha constipação porque eles diminuem a contratilidade do trato gastrointestinal, diminuindo o peristaltismo; • Bronquiolar. Ação no músculo cardíaco Como o nó sinusal e o nó atrioventricular dependem do cálcio para executar a atividade elétrica do coração, então os BCC irão diminuir a frequência cardíaca e retardar o transporte do estímulo elétrico, podendo resultar num bloqueio atrioventricular; Vão atuar diminuindo o acoplamento excitação- contração; Sendo assim eles: • Reduzem a contratilidade do coração; • São dose-dependentes; • Podem reduzir o débito cardíaco pela diminuição da força contrátil e da frequência cardíaca; Tratamento da angina: alguns desses medicamentos podem agir reduzindo a função mecânica do miocárdio e a frequência cardíaca. Caso o miocárdio esteja trabalhando muito, ele irá demandar muito oxigênio, contribuindo para o processo de isquemia e para a angina. Com a administração desses medicamentos, é possível reduzir esse trabalho e, consequentemente, reduzir a demanda de oxigênio, reduzir a isquemia e reduzir a angina; Ação no músculo esquelético Os fármacos do tipo BCC não atuam no músculo esquelético, pois os músculos esqueléticos utilizam reservas intracelulares de cálcio (sarcômeros), não dependendo do influxo transmembrana • Promovem a vasodilatação inibindo a contração da musculatura lisa vascular; • Cada um desses medicamentos tem uma maior especificidade por um leito vascular; • A hipotensão ortostática não é tão comum porque esses fármacos atuam mais nas arteríolas do que nas veias; • No caso no nimodipino, ele causa uma maior vasodilatação cerebral do que outros medicamentos; Nifedipino • Possui ação curta; • Não é usado para HAS; • É mais indicado no tratamento de emergências hipertensivas; • Atuam diminuindo a contratilidade cardíaca, ou seja, atua como depressor cardíaco; • Podem ser utilizados para tratar taquicardias supraventriculares; Toxicidade: • Ação terapêutica exacerbada: • Depressão cardíaca; • Bradicardia; • Bloqueio atriventricular (BAV); • Insuficiência cardíaca (agravar um quadro de IC ou predispor); • O BCC de ação curta (nifedipino) não é utilizado para tratar hipertensão arterial, pois o uso crônico dele aumenta o risco cardiovascular; Eventos menores: • Rubor; • Tontura; • Constipação (principalmente o verapamil); Interações medicamentosas • B-bloqueadores: se administrados com BCC, principalmente os não di-hipropiridinas, os efeitos cardiodepressores serão muito acentuados; • Verapamil + digitálico: o verapamil eleva muito o niível sanguíneo de digoxina, fazendo com que fique difícil de controlar.
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