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Métodos de garantia de qualidade Quando se fala de um alimento de qualidade, não é só um alimento que não gere risco à saúde do consumidor. Qualidade para o consumidor é ter aquele alimento sempre da mesma forma (manter um padrão, formato, cor, tempo de cozimento, etc.). Qualidade → Sempre manter as mesmas características. Toda indústria tem que ter pelo menos Boas Práticas de Fabricação (BPF), Procedimentos padrão de higiene operacional (PPHO) e Análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC). BPF é o básico para garantia de qualidade, sem ele não se desenvolvem os outros métodos. ➔ Legislação BPF/POP Na parte de alimentos se responde tanto para o ministério da agricultura quanto da saúde. Se está na indústria do abate responde ao ministério da agricultura, se está no comércio responde para o ministério da saúde (ANVISA). A legislação que vai reger irá depender da onde está trabalhando. Ex; Se trabalhar em São Paulo tem legislações específicas, legislações estaduais e municipais. Se trabalhar no ministério da agricultura, responde a legislação federal. É a partir da legislação que se determina o padrão para a inspeção. Legislação essa que aborda aspectos relacionados a Boas Práticas de Fabricação. Codex Alimentarius É um grande livro que fala tudo sobre a produção de alimentos no mundo, como produzir um alimento seguro. A base de toda legislação mundial. Legislações que ditam as regras para boas práticas de fabricação e procedimentos padrões de higienes operacionais padronizados: ● Internacional - Codex alimentarius. ● Federal - MAPA: Portaria N° 368, de 04 de setembro de 1997-BPF. - Portaria Federal SVS 1428/1993. - Portaria Federal SVS 326 (30-07-1997). - Portaria Federal MA 368/(04-09-1997). - Resolução RDC ANVISA no 275/2002 - POP’s - Resolução ANVISA no 216/2004 serviço de alimentação. ● Estadual - Portaria CVS 5/2013 - Estado de SP. ● Municipal - Portaria 2619/11 - SMS - Município de SP. Boas Práticas de Fabricação (BPF) ➔ Procedimentos higiênicos, sanitários e operacionais aplicados em todo o fluxo de produção, desde a obtenção dos ingredientes e matérias-primas até a distribuição final, com o objetivo de garantir a qualidade, conformidade e segurança dos produtos. ➔ Abordagem ampla. ➔ Aspectos operacionais do estabelecimento e do pessoal. ➔ A eficácia e efetividade deve ser avaliada através da inspeção e/ou da investigação. Todo lugar que manipula alimentos precisa ter manuais de boas práticas. ➔ Instalações Importante saber o fluxo desse alimento para evitar contaminação cruzada. ● Projeto sanitário. ● Fluxo linear de produtos e pessoas: minimizar a contaminação cruzada. ● Layout do estabelecimento. ● Instalações que evitem ou minimizem as contaminações, como telas milimétricas em janelas, portas com cortina de ar, e outros. Essencial evitar contaminação cruzada, ou seja, evitar que o alimento que está pronto para consumo entre em contato com alimento que veio contaminado. Por isso é importante saber o fluxo de pessoas. Por exemplo; em um abate de frango, as aves chegam num caminhão e se começa fazer o abate, a pessoa que cuida da ave a tirando do caminhão e a colocando para dentro na linha de produção, não pode ser a mesma pessoa que vai fazer os cortes, porque a ave chega com uma carga microbiana muito alta. Então, a pessoa que lida com essa ave não pode ir para uma área limpa, a do produto final. É através das instalações que se tem esse controle, é preciso estabelecer o caminho da produção do caminho seguro, se essa ave é descarregada de um lado o produto final sai do outro para evitar contaminação. ➔ Equipamentos de produção ● Procedimentos. ● Documentar e verificar programas. ● Calendários de manutenção e calibração preventivos. Equipamentos podem ser as facas, garfos, os utensílios e pode ser tudo que utilize para fazer aquele alimento, como panela, pasteurizadores de leite, refrigeradores, etc. Se esses equipamentos não estiverem limpos e calibrados adequadamente não vai ter um alimento seguro. ➔ Prevenção de contaminação cruzada Alimento que tem uma contaminação, ou uma pessoa contaminada que leva essa contaminação a outro alimento, Ex; Uso determinada faca para cortar um frango, esse frango vai ser aquecido, então o que tiver de micro-organismos será eliminado (a maioria), mas se uso essa mesma faca para cortar uma maçã, uma salada, alimentos que vão ser consumidos crus, esses alimentos serão contaminados e essa é uma forma muito comum de contaminação. ➔ Controle de fornecedor Cada estabelecimento deve garantir que seus fornecedores implantem programas de BPF e de inocuidade alimentar eficazes. ➔ Especificações ● Todos os ingredientes, produtos, materiais para embalagem e do produto final. É preciso anotar tudo para melhorar o controle de qualidade e manter um padrão. Também, para que se alguém passar mal com esse alimento, terá anotado tudo que foi feito e usou, incluindo o que foi feito de diferente nessa produção. Onde comprou esse produto - marca - locais que esse produto passou - onde pode ter ocorrido essa contaminação - fornecedores. Mesmo em restaurantes grandes com muitos pratos, é preciso que cada prato tenha suas especificações. ➔ Requisitos higiênicos-sanitários do pessoal ● Não pode ter barba, usar regata, alianças… tem que seguir as normas da instituição. ● Precisa ensinar a lavagem correta das mãos. ➔ Uso da água É imprescindível um controle da potabilidade da água, quando esta entra em contato na elaboração dos produtos ou para a produção de vapor e gelo. - Controle diário de pH e a cada 3 meses a legislação pede para ter a análise microbiológica da água. ➔ Produção Os funcionários devem estar treinados e capacitados em boas práticas de fabricação para trabalhar e supervisionados por pessoal qualificado. O treinamento deve ser feito tanto com funcionário que lida diretamente na produção, quanto com funcionáriosdo administrativo. ➔ Armazenamento, conservação e transporte Esse alimento precisa chegar nos mercados, restaurantes... na temperatura certa e não pode estar muito amontoado. ➔ Documentação e registros ● O estabelecimento deve manter registros das reclamações, sugestões e elogios dos funcionários e consumidores. ● Modelo de manual. ➔ Procedimentos operacionais padronizados (POP’s) ● Necessidade de complementar as BPF. ● Descrição de uma tarefa. ● Forma simples e objetiva. ● Fácil compreensão por todos. Precisa seguir passo a passo. POP é um documento que vai estar mais detalhado dentro do BPF. ➔ BPF/POP ● Sequência. ● Frequência. (do que tem que ser feito). ● Materiais necessários. ● Responsáveis. ● Descrição de um POP. → Disponível para todos os funcionários. - O que é (máquina, local, produto…) - Quando (quando realizar tal tarefa) - Como (como tem que ser feito) - Quem (quem irá realizar e quem pode substituir) Procedimentos Operacionais Padrões ( POP ou PPHO) ➔ Higienização das instalações, equipamentos, móveis e utensílios. ➔ Controle da potabilidade da água. ➔ Higiene e saúde dos manipuladores. ➔ Manejo dos resíduos. ➔ Manutenção preventiva e calibração de equipamentos. ➔ Controle integrado dos vetores e pragas urbanas. ➔ Seleção das matérias-primas, ingredientes e embalagem. ➔ Programa de recolhimento de alimentos/recall. Toda pessoa que trabalha com alimento tem que passar por um exame físico e clínico. Para evitar contaminação. Exames feitos periodicamente. Recall vai recolher o alimento quando se percebe algo errado no local de produção. Vão analisar qual lote não foi produzido de forma adequada e através disso vai recolher. Análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC) Garantir a produção de alimentos seguros. ➔ Preventivo ● Abordagem científica e sistemática para o controle de processo, elaborado para prevenir a ocorrência de problemas, assegurando que os controles são aplicados em determinadas etapas no sistema de produção de alimentos, onde possam ocorrer perigos ou situações criticas. ● Pelo MAPA o plano APPCC também é utilizado para controlar aspectos de qualidade e fraude econômica. ➔ Perigos ● Perigo químico: mais temido pelo consumidor. ● Perigo físico: mais comumente identificado. ● Perigo microbiológico: mais sérios, maioria das ocorrências. ● Determinação dos PPC’s (pontos críticos de controle). ● Etapa onde se aplicam medidas preventivas para manter um perigo sob controle. ● Objetivo: reduzir/eliminar riscoss. ➔ PCC ● Qualquer etapa do fluxograma de produção em que se pode aplicar medidas preventivas de controle sobre um ou mais perigos. ● Para ser considerada como PCC, esta etapa deve ser essencial para evitar, eliminar ou reduzir um perigo a níveis aceitáveis. ● Estabelecimento de limites críticos para cada PCC. ● Linha de corte, entre um resultado ou situação aceitável daquilo que é inaceitável, ou seja, o seguro do inseguro. ● Mensuráveis de maneira simples e rápida, além de permitir uma clara avaliação de status de controle de PCC. ➔ 7 Princípios básicos 1. Identificação do perigo; Histórico dos produtos, consultas blibliograficas. 2. Identificação do ponto crítico; Árvore decisória (onde dentro dessa produção consigo fazer o controle disso). 3. Estabelecimento do limite crítico; Valores (máximo e/ou mínimo) que caracterizam a aceitação para cada medida preventiva a ser monitorada. 4. Monitorização; O que monitorar, quando, como e quem será o responsável. 5. Ações corretivas; Desenvolvidas para cada PCC. Desde ajuste na temperatura, até a destruição de um lote de produto. 6. Procedimentos de verificação; Verificação consiste na utilização de procedimentos em adição aos de monitorização. 7. Registros de resultados. (Para comprovação).
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