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Resumo – Capítulo 8: Teoria da carteira e modelo CAPM de avaliação de ativos O investimento com menor risco eram as letras do Tesouro dos Estados Unidos. Considerando que o retorno dessas letras é fixo, ele não é afetado pelo que acontece no mercado (Beta 0). Consideramos também um investimento muito mais arriscado: a carteira de mercado de ações (Beta 1) Em meados da década de 1960, três economistas – William Sharpe, John Lintner e Jack Treynor – ofereceram uma resposta em relação a pergunta “e quando o Beta for diferente de 0 e 1? Essa resposta ficou conhecida por modelo de avaliação de ativos de capital, ou CAPM. A mensagem do modelo é tão surpreendente quanto simples. Em um mercado competitivo, o prêmio de risco esperado varia proporcionalmente ao beta. Isso indica que todos os investimentos devem ser situados ao longo da linha inclinada, conhecida como linha do mercado de títulos. Primeiro, poucas pessoas questionam a noção de que os investidores exigem algum retorno adicional para assumirem riscos. É por essa razão que as ações têm proporcionado em média um retorno superior ao das letras do Tesouro. Segundo, os investidores parecem preocupar-se principalmente com os riscos que não podem ser eliminados por meio da diversificação. As fusões feitas com o objetivo de aumentar a diversificação não fazem subir o preço das ações, e as sociedades de investimento não são mais valorizadas do que as ações que possuem. O modelo CAPM sintetiza esses conceitos de uma maneira simples. É por isso que muitos gestores financeiros, economistas e investidores a utilizam, afim de alcançar uma estabilização no risco, estimar o custo do capital e demonstrar importantes noções em finanças. O modelo CAPM estabelece que o prêmio de risco deveria aumentar proporcionalmente ao beta, de modo que os retornos de cada carteira deveriam se situar na linha, de inclinação ascendente. Alguns críticos afirmaram que tal inclinação da linha tem sido particularmente reduzida nos últimos anos. A segunda frente de crítica ao modelo, é que, levando em consideração uma análise do livro, uma versão simples do modelo CAPM não pode representar toda a verdade. O modelo CAPM se baseia em diversos pressupostos que não foram explicados detalhadamente: por exemplo, partimos do princípio de que o investimento em letras do Tesouro dos Estados Unidos é isento de risco. É verdade que a probabilidade de insolvência é mínima em relação a esses papéis, mas eles não garantem um retorno real, além da incerteza em relação à inflação. Outro pressuposto foi que os investidores podem se endividar a uma taxa de juro igual àquela pela qual podem emprestar, pois as taxas para empréstimos são inferiores às taxas para endividamento. Acontece que muitos desses pressupostos não são cruciais, e, com pequenos retoques, é possível modificar o modelo CAPM para considerá-los. O pressuposto realmente importante que está subjacente ao modelo é o de que os investidores ficam satisfeitos em investir o seu dinheiro em um número limitado de carteiras básicas. Nesses CAPMs modificados, o retorno esperado continua a depender do risco de mercado, mas a definição de risco de mercado depende da natureza das carteiras básicas. O modelo CAPM começa com uma análise da forma como os investidores constituem carteiras eficientes. A teoria da avaliação por arbitragem, ou APT (Arbitrage Pricing Theory), de Stephen Ross, vem de uma linha completamente diferente. Essa teoria não pergunta quais carteiras são eficientes. Em vez disso, parte do princípio de que o retorno de cada ação depende, parcialmente, de influências macroeconômicas pouco claras, ou “fatores”, e em parte de “ruído” – acontecimentos que são específicos daquela empresa. A arbitragem que descrevemos aplica-se a carteiras bem diversificadas, nas quais o risco específico desapareceu com a diversificação. Mas se a relação entre preço e arbitragem se aplica a todas as carteiras diversificadas, deve, de modo geral, aplicar-se às ações individuais. Cada ação deve oferecer um retorno esperado proporcional à sua contribuição para o risco da carteira. Na APT, essa contribuição depende da sensibilidade do retorno da ação às mudanças imprevisíveis nos fatores macroeconômicos. Tal como o modelo CAPM, a teoria da avaliação por arbitragem salienta que o retorno esperado depende do risco que deriva de influências econômicas gerais e não é afetado pelo risco específico. Pode-se considerar que os fatores da avaliação por arbitragem representam carteiras de ações especiais que tendem a estar sujeitas a uma influência comum. Infelizmente, existem aspectos positivos e negativos. A teoria da avaliação por arbitragem não nos diz quais são os fatores subjacentes – ao contrário do modelo CAPM, que integra todos os riscos macroeconômicos em um fator único e bem definido, o retorno da carteira de mercado.
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