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Resumo - Hipoglicemiantes orais

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Hipoglicemiantes orais 
I N TRO DU ÇÃ O 
Diabetes Mellitus 
► É uma síndrome de etiologia múltipla decorrente da 
falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina 
de exercer adequadamente seus efeitos 
► Pode ser do Tipo I ou do Tipo II 
 
 
 
 
► No diabetes tipo I há lesão da célula, aumentando 
a glicose, mas sem resposta da insulina 
► Tipo II: tecidos não respondem da maneira 
adequada → não armazenam 
 
Diagnóstico 
1. Glicemia de jejum ≥ 126mg/dL 
▪ Jejum de 8 horas 
− Confirmar em uma segunda amostra 
2. Sintomas de Diabetes + Glicemia ao acaso ≥ 
200mg/dL 
▪ Sintomas como Poliúria, Polidipsia, Perda de peso 
inexplicada 
3. GTT 75g glicose – glicemia 120 min ≥ 200mg/dL 
4. HbA1c ≥ 6,5% (método padronizado) 
▪ Hemoglobina glicada mostra o perfil dos últimos 3 
meses 
▪ HPLC (cromatografia líquida de alta eficiência) é 
indicada para adultos e não grávidas 
Tipos de Diabetes Mellitus 
Tipo I Tipo II 
Juvenil Adulto ou idoso 
Falta de insulina Resistência à Insulina 
5-10% 90-95% 
 
Diabetes Mellitus tipo I 
► Insulino-dependentes 
 
Hiperglicemia
> 126mg/dL (glicemia em jejum)
Diabetes Mellitus
Falta de Insulina Resistência à Insulina
 
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► É uma susceptibilidade genética que por fatores 
desencadeantes, como infecções ou dietas, 
desencadeia a autoimunidade 
► Destruição das células beta pancreáticas → 
ocasiona deficiência absoluta (ou grave) de insulina 
a) Insulina é o principal hormônio controlador do 
metabolismo intermediário, responsável por 
diminuir a glicose no sangue 
b) Na diminuição/ausência de insulina, os tecidos 
sensíveis a esse hormônio não conseguem captar e 
armazenar glicose, aminoácidos e lipídios 
c) Aumenta, assim, a glicose no sangue 
► Tratamento com o uso de insulinas exógenas: 
▪ Principal diferença entre elas é o tempo de ação 
– direciona o momento e finalidade da insulina 
Insulinas exógenas Ação 
Insulina Lispro Ultra-curta 
Insulina Regular Curta 
Insulina Semilenta Curta 
Insulina NPH Intermediária 
Insulina Lenta Intermediária 
Insulina Glardina Longa 
Insulina Ultralenta Longa 
► Duração de ação das insulinas 
 
Diabetes Mellitus Tipo I I 
► Não é insulino-dependente 
► É acompanhado por resistência à insulina 
▪ Dificuldade dos tecidos periféricos em captar da 
corrente sanguínea 
► Relacionado a pacientes obesos ou sedentários 
 
Fisiopatologia 
 
► Tecidos musculares e adiposos não captam de 
maneira adequada a glicose enquanto o fígado 
produz mais (não recebe estímulo para armazenar 
e sim para produzir) 
► Em algumas situações o pâncreas pode estar 
estimulado também → tenta produzir mais 
► No início, a resistência à insulina é compensada por 
um ↑ da produção de insulina pelas células beta do 
pâncreas 
▪ Células beta podem perder a capacidade do 
ritmo de demanda ao longo do tempo 
Tratamento 
► Para os dois tipos de DM: 
▪ Dieta + educação + exercício 
− Aumentam a sensibilidade à insulina 
► Tipo I: Insulina Exógena 
► Tipo II: Hipoglicemiantes orais 
▪ Com o tempo podem não ser mais o suficiente → 
associar com insulina exógena 
H I PO GL IC EM IAN TE S O RA IS 
► Drogas que só tem indicação no DM II 
► Ação da maioria dos hipoglicemiantes depende da 
integridade das células beta pancreáticas 
Classes 
► Secretagogos de insulina 
▪ Secretam insulina e agem no pâncreas, são: 
− Sulfoniluréias 
− Glinidas 
− Terapia baseada em Incretinas 
► Sensibilizadores de Glicose 
▪ Aumento da captação de glicose e Redução da 
liberação hepática de glicose 
− Metformina / Biguanidas 
 
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− Glitazonas / Tiazolidinodionas 
► Inibidores de α-glicosidase 
▪ Retardam a absorção de carboidratos 
− Acarbose 
S ECRE T AG OGO S D E INS U LI NA 
Sulfoniureias 
► Fármacos usados para estimular a secreção de 
insulina pelas células  pancreáticas 
 
 
► Agem fechando os canais de potássio 
▪ Despolariza a célula, entra cálcio e sai insulina 
► Usadas no tt de DMII em adultos > 50 anos 
▪ Podem não ser úteis em indivíduos magros e com 
deficiência na secreção de insulina 
▪ Não são a primeira escolha 
► Diminuem a HbA1c em 1,5% 
► Principais efeitos colaterais: 
▪ Hipoglicemia grave e prolongada 
▪ Ganho de peso – estimula apetite 
▪ Desconforto abdominal 
► Contraindicação 
▪ Gravidez 
▪ Pacientes cardíacos – acabam agindo em outros 
canais de potássio também) 
► Via oral e excreção urinária 
Interação com Sulfaniuréias 
► Quando associados com Bloqueadores de Canais 
de Cálcio ↓ efeito hipoglicemiante 
▪ Bloq de Ca+: 
− Verapamil 
− Diltiazem 
− Nifedipino 
▪ Diminui risco de hipoglicemia grave 
 
► Potencializam efeito hipoglicemiante: 
▪ Anti-inflamatórios não-esteroidais 
▪ Agentes cumarínicos 
▪ Álcool 
▪ Inibidores da MAO 
▪ Antibióticos como sulfonamidas, trimetropima, 
cloranfenicol 
▪ Diuréticos Tiazínicos em doses altas 
▪ Corticoides 
▪ OBS: se aumento efeito hipoglicemiante pode 
ocorrer o risco de causar hipoglicemia grave 
S ENS IB IL I Z AD OR ES D E G L ICO SE 
Biguanidas - Metformina 
► Mecanismo de ação 
▪ Supressão da produção hepática de glicose e 
redução da glicogenólise 
▪ Aumento na utilização intestinal de glicose 
 
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▪ Aumento da captação muscular de glicose 
dependente de insulina 
▪ Ação na oxidação de ácidos graxos e na 
hipertrigliceridemia 
▪ Aumento da captação de glicose pelo Fígado, 
tecido adiposo e muscular → atua com prioridade 
nessa ordem 
− No fígado: reduz gliconeogênese e 
glicogenólise 
− Reduz absorção de glicose no TGI 
− Aumenta atividade da Insulina nas células de 
alguns tecidos “ativação de receptores 
insulínicos” 
Indicações 
► Droga de 1ª escolha para o tt de DM2 
▪ Caso não dê certo → pode ser associada com 
qualquer outra medicação 
► Boa escolha para pacientes que precisam perder 
peso ou vulneráveis à hipoglicemia 
► Diminuição significativa da incidência de 
complicações cardiovasculares em pacientes obesos, 
inclusive infarto agudo do miocárdio e morte 
► Somente 5% dos pacientes não toleram 
 
 
► Dose 
▪ Comprimidos de 500 e 850mg 
▪ Metformina XR: 500/750/1000mg 
− De liberação prolongada: é mais controlada e 
cômoda para o paciente 
▪ OBS: em monoterapia não produz hipoglicemia 
► Efeitos colaterais 
▪ Acidose lática 
− 0,03 casos/1000 pacientes / ano 
− Fatal em 50% dos casos 
▪ Gastrointestinais 
− Geralmente são transitórios 
− Remitem com a redução da dose 
− São minimizados pelo aumento gradual da 
dose e administração junto às refeições 
▪ Redução discreta da absorção de vitamina B12 
 
Glitasonas-Tiazolidinodionas 
Rosiglitazona, pioglitazona 
► São drogas que aumentam a sensibilidade dos 
tecidos periféricos à insulina 
▪ Principal órgão alvo: Tecido adiposo 
▪ Também inibem a gliconeogênese hepática 
► Mecanismo de ação: ligam-se a receptores 
PPARgama (nuclear) no tecido adiposo, músculo e 
fígado 
► Medeia a diferenciação dos adipócitos, aumenta a 
lipogênese e captação de ácidos graxos 
Pioglitazona 
► Agonista dos receptores PPAR-γ 
▪ Regulação da expressão de genes envolvidos no 
metabolismo de lipídios e carboidratos 
▪ Esse receptor é expresso principalmente no tecido 
adiposo 
− Ação agonista estimula a lipogênese → provoca 
redução de ácidos-graxos livres → melhora a 
sensibilidade à insulina nos tecidos periféricos 
 
 
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Ações 
► Efeito lento após 1-2 
meses de tratamento 
► Reduzem liberação 
hepática de glicose (+) 
► Aumentam captação 
de glicose no músculo 
(+) 
► Aumenta eficácia da 
insulina endógena (+) 
Efeitos adversos 
► Hepatotoxicidade grave com Ciglitazona e 
Troglitazona 
► Ganho ponderal edema: pode provocar 
insuficiência cardíaca 
► Cefaleia, fadiga, distúrbios gastrointestinais 
► Retorno ovulação 
Contra-indicações 
► Gestantes 
► Lactantes 
► Crianças 
► insuficiência cardíaca 
► insuficiência hepática 
I N IB ID ORE S D E A L F A-
G L ICO S I D ASE 
Acarbose e miglitol► São análogos de carboidratos que se ligam 1000 
vezes mais avidamente do que os carboidratos às 
enzimas α-glicosidases intestinais 
▪ Ao ingerir o carboidrato, esse através das enzimas 
α-glicosidases, seriam absorvidos, digeridos e 
metabolizados 
− Acarbose e miglitol atuam inibindo ou, ao 
menos, retardando esse processo 
− Enzimas α-glicosidases: maltase, isomaltase, 
sacarase e glicoamilase 
 
► Ajudam a reduzir o pico pós-prandial da glicemia 
► São efetivos quando tomados em refeições e não 
em outro momento 
► Não surgem efeito em casos de aumento do nível de 
glicemia em jejum 
► Efeitos adversos: 
▪ Flatulência 
▪ Diarreia 
▪ Dor abdominal
 
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