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Geografia da População

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Geografia da População
· Conceitos básicos em demografia:
· Taxa de Natalidade (TN): número de nascidos por mil habitantes em um ano;
· Taxa de Mortalidade (TM): número de óbitos por mil habitantes em um ano;
· Taxa de Natalidade e Mortalidade brasileiras:
· Nos últimos anos, o Brasil tem reduzido, de maneira significativa, essas duas taxas, indicando que houve melhora nas condições de vida;
· Em 2000, a Taxa de Natalidade brasileira era 20,86 e em 2015 passou para 14,16;
· A Taxa de Mortalidade em 2000 era 6,67 e em 2015 era 6,08.
· Crescimento Vegetativo (CV):
· É a diferença entre a taxa de natalidade e mortalidade;
· Está associada ao crescimento ou decrescimento populacional em determinada região;
· Pode ser positivo (TN > TM), negativo (TN < TM) ou nulo (TN = TM);
· O crescimento vegetativo de determinada região é um espelho de suas características culturais e socioeconômicas:
· Países ricos, com cidadãos bem escolarizados, costumam apresentar baixa Taxa de Natalidade e consequente baixo Crescimento Vegetativo;
· Países pobres, com população menos instruída, costumam ter alta Taxa de Natalidade e um alto Crescimento Vegetativo.
· Crescimento Demográfico: é o Crescimento Vegetativo somado ao saldo migratório;
· Taxa de Fecundidade:
· Associado ao conceito de Natalidade, indica a média do número de filhos que uma mulher tem em idade fértil (dos 15 aos 50);
· Assim como o Crescimento Vegetativo, relaciona-se com fatores socioeconômicos e culturais do país;
· No Brasil, a Taxa de Fecundidade está diminuindo: em 2000 era 2,4 e em 2015, 1,7;
· Mortalidade Infantil:
· Número de mortes de crianças entre 0 e 12 meses de vida;
· Embora tenha diminuído muito no Brasil nas últimas décadas, teve crescimento em 2016 por conta do Zika Vírus e da crise econômica;
· Costuma aumentar em locais com piores condições de vida: falta de saneamento básico e dificuldades de acesso à educação e saúde;
· Taxa desigual no território brasileiro.
· Expectativa de Vida (esperança de vida):
· Número médio de anos que a população em um determinado local vive;
· Tem aumentado no Brasil e em diversas partes do mundo;
· No Brasil, a Expectativa de Vida atualmente é de 75 anos;
· Em 2039, a população com mais de 65 anos ultrapassará a população com menos de 15 anos.
· População Absoluta:
· População total de um determinado país;
· Um país populoso é aquele com elevada população absoluta;
· A classificação “Superpopuloso” leva em consideração o povoamento e as condições socioeconômicas existentes;
· Em países superpopulosos, há descompasso entre condições socioeconômicas da população e a área ocupada;
· População Relativa:
· É o número de habitantes de determinado local divididos pela sua área (hab./Km²);
· Um local povoado tem alta população relativa;
· Estados brasileiros com mais povoados:
· Distrito Federal: 525,86 hab./km²;
· Rio de Janeiro: 381,87 hab./km²;
· São Paulo: 181,67 hab./km².
· Países mais povoados:
· Mônaco: 16.780 hab./km²;
· Cingapura: 5.373 hab./km²;
· Bermudas: 1.242 hab./km²;
· Malta: 1.187 hab./km².
· O Brasil é um país pouco povoado, devido a sua grande área (a densidade populacional brasileira é de 20 hab./km²);
· Áreas acúmenas e anecúmenas:
· Refere-se à possibilidade de habitação de um determinado local;
· Regiões acúmenas: área habitável ou já habitada;
· Regiões anecúmenas: áreas desprovidas de povoamento ou que, por suas condições naturais, abrigam pouquíssimos indivíduos.
· Teorias Demográficas:
· Teoria Malthusiana:
· Apontava para o desequilíbrio existente entre os crescimentos demográficos e a disponibilidade de recursos no planeta;
· Malthus afirmava que o planeta, em pouco tempo, não seria capaz de atender ao número de habitantes;
· População cresceria em Progressão Geométrica e a disponibilidade de alimentos cresceria em Progressão Aritmética;
· Controle proposto por Malthus:
· Controle moral da população;
· Casais só poderiam procriar se tivessem condição de sustentar seus filhos (era contra o uso de métodos contraceptivos);
· Trabalhadores pobres deveriam receber o mínimo necessário para seu próprio sustento;
· O erro de Malthus foi desconsiderar os avanços tecnológicos nos processos de produção;
· Ademais, a tendência das sociedades mais desenvolvidas hoje é a redução no número de filhos por casal.
· Teoria Neomalthusiana:
· Logo após a Segunda Guerra, os principais países desenvolvidos iniciaram um processo de explosão demográfica;
· Nos anos seguintes, muitos países em desenvolvimento também passam por esse processo;
· Principais causas:
· Aumento no número de filhos;
· Diminuição do número de óbitos;
· Elevação da expectativa de vida.
· O Neomalthusianismo foi uma retomada da preocupação sobre o controle do crescimento populacional;
· Para a teoria, as populações, sobretudo as de baixa renda, deveriam ter seus índices de natalidade controlados;
· Medidas:
· Utilização de métodos contraceptivos;
· Alguns países utilizaram-se da esterilização em massa em pessoas pobres;
· Distribuição de anticoncepcionais gratuitamente;
· Promoção de campanhas de conscientização.
· Há campanhas até hoje: mostra-se, em muitos lugares, como modelo de família aquela com poucos filhos;
· Teoria Reformista ou Marxista:
· Contrária a teoria Malthusiana;
· Não seria o “controle moral” da população o ponto fundamental para combater a fome e a miséria no mundo, mas a adoção de políticas sociais de combate à pobreza.
· Dever-se-ia aplicar leis trabalhistas que assegurassem a melhoria na renda do trabalhador;
· As famílias dos países subdesenvolvidos iriam aderir espontaneamente ao controle de natalidade devido à elevação dos níveis educacionais e da qualidade de vida decorrentes de transformações socioeconômicas.
· Teoria Econeomalthusiana:
· Os adeptos dessa teoria alertam para o mundo as relações entre homem e natureza;
· Alertam para os riscos ambientais decorrentes do crescimento exagerado da população, que causará cada vez mais pressão aos recursos naturais;
· Solução: Pôr em prática o plano de desenvolvimento sustentável, que visa atender melhor às necessidades humanas, mantendo equilíbrio ambiental;
· A teoria exerce forte influência na opinião pública, ancorada na força do movimento ambientalista mundial. 
· Transição Demográfica:
· Primeira Fase (pré-transição ou pré-industrial):
· Observada quando há equilíbrio entre as taxas de natalidade e mortalidade, ambas, porém, com valores altos;
· Ocorre em sociedades com baixo desenvolvimento econômico e social, onde nascem muitas pessoas e a expectativa de vida é baixa;
· Apresenta um crescimento vegetativo baixo;
· No Brasil, ocorre até 1950/1960, quando a média de filhos por mulher era de 6.
· Segunda Fase (explosão demográfica ou fase de transição):
· Crescimento acentuado da população em um curto período de tempo;
· Ocorre devido à diminuição brusca das taxas de mortalidade, devido a melhoras na saúde, saneamento básico, água tratada etc.;
· Crescimento vegetativo elevado: Baby Boom;
· No Brasil, ocorre até 1970/1980.
· Terceira Fase (desaceleração demográfica ou fase industrial):
· Com o desenvolvimento socioeconômico de determinada sociedade, há uma tendência de redução nas taxas de natalidade;
· O consumo médio de recursos por indivíduo aumenta;
· Explicado pelo melhor planejamento familiar, utilização de contraceptivos, inclusão da mulher no mercado de trabalho etc.;
· Há um gradativo declínio do número de nascidos, mas em velocidade inferior à queda de mortalidade;
· No Brasil, ocorre entre 1980 e 2000;
· Quarta Fase (estabilização demográfica ou fase pós-industrial):
· Equilíbrio entre taxas de natalidade e mortalidade (baixas), apesar de apresentar oscilações conjunturais;
· O consumo de recursos continua exponencial;
· Considera-se que há um total controle do crescimento demográfico;
· Apesar do crescimento populacional desta fase representar uma vantagem, ela também leva ao envelhecimento populacional;
· O envelhecimento acarreta uma queda da População Economicamente Ativa e a possibilidade crescente de uma crise econômica e social;
· Muitopaíses europeus já enfrentam o problema do envelhecimento;
· Alguns países como França e Alemanha fazem campanhas e até fornecem incentivos financeiros para casais com mais de um filho;
· O Brasil hoje se vê ameaçado por esse problema, já que deixamos de ser um país jovem e nos tornamos um país adulto.
· Taxa Potencial de Suporte:
· Compara números de pessoas em idade ativa com os de pessoas acima de 65 anos;
· Quanto menor o número, mais idosos há no país;
· O Japão, por exemplo, tem a menor Taxa Potencial de Suporte do mundo: 1,8.
· Políticas Demográficas:
· Políticas Natalistas:
· Surgiram num passado recente, quando governantes pretenderam aumentar a população para criar tensões com outros países;
· Caso da Alemanha, Itália, Japão antes da Segunda Guerra;
· Após o conflito, a necessidade de reconstrução nacional levou países como França a tomar medidas para aumento da natalidade;
· Rússia e Austrália estimularam a natalidade para a colonização do interior de seus territórios;
· Aplicação de políticas natalistas:
· Atribuição de compensações e prêmios monetários a famílias maiores;
· Aumento substanciais de abonos de família;
· Acompanhamento eficaz e gratuito das mulheres à gravidez;
· Subsídio de material escolar aos alunos;
· Apesar disso, desde 2010, 27 países ou áreas tiveram uma redução de 1% ou mais no tamanho de suas populações (prolongados níveis baixos de fertilidade);
· Devido ao envelhecimento populacional e à diminuição da taxa de natalidade, muitos países europeus estão flexibilizando a política imigratória.
· A Cruz Russa:
· Intersecção das curvas de natalidade de mortalidade, ocorrida no início dos anos 90;
· Desde então, a tendência de diminuição da população predomina;
· Fatores que determinam a alta taxa de mortalidade na Rússia:
· Pobreza;
· Tabagismo e alcoolismo;
· Suicídios;
· Nível baixo dos serviços de saúde;
· Violência e acidentes de trânsito.
· A solução encontrada é o estímulo à imigração;
· Além disso, as taxas de mortalidade e natalidade têm melhorado, promovendo um cenário otimista;
· China:
· Maior população absoluta do mundo;
· Nação heterogênea, formada por várias etnias;
· Devido ao rápido crescimento demográfico no pós-Guerra, em 1979 a China implementou a política do Filho Único:
· Essa campanha consistia em:
· Incentivar com homenagens governamentais casais que aderissem à campanha;
· Licença-Maternidade de um ou dois anos para quem aderisse à campanha; 
· Incentivos financeiros para a educação de filhos únicos.
· Havia multas para quem tivesse o segundo filho, o que gerou:
· Aumento no número de abortos forçados;
· Aumento no número de crianças abandonadas.
· Em 2015, houve o abandono da Política do Filho Único;
· Entre 2020 e 2050, estima-se uma redução da população da China.
· Índia:
· Segunda maior população absoluta e tende a se tornar a maior;
· A sociedade indiana representa uma complexidade explícita em função de seu sistema de castas;
· Esse sistema foi abolido nos anos 50, mas na prática ainda existe.
· Crescimento da população mundial:
· A população do planeta continua crescendo, porém em ritmo mais lento que no passado;
· Houve 3 grandes explosões demográficas no mundo:
· Na pré-história, com o advento da agricultura;
· Na Europa do século XIX, com a Revolução Industrial;
· No pós-Segunda Guerra.
· Atualmente, a tendência de crescimento dos países desenvolvidos é bem menor que os países em desenvolvimento;
· Queda na taxa de mortalidade:
· Na Europa (últimas décadas do século XIX):
· Modernização da agricultura;
· Novos hábitos de higiene pessoal e pública
· Implantação de uma rede de serviços de saúde pública.
· Nos países subdesenvolvidos (pós-Guerra):
· Difusão de novos medicamentos;
· Vacinação em massa e controle crescente sobre epidemias;
· Revolução médico-sanitária;
· Queda da natalidade:
· Na Europa (início do século XX):
· Queda na mortalidade infantil;
· Mão de obra qualificada e aumento da renda média;
· Aumento da participação da mulher no mercado de trabalho;
· Desenvolvimento de métodos contraceptivos.
· Nos países subdesenvolvidos (últimas décadas):
· Urbanização e melhora na educação;
· Controle da natalidade (como na China);
· Maior acesso ao planejamento familiar;
· Aumento da participação da mulher no mercado de trabalho e casamentos mais tardios.
· Características do crescimento da população mundial:
· A população mundial em 2050, segundo estimativas, será 9,7 bilhões;
· A Ásia tem cerca de 60% da população mundial;
· Só China e Índia respondem por 36% da população;
· O ápice de nascimentos no mundo foi em 1980;
· A Europa é o continente com povoamento mais uniforme;
· Até 2050, a população da África tende a dobrar;
· Os países subdesenvolvidos terão um crescimento muito maior que os desenvolvidos.
· Crescimento desigual da população:
· A África terá índices de crescimento demográfico superiores aos da Ásia;
· A Índia ultrapassará a China como país mais populoso em 2022, com cerca de 1,4 bilhão de habitantes;
· A população da Índia representará 19% da população mundial em 2050, enquanto a China representará 18%;
· O país cuja população irá aumentar mais rapidamente é a Nigéria (deve ultrapassar os EUA até 2050);
· O crescimento da população será acompanhado por um aumento na idade média e pela redução da mortalidade infantil no mundo;
· Maiores populações absolutas atualmente:
· 1º China: 1,4 bilhão;
· 2º Índia: 1,3 bilhão;
· 3º Estados Unidos da América: 329 milhões;
· 4º Indonésia: 270,6 milhões;
· 5º Paquistão: 216,5 milhões;
· 6º Brasil: 210,1 milhões.
· Estrutura Demográfica brasileira:
· Como quase todos os países emergentes, o Brasil vem passando por uma grande mudança na sua taxa de fecundidade, o que gera reflexos no crescimento populacional;
· Segundo o IBGE, em 2015 a taxa de fecundidade brasileira era de 1,7 filho por mulher (em 2004, era 2,14);
· Para a ONU, a taxa de fecundidade necessária para a reposição da população em determinada região é de 2,1;
· Pirâmide etária brasileira:
· Diferente de hoje, a população brasileira, entre 1950 e 1980, cresceu em média 2,8% ao ano;
· Em 2010, o crescimento já tinha caído para apenas 0,8% ao ano;
· A fecundidade vem caindo desde a década de 1970;
· Razões para a queda na natalidade:
· Entrada acentuada da mulher no mercado de trabalho;
· Disseminação de métodos contraceptivos;
· Planejamento familiar, que implica redução do número de filhos por família;
· Mudança da postura feminina na sociedade.
· Paralelamente a isso, vem aumentando a expectativa de vida;
· Assim, pode-se dizer que o país ingressou no período de passagem da chamada Janela Demográfica ou Bônus Demográfico;
· Este ocorre quando há redução do peso de crianças e idosos sobre a população adulta, que integra a PEA;
· O percentual de população em idade ativa deve aumentar até 2025, e, a partir daí, começar a diminuir.
· Implicações de nossa pirâmide etária:
· A TM brasileira (cerca de 6%) já atingiu um patamar, em termos percentuais, equivalente ao de países desenvolvidos;
· A partir de 2038, a população brasileira deverá parar de crescer e, então, sofrer uma redução;
· Essas previsões ajudam o governo a investir um áreas prioritárias, como saúde, educação, previdência etc.;
· O aumento do percentual de idosos em relação à PEA tem provocado desequilíbrios no sistema de previdência social.
· Distribuição da população:
· No território brasileiro:
· A população brasileira está irregularmente distribuída no território;
· Regiões mais populosas: 1º) Sudeste; 2º) Sul; 3º) Nordeste; 4º) Centro-Oeste; 5º) Norte;
· Só o estado de São Paulo concentra cerca de 41,2 milhões de habitantes, sendo superior à população do Centro-Oeste e Norte juntas;
· Brasil: país populoso e pouco povoado (22,4 hab./Km²);
· Por Gênero:
· Há mais de um século, havia equilíbrio entre homens e mulheres na composição da população mundial;
· Porém, desde o final do século XIX, os recenseamentos vêm acusando um aumento no número de mulheres;
· No Brasil, nascem cerca de 106 homens para cada 100 mulheres;
· Contudo, a taxa de mortalidadeinfantil e juvenil masculina é maior, enquanto a expectativa de vida é menor;
· Em 2010, homens representavam 49% da população brasileira;
· Assassinatos, acidentes de trânsito, imprudência e uso de álcool ajudam a reduzir a expectativa de vida masculina;
· Regiões que atraem imigrantes há um predomínio de homens e, em regiões de emigração há predomínio de mulheres;
· No Brasil, isso se reflete no grande número de mulheres chefe de família no Nordeste, devido à emigração masculina.
· Por setores da economia:
· Até o início da década de 1940, mais de 2/3 da população ativa do Brasil estava concentrada no setor primário;
· A partir daí, devido à Urbanização, Industrialização, mecanização no campo e êxodo rural, houve uma progressiva diminuição da PEA no primário;
· Assim, ocorre uma hipertrofia do terciário, ou seja, cresce desmedidamente, gerando uma economia informal;
· Estima-se que o número de desempregados chegue a 7,5%, deixando o país com uma das maiores quantidades de desempregados do mundo.
· Migrações:
· Facilitadas pela evolução dos meios de transporte;
· Principais causas:
· Econômicas (principal): busca por melhores condições de vida, empregos, salários;
· Cultural e Religiosa: grupos que migraram para um local com o qual se identificam;
· Políticas: por conta de crises políticas, guerras e ditaduras;
· Naturais: comum em lugares com desastres, secas, terremotos etc.
· Classificação das migrações internas:
· Nomadismo: deslocamento de indivíduos sem residência fixa;
· Pendulares: deslocamento diário da população do local de residência para local de trabalho/estudo;
· Sazonal: deslocamento temporário de indivíduos dentro de uma área. Exemplo: férias no litoral;
· Transumância (movimento sazonal):
· Movimento de indivíduos de acordo com as estações do ano ou os períodos de colheita;
· Ligada à agricultura: deslocamento de trabalhadores rurais, denominados boias-frias, de acordo com os períodos de colheita;
· Ligada à pecuária: deslocamento dos animais (principalmente o gado) de acordo com as estações do ano.
· Êxodo rural:
· Nos países desenvolvidos, a principal causa é a mecanização do campo;
· Nos subdesenvolvidos, é a precária condição de vida no campo e a atração das grandes cidades;
· Os migrantes:
· Aumentou-se o número de migrantes em 23% entre 2010 e 2019;
· Segundo a ONU, em 2016, cerca de 244 milhões de habitantes já haviam deixado seu país de origem;
· Desse total, cerca de 15% migram por perseguição política, seca e outras catástrofes; a maioria dos restantes são migrantes por motivos econômicos;
· Em 2015, cerca de 2 a cada 3 migrantes internacionais viviam na Europa ou na Ásia;
· Cerca de metade dos migrantes nasceram na Ásia;
· Países com as maiores diásporas do mundo: 1º) Índia; 2º) México; 3º) China; 4º) Rússia; 5º) Síria;
· Até 2009, a maioria dos imigrantes viviam em países desenvolvidos;
· Porém, com a estagnação econômica de alguns países desenvolvidos, hoje cerca de 60% das migrações ocorrem entre países em desenvolvimento;
· EUA, Alemanha, Rússia, Arábia Saudita, Reino Unido e Emirados Árabes, nessa ordem, são os países com maiores números de imigrantes;
· Regiões que mais recebem imigrantes (2019):
· Europa (82 milhões);
· América do Norte (59 milhões);
· Norte da África e Ásia Ocidental (49 milhões).
· A intensificação das migrações internacionais nas últimas duas décadas, veio acompanhada de muitas proibições e restrições;
· No Brasil, muitos imigrantes chegam em situação irregular; assim, não usufruem dos direitos reservados aos demais trabalhadores.
· Refugiados:
· A maioria se movimenta entre países da mesma região;
· Segundo o ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), há no mundo 65,6 milhões de refugiados;
· O conflito na Síria continua fazendo com que o país seja o local de origem da maioria dos refugiados;
· Porém, em 2016, um novo elemento de destaque foi o Sudão do Sul, onde a ruptura dos esforços de paz levou ao êxodo de muita gente;
· Crianças representam metade dos refugiados no mundo;
· No Brasil, os países com maiores números de solicitantes de refúgio são Venezuela, Cuba, Angola, Haiti, Síria;
· Apesar do número de solicitações gerais ter diminuído, houve um aumento expressivo de solicitações de venezuelanos;
· O Brasil, de forma geral, não tem uma taxa de imigração expressiva.
· Estados Unidos:
· É o país com o maior número de imigrantes;
· A fronteira com o México é o mais movimentado corredor de imigração do mundo;
· Após as Grandes Guerras, latino-americanos e asiáticos se tornaram os principais imigrantes do país;
· Cerca de 10% da população norte-americana é constituída por imigrantes e 27% destes são mexicanos.
· Europa:
· Após a Revolução Industrial, foi a mais importante zona de repulsão do globo;
· Os países europeus foram os maiores responsáveis pela colonização da América, África e Ásia;
· Após a Segunda Guerra, com a reconstrução econômica europeia, esses fluxos migratórios de inverteram;
· A partir da década de 1970, tornou-se o maior polo de atração proveniente das antigas colônias (processo de descolonização);
· Houve também grandes imigrações do Oriente Médio (países em guerra) e países pobres da África, Ásia e América;
· Isso provocou uma onda de xenofobia, devido ao aumento do desemprego em muitos países do continente;
· Antes da década de 1970, a chegada de imigrantes não era um problema, pois eram mão de obra barata;
· Alemanha e Inglaterra são os países europeus com mais imigrantes.
· África:	
· Há regiões que são polos de atração e outras de repulsão:
· Atração: África do Sul (única economia industrial do continente), produtores de petróleo do Golfo da Guiné e Costa Atlântica;
· Repulsão: Sudão do Sul, Somália, Líbano etc.;
· Na Nigéria, por conta o Boko Haram, há crise nas fronteiras.
· Ásia:
· Síria e Afeganistão são os principais países de origem dos refugiados;
· Os imigrantes asiáticos se dirigem há tempos aos EUA, Europa e, mais recentemente, para o Golfo Pérsico;
· Na década de 1980, Japão e, em menor escala, Coreia do Sul, Taiwan e Cingapura tornaram-se fortes zonas de atração;
· Golfo Pérsico:
· Foi uma zona de forte atração na década de 1970, devido à elevação do preço do petróleo (maior oferta de emprego);
· Esse fenômeno vem mudando, devido aos constantes conflitos na região; 
· Há um grande fluxo de refugiados que deixaram a região.
· Migrações internas no Brasil:
· Considerações:
· Até a década de 1940, o crescimento demográfico do Brasil se deu por imigração, e depois disso por crescimento vegetativo;
· O Brasil, no geral, não tem um grande saldo migratório, mas cidades industriais e médias, sim (deslocamentos internos);
· O Norte e o Centro-Oeste são as regiões com o maior número de população não nativa;
· Hoje há um aumento no número de migrações internacionais;
· A partir da década de 1980, com crises econômicas e o desemprego, muitos brasileiros emigraram (fluxo migratório negativo);
· Porém, a partir de 2008, com a crise financeira mundial, o Brasil deixa de ser um país emigratório;
· Imigrações importantes:
· Portugueses (1530-1980): viram em maior número e tiveram maior capilaridade; porém, há uma inversão no fluxo a partir de 1986;
· Italianos;
· Espanhóis;
· Alemães.
· Migrações antigas pelo território:
· Sempre estiveram ligadas ao processo de mudança na economia e a criação de novos polos de desenvolvimento;
· Criação de gado no Sertão nordestino, quando nordestinos deixaram a zona da mata, devido à decadência da cana;
· Mineração no século XVIII, quando nordestinos e paulistas se deslocaram para Minas Gerais;
· Cultura do café, que determinou o novo movimento migratório (nordestinos e mineiros) para São Paulo e Paraná, entre os séculos XIX e XX;
· Coleta do látex, entre os séculos XIX e XX, na Amazônia e no Acre, principalmente por nordestinos;
· Surto algodoeiro na década de 1930, atraindo nordestinos e mineiros para São Paulo.
· Migrações internas mais recentes:
· Década de 1950:
· Saída de nordestinos rumo ao Centro-Oeste para trabalhar na construção de Brasília, oschamados candangos;
· Período denominado “Marcha para Oeste”.
· Décadas de 1950 e 1960:
· Saída de nordestinos, principalmente, rumo ao Sudeste motivada pela industrialização desta região;
· Também secas e más condições de vida no Nordeste;
· Rio de Janeiro e São Paulo recebem o maior número de imigrantes.
· Décadas de 1960 e 1970:
· Mais saída de nordestinos rumo ao Sudeste, Centro-Oeste (Mato Grosso) e Sul (Paraná);
· A partir de 1967, com a criação da ZFM, ocorreu uma intensa migração de nordestinos rumo à Amazônia, principalmente Manaus;
· Esse processo, em grande parte, foi orientado pelo Governo Federal (política de “Integrar para não entregar”).
· Décadas de 1970 a 1990:
· Migração sulista rumo ao Centro-Oeste, devido à expansão da fronteira agrícola;
· Nordestinos rumo à Amazônia (agropecuária e garimpo);
· Nessa época, as regiões Norte e Centro-Oeste foram as com maior taxa de crescimento populacional do país.
· Pós-década de 1990:
· Aumento das migrações intrarregionais;
· Aumento da migração de retorno rumo ao Nordeste (porém, a migração Nordeste-Sudeste ainda é maior);
· Paraná e Rio Grande do Sul também apresentam grande migração de retorno;
· Hoje, com a crise econômica, a migração de retorno perde intensidade;
· Aumento da expansão da soja em novas regiões de fronteira agrícola do país, principalmente MAPITOBA;
· Migração de trabalhadores qualificados do Sudeste (engenheiros e agrônomos) rumo às regiões agropecuárias do Centro-Oeste.
· Emigração brasileira:
· Do início da década de 1980, muitos brasileiros se transferiram para os EUA, Japão e União Europeia;
· Principais destinos dos emigrantes brasileiros hoje: 1º) Estados Unidos; 2º) Portugal; 3º) Paraguai; 4º) Japão;
· Dentre os que foram para o Paraguai, o fizeram por busca por terras baratas e uma carga tributária menor;
· Muitos desses brasileiros imigraram para lá clandestinamente;
· Porém, desde a crise econômica de 2008, o Brasil passou a receber mais imigrantes, principalmente de países latino-americanos;
· Além disso, muitos brasileiros que moravam no exterior retornaram;
· A emigração brasileira só voltou a crescer em 2015, com o agravamento da crise financeira aqui.
· Diversidade étnica do Brasil:
· País miscigenado:
· Pardos: 46,7%
· Brancos: 44,2%
· Negros: 8,2%
· Índios, amarelos e outros: 0,9%
· Negros:
· Segundo estimativas, ingressaram no país pelo menos 4 milhões de negros, entre 1550 e 1850;
· Trazidos para atender à demanda por escravos;
· Dos grupos principais: sudaneses e bantos.
· Índios:
· Concentrados no Norte e no Centro-Oeste (no Censo de 2010, havia 896 mil índios no Brasil);
· Não há consenso quanto à quantidade de indígenas que viviam aqui antes da chegada dos portugueses;
· Estimativas indicam que é entre 1 e 6,8 milhões, pertencentes a várias etnias;
· Entre 1500 e os dias atuais, sofreram um intenso genocídio:
· Doenças trazidas e que os índios não tinham imunidade;
· Guerras contra os colonizadores.
· Muitos povos sofreram também o etnocídio, pois muitos passaram a adotar hábitos dos colonizadores;
· A partir da metade do século passado, verificou-se uma tendência de aumento do contingente indígena, principalmente pela demarcação de suas terras.
· Principais imigrantes:
· Portugueses:	
· Foi a imigração mais importante, pois sua entrada iniciou em 1530 e se estendeu até 1980;
· Além de serem numericamente mais significativos, tiveram maior capilaridade pelo território;
· Porém, a partir de 1986, começou ocorrer uma inversão do fluxo, explicada principalmente pela entrada de Portugal na UE;
· Como há livre circulação de pessoas na UE, muitos usavam o país ibérico como porta de entrada para outros países;
· Isso fez com que os demais países da União pressionassem Portugal para dificultar a entrada de brasileiros.
· Outros povos:
· A segunda maior imigração foi de italianos; a terceira, de espanhóis; a quarta, de alemães;
· A partir de 1850, o Governo criou incentivos à vinda de imigrantes europeus para substituir a mão de obra escrava;
· Medidas divulgadas na Europa: financiamento de passagem e garantia de emprego, com moradia, alimentação e salário;
· Porém, essa propaganda se revelou enganosa, pois escondia o que ficaria conhecido como escravidão por dívida;
· No Sul, os imigrantes formavam colônias de povoamento que prosperaram, no geral, bastante;
· Portugueses, alemães, poloneses, italianos fundaram várias cidades no Sul;
· Os espanhóis não fundaram cidades, mas se espalharam pelos grandes centros urbanos do Centro-Sul.
· Japoneses:
· Chegaram no Brasil em 1908;
· O destino de quase todos foram as lavouras de café de São Paulo e norte do Paraná;
· Também sofreram com a escravidão por dívida e tiveram dificuldade de adaptação e integração social e cultural;
· As diferenças sociais e o medo da escravidão, levou-os a criar núcleos de ocupação pouco integrados à sociedade;
· Gradativamente, tornaram-se pequenos e médios proprietários;
· Na década de 1980, muitos dos seus descendentes migraram para o Japão (Dekasseguis) para trabalhar em linhas de produção;
· Com a crise de 2008 e o aumento do desemprego no Japão, esse fluxo se estagnou e muitos voltaram ao Brasil;
· Os japoneses estão localizados, principalmente, na cidade de São Paulo.
· Estrutura ocupacional:
· População em idade ativa (PIA):
· Classificação étnico-profissional que compreende as pessoas teoricamente aptas a exercer atividade econômica;
· No Brasil, a PIA é composta por toda população de 10 ou mais anos de idade;
· A população com menos de 10 anos é chamada de População em Idade Economicamente não Ativa (PINA);
· A população em idade ativa é classificada em PEA e PNEA.
· População Economicamente Ativa (PEA):
· Pessoas que estão em condições de trabalho;
· Constituída também por pessoas desocupadas, mas dispostas a trabalhar;
· Trabalhadores ocupados, sejam empregados (registrados ou não), autônomos, empregadores ou não remunerados.
· PEA no Brasil: 
· 57%: homens;
· 43%: mulheres.
· População Não Economicamente Ativa (PNEA):
· Constituída por desalentados (aqueles que estão dispostos a trabalhar, mas estão desestimulados a buscar emprego);
· Inativos (aposentados, estudantes que não trabalham, inválidos e crianças).
· Considerações:
· Os países com menores taxas de natalidade e de mortalidade são os que têm maior proporção de população ativa;
· No Brasil, embora a lei proíba, 3 milhões de crianças e 4,6 milhões de adolescentes estavam trabalhando em 1990;
· Em 1995, entre pessoas de 10 e 14 anos, praticamente 3,3 milhões (4,7%) faziam parte da PEA.
· Setores da Economia:
· Classificação por setores:
· Primário: agrupa atividades agropecuárias, extrativismo vegetal e pesca;
· Secundário: indústria, construção civil e extrativismo mineral;
· Terciário: reúne atividades comerciais e de serviços (educação, comunicação, administração pública etc.);
· Quaternário: abrange a pesquisa de alto desenvolvimento tecnológico (biotecnologia, robótica, aeroespacial etc.).
· Setor terciário é diferente de 3º setor:
· Primeiro setor: povo;
· Segundo setor: livre iniciativa (mercado);
· Terceiro setor: organizações sem fins lucrativos.
· Setor informal:
· Trabalhadores que não participam do sistema tributário, não têm carteira assinada e direitos trabalhistas;
· Em 2002, o setor informal abrigava 30% da PEA nas nações desenvolvidas, 60% na América Latina e 90% na Índia;
· A diferença entre população ocupada e PEA costuma ser mínima até a década de 70, quando apenas 3 ou 4% da PEA estava desempregada;
· Após a 3ª Revolução Industrial e a consolidação da globalização, houve um aumento da taxa de desemprego;
· Hoje, há países que atingem 30% de desemprego;
· Distribuição da PEA:
· É uma medida de desenvolvimento econômico de uma sociedade;
· Nos países desenvolvidos, a diminuição da PEA nos setores primário e secundário não significava o enfraquecimento desses setores;
· Significava a transformação do campo e da indústria através de modernas formas de produção, que “economizavam” mão de obra;
· Países da África, Ásia meridional, e alguns da AméricaLatina apresentam predomínio do setor primário;
· Países desenvolvidos, no geral, apresentam absorção mínima da força de trabalho no setor primário, quase sempre inferior a 10%;
· Isso porque a Revolução Industrial foi acompanhada de uma revolução agrícola, que liberou a força de trabalho do campo para a cidade;
· Em alguns países da antiga URSS, houve uma industrialização tardia e intensa, o que prejudicou outros setores;
· Hoje, o setor secundário já reduziu sua absorção da força de trabalho, direcionando boa parte para o terciário;
· Alguns países subdesenvolvidos tiveram rápidas transformações sociais por terem uma industrialização dependente;
· A PEA empregada no primário transferiu-se intensamente para o terciário, causando um inchaço ou hipertrofia desse setor.
· Indicadores Sociais:
· IDH (Índice de Desenvolvimento Humano):
· Usado pelo programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para medir o grau de desenvolvimento social de um país;
· Variáveis consideradas:
· RNB (Renda Nacional Bruta) per capta: indicador econômico;
· Média dos anos de escolaridade e anos de escolaridade esperados;
· Expectativa de vida ao nascer.
· Varia de 0 a 1: quanto mais próximo de 1, melhor é;
· Muito alto desenvolvimento humano: 
· Noruega (0,953);
· Suíça (0,944);
· Austrália (0,939).
· Alto desenvolvimento humano:
· Cuba (0,777);
· Venezuela (0,761);
· Brasil (0,759).
· Coeficiente de Gini:
· Adotado internacionalmente para medir a concentração de renda de um país;
· Quanto mais próximo de 0, menor é a desigualdade;
· O Brasil é um dos países com maior índice de concentração de renda;
· Um estudo realizado pelo PNUD demonstra que houve melhora no coeficiente de Gini brasileiro (redução de 7% entre 2001 e 2007);
· A queda desse índice continua e é a mais duradoura dos últimos 30 anos, porém ainda está longe do ideal;
· Contudo, observa-se que a concentração de renda voltou a aumentar em 2018 no país;
· Motivos para a concentração de renda:
· Sistema tributário ruim;
· Inflação (quase sempre não repassa integralmente aos salários).
· Índice de Desenvolvimento Humano Municipal:
· É uma medida composta de indicadores de três dimensões do desenvolvimento humano: longevidade, educação e renda;
· Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano;
· adequa a metodologia global ao contexto brasileiro e à disponibilidade de indicadores nacionais;
· Embora meçam os mesmos fenômenos, os indicadores levados em conta no IDHM são mais adequados para avaliar o desenvolvimento dos municípios brasileiros.
· População paranaense:
· Imigração no Paraná:
· O Paraná é um dos estados com maior diversidade étnica do Brasil;
· O estado foi colonizado por 28 etnias;
· Começo da imigração:
· Foram feitas propagandas na Europa mostrando o Paraná como uma terra de oportunidades;
· Porém, essas propagandas eram, muitas vezes, enganosas o que levou muitos colonos a abandonarem a província;
· Por exemplo, em 1860 foi fundada a colônia Assungui (atual Cerro Azul);
· Porém, a falta de infraestrutura deixava-a em condição de isolamento, fazendo com que muitos a abandonassem.
· Linismo:
· O presidente do Paraná, Adolfo Lamenha Lins (1875-1877), permitiu e incentivou a formação de várias colônias;
· Sua intenção era que os imigrantes pudessem adquirir em condições facilitadas bons lotes de terra;
· Para isso, construiu estradas e pontes, para permitir o melhor escoamento da produção e evitar o isolamento;
· Colônias fundadas: Orleans, Santo Inácio, Lamenha etc.;
· Essa política foi criticada pelos que defendiam que as colônias deveriam ser para colonos pobres nacionais;
· A partir de 1885, depois de uma crise na imigração, Alfredo de Taunay retorna a essa política imigratória.
· Portugueses:
· Presença sempre marcante e intensa;
· Paranaguá possui a maior parte desses imigrantes;
· No Norte do Paraná, ainda hoje os portugueses se destacam por suas fortes atividades comerciais.
· Alemães:
· Foram os primeiros não ibéricos a chegar no Paraná, no ano de 1829, fixando-se em Rio Negro;
· Essa iniciativa veio do comerciante João da Silva Machado, o Barão de Antonina;
· A imigração alemã no Paraná se estendeu até meados do século XX;
· Durante a 1º e a 2º Guerras Mundiais, muitos alemães se espalharam pelo Paraná;
· Trouxeram consigo atividades tradicionais, como a agricultura, a olaria, a marcenaria e a carpintaria;
· Principais concentrações: Rolândia, Cambé, Rio Negro e, principalmente, Marechal Cândido Rondon (maior colônia alemã).
· Espanhóis:
· Formaram suas colônias em Jacarezinho, Wenceslau Brás, Santo Inácio da Platina;
· Imigração mais interna entre 1942 e 1952;
· Principais atividades: comércio e indústria moveleira.
· Holandeses:
· Vieram para o estado por volta de 1909 e se fixaram em Irati;
· Algumas famílias não se adaptaram e voltaram para a Holanda;
· Outras, que permaneceram, fundaram a Companhia Holandesa de Laticínios em 1925, que é destaque até hoje.
· Italianos:
· Contribuíram muito para o trabalho nas lavouras de café e, posteriormente, em outras culturas, além da indústria;
· No Norte do Paraná, praticamente não há cidades sem a presença de italianos;
· Fundaram a colônia anarquista de Santa Cecília.
· Poloneses:
· Chegaram ao Paraná em 1871, transmigrados de Brusque, SC;
· Principais concentrações: Mallet, Cruz Machado, Ivaí, São Mateus do Sul e Curitiba (Santa Cândida e Abranches).
· Árabes:
· Foz do Iguaçu tem a maior concentração de Árabes do Paraná;
· Além da influência gastronômica, influenciaram a música, a dança e a arquitetura;
· Se instalaram primeiramente em Paranaguá;
· E depois: Londrina, Maringá, Curitiba, Lapa, Ponta Grossa, Cerro Azul e Guarapuava;
· Japoneses:
· Maringá, Londrina, Uraí, Assaí são grandes núcleos de presença japonesa, sendo as duas últimas fundadas por japoneses;
· Em 2008, tivemos o centenário da imigração japonesa no Brasil;
· Dirigiram-se principalmente para as lavouras de café de São Paulo e Paraná;
· Dedicaram-se também a: psicultura, cultivo de hortaliças, fruticultura e a introdução do bicho-da-seda;
· Distribuição da população paranaense:
· Total: 11.433.957 de habitantes (2019);
· Maior população da região Sul;
· O Centro-Sul é uma das regiões mais urbanizadas do estado;
· Indicadores demográficos:
· 5ª Unidade da Federação mais populosa (1ª: São Paulo; 2ª Minas Gerais; 3º Rio de Janeiro; 4ª Bahia);
· Densidade demográfica: 52,4 hab./km²;
· 85,3% da população é urbana e 14,7 é rural;
· Taxa de fecundidade: 1,86 filhos por mulher;
· IDH do estado: 0,820 (5º do país):
· Curitiba (0,850);
· Maringá (0,806);
· Dr. Ulysses (0,570).
· O maior e o menor IDH encontram-se na mesorregião metropolitana de Curitiba.
· 399 municípios.
· População acima de 500 mil habitantes: Curitiba e Londrina;
· População de 100 mil a 500 mil: 16 municípios;
· População de 50 mil a 100 mil: 14 municípios;
· População de até 2 mil habitantes: 5 municípios;
· A maior concentração de municípios é de cidades pequenas, de até 20 mil habitantes (307 municípios);
· A maior concentração populacional ocorre na Região Metropolitana de Curitiba (leste) e região norte (Maringá e Londrina).
· Composição da população do estado:
· Brancos (70,6%);
· Pardos (25,35%);
· Negros (3,15%);
· Amarelos (1,19%);
· Indígenas (0,25%).
· Indicadores sociais:
· Segundo dados do último censo demográfico, o Paraná ainda é uma região de evasão migratória (é um dos estados com menores índices de crescimento populacional);
· Porém, referente ao quinquênio 1995-2000, essa taxa evasiva diminuiu;
· O Paraná tem crescimento populacional abaixo da média nacional:
· Saldo migratório negativo;
· Taxas de fecundidade menor do que outras regiões do país.
· Taxa de fecundidade:
· Atualmente, o Paraná possui uma taxa de fecundidade acima da média nacional, com média de 1,86 filhos por mulher;
· No Brasil, a média atual é de 1,77 filhos por mulher;
· Projeção paranaense para 2060: 1,68 filhos por mulher.
· Taxa de natalidade:
· A população paranaense deve crescer até o ano de 2047 e, a partir daí, começar a diminuir (projeção do IBGE);· Segundo a projeção, a população do estado deve alcançar 12,5 milhões de habitantes em 2047 e 12,3, em 2060;
· A diminuição ocorrerá por fluxos migratórios negativos e a diminuição da taxa de fecundidade;
· Expectativa de vida:
· Até 2060, as mulheres paranaenses devem ter a segunda maior expectativa de vida ao nascer, com 87 anos;
· Já os homens devem viver em média 80 anos;
· Atualmente a expectativa de vida de homens no Paraná é de 77,2 anos;
· Em 2036, o número de pessoas com mais de 65 anos deve ultrapassar a taxa da população com menos de 15 anos.
· Taxa de mortalidade infantil:
· Representa o número de mortes de crianças no primeiro ano de vida;
· A taxa de mortalidade infantil no Paraná é de 8,6 para cada mil nascimentos;
· A taxa de mortalidade infantil no Brasil é de 13,9 para cada mil nascimentos.

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