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Campinas 2019 Parasitologia Veterinária Aplicada 4º Semestre – Noturno Thichostrongylus spp Haemonchus contortus Ostertagia ostertagi 1. Trichostrongylus spp As espécies de Trichostrongylus são nematóides pequenos, de coloração vermelho-acastanhados, os machos apresentam 5,5mm de comprimento e as fêmeas até 7,5mm, seus ovos tem casca fina e se desenvolvem dentro da fêmea, ou seja, são ovovivíparos, possuem cápsula bucal onde é pouco aparente, sua cutícula é lisa ou estriada com prolongações, são importantes do ponto de vista veterinário pois atinge muitos mamíferos. Tem como hospedeiro herbívoros como os ovinos, caprinos e bovinos, ocasionalmente afeta suínos e homens. As infecções ocorrem pela ingestão de larvas infectantes em vegetais, água contaminada ou penetração infrequente na pele, os vermes adultos vivem no intestino delgado sendo assim o diagnósticos são feitos através de exame de fezes onde é encontrados ovos, o exame se torna de difícil identificação pois os ovos são muito parecidos com ancilóstomo. Considerando o clima e as condições socioeconômicas, a situação ambiental e o estilo de vida humano nas áreas rurais são consideradas uma área endêmica de tricostrongilíase, a maioria dos residentes rurais nesta área são trabalhadores de arroz e criadores de gado e por terem mais contato desta forma podem desenvolver diferentes infecções parasitarias. A penetração das larvas no intestiono pode ocasionar hemorragias e perdas de proteínas plasmáticas (hipoalbuminemia e hipoproteinemia), sendo assim, os sinais clínicos quando em infeccções maciças, os hopedeiros apresentam diarréia escurecida e perda de peso, em infecções leves pode ocorrer inapetência e retardo no crescimento. O diagnóstico é realizado através do exame de fezes pela contagem de ovos, ou por uma cultura das fezes, identidicando as larvas. A profilaxia tem como objetivo reduzir a contaminação das pastagens por larvas de helmintos e a carga parasitária de formas imaturas e adultas nos animais, a rotação de pastagens também auxilia para que aconteça o vazio sanitário e com isso o pasto seja manejado para evitar a contaminação, outra vantagem é evitar o deslocamento de animais por longas distâncias nos períodos secos, que por ser uma época crítica, de pouca disponibilidade de pastagens. https://en.wikipedia.org/wiki/Nematode https://en.wikipedia.org/wiki/Small_intestine 2. Haemonchus contortus Haemonchus contortus é uma espécie de nemátodo parasita de ruminantes, ocorre com maior frequência nas regiões mais quentes e secas do planeta, o parasita é encontrado no abomaso e fácil de identificar os machos pois são bem maiores. O ciclo de vida deste hospedeiro é direto apresentando um período de desenvolvimento no hospedeiro, chamado de fase parasitária e outra no ambiente, esta última fase inicia-se com a liberação dos ovos no ambiente juntamente com as fezes e quando em condições ambientais favoráveis estes ovos eclodem e chegam até a fase L3, que é a larva infectante. Após a ingestão das larvas, estas evoluem no tubo digestivo para a fase. Essa enfermidade é facilmente disseminada no rebanho devido a ingestão do pasto contaminado com a larva em sua fase infectante, é um parasita difícil de ser eliminado totalmente tanto do ambiente quanto no animal seu ciclo necessita de poucos fatores para ser iniciado, assim como, uma temperatura adequada para o desenvolvimento de seus ovos no ambiente. Os animais acometidos apresentam os seguintes sinais clínicos mucosas hipocoradas, emagrecimento progressivo, apatia, anorexia, fraqueza e diarreia, com isso, pode levar o animal a desenvolver hipoproteinemia, causando edemas e posteriormente uma ascite e anemia, processos inflamatórios no abomaso e infecções secundárias, morte por gastrite hemorrágica grave. Diagnóstico é realizado pelo coproparasitológico e método OPG (George & Whitlock). O tratamento é feito pelos medicamentos, levamizol, febendazol, albendazol e ivermectina. A profilaxia deve basear-se sempre em conhecimentos sobre epidemiologia e ciclo de vida dos helmintos prevalentes na região e do impacto da doença e valorização dos custos e benefícios que advêm do seu combate, manejo adequado que visa reduzir a contaminação da pastagem com L3 poderá representar um avanço no controle das verminoses, reduzindo assim o uso de antiparasitários para a profilaxia de helmintoses. https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie https://pt.wikipedia.org/wiki/Nem%C3%A1todo https://pt.wikipedia.org/wiki/Ruminante 3. Ostertagia ostertagi Ostertagia ostertagi, vulgarmente conhecido como verme do estômago médio ou verme do estômago marrom, é um nematóide parasitário dos bovinos infectados pela larva L3, o parasita também pode ser encontrado em menor frequência em ovelhas, cabras e equinos, sendo que em bovinos é potencialmente fatal e torna-se de muita importância para pecuária economicamente. O parasita tem um ciclo de vida que consiste em dois estágios, o estágio de vida livre e o estágio parasitário no hospedeiro, os ovos de fêmeas maduras ficam no abomaso e são passados nas fezes e assim ocorre a eclosão onde as larvas passam de L1 a L2. Ocorre em bezerros da primeira estação de pastejo, mas pode afetar animais maduros, a infecção resulta em ganho de peso e taxa de crescimento reduzidos, queda na eficiência reprodutiva e também ocorre a queda na produção de leite. O principal sintoma clínico da ostertagiose bovina é a diarreia aquosa e geralmente é acompanhada de apetite reduzido, além de desidratação, polidipsia, anorexia, apatia, mucosas hipocoradas. Sendo assim, pode ocasionar abomasite, a alimentação dos parasitas pode causar hemorragias pela liberação de anticoagulante gerando uma hipoproteinemia e anemia nos animais. Os vermes podem ser vistos e identificados prontamente no abomaso e pequenas petéquias podem ser visíveis onde os vermes estão se alimentando, as lesões mais características das infecções são múltiplos nódulos pequenos, eles podem ser discretos e ficam no fundo e podem cobrir toda a mucosa do abomaso e em casos graves o edema pode se estender sobre o abomaso até o intestino delgado e o omento. Quando examinadas histologicamente, as glândulas gástricas abomasais contêm larvas em diferentes estágios de desenvolvimento, o que resulta em hiperplasia e distensão das glândulas e achatamento do epitélio glandular, frequentemente diferenciada pela presença de um número aumentado de leucócitos. Diagnóstico é obtido a partir de exames como coprocultura (Robert’s O’sullivan) e OPG (Gordon & Whitlock). Entre as medidas profiláticas temos, vacinação e desparasitação do animal afetado e colocação de bolus intraruminais, além do tratamento antihelmíntico https://en.wikipedia.org/wiki/Nematode https://en.wikipedia.org/wiki/Parasitic https://en.wikipedia.org/wiki/Egg https://en.wikipedia.org/wiki/Abomasum https://en.wikipedia.org/wiki/Faeces https://en.wikipedia.org/w/index.php?title=Reproductive_efficiency&action=edit&redlink=1 https://en.wikipedia.org/wiki/Milk_production https://en.wikipedia.org/wiki/Diarrhoea https://en.wikipedia.org/wiki/Anorexia_(symptom) https://en.wikipedia.org/wiki/Petechiae https://en.wikipedia.org/wiki/Hyperplasia
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