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Moniezia sp

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Descrição – A Moniezia é um cestoide que parasita 
o intestino delgado de ruminantes podendo causar 
sérios prejuízos como o menor ganho de peso, maior 
mortalidade, menor ganho de rendimento de 
carcaça, menor produção de leite e gastos com 
anti-helmínticos e mão de obra; 
- Este helminto é encontrado mundialmente e 
apresenta duas espécies importantes a Moniezia 
expansa e a Moniezia benedeni; 
- Os hospedeiros definitivos são os ruminantes, mas 
para completar seu ciclo evolutivo este parasita 
precisa de um hospedeiro intermediário, um ácaro 
de vida livre. 
CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS FORMAS ADULTAS 
- Escólex com ventosas bem visíveis; 
- Pescoço fino e longo; 
- Aparelho genital duplo; 
- Atinge 4,5 a 6 metros; 
 
 
Moniezia expansa 
- HD: Ruminantes - Ovinos (principalmente) e 
caprinos; 
- HI: Oribatídeos (ácaros cryptostigmata) 
 
- Local da forma adulta: intestino delgado; 
-Local da forma larval: Hemocele de ácaros 
oribatídeos; 
- Forma Larvar: cisticercóide; 
- Características da forma adulta: Glândulas 
interproglotidianas espalhadas nas bordas das 
proglotes; 
Moniezia Benedeni 
- HD: Ruminantes - Bovinos, excepcionalmente em 
ovinos; 
- HI: Oribatídeos; 
- Local forma adulta: Intestino Delgado; 
- Local da forma larval: Hemocele de ácaros 
oribatídeos; 
- Forma Larvar: Cisticercóide; 
- Características da forma adulta: Glândulas 
interproglotidianas comprimidas no terço mediano 
das bordas das proglotes; 
Epidemiologia – Essa patologia afeta animais de todas 
as idades, embora filhotes com até 1 ano de vida 
apresentem uma maior susceptibilidade; 
- Embora sejam pouco patogênicos, em grandes 
infecções de cordeiros jovens pode levar a redução 
do peso corporal reduzindo assim a qualidade da lã; 
- A parasitose causa queda na produção de leite e 
carne por todo o mundo; 
- Sua ocorrência depende do microclima, sendo o 
aumento das infecções parasitárias justificado por 
alterações no índice pluviométrico, porém o excesso 
hídrico, bem como a falta, prejudica o 
desenvolvimento de larvas infectantes no pasto; 
- A prevalência é grande nos rebanhos do Brasil, 
podendo ocorrer durante todos os meses do ano, haja 
vista um aumento no número de casos no final do mês 
de setembro (período de estiagem); 
- Estas espécies de cestoides, geralmente não 
causam enfermidade grave, porém competem com o 
hospedeiro pelos nutrientes ingerido, representando 
uma perda na produção de leite e carne; 
Ciclo biológico – As proglotes grávidas ou ovos são 
eliminados nas fezes e no pasto são ingeridos por 
ácaros e nesses se desenvolvem as formas larvares; 
- O hospedeiro definitivo se contamina ingerindo 
acidentalmente os ácaros nas pastagens. As formas 
adultas se fixam no intestino delgado onde ocorre 
maturação e fecundação das proglotes; 
- Em fases, temos: 
1. Proglotes maduros são eliminados no lúmen 
intestinal e se dissolve pelo trajeto em cadeias ou 
isolados; 
2. Ovos eliminados com as fezes no ambiente; 
3. Ácaros ingerem os ovos piriformes ficam retidos 
na hemocele do hospedeiro; 
4. Se transformam em larvas cisticercoides; 
5. O hospedeiro definitivo ingere os ácaros 
contaminados; 
6. O suco gástrico rompe a membrana larval e libera 
o embrião; 
7. Embrião se fixa na mucosa intestinal atinge forma 
adulta e maturidade sexual; 
 
Transmissão – Nenhuma das spp. são transmissíveis 
para humanos; 
Sinais clínicos – Infecções Iniciais: Mucosa pálida 
(úlceras), emagrecimento, sede, aumento do volume 
abdominal, constipação, diarreia, caquexia, marcha 
difícil e morte; 
- Infecções moderadas e sucessivas: os animais 
adquirem imunidade relativa e pode apresentar um 
quadro subclínico; 
- Nessa fase, quando os parasitas atingem o estágio 
adulto, observa-se a eliminação de pequeno número 
de proglótides nas fezes; 
Diagnóstico – O diagnóstico é realizado com base no 
histórico, quadro clínico, epidemiologia e exame 
parasitológico para confirmação; 
- Clínico: por meio dos sinais clínicos; 
- Laboratorial: exame de fezes para busca de ovos; 
Tratamento – 
- Anti-helmínticos: niclosamida, praziquantel, 
bunamedina, e vários compostos benzimidazóis de 
amplo espectro; 
- Em regiões de clima temperado, o tratamento deve 
ser realizado nos bezerros ao final da primavera, 
quando a quantidade de ácaros recém-infectados no 
pasto será reduzida; 
Profilaxia – Frente à grande resistência anti-
helmíntica desenvolvida, alternativas de manejo 
devem ser estabelecidas complementando as medidas 
usuais de tratamento; 
- Além disso, deve-se arar e semear novamente o 
pasto para evitar o uso dos mesmos pastos por 
animais jovens em anos consecutivos;

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