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Primeiro socorro é o tratamento imediato e provisório, prestado no local do acidente até tratamento médico definitivo. · Suporte Básico de Vida (SBV) Técnicas utilizadas em vítimas que apresentam ameaça iminente de vida. Destinado para vítima que: não respira; sem batimentos cardíacos; apresenta obstrução das vias aéreas; com fibrilação. 1. Identificar o tipo de emergência: 1.1. Emergência clínica: desequilíbrio no organismo; exigem atenção médica 1.1.2. Emergências Respiratórias Qualquer doença ou lesão que leve a vítima para de respirar ou onde o corpo não receba oxigênio suficiente. Ocorre por: obstrução das vias aéreas; asma; afogamento; choque anafilático; envenenamento; choque elétrico; lesão no tórax. Após 4 minutos sem oxigênio, as células do cérebro começam a morrer, e depois de 6 minutos é provável o dano cerebral e morte. Conceitos Básicos da Respiração Frequência respiratória: número de movimentos respiratórios por minuto. Frequência respiratória em repouso Adulto 12 a 20 por minuto Criança 20 a 30 por minuto Bebê 30 a 60 por minuto Dispneia: deficiência na oxigenação dos tecidos orgânicos. Apneia: ausência de movimentos respiratórios. Bradipneia: redução dos movimentos respiratórios. Taquipneia: aceleração dos movimentos respiratórios. Hiperpneia (ou hiperventilação): aceleração e intensificação dos movimentos respiratórios. Cianose: coloração azulada na pele e mucosas. A vítima de cianose ou dispneia deve receber oxigênio por máscara. A emergência respiratória mais grave é a parada respiratória. Antes que esta ocorra, pode se apresentar uma insuficiência respiratória. Insuficiência Respiratória Vítima ofegante, respiração mais rápida ou mais devagar, produzindo sons diferentes ao respirar. Não completam uma frase sem parar para respirar. Sinais e Sintomas · Pele pálida, fria e úmida; · Lábios e unhas azuladas; · Tontura; · Desorientação; · Menos de 10 respirações por minuto (adulto). Tratamento Não esperar parada para iniciar as ventilações! Uma ventilação de 1 segundo a cada 5 segundos em adultos e crianças; 1 ventilação de um segundo a cada 3 segundos em bebês. Observe a elevação torácica Avalie o pulso a cada 2 minutos Parada Respiratória Ausência de fluxo de ar por falta de movimentos respiratórios Sinas e Sintomas · Lábios, língua e unhas azuladas (cianose) · Ausência de movimentos respiratórios no peito; · Inconsciência. Tratamento · Mesmo utilizado na insuficiência · Ventile duas vezes com a máscara descartável ou a pocket mask · AMBU Ventilações: boca a boca; boca a nariz; boca a nariz e boca. Seus riscos e complicações são: infecções e intoxicações; lesão cervical; vômitos; próteses dentárias. MANOBRA DE HEIMLICH: caso de obstrução total das vias aéreas. Asma Doença alérgica crônica, caracteriza dificuldade de respirar por conta de alguma inflamação no sistema respiratório. SINAIS E SINTOMAS: Início repentino; ruídos respiratórios audíveis a curta distância; dipneia; tosse seca e persistente; ansiedade e medo; pele azulada. Choque Anafilático Reação alérgica grave e de rápida progressão SINAIS E SINTOMAS: dificuldade de respirar, chiado e sensação de aperto; inchaço; ansiedade e agitação; placas avermelhadas; coceira; parada respiratória. Afogamento Entrada violenta de água nos pulmões. SINAIS E SINTOMAS: pulso fino; respiração superficial e irregular; jugulares cheias (túrgidas); pupilas dilatadas. 1.1.3. Emergências Circulatória Infarto agudo do miocárdio e angina de peito. Conceitos básicos da circulação Frequência cardíaca em repouso Adultos (acima de 8 anos) 60 a 100 bpm Crianças (entre 1 e 8 anos) 70 a 130 bpm Bebês (abaixo de 1 ano) 80 a 150 bpm Bradicardia: menos de 60 bpm. Taquicardia: mais de 100 bpm. Infarto agudo do miocárdio (ataque cadíaco) Morte dos tecidos do músculo cardíaco. Pode levar à parada. Sinais e Sintomas · Dor forte e constante no peito, que se irradia pelo pescoço, ombros ou braços (dura 30 minutos); · Respiração curta; · Agitação; · Tontura e sensação de morte iminente; · Palidez, pele úmida e suor intenso; · Náusea Tratamento · Acione o serviço médico · Afrouxe as roupas da vítima e a coloque em posição de repouso; · 3 comprimidos de aspirina infantil (deve ser chupada e não engolida) · SBV e oxigênio se necessário. Angina de peito Dor torácica sem lesão do músculo cardíaco (deficiência da circulação coronariana) Sinais e Sintomas · Semelhantes ao infarto agudo · A dor dura menos de 10 minutos, podendo irradiar para a mandíbula, braço esquerdo e ombro. Tratamento · Medicação específica da vítima; · Caso a dor dure mais de 10 minutos, tratar como ataque. Parada Cardíaca A parada respiratória pode levar à parada cardíaca, provocando uma parada cardiorrespiratória (PCR), quando esta for identificada, deve-se iniciar a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) imediatamente. PCR Origem cardíaca (infarto agudo do miocárdio ou outra doença cardíaca), respiratória (doenças pulmonares, obstrução, etc) ou orgânica (intoxicação, overdose, etc). Sinais e Sintomas A vítima: não responde, não respira, tem ausência de pulso por 10 seg. Tratamento RCP imediatamente RCP Compressões torácicas + ventilações. Utilizada até a chegada do DEA ou do serviço médico de emergência. Não aplicada quando: 1. O local não for seguro 2. Houver sinais conclusivos de morte 3. Médico declarar a morte Em adultos Crianças Bebês 30:2 30:2 ou 15:1 30:2 ou 15:1 Profundidade de 5 a 6 cm 5 cm 4 cm Acidente Vascular Cerebral (AVC) Isquêmico (AVCI): entupimento de um vaso sanguíneo. Cerca de 80 % dos casos. Hemorrágico (AVCH): rompimento de um vaso sanguíneo. SINAIS E SINTOMAS: dormência em um dos lados do corpo; pupilas desiguais Estado de Choque Falta ou insuficiência de oxigênio nas células. SINAIS E SINTOMAS: palidez; pele fria e úmida; suor na testa e palma das mãos; frio e calafrios; náusea; visão nublada; pulso fraco e acelerado. Apresentando queda de pressão; respiração acelerada, curta e irregular; fraqueza; sede; perda de consciência. Desmaio Perda súbita dos sentidos. SINAIS E SINTOMAS: perda temporária de consciência; suor intenso; pele fria e pálida; visão embaralhada ou nublada; respiração lenta; pulso fraco e rápido. Convulsões Contrações involuntárias dos músculos causadas por atividade anormal no cérebro. SINAIS E SINTOMAS: perda de consciência; espasmos musculares incontroláveis; babar pela boca; atrito dos dentes; possibilidade da queda da base da língua; possibilidade de cianose ou parada respiratória; miccção involuntária; amnésia do ocorrido; dor de cabeça e fadiga após. Hipoglicemia Quantidade de glicose no sangue se encontra baixa. Leve: tontura; tremedeira; irritação; fome; sudorese; taquicardia; palidez Grave: perda de consciência; convulsões Hiperglicemia (diabetes) Excesso de glicose no sangue. SINAIS E SINTOMAS: aumento da vontade de urinar; sede excessiva; cansaço; alterações na respiração; hálito com odor adocicado; fome; visão embaçada; alteração de peso; cicatrização deficiente; infecções; cetoacidose diabética. Alterações Gastrointestinais Diarreia, enjoo, vômito, cólica, azia. DIARREIA: aumento do número de evacuações, geralmente com fezes amolecidas, de consistência pastosa ou líquida. CAUSA: água contaminada; excesso de bebida alcoolica; alimento estragado ou infectado; medicamentos ou doença inflamatória intestinal TRATAMENTO: hidratação; em casos extremos, procurar autoridade sanitária do aeroporto por risco de cólera. ENJOO: sensação de desconforto no estômago com possível vontade de vomitar. TRATAMENTO: antiemético. VÔMITO: expulsão de conteúdo gástrico pela boca. CAUSA: doenças do labirinto; intoxicação; obstruções intestinais; resposta a dores muito intensas. TRATAMENTO: uso do saco de enjoo; antiemético; poltrona reclinada; não deve se alimentar; em caso grave avisar o Comandante. CÓLICA: dor no estômago, intestino ou útero. TRATAMENTO: antiespasmódico AZIA: ardor no estômago, causado pela acidez de alimentação inadequada (excesso detempero ou gordura) TRATAMENTO: mudança de hábitos alimentares; antiácidos. Doenças Relacionadas à temperatura corporal HIPERTERMIA: elevação da temperatura corporal, o corpo absorve mais calor do que dissolve; é diferente da febre. SINAIS E SINTOMAS: iniciais: aumento da temperatura; transpiração intensa; respiração acelerada; pulso rápido e fino. Avançados: desidratação intensa; náusea e vômito; dores de cabeça; pressão arterial baixa; convulsões; tontura e desmaio; morte. TRATAMENTO: levar a vítima para um local fresco e ventilado, longe de raios solares; afrouxe ou retire as roupas; bolsa de gelo ou compressas frias; água ou bebida isotônica. FEBRE: reação orgânica que eleva a temperatura acima de 37,5° devido a infecções de qualquer natureza. Com o desaparecimento da causa, a febre desaparece também. SINAIS E SINTOMAS: transpiração intensa; sensação de frio; rubor da face; taquicardia; calafrios; sonolência; convulsões em certos casos TRATAMENTO: abaixo de 38° não é necessário; banhos mornos ou à temperatura ambiente; antipirético. INSOLAÇÃO E INTERMAÇÃO: insolação: elevação da temperatura corporal provocada pela ação direta dos raios solares; Intermação: elevação da temperatura corporal provocada po um ambiente fechado e aquecido. SINAIS E SINTOMAS: pele avermelhada e quente; suor pode cessar; respiração rápida; dor de cabeça; tontura; confusão mental; comportamento irracional; possibilidade de convulsão ou inconsciência. TRATAMENTO: procurar um local fresco, arejado e protegido dos raios solares; afrouxe ou retire suas roupas; resfrie a vítima; em caso de náusea, não dê à vítima nada para beber. HIPOTERMIA: queda da temperatura corporal abaixo de 37,5°, por exposição a ambiente frio. Deve ser tratada rapidamente para evitar o estado de choque. SINAIS E SINTOMAS: 35° - tremedeira, cianose (lábios roxos) e pele pálida; de 35° a 30° - dormência, perda da coordenação motora e do raciocínio, estado de choque; possibilidade de convulsão. TRATAMENTO: avaliar pulso entre 30 a 45 segundos; em caso de parada, não interromper SBV para reaquecer a vítima; a leve para um local mais aquecido; retirar roupas molhadas; aquecer com cobertor ou bebidas quentes; não esfregar partes mais sensíveis. CONGELAMENTO: ausência de circulação na região afetada. As regiões mais vulneráveis são o rosto, as orelhas, os pés e as mãos. SINAIS E SINTOMAS: 1° vermelhidão e dormência; 2° grau: bolhas; 3° grau: escurecimento da pele. Ulceração, apodrecimento (gangrena) e morte (necrose) dos tecidos. Risco de amputação. TRATAMENTO: 1° grau: massageie e aumente a proteção térmica sobre a área afetada. 2° e 3°: reaqueça a área afetada por imersão em água morna. Não se pode reaquecer por atrito. Envenenamento Presença de substâncias químicas ou orgânicas no organismo, causa distúrbios de funcionamento em órgãos ou sistemas. Pode ocorrer por ingestão, inalação, contato ou inoculação. TRATAMENTO: veneno ingerido: identificar o que, quanto e quando foi ingerido; se possível, ligar para o Centro de Controle de Intoxicação; Avaliar o CAB e se preparar para SBV; colocar a vítima em posição de recuperação; não administrar nada para a vítima comer ou beber; se tiver sinais de queimadura química na boca, lave a área com água sem deixar a vítima engolir. Veneno inalado: remova a vítima para um local arejado; monitorar a respiração; posição de recuperação; afrouxar as roupas da vítima ao redor do pescoço e tórax. Contato com plantas venenosas: lavar a área com água corrente e sabão; obter atendimento médico em caso de reações alérgicas graves ou inchaço da face; cuidar da coceira aplicando compressa de bicarbonato de sódio e água ou pomada de hidrocortisona; anti-histamínico via oral quando receitada. PARTO DE EMERGÊNCIA É aquele que ocorre fora do ambiente médico-hospitalar, tendo ou não atingido o período normal de amadurecimento do feto. Trabalho de parto é o tempo desde o início das primeiras contrações até o nascimento, aproximadamente 8 horas para primeiros filhos e de 2 a 3 horas a partir do segundo filho. CUIDADOS COM UMA GESTANTE EMBARCADA Em gravidez avançada, o cinto deve ser colocado sobre dois ou mais travesseiros, sobre o baixo ventre, apoiados nas coxas. Numa gestante obesa, o cinto deverá estar abaixo dos seios. Acima do 8° mês de gravidez, é exigido um atestado médico autorizando a viagem. Emergência traumática: fator externo age contra a vítima, causando lesão. Havendo um médico ou enfermeiro a bordo, ao solicitar ajuda, o comissário deve anotas seu nome, seu CRM ou COREM e seus meios de contato para relatório posterior. 2. Análise primária da vítima Segurança do local e biossegurança (utilização do EPI) Nível de consciência C (Circulation): verificar pulso (máximo 10 seg): pulso carotídeo (pescoço) em adultos e crianças; pulso braquial (próximo à axila ou na parte interior do braço) em bebês. Se a vítima não tem pulso, começar RCP e pedir pelo DEA. A (Airways): libere as vias aéreas B (Breathing): Verifique a respiração. 2 ventilações de um segundo cada. Caso a tração modular for inviável, fazer a hiperextensão do pescoço e protusão mandibular. Presença de hemorragia grave: não é considerado SBV, porém também requer atendimento básico 3. Análise secundária da vítima Exame objetivo (da cabeça aos pés) 3.1. Nível de consciência 3.2. Queixa e nível de dor 3.3. Respiração Ritmo normal ou difícil; rápido ou lento; superficial ou profundo. Quando abaixo de 12 ou acima de 30 por minuto, avaliar necessidade de administrar oxigênio e de ajuda médica. 3.4. Pulsação Regular ou irregular; forte ou fino; cheio ou fraco. Determinar número de pulsações por minuto. Pulso regular, cheio, com frequência de até 100 pulsações por minuto, indica boa condição circulatória. 3.5. Condição de pele Quente ou fria; úmida ou seca; com tom rosado ou pálido. Tom azulado indica cianose, devendo-se fazer a perfusão capilar, comprimindo-se a ponta dos dedos. 3.6. Condição das pupilas Se estão normais e reagem à luz ou se estão contraídas, dilatadas ou desiguais. 3.7. Palpação da vítima grave 3.8. Capacidade de movimentação Exceto em caso de trauma ou infarto 3.9. Outros sintomas Vômito, convulsão, diurese, febre, sudorese, etc. 4. Exame Subjetivo: sequência de perguntas feitas para obtermos informações da própria vítima, parentes ou testemunhas. AMPLA (Alergias; Medicações de uso rotineiro; Passado médico; Líquidos e sólidos ingeridos na última refeição; Ambiente da ocorrência (como, onde, se já ocorreu antes, desde quando, etc.) · Acionamento do Serviço Médico de Emergência; · Segurança da vítima no local · Cuidar da vida até chegada do Serviço Médico de Emergência RBHA 121: sobre o treinamento de emergência, equipamentos e suas utilizações, etc. Principais recursos disponíveis: · Conjunto de primeiros socorros Aumenta 1 a cada 100 assentos (0 a 100 assentos: 1 conjunto; 101 a 200: 2 conjuntos e assim por diante). · Conjunto de precaução universal Protege a tripulação e limpa o produto corporal potencialmente infeccioso. Deve haver 2 conjuntos em toda aeronave que exigir ao menos um comissário. · Conjunto médico de emergência Somente aberto por médicos ou com a autorização do Med-link. Necessário em toda aeronave com 100 assentos ou mais e em trajetos com mais de 2 horas de duração. · Sistema portátil de oxigênio (medicinal e terapêutico) e de emergência. OBS.: todos os conjuntos são definidos no Apêndice A do RBHA 121 e deve atender aos requisitos definidos pela ANVISA. POSIÇÃO DE RECUPERAÇÃO: vítimas inconscientes, que estejam respirando e sem suspeita de lesão na coluna. · Ajuda a manter as vias aéreas abertas · Permite saída de fluidos pela boca · Previne contra a ingestão de conteúdo estomacal em caso de vômito. Deixar o lado esquerdo da vítima mais próximo do chão; verificar as vias aéreas e abrir a boca da vítima para a saída de fluidos. Bebês devem ser segurados com a face para baixo e a cabeça ligeiramente abaixo do corpo. Quando a vítima estiver consciente e respirando, devem ser mantidas na posição encontrada ou confortável.TRANSMISSÃO DE DOENÇAS INFECCIOSAS 1. Vetor infectado 2. Patogenia infecciosa sai do corpo da pessoa infectada 3. Patogenia entra no corpo de outra pessoa através de: sangue, ar ou outro vetor (como mosquito). 4. A pessoa desenvolve a infecção. Deve-se utilizar os EPI para se proteger de possíveis infecções.