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UNISA- Universidade de Santo Amaro Farmácia- Farmacognosia Controle de qualidade de extratos vegetais 5º semestre Gabriel da Silva Gonçalves RA: 4237251 Vanessa Francisco da Silva RA: 4032594 Wilma Ferreira de Oliveira Paiva RA: 4046587 Prof. Márcia Eugenia del Llano Archondo Prof. Elis Juliane Cardoso Lima São Paulo, 20 de abril de 2021 Introdução As plantas sintetizam os metabolitos primários e secundários do solo, da luz do solar, do oxigênio e principalmente dos minerais. Assim podendo adquiri propriedades farmacológicas onde serão por fim utilizadas em produção de medicamentos e cosméticos. Os metabólitos primários são aqueles compostos imprescindíveis ao desenvolvimento do vegetal, como as proteínas, os ácidos graxos, os polissacarídeos e a clorofila. Os metabólitos secundários podem ou não estar presentes ou nos vegetais dependendo das variáveis ecológicas. A planta produz estes compostos para sobreviver e adaptar-se ao meio ambiente. Os metabólitos secundários são classificados de acordo com a sua natureza química em: ácidos orgânicos, saponinas, antraquinonas, flavonoides, alcaloides, óleos essenciais entre outros. (Fitoquímica. Campus Virtual, 2018.) Sendo assim é uma área de estudo bem ampla para químicos, farmacêuticos, biólogos e botânicos, e para esses estudos ser realizado seguimos os seguintes passos extração, isolamento, purificação e determinação de qual tipo de estrutura química temos na parte da planta estudada, cada etapa é indispensável para o processo. Digamos qual princípio ativo poderemos utilizar. Entre eles estão os flavonoides, óleos essenciais, esteroides, saponinas, alcaloides entre outros. Podemos utilizar alguns métodos para determinação química: de acordo com neplame (1998) espectrometria no ultravioleta (UV), espectrometria no infravermelho (IV), espectrometria de massas (EM) e espectrometria de ressonância magnética nuclear (RMN), utilizando métodos uni e bidimensionais (COSY, HMQC, HMBC, NOESY, entre outros). Objetivo Determinar os principais metabólitos secundários com possível farmacologia de cada material vegetal. Procedimento Pesar aproximadamente 3.500 g do material vegetal reduzindo a pó fino, e transferir para um béquer ou erlenmeyer contendo 50mL de água fervente. Manter sobre fervura durante uns 15 minutos, em seguida resfriar, filtrar em gaze e completar 100mL. 1. Determinação de saponinas: Transfira 5mL do extrato aquoso para o tubo de ensaio e adicione mais 5mL de água destilada. Agite vigorosamente durante uns 30 segundos. 2. Determinação de taninos: a) Reação com solução aquosa de alcaloide: Em 5mL de solução extrativa adicione 5 gotas de ácido clorídrico diluído e depois 1 ou 2 gotas de sulfato de alcaloide (café). b) Reação com sais de ferro: Em 5mL da solução extrativa adicione algumas gotas de solução de cloreto férrico a 2%. 3. Reações que utilizam solução em etanol 70% Preparar um extrato em etanol 70% a partir do pó pesando aproximadamente 3.500g da amostra em 50mL de etanol 70%. Filtrar através de gaze e depois se necessário em papel filtro. a) Taninos e Flavonoides: reação com sais de ferro Adicione 5mL de extrato etanólico no tubo de ensaio, verificar o pH e se necessário acidificar a pH 4. Adicionar 3 gotas de solução de cloreto férrico a 2%. 4. Determinação de Flavonoides ( Akisue, 1996; Mattos, 2018) a) Reação de Shinoda: Em 5mL da solução metanólica em tubo de ensaio e adicionar 10 a 15 gotas de ácido clorídrico concentrado e raspas de magnésio. b) Hidróxido de sódio: Em 3mL do extrato adicionar algumas gotas de hidróxido de sódio a 5%. Verificando o aparecimento da coloração amarela que pode varia a intensidade. 5. Reações de identificar de antraquinonas a) Reação de Borntrager direta: Colocar uma porção da droga em análise em um tubo de ensaio, adicionar 5mL de hidróxido de amônio diluído e observe a formação de uma coloração rósea ou avermelhada. Resultados REAÇÕES EM EXTRATO AQUOSO Utilizamos o GUACO para saponinas e taninos, onde o resultado para saponinas foi positivo, houve espuma e para taninos através da reação com sais de ferro, houve o precipitado escuro de tom esverdeado = taninos catequinicos. Utilizamos a CARQUEJA-DOCE para saponinas e taninos, onde o resultado para saponinas foi positivo, houve espuma e para taninos através da reação com acetato de cobre, houve o precipitado escuro de tom azulado = taninos pirogálicos. Já na reação com solução aquosa de alcaloide os dois extratos quanto guaco e a carqueja-doce, não houve precipitado. Na reação com sais de ferro, a citronela precipitou com um tom esverdeado = taninos condensados ou catequinicos. REAÇÕES QUE UTILIZAM SOLUÇÃO EM ETANOL 70% Foi utilizada a citronela em quase todas as reações; Reação de Shinoda, não houve precipitado, portanto não há flavonoides. Também realizamos com guaco a reação de hidróxido de sódio, houve precipitado amarelo, como descrito no procedimento. Resultados triagem fitoquímica Grupo químico Reação Observação Resultado Citronela: Reação de sais de ferro Precipitado tom esverdeado Verificar precipitação Positivo Carqueja: Reação com solução aquosa de alcaloide Precipitado esbranquiçado Verificar precipitação Negativo Carqueja: Reação com acetato de cobre Precipitado castanho avermelhado Verificar precipitação Negativo Carqueja: Determinação de saponinas Espuma Verificar espuma Positivo aprox. 3cm Guaco: Reação aquosa de alcaloide Precipitado esbranquiçado Verificar precipitado Negativo Guaco: Reação Com sais de ferro Precipitado de tom esverdeado Verificar precipitado Positivo Guaco: Determinação de saponinas Espuma Verificar espuma Positivo aprox. 2cm Comentários e discussão Ao observar as reações observamos que a citronela reagiu positivamente ao teste de sais de ferro apresentando grande coloração esverdeada, e a formação de precipitado. Já a carqueja observamos que não houveram a formação de precipitado nos testes de reação com solução aquosa de alcaloides quanto no teste de reação com acetato de cobre, já no teste da determinação de saponinas observamos uma forte formação de espuma de aproximadamente 3 cm. O guaco observamos que no teste de reação com solução aquosa de alcaloides não houve formação nenhuma de precipitado já nos testes de reação com acetato de cobre e determinação de saponinas observamos que se formou um precipitado e uma camada de espuma um pouco menor de aproximadamente 2 cm. Conclusão Através dos ensaios realizados em aula mostram que as folhas de citronela contem taninos, provavelmente em grande quantidade, pois observamos pelo precipitado muito esverdeado. Na carqueja observamos grande quantidade de metabolitos secundários do tipo saponinas, porém não reagiram positivamente aos outros testes. Já as folhas de guaco apresentaram uma quantidade um pouco menor de metabolitos secundários do tipo saponinas, e também tiveram resultado positivo para taninos. Referências bibliográficas Fitoquímica. Campus Virtual, 2018. Acesso em: 26 de abril 2021 Disponível em: https://mooc.campusvirtual.fiocruz.br/rea/medicamentos-da- biodiversidade/fitoquimica.html Estudo fitoquímico. Neplame, 2021. Acesso em: 26 de abril de 2021 Disponível em: http://www.neplame.univasf.edu.br/fitoquiacutemica.html ABREU, Edili. MEDEIROS, Glauce. Spinelli, Mã´nica. Fitoquímica: Substâncias Protetoras em Alimentos.Nutrição em pauta, 1999. Acesso em: 01 de maio de 2021. Disponível em: https://www.nutricaoempauta.com.br/lista_artigo.php?cod=90 BRUNETON, Jean. Farmacognosia: Fitoquímica plantasmedicinales. Redalyc.org. 2011. Acesso em: 02 de maio de 2021. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/856/85619300011.pdf https://mooc.campusvirtual.fiocruz.br/rea/medicamentos-da-biodiversidade/fitoquimica.html https://mooc.campusvirtual.fiocruz.br/rea/medicamentos-da-biodiversidade/fitoquimica.html http://www.neplame.univasf.edu.br/fitoquiacutemica.html https://www.nutricaoempauta.com.br/lista_artigo.php?cod=90 https://www.redalyc.org/pdf/856/85619300011.pdf
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