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A embriogênese trata-se da ciência que estuda o desenvolvimento e a formação dos órgãos e sistemas do organismo humano. Nas primeiras fases, enquanto embrião, esse desenvolvimento é acelerado, porém continuado durante toda a vida do indivíduo, de forma mais lenta. É de extrema importância para o estudo da anatomia para que haja o entendimento das disposições dos órgãos do indivíduo.
Para que o embrião seja formado e todo o seu desenvolvimento seja entendido, alguns passos anteriores necessitam ser compreendidos. Em primeiro momento se faz necessária a fecundação, que ocorre através do encontro do espermatozoide com o ovócito secundário, evento que normalmente ocorre na região da ampola da tuba uterina. O espermatozoide irá perfurar a zona pelúcida do ovócito secundário, ocorrerá a lise da membrana do pro núcleo e agregação dos 23 cromossomos de cada um dos gametas. A partir dessa fase diversas clivagens do zigoto ocorrerão através de divisões mitóticas resultando em um rápido aumento das células chamadas de blastômeros. Quando existirem entre 12 e 16 blastômeros o zigoto passará a se chamar Mórula, o qual estará no útero cerca de 4 dias após a fecundação, fenômeno chamado de nidação. De 2 a 3 dias após com mais divisões mitóticas passará a se chamar Blastocisto e estará implantado no útero.
Entre o 14º e 19º dias ocorre um fenômeno chamado gastrulação. Nesse momento 3 folhetos são formados:
- Ectoderma: folheto mais externo do embrião, com função não apenas relacionada ao revestimento do mesmo, mas também dará origem a diversas estruturas que formarão o sistema nervoso (encéfalo, gânglios, nervos e medula espinhal). Na parte dorsal da ectoderme ocorrerá a formação do sulco neural. Também dará origem a epiderme e seus anexos (glândulas e pelos), boca, ânus e cavidades nasais.
- Endoderma: folheto interno do embrião, onde ocorrerá a formação do respiratório, fígado, pâncreas, sistema gastrointestinal e o epitélio interno do revestimento da bexiga.
- Mesoderma: folheto intermediário localizado entre a ectoderme e a endoderme, responsável pela formação da derme, músculos lisos e estriados esqueléticos, ossos, cartilagens, sistema circulatório, sistema reprodutor e excretor.
Malformações Embrionárias
Durante todo o período de formação do embrião existe riscos para que ocorram malformações, porém alguns períodos acabam sendo mais suscetíveis a essas alterações. Entre a terceira e oitava semana de gestação alterações relacionadas a organogênese podem ocorrer com uma certa frequência. A organogênese corresponde ao período de formação dos tecidos e órgãos. Após a 8º semana esses riscos diminuem consideravelmente. Mais tardiamente as alterações estarão relacionadas mais a fisiologia. Importante salientar que as alterações surgirão de acordo com o período de formação de determinado órgão ou sistema, como exemplo temos o coração, que tem sua formação logo no início da formação do embrião, sendo assim, as alterações embriológicas cardíacas aparecerão brevemente. Já o sistema nervoso central tem sua formação um pouco mais tardia em relação ao coração, sendo assim, as alterações correspondentes a esse sistema ocorrerão mais tardiamente na embriogênese.
Etiologia
A origem das malformações embriológicas ocorrerá por basicamente por dois tipos de fatores: ambientais/maternos, genéticos, porém algumas subdivisões ainda cabem como etiológicas.
- Fatores Ambientais/ Maternos: Diversos fatores podem levar à má formação fetal, relacionados aos fatores ambientais. Podemos subdividi-los em fatores físicos ( como acidentes automobilísticos, acidentes com armas brancas, armas de fogo, quedas, radiação ionizante, entre outros); fatores químicos ( uso de medicamentos que interferem na embriogênese, como exemplo medicamentos que inibem a ação do ácido fólico, quimioterápicos, sedativos, drogas lícitas como álcool ou fumo e drogas ilícitas como cocaína, crack, bombas nucleares); fatores maternos (diabetes mellitus, toxoplasmose, sífilis, citomegalovírus, desnutrição materna, deficiência de iodo)
- Fatores Genéticos: A anomalia causada por fator genético pode ser dividido em genético hereditário ou genético não hereditário. As genéticas hereditárias são aquelas transmitidas de pai/mãe para filho através dos genes contendo a/ as mutações. As anomalias genéticas não hereditárias são aquelas que ocorrem erros na divisão dos genes/ cromossomos.
Patologias relacionadas a malformações embriológicas
Como vimos acima, diversas alterações podem causar malformações no embrião/feto. De acordo com os sistemas envolvidos com a malformação, teremos deficiência no desenvolvimento normal dessa criança ao nascimento, se esse fator ocorrer. Como Fisioterapeutas, cabe a nós o entendimento dessas malformações para que possamos atuar de forma efetiva a proporcionar qualidade de vida, independência e funcionalidade a esse indivíduo. Para que possamos efetuar nosso trabalho, torna-se importante o conhecimento efetivo e complexo das diversas patologias envolvidas com essas alterações encontradas. Descreveremos algumas dessas alterações, suas implicações e nosso papel como Fisioterapeuta no acompanhamento, desenvolvimento e evolução do quadro apresentado.
Espinha Bífida
A espinha bífida, também conhecida como mielodisplasia, está relacionada a falha congênita no fechamento do canal vertebral, causado por um erro no desenvolvimento da coluna vertebral, onde não ocorre a fusão dos arcos posteriores das vértebras, podendo ocasionar ou não protrusão da medula ou de suas membranas.
Trata-se de uma das mais frequentes malformações congênitas, com uma incidência variável de país para país, Grã Bretanha, País de Gales e Irlanda apresentam incidências altíssimas (países de origem Anglo-Saxônicas), Japão apresenta a menor incidência em todo o mundo, assim como mães que já tiveram um filho com Espinha Bífida, a chance fica aumentada nos próximos virem também com a alteração. É mais comum em crianças do sexo feminino, de etnia branca, em famílias menos favorecidas financeiramente, no primeiro nascimento, ou a partir do quinto filho em mães muito jovens ou idosas
A etiologia não é muito bem definida, por mais que já tenha sido estudado durante diversos anos, nada tem como etiologia única e definida, porém acredita-se que esteja relacionada a diversos fatores: uso de substâncias teratogênicas, falhas no fechamento durante a neurulação, falha na ingestão de ácido fólico, fatores ambientais, entre outros. No Brasil, desde 2004 por determinação da ANVISA todas as farinhas de trigo e milho são enriquecidas com ácido fólico, já que o defeito no fechamento ocorre muito precocemente na gestação, e muitas mulheres não tinham o conhecimento gestacional, assim como o trigo é um alimento consumido por praticamente toda a população, a suplementação de ácido fólico torna-se natural a todos os indivíduos.
De acordo com a classificação, três tipos são descritos: espinha bífida oculta, espinha bífida cística (meningocele e mielomeningocele)
- Espinha Bífida oculta: está relacionado com o defeito na fusão dos arcos vertebrais posteriores porém sem herniação e deslocamento do tecido nervoso. Ocorre na maioria dos casos na porção inferior da coluna, normalmente assintomática, pode ou não apresentar alterações cutâneas, pode ou não apresentar torção da medula espinhal e/ou raízes nervosas. Na maioria dos casos o paciente irá apresentar parestesia em membros inferiores, alterações da marcha e dificuldade de controle de esfíncter e pé equino-varo.
- Meningocele: está relacionado com o defeito na fusão dos arcos vertebrais posteriores, porém com herniação das meninges, formando uma saliência contendo líquido cefalorraquidiano.
- Mielomeningocele: está relacionado com o defeito na fusão dos arcos vertebrais posteriores, porém com herniação das meninges, formando uma saliência contendo líquido cefalorraquidiano, medula e raízes nervosas.
O diagnóstico é realizado ainda pré natal através do aumento da quantidade dos níveis de alfafetoproteína, tanto no líquido amniótico, quantono plasma materno. Após a 20º semana de gestação caso haja aumento de acetilcolinesterase, que é uma enzima presente no Sistema Nervoso Central, serve como diagnóstico padrão ouro para o diagnóstico de Espinha Bífida. Encontra-se no exame de imagem indícios se entre a 16º e 18º semanas de gestação abertura do tubo neural
A Cirurgia de correção da Mielomeningocele pode ocorrer ainda intra-útero entre 20-25 semanas de gestação, ou caso não seja possível ou não seja autorizado pelos pais, ocorre nas primeiras 24 ou 48 horas, onde procura-se realizar a reconstrução da medula espinhal, com o objetivo de amenizar as lesões medulares, risco de meningites e manter a maior quantidade de tecido medular funcionante, consequentemente a menor quantidade de sequelas motoras e sensitivas. A falha óssea é coberta com a dura-máter e com a pele do paciente.
Complicações
Hidrocefalia
A Hidrocefalia é uma complicação comumente encontrada em pacientes com Espinha Bífida. É causada devido a obstrução do fluxo do líquido cefalorraquidiano, resultando em hipertensão intracraniana e aumento do sistema ventricular. Normalmente o fechamento da espinha bífida cística provocam o aumento desses sintomas. Dessa forma, para o tratamento da Hidrocefalia, implanta-se cirurgicamente um shunt drenando do ventrículo ao peritônio (ventrículo - peritoneal) com o objetivo de drenar o líquido excedente.
Arnold - Chiari
O conjunto de anomalias que caracterizam a má formação de Arnold Chiari caracterizam-se pelo alongamento e tamanho reduzido do cerebelo e tronco cerebral, assim como o deslocamento caudal da medula, de parte do cerebelo e da ponte, através de uma abertura maior na região occipital. Também teremos as raízes dos nervos cranianos e cervicais aglomerados. Podemos encontrar nesses pacientes: dificuldade de deglutição, apnéia, cianose, nistagmo, opistótono, fraqueza muscular progressiva, espasticidade, escoliose, entre outros.
Fisioterapia na Espinha Bífida e suas complicações
A atuação do Fisioterapeuta estará relacionada com as alterações encontradas no paciente após uma avaliação minuciosa. Os olhos do Fisioterapeuta deverão estar voltados não somente para o tratamento mas também para a prevenção. Dependendo da idade do recebimento do paciente, o trabalho preventivo será de extrema importância para que o paciente tenha um prognóstico promissor.
As deformidades serão um fator primordial em nosso trabalho preventivo, principalmente antes de se tornarem fixas. É muito comum encontrarmos nesses pacientes as deformidades primárias e as secundárias, que são causadas pelos erros de posicionamento ou devido ao desequilíbrio muscular.
Dentre as deformidades mais comuns, a cifose, a luxação congênita de quadril são as mais frequentes. Alongamentos e mobilizações, assim como orientações à família e busca de acessórios auxiliares ao posicionamento do paciente farão toda a diferença no prognóstico, qualidade de vida e funcionalidade desse paciente. Assim como a indicação de órteses deve ser sempre instituídos para auxiliar no trabalho preventivo de deformidades fixas. Porém a atenção do Fisioterapeuta deve estar voltada especificamente para esse acessório, lembrando que esses pacientes apresentam alterações sensitivas de membros inferiores, atentar-se que as órteses estejam de acordo com as medidas do paciente e sejam trocadas sempre ao seu crescimento.
Ganho de força muscular, propriocepção, alongamentos, fortalecimentos globais, mobilizações, integração sensorial, prevenção e socialização desse paciente devem estar sempre em primeiro lugar.
Anencefalia e Merocrania
A anencefalia trata-se de uma má formação congênita resultante de um erro na neurulação que ocorre entre o 23º e 28º dias de gestação não ocorrendo a fusão das pregas neurais e da formação do tubo neural na região do encéfalo. Consequentemente teremos ausência parcial do encéfalo e da calota craniana, apesar do termo anencefalia ter o significado de ausência total do encèfalo. Sempre haverá alguma parte funcionante do encèfalo, o diencéfalo e mesencéfalo podem estar ausentes, porém a hipófise na maioria das vezes presente mesmo que muito pequena, dessa forma a causa principal da anencefalia está relacionada ao não crescimento do telencéfalo.Uma outra característica presente é a aparência “afundada” da cabeça,o tecido nervoso existente não é coberto de nenhuma estrutura óssea e o os ombros maiores que as referências normais Normalmente esse feto é natimorto ou sobrevive apenas algumas horas ou dias após o nascimento.
Como quase sempre alguma parte de tecido cerebral funcionante está presente, o termo “meroanencefalia” torna-se mais apropriado (ausência parcial do encéfalo).
As causas são objetos de estudo, mas acredita-se que efeitos teratogênicos, infecções, vírus, pesticidas, uso de drogas, deficiência de ácido fólico, doenças maternas e suscetibilidade do embrião estão entre os principais fatores. Estudos mostram que o uso do ácido fólico como suplementação vitamínica materna pode reduzir em até 50% as chances do desenvolvimento da criança com anencefalia. Porém esbarramos sempre na situação da formação do Sistema Nervoso Central do embrião ocorrer muito precocemente em sua embriogênese, sendo assim a mulher não tem, muitas vezes, conhecimento da gestação.
A incidência no Brasil é altíssima comparado com outros países desenvolvidos do mundo, cerca de 18 casos para cada 10.000 nascidos vivos. É mais frequente encontrado em crianças brancas a negras e mais mulheres a homens. Estudos também apontam relação com a sazonalidade, a frequência de anencefalia é maior em nascimentos no outono do que em outras estações do ano. Existe uma relação importante em partos de mulheres acima de 41 anos de idade e com condições socioeconômicas mais desfavoráveis.
O diagnóstico é feito através dos altos níveis de alfa fetoproteína no líquido amniótico ou no soro materno, e também através de Ultra-som.
Por tratar-se de um episódio extremamente letal, não há o que discutirmos sobre a atuação da Fisioterapia nesses casos de anencefalia , por não haver atuação. Nos casos de merocrania a atuação Fisioterapêutica será de acordo com as limitações apresentadas de acordo com um minuciosa avaliação. O foco deve ser sempre voltado para a atuação preventiva, evitando deformidades, melhor posicionamento, higiene brônquica, alongamentos globais, mobilizações, enfim, dar qualidade de vida ao paciente enquanto houver vida.
Encefalocele
A encefalocele trata-se de um defeito na formação do tubo neural a qual ocorre uma herniação tanto do cérebro quanto das meninges através de aberturas existentes no crânio ( malformações ósseas). Pode ocorrer em qualquer parte, porém é mais frequente na região occipital.
A causa é desconhecida, porém acredita-se que tenha relação com fatores teratogênicos, uso de medicamentos inibidores da absorção da vitamina B2, uso de drogas ilícitas, exposições a radioativos, doenças maternas, infecções, baixas taxas de ácido fólico presentes durante a concepção e período de formação do tubo neural
Existem diversos tipos de classificações para a encefalocele, abaixo segue uma simplificada para facilitar a compreensão da alteração, e são elas:
- Meningocele craniana: nesse tipo de encefalocele ocorre a herniação apenas das meninges e liquido cefalorraquidiano. Trata-se da forma mais branda e portanto com melhor prognóstico. 
- Meningoencefalocele: nessa classificação de encefalocele além do extravasamento das meninges, teremos também extravasamento de parte do encéfalo e/ou cerebelo.
- Meningohidroencefalocele: nessa classificação ocorrerá a herniação das meninges, encéfalo e/ou cerebelo, além de estruturas do sistema ventricular.
Mesmo áreas vitais como a hipotálamo-hipofisária poderá estar comprometida, principalmente nas classificações mais graves da patologia.
Caso o extravasamento ocorra em outra parte do tubo neural, que não seja no crânio, no caso região de medula, receberá o nome de de “espinha bífida”, como vimos anteriormente.
É muito comum essas crianças apresentaremsequelas neurológicas causadas pela herniação, e as mesas irão variar de acordo com o tamanho da área lesionada. Também será comum encontrarmos junto com a encefalocele hidrocefalia, convulsões, complicações motoras graves.
A incidência é de 1:35.000 nascidos vivos no ocidente, porém é mais incidente em países do sudeste asiático (acredita-se que as mulheres dessa região sejam mais acometidas pela deficiência do ácido fólico)
O diagnóstico é feito através de ultra-som ainda no período pré natal, dosagem de alfa fetoproteína no plasma materno ou no líquido amniótico (porém pode ser diagnóstico para diversas alterações de fechamento de tubo neural), sendo assim, o diagnóstico de imagem tem sua importância elevada, além do diagnóstico pós natal feito pelo neurologista pediátrico com auxílio de ressonância magnética e tomografia computadorizada.
O tratamento cirúrgico consiste na reorganização do saco herniado, reparo do defeito dural, correção da falha óssea e restauração da estética facial. A data ideal da cirurgia dependerá da condição física do paciente, podendo ser aguardado até entre 2 e 3 meses, caso seja necessária intervenção craniofacial mais complexa, recomenda-se a partir do 6 ou 8 mês de vida.Caso haja fístula liquórica a indicação cirúrgica passa a ser imediata, devido ao alto risco de meningite, que também pode ser uma complicação cirúrgica, acompanhada de hidrocefalia aguda.
Para o tratamento Fisioterapêutico devemos evidenciar o lado preventivo além do tratamento das alterações neurológicas causadas pela encefalocele, mesmo corrigida. Devemos sempre lembrar que por mais que haja intervenção cirúrgica as sequelas causadas pela herniação estarão sempre presente, cabe a nós como Fisioterapeutas minimizá-las no dia a dia dessa criança, darmos funcionalidade e adaptarmos para que o desenvolvimento ocorra dentro do mais próximo dos padrões de normalidade. A palavra de ordem para todo Fisioterapeuta que esteja atuando com um paciente com sequelas neurológicas deve ser sempre FUNCIONALIDADE, ou seja, tornar esse paciente o mais funcional possível dentro das limitações existentes pelo quadro neurológico ao qual ele apresente.
Exercício 1:
Entre o 14º e 19º dias ocorre um fenômeno chamado gastrulação. Nesse momento 3 folhetos são formados: ectoderma, endoderma e mesoderma. Assinale a alternativa que não corresponde ao que o determinado folheto dará origem:
A)Ectoderma : com função não apenas relacionada ao revestimento do mesmo, mas também dará origem a diversas estruturas que formarão o sistema nervoso (encéfalo, gânglios, nervos e medula espinhal). 
B)Mesoderma: onde ocorrerá a formação do respiratório, fígado, pâncreas, sistema gastrointestinal e o epitélio interno do revestimento da bexiga.
C)Endoderma: onde ocorrerá a formação do respiratório, fígado, pâncreas, sistema gastrointestinal e o epitélio interno do revestimento da bexiga
D)Mesoderma: responsável pela formação da derme, músculos lisos e estriados esqueléticos, ossos, cartilagens, sistema circulatório, sistema reprodutor e excretor
E)Ectoderma: Na parte dorsal da ectoderme ocorrerá a formação do sulco neural. Também dará origem a epiderme e seus anexos (glândulas e pelos), boca, ânus e cavidades nasais.
Exercício 2:
Assinale a alternativa que corresponda aos fatores ambientais/maternos que acredita-se ter relação com as malformações de tubo neural:
A)Alterações no cromossomo X, uso de drogas ilícitas, uso de drogas lícitas, asma brônquica.
B)Alterações no cromossomo X e Y, trissomia do cromossomo 21 e 18, diabetes mellitus e deficiência de alfa fetoproteína.
C)Deficiência de alfa fetoproteína, deficiência de ácido fólico, radiotopos, sífilis
D)Deficiência de ácido fólico, uso de medicamentos que interferem na embriogênese, uso de drogas ilícitas, sedativos e infecções.
E)Deficiência de ácido fólico, pressão alta, diabetes mellitus e doenças autoimunes.
Exercício 3:
Encontre a classificação incorreta para a Espinha Bífida:
A)Espinha Bífida oculta: está relacionado com o defeito na fusão dos arcos vertebrais posteriores porém sem herniação e deslocamento do tecido nervoso. Ocorre na maioria dos casos na porção inferior da coluna, normalmente assintomática, pode ou não apresentar alterações cutâneas, pode ou não apresentar torção da medula espinhal e/ou raízes nervosas. Na maioria dos casos o paciente irá apresentar parestesia em membros inferiores, alterações da marcha e dificuldade de controle de esfíncter e pé equino-varo.
B)Meningocele: está relacionado com o defeito na fusão dos arcos vertebrais posteriores, porém com herniação das meninges, formando uma saliência contendo líquido cefalorraquidiano.
C)Mielomeningocele: está relacionado com o defeito na fusão dos arcos vertebrais posteriores, porém com herniação das meninges, formando uma saliência contendo líquido cefalorraquidiano, medula e raízes nervosas.
D)Mielomeningocele: está relacionado com o defeito na fusão dos arcos vertebrais posteriores, porém com herniação das meninges, formando uma saliência contendo líquido cefalorraquidiano.
E)A espinha bífida está relacionada a falha congênita no fechamento do canal vertebral, e existem três classificações, i) espinha bífida oculta; ii) meningocele e iii) mielomeningocele.
Exercício 4:
O diagnóstico de todas as malformações de tubo neural ainda no período neonatal ocorrem através dos seguintes exames:
A)Tomografia computadorizada com uso de contraste, Radiografia de tórax e ultra-som
B)Ressonancia Magnética, Dosagem de alfa fetoproteína no plasma materno e coleta de líquor.
C)Dosagem de Alfa fetoproteína no plasma materno, dosagem de alfa fetoproteína no liquido amniotico e ulta sonografia.
D)Coleta de líquor, dosagem de alfa fetoproteína no plasma materno, dosagem de alfa fetoproteína no líquido amniótico e ultra-som.
E)Radiografia de abdômen, hemograma completo, dosagem de alfa fetoproteína no plasma materno e coleta de líquido amniótico.
Exercício 5:
Quais as principais complicações na Espinha Bífida:
A)Hidrocefalia e Síndrome de Arnold Chiari.
B)Hidrocefalia e luxação congênita de quadril.
C)Arnold Chiari e Paralisia Cerebral.
D)Deficiência Cognitiva e Incontinência Urinária.
E)Escoliose e Paralisia Cerebral.
Exercício 6:
Qual a definição de Merocrania:
A)É a ausência total do encéfalo , meninges e sistema ventricular.
B)É ausência ou falha do sistema ventricular, resultando em uma drenagem anormal levando ao acúmulo do líquor causando o que conhecemos por merocrania.
C)É a ausência parcial do encéfalo.
D)É a ausência parcial do encéfalo, tronco encefálico e medula.
 E)É a ausência do mesencéfalo e ausência parcial do cerebelo.
Exercício 7:
Qual classificação para encefalocele não corresponde a verdadeira:
A)Meningocele craniana: nessa classificação de encefalocele além do extravasamento das meninges, teremos também extravasamento de parte do encéfalo e/ou cerebelo.
B)Meningocele craniana: nesse tipo de encefalocele ocorre a herniação apenas das meninges e líquido cefalorraquidiano. Trata-se da forma mais branda e portanto com melhor prognóstico.
C)Meningoencefalocele: nessa classificação de encefalocele além do extravasamento das meninges, teremos também extravasamento de parte do encéfalo e/ou cerebelo.
D)Meningohidroencefalocele: nessa classificação ocorrerá a herniação das meninges, encéfalo e/ou cerebelo, além de estruturas do sistema ventricular.
E)Meningocele, miningoencefaloce e meningohidroencefalocele trata-se de um defeito na formação do tubo neural a qual ocorre uma herniação tanto do cérebro quanto das meninges através de aberturas existentes no crânio (malformações ósseas).
Exercício 8:
Realizar um trabalho Fisioterapêutico Preventivo e Terapêutico através de posicionamentos, indicações de órteses de suporte, alongamentos globais, mobilizações, fortalecimentos, prevenção de encurtamentos e deformidades e principalmente dar funcionalidade ao paciente, correspondem a visões Fisioterapêuticas de grupos de patologias abaixo, com exceção da opção:
A)Espinha Bífida, Encefalocele, Merocrania, Paralisia Cerebral,Microcefalia.
B)Espinha Bífida. Encefalocele, Anencefalia, Paralisia Cerebral, Microcefalia.
C)Encefalocele, Mielomeningocele, Microcefalia, Paralisia Cerebral.
D)Merocrania, Mielomeningocele, Meningocele, Hidrocefalia.
E)Encefalocele, Mielomeningocele, Microcefalia, traumatismo craniano.
A embriologia humana trata do desenvolvimento do ser humano desde o momento da fertilização até o nascimento.
O Desenvolvimento inicia-se com a fecundação do óvulo pelo espermatozoide e termina com a morte do organismo. No indivíduo humano o desenvolvimento pré - natal estende-se por 40 semanas desde o momento da fertilização, sendo as 8 primeiras semanas caracterizadas por alterações morfológicas do embrião extremamente importantes.
Em termos didáticos o período de desenvolvimento pré-natal é dividido em três etapas:
 
Período pré – embrionário : compreende o período da fecundação até a 3ª semana de gestação.
 
O zigoto, durante o seu transporte pela tuba uterina em direção ao útero, sofre a clivagem, que consiste em mitoses sucessivas, sem aumento de volume . Nos mamíferos, comparando-se com outros animais, a clivagem é um processo lento, levando praticamente um dia para cada divisão mitótica: tem-se um embrião de duas células no primeiro dia após a fertilização, de quatro células no segundo dia, de seis a 12 células no terceiro, de 16 células no quarto e de 32 células no quinto dia . O embrião de 16 células é parecido com uma amora e é designado mórula (do latim morus, amora). No embrião com 32 células, os blastômeros secretam fluido para os espaços dentro do embrião. O líquido concentra-se em uma cavidade, a blastocele, e o embrião é chamado de blastocisto . A implantação começa na 2ª semana e termina na 3ª semana.
Período embrionário: Esse período se estende da 4ª até a 8ª semana.
Depois que o embrião se fixa na parede uterina, as células continuarão a se multiplicar formando camadas celulares chamadas folhetos embrionários ou germinativos, processo denominado de gastrulação A partir dos folhetos embrionários todos os órgãos do embrião, no processo chamado organogênese. O folheto embrionário mais externo, chamado ectoderma, é que formará o sistema nervoso órgãos dos sentidos. 
Os primeiros órgãos que se formam são o encéfalo, a medula espinhal e a coluna vertebral. Isso ocorre por volta da terceira semana de gestação. A camada intermediária, o mesoderma, origina a derme, os ossos e cartilagens, os músculos e os sistemas circulatório, excretor e reprodutor. E a camada mais interna, o endoderma dá origem aos órgãos do sistema digestivo, fígado, pâncreas, tubo digestivo e aos pulmões.
 Após a formação da mórula, da blástula e da gástrula, inicia-se a etapa em que se forma a nêurula. Nessa fase ocorre a formação do tubo nervoso, estrutura de fundamental importância no desenvolvimento embrionário.
No final da fase de gástrula, é possível observar um achatamento das células do ectoderma da face dorsal. Elas dão origem à chamada placa neural, que se desenvolve em direção à porção posterior do embrião.
A placa neural inicia um processo de dobramento na região central, que formará o sulco neural. A medida que essa fenda aumenta, as bordas laterais começam a se aproximar até se fundirem. O sulco, então, fecha-se e dá origem ao tubo neural, também conhecido por tubo nervoso. Essa estrutura é responsável pela formação do sistema nervoso.
Problemas durante a neurulação: A neurulação é uma fase delicada do desenvolvimento embrionário. Processos que não se completam nesta fase, podem dar origem à má formação dos órgãos. A anencefalia é um exemplo de má formação gerada pelo não fechamento do tubo neural. Quando isso acontece, o feto não desenvolverá completamente os órgãos do encéfalo e a caixa craniana.
A partir das camadas celulares mais externas surgem dobras que formarão estruturas com importantes funções durante a gestação, são chamadas de anexos embrionários. São eles: o cório e o âmnio e o saco vitelínico.
Período de desenvolvimento fetal: compreende o intervalo entre a 9ª e 40ª semana
É o período que se caracteriza pela maturação dos tecidos e órgãos e o crescimento do corpo.
A cabeça tem um crescimento relativamente lento em relação ao restante do corpo.
Qualquer alteração no decorrer do desenvolvimento embrionário pode resultar em malformações
Anomalias congênitas ou defeitos do nascimento: são anormalidades que acontecem durante todo o estágio de desenvolvimento do embrião, perceptíveis ao nascimento, como por exemplo uma fenda labial. Mas existe a possibilidade de não serem detectadas até a infância, e ainda mais raramente até a fase adulta, como, por exemplo, a presença de três rins.
Exercício 1:
Ministério da Saúde confirma relação entre vírus zika e casos de microcefalia
Exames realizados em um bebê, nascido no Ceará, com microcefalia identificaram a presença do vírus - Foto: EBC
O Ministério da Saúde confirmou neste sábado (28) a relação entre o vírus Zika e o surto de microcefalia na região Nordeste. O Instituto Evandro Chagas, órgão do ministério em Belém (PA), encaminhou o resultado de exames realizados em um bebê, nascida no Ceará, com microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos, foi identificada a presença do vírus zika. A partir desse achado do bebê que veio à óbito, o Ministério da Saúde considera confirmada a relação entre o vírus e a ocorrência de microcefalia. Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial. As investigações sobre o tema devem continuar para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez. O achado reforça o chamado do Ministério da Saúde para uma mobilização nacional para conter o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, responsável pela disseminação da dengue, zika e chikungunya.
De acordo com a literatura sobre embriologia e o texto acima reflita sobre as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta.
I – Dependendo do agente infeccioso e do período gestacional em que a mãe entrou em contato com o agente, as chances da ocorrência de malformações congênitas aumenta.
II- O período do primeiro trimestre da gestação não configura-se como de risco quando se trata de agentes como o Zika vírus pois, nesse período o embrião encontra-se em processo de nidação apenas.
III- O período da 4ª semana de gestação é fundamental para o fechamento do tubo neural, e se houver algum tipo falha nesse processo o feto tem grandes chances de apresentar malformação congênita.
A)Todas as afirmações estão corretas por apresentarem-se coerentes.
B)Somente a afirmação I está correta.
C)A afirmação I está correta mas as afirmações II e III não estão.
D)Somente a afirmação II está correta.
E)As afirmações I e III estão corretas.
Exercício 2:
De acordo com orientações atualizadas do Ministério da Saúde, a suplementação vitamínica com ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­___________________ é recomendada para a mulher em idade fértil, dois meses antes de engravidar e nos dois primeiros meses da gestação. O objetivo é prevenir defeitos no tubo neural do feto, formado no momento inicial da gravidez. A ingestão da substância reduz em até 75% o risco de má formação dessa estrutura, prevenindo casos de anencefalia, paralisia dos membros inferiores, incontinência urinária e intestinal dos bebês, além de diferentes graus de retardo mental e de dificuldades de aprendizagem escolar.
Assinale a alternativa que preenche a lacuna corretamente.
A)ácido fólico
B)ácido ascórbico
C)ácido butírico
D)sulfato ferroso
E)ácido aspartâmico
Exercício 3:
Assinale a alternativa que preenche a lacuna corretamente:
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­_______________ é o nome dado ao desenvolvimento de um organismo multicelular através de uma série de divisões mitóticas, onde o grande volume de citoplasma do embrião é dividido em numerosas pequenas células nucleadas, chamadas blastômeros.
A)mórula
B)clivagem
C)gastrulaçãoD)neurulação
E)nidação
Exercício 4:
Em relação aos folhetos germinativos, assinale a alternativa que corresponde respectivamente à sequência abaixo .
I – origina encéfalo, a medula espinhal e a coluna vertebra
II – origina órgãos do sistema digestivo, fígado, pâncreas, tubo digestivo e aos pulmões.
III - origina a derme, os ossos e cartilagens, os músculos e os sistemas circulatório, excretor e reprodutor
A)mesoderma, endoderma e ectoderma
B)ectoderma, endoderma e mesoderma
C)endoderma, mesoderma e ectoderma
D)endoderma, ectoderma e mesoderma
E)mesoderma, ectoderma e endoderma
Exercício 5:
A Organização Pan Americana da Saúde declarou a eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita nas Américas, em abril de 2015, onde não há mais evidência da transmissão endêmica dessas doenças por cinco anos consecutivos. O conhecimento e atualização dos profissionais de saúde quanto à identificação e notificação imediata de um caso suspeito de rubéola, tanto na rede pública como privada é essencial para manter a eliminação da doença no país. As medidas de prevenção da doença são fundamentais. Altas coberturas vacinais em todas as localidades e a realização imediata do bloqueio vacinal no momento da notificação e investigação são práticas que devem ser realizadas em todos os municípios do país, independente do tamanho de sua população.
As mulheres grávidas não devem receber a vacina contra a Rubéola. Elas devem esperar para serem vacinadas após o parto.
Assinale a alternativa correta.
A)A vacina quando aplicada durante a gestação pode não ter o efeito desejado pelo fato do sistema imunológico da mãe estar muito ativo e neutralizar os componentes da vacina.
B)Como o sistema imunológico da mãe está muito ativo não há risco de contaminação com o vírus da rubéola e portanto não há necessidade da mesma.
C)Como medida preventiva para evitar possível alterações no processo de desenvolvimento embrionário que poderia levar à malformações congênitas.
D)Como a rubéola foi erradicada do país não há necessidade de vacinação inclusive após o parto, já que essa não é uma doença que acomete mais a população brasileira.
E)Nenhuma das alternativas justifica a afirmação sublinhada.
Exercício 6:
O período que caracteriza-se pelo desenvolvimento, maturação dos órgãos e sistemas do feto, é denominado:
A)período pré-embrionário
B)período de segmentação
C)período embrionário
D)período gastrulação
E)período de desenvolvimento fetal
Exercício 8:
Pesquisas na área de genética têm demonstrado alternativas ao método de transplante de órgãos doados. Uma dessas alternativas é a utilização de órgãos formados a partir de células indiferenciadas, denominadas células-tronco. Para obtenção dessas células, é preciso retirá-las de embriões na fase de:
A)nêurula 
B)mórula 
C)gástrula 
D)blástula 
E)pleura
DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR TÍPICO
O desenvolvimento neuropsicomotor é considerado como um processo sequencial e contínuo, que se inicia no momento da fertilização. É o sistema pelo qual o ser humano adquire uma enorme quantidade de habilidades motoras e cognitivas, as quais progridem de movimentos simples e desorganizados para a execução de habilidades motoras altamente organizadas, complexas e funcionais. É um processo biológico e dinâmico que geralmente está relacionado à idade cronológica. 
Durante a vida intrauterina o feto encontra-se envolvido por um meio líquido, desta forma sofrendo menor influência da ação da gravidade. Após o nascimento a presença da ação da gravidade servirá de estímulo ambiental que contribuirá para o desenvolvimento de ajustes e adaptações no controle dos movimentos dos lactentes.
O bebê nasce relativamente imaturo, já que maior maturação intrautero tornaria impossível a passagem pelo canal do parto. Ao nascimento, o recém-nascido encontra-se na posição fetal (tríplice flexão), onde observa-se o encurtamento da musculatura flexora e alongamento da musculatura extensora.
Durante o período gestacional e nos primeiros anos após o nascimento, ocorre a regulação da população neuronal em momentos considerados críticos no desenvolvimento, sendo nesse período definido a sobrevivência e a manutenção das sinapses. Portanto, ao longo dos primeiros anos de vida, o bebê apresenta um ritmo de desenvolvimento muito acelerado, tornando os ganhos do desenvolvimento potencializados em função da maior plasticidade cerebral e aumento das redes neurais. 
A evolução estático-motora do neonato até a idade adulta depende da maturidade do Sistema Nervoso Central (SNC), sendo determinada por padrões geneticamente estabelecidos e estímulos ambientais. Inicialmente, acreditava-se que as mudanças no comportamento motor e cognitivo refletiam diretamente as alterações maturacionais do SNC. Hoje, porém, sabe-se que o processo de desenvolvimento ocorre de maneira dinâmica e suscetível a ser moldado a partir de inúmeros estímulos externos. A interação entre aspectos relativos ao indivíduo, como suas características físicas e estruturais, ao ambiente em que está inserido e à tarefa a ser aprendida são determinantes na aquisição e refinamento das diferentes habilidades motoras e cognitivas. Para a criança a melhora constante das capacidades motoras e cognitivas significa a aquisição da sua independência.
Estímulos aprendidos pelos órgãos sensoriais provocam estímulos específicos no cérebro, como órgão de integração e coordenação, produzindo reações automáticas complexas (reflexos posturais), que permitem vencer a gravidade. Ao nascer, a criança vai apresentar alguns reflexos típicos de um recém-nascido. Através dos reflexos e reações do primeiro ano de vida, pode-se inferir a estrutura fundamental do cérebro. Sabe-se que o surgimento de movimentos e seu posterior controle ocorrem em uma direção céfalo-caudal e próximo-distal, porém este processo não se apresenta de forma linear, incluindo períodos de equilíbrio e desequilíbrio. Apesar disso, costuma cumprir uma sequência ordenada e até previsível de acordo com a idade.
Podemos dizer que as manifestações neurológicas reflexas da criança são divididas em 3 grupos:
1. Manifestações com as quais as crianças nascem e são permanentes, constantes, não se modificam no decorrer da evolução. Exemplos: Reflexos profundos e sensibilidades primitivas.
2. Manifestações com as quais as crianças nascem, reflexos de início, e que desaparecem com a evolução, para dar lugar a atividades voluntárias. Exemplos: preensão, sucção e marcha.
3. Manifestações normais durante algum período do desenvolvimento, que desaparecem normalmente, somente reaparecem em condições patológicas. Exemplos: Moro e Cutâneo plantar em extensão.
 
REFLEXOS PRIMITIVOS
Reflexo de sufocamento:
Estímulo: colocar em decúbito ventral o neonato.
Resposta: estender e rodar a cabeça para livrar as vias aéreas.
Reflexo de Sucção:
Estímulo: tocar o lábio com o dedo mínimo.
Resposta: Sucção.
Durabilidade do reflexo: 0 – 3 meses. 
Reflexo dos quatros pontos cardeais:
Estímulo: estimula-se os quatro pontos ao redor da boca.
Resposta: virar a cabeça para o lado do estímulo.
Durabilidade do reflexo: 0 – 3 meses.
Reação postural cervical:
Estímulo: examinador roda a cabeça da criança em decúbito dorsal.
Resposta: o corpo acompanha a rotação e a criança volta em bloco.
Durabilidade do reflexo: 0 - 4° mês até a aquisição do controle cervical.
A persistência dessa reação impede uma rotação entre cabeça e tronco, tornando impossível, através do movimento giratório ergue-se a partir da posição dorsal para sentar-se.
Marcha Automática (Reação de Marcha):
Estímulo: Sustentação da posição ereta, com anteriorização do tronco, com a ponta dos pés em superfície firme.
Resposta: Flexão e extensão recíprocas dos MMII.
Durabilidade do reflexo: 0 – 3 meses.
Reação de subida – Reação de colocação plantar/palmar:
Estímulo: toque suave do dorso do pé da criança no degrau.
Resposta: Apoia o pé no degrau de cima.
Durabilidade do reflexo: 0-2 meses.
Reflexo Cutâneo Plantar:
Estímulo: Estimula-se a planta do pé em direção ao primeiroartelho.
Resposta: extensão do hálux.
Durabilidade do reflexo: 0 – 1 a 2 anos, quando a reposta passa a ser flexão. Extensão com abdução dos dedos após essa idade é considerada patológica (Sinal de Babinsk).
Reflexo Magnético:
Estímulo: Compressão dos polegares do examinador na planta dos pés.
Resposta: O neonato “persegue” o polegar do examinador.
Reflexo de Preensão Palmar:
Estímulo: toque na região ulnar da palma da mão.
Resposta: Flexão dos dedos.
Durabilidade do reflexo: 0 até +/- 3 meses
Reflexo de Preensão Plantar:
Estímulo: toque na planta do pé abaixo do hálux.
Resposta: Flexão dos artelhos.
Durabilidade do reflexo: 0 até +/- 7° ao 9° meses. Persistindo este reflexo, não é possível manter-se o pé plano, nem a marchar normal.
 Reflexo de Glabela:
Estímulo: Compressão da glabela.
Resposta: Fechamento dos olhos. (É possível constatar, por meio desse reflexo paresia faciais). 
Reação de Gallant:
Estímulo: Fricção dos paravertebrais com os dedos.
Resposta: Extensão do tronco com elevação da pelve (flexão lateral).
Durabilidade do reflexo: 0 – 2 meses 
Reação de Moro:
Estímulo: queda súbita da cabeça em extensão.
Resposta: abdução dos membros superiores com abertura dos dedos em leque.
Durabilidade do reflexo: 0 – 3 a 4 meses. 
Reflexo Tônico Cervical Assimétrico (RTCA):
Estímulo: Rotação da cabeça.
Resposta: Membro superior e membro inferior estendem-se do mesmo lado e flexionam-se do lado oposto.
Durabilidade do reflexo: 2° ao 4° mês.
Reflexo Tônico Cervical Simétrico (RTCS):
Estímulo 1: Fletir a cabeça do bebê.
Resposta 1: flexão dos membros superiores e extensão dos membros inferiors.
Estímulo 2: Estender a cabeça do bebê.
Resposta 2: Extensão dos membros superiores e flexão dos membros inferiores.
Durabilidade do reflexo: 0 – 5° ao 6° mês, mas é mais evidente na disfunção. (Quando persistente, este reflexo impede o apoio sobre os 4 membros não permitindo elevar-se para sentar). 
Reflexo Tônico Labiríntico:
Estimulo 1: Posicionamento em DV.
Resposta 1: Flexão dos MMSS e MMII.
Estimulo 2: Posicionamento em DD.
Resposta 2: Extensão do tronco e dos MMII.
Reação de Landau:
Estímulo: suspensão ventral por baixo do tronco.
Resposta: extensão da cervical, tronco e MMII.
Durabilidade do reflexo: 4 – 10 meses, precede a marcha.
Reação de anfíbio:
Estímulo: DV eleva-se um pouco a pelve.
 Resposta: lactente começa a rastejar. Inicia no 4° ao 6° mês e permanece.
Prepara para arrastar e engatinhar.
Reflexo postural labiríntico:
Estímulo: posicionamento em DV.
Resposta: extensão da cabeça e do tronco superior. Reação não encontrada no tempo regular em crianças com disfunção, diminuindo o controle da cabeça.
Reação de paraquedas:
Estímulo: aproximação rápida da cabeça ao tablado.
Resposta: extensão dos MMSS para apoio no solo.
 
HABILIDADES MOTORAS DESENVOLVIDAS NOS PRIMEIROS 24 MESES DE VIDA:
 
Primeiro e segundo mês: O recém-nascido apresenta tônus flexor presente, reações posturais pobres, ausência de controle de cabeça e presença dos reflexos primitivos.
Terceiro e quarto mês: O lactente vai apresentar aquisição do controle cervical, maior extensão de tronco na postura prono fazendo descarga de peso em antebraços, desenvolve simetria corporal mantendo membros superiores e membros inferiores na linha média corporal, será capaz de coordenar movimentos da cabeça com os olhos, mas ainda não é estável na sedestação.
Quinto e sexto mês: o tônus flexor presente ao nascimento diminuiu, em prono consegue transferir peso de um lado para o outro tirando uma mão do apoio, realiza a primeira troca postural: o rolar, inicia controle da posição sentada com apoio, desenvolve e reação de proteção anterior na postura sentado e eventualmente começa a adotar a postura de gato.
Sétimo e oitavo mês: O lactente apresenta controle postural sentado sem apoio, desenvolve reação de proteção lateral na postura sentado e inicia o arrastar/ engatinhar.
Nono e décimo mês: O lactente inicia ortostatismo, mantém apoio na posição ortostática e inicia reação de proteção posterior na postura sentado.
Décimo segundo mês: O bebê consegue levantar com apoio (ajoelhado para semi-ajoelhado); as reações de proteção na postura sentado estão todas presentes, apresenta boa reação postural (endireitamento) e inicia a marcha.
Décimo quinto mês: O bebê tem boa reação postural no ortostatismo, adequada reação de equilíbrio em pé e consegue abaixar / levantar sem apoio.
Décimo oitavo mês / dois anos: O bebê apresenta independência da marcha, é capaz de subir e descer escadas e já apresenta uma boa noção de espaço.
 
DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR ATÍPICO
Diversos fatores podem colocar em risco o curso normal do desenvolvimento de uma criança. Definem-se como fatores de risco uma série de condições biológicas ou ambientais que aumentam a probabilidade de déficits no desenvolvimento neuropsicomotor. Dentre as principais causas de atraso motor encontram-se: baixo peso ao nascer, prematuridade, distúrbios cardiovasculares, respiratórios e neurológicos, infecções neonatais, desnutrição, baixas condições socioeconômicas e nível educacional precário dos pais. Durante a gestação, a exposição materna a agentes químicos resultantes de atividades industriais, agrícolas e de exploração mineral pode provocar o aumento da prevalência de prematuridade, prejuízo do crescimento fetal, malformações congênitas, além de distúrbios neurológicos, respiratórios, endócrinos e comportamentais. Quanto maior o número de fatores de risco atuantes, maior será a possibilidade do comprometimento do desenvolvimento.
Crianças que vivem em países em desenvolvimento estão expostas a vários destes riscos, entre os quais o de apresentarem gestações desfavoráveis e/ou incompletas e o de viverem em condições socioeconômicas adversas. Tal cadeia de eventos negativos faz com que essas crianças tenham maior chance de apresentar atrasos em seu potencial de crescimento e desenvolvimento.
A alteração do controle de tônus, a persistência da atividade reflexa primitiva, a ausência / diminuição das reações de equilíbrio e proteção e a ausência ou maior dificuldade de realizar as trocas posturais são sinais clássicas que podem sinalizar um prejuízo do desenvolvimento neuropsicomotor.
A observação de sinais como o excesso de extensão do tronco e cervical, conhecido como postura de opstótono, ou a hipotonia exagerada de tronco e cervical, ou ainda, o exagero da hipertonia flexora dos membros associado com padrões posturais pouco adotados no DNPM normal são sinais clínicos que contribuem para identificação precoce de desvio do DNPM. É possível em situações de desenvolvimento atípico observar o aumento da flexão dos dedos das mãos, assim como a presença do primeiro dedo mais aduzido. Padrões posturais pouco adotados no DNPM típico podem ser observados, como por exemplo e excesso de rotação interna dos ombros e quadris. Outros sinais como o pobre interesse por estímulos visuais e auditivos, pobre interação com o meio, diminuição da atividade espontânea e prejuízo no alcance dos marcos motores chaves são indicadores complementares do prejuízo do DNPM.
A maior parte dos movimentos do recém-nascido é representada por reflexos primitivos, que vão desaparecendo durante os seis primeiros meses de vida, quando estruturas neurológicas hierarquicamente mais recentes (corticais) vão amadurecendo e tornando-se funcionais. A ausência desses reflexos em idades em que deveriam estar presentes ou a persistência desses em idade em que deveriam ter desaparecido, poderá indicar prejuízo neurológico.
Crianças com desenvolvimento motor atípico, ou que se apresentam com risco de atrasos, merecem atenção e ações específicas, já que os problemas de coordenação e controle do movimento poderão se prolongar até a fase adulta. Além disso, atrasos motores frequentemente associam-se a prejuízos secundários de ordem psicológica e social, como baixa autoestima, isolamento, hiperatividade, entre outros, que dificultam a socialização de crianças e o seu desempenho escolar.
Para possibilitar a intervenção precoce nos atrasos evolutivosé imprescindível a identificação de distúrbios no desenvolvimento neuropsicomotor no primeiro ano de vida. Existem vários instrumentos de avaliação que auxiliam na identificação das crianças de risco e esses testes e escalas de desenvolvimento ajudam tanto na triagem e diagnóstico, quanto no planejamento e progressão do tratamento, caso alguma anormalidade seja detectada. Entre os instrumentos mais utilizados em pesquisas para mensurar a performance do desenvolvimento motor de lactentes, destacam-se as Bayley Scales of Infant Development II, Teste Denver e a Alberta Infant Motor Scale (AIMS).
Caso seja identificado qualquer tipo de desvio do DNPM deve-se iniciar a intervenção precoce que baseia-se em exercícios que visam o desenvolvimento da criança de acordo com a fase em que ela se encontra. Desta forma, implementa-se um conjunto de atividades destinadas a proporcionar à criança, nos primeiros anos de vida, o alcance do pleno desenvolvimento
Exercício 1:
O desenvolvimento motor é o conjunto de características em constante evolução que permite que um bebê que possui atividade essencialmente reflexa ao nascimento evolua para a motricidade voluntária e realize movimentos complexos e coordenados, tais como a deambulação e os movimentos finos de mão. A partir do momento que se conhece o desenvolvimento típico se está apto para reconhecer situações de desenvolvimento atípico. São sinais de desenvolvimento atípico.
I. Persistência da atividade reflexa primitiva;
II. Diminuição das reações de equilíbrio e proteção
III. Ausência ou maior dificuldade de realizar as trocas posturais;
IV. Presença de aumento do tônus flexor no primeiro mês de vida.
A)Apenas I, II e III.
B)Apenas I, III e IV.
C)Apenas II, III e IV
D)Apenas I e II.
E)Apenas II e III.
Exercício 2:
As ações preventivas ou corretivas sobre os desvios do desenvolvimento dependem do conhecimento acerca da sequência normal e regular das aquisições motoras, que consistirá na base para a elaboração de propostas adequadamente adaptadas à situação de cada criança. Analise a imagem abaixo e escolha a alternativa incorreta:
A)O controle da postura sentado sem apoio se dá por volta do sétimo mês.
B)Quando o bebê é puxado pelos MMSS de supino para sentado, no primeiro mês de vida, ele não vai conseguir manter o alinhamento cervical com o tronco. 
C)O aumento do tônus extensor é um sinal fisiológico esperado quando a criança for puxada para sentado.
D)O controle cervical se dá por volta do quarto mês de vida, dessa forma quando puxado de supino para sentado pelos MMSS consegue manter o alinhamento cervical.
E)O maior controle na passagem de supino para sentado depende da força dos músculos abdominais.
Exercício 3:
Para julgar a motricidade espontânea do recém-nascido pressupõe-se necessários profundos conhecimentos do desenvolvimento motor. Em virtude de alguma complicação ocorrida no período pré ou perinatal, os bebês de risco podem mostrar nos primeiros meses de vida sinais neurológicos evidentes caracterizando precocemente um desvio do desenvolvimento neuropsicomotor. Analise as sentenças abaixo e assinale a alternativa que apresenta apenas sinais clínicos que caracterizam alteração do DNPM:
I. Presença de Clônus
II. Hipotonia
III. Aumento do tônus flexor dos membros
IV. Fraqueza da sucção
A)Estão corretas I e II apenas.
B)Estão corretas I, II e III.
C)Estão corretas I, II e IV.
D)Estão corretas I, III e IV.
E)Estão corretas II, III e IV.
Exercício 4:
Um bebê de 11 meses compareceu ao Setor de Fisioterapia de um Centro de Reabilitação para avaliação. Após a mãe notar que o filho se movia pouco e ainda não sentava com independência, procurou avaliação com Neuropediatra que encaminhou para Estimulação Motora na Fisioterapia. No momento da avaliação o fisioterapeuta deve realizar os seguintes procedimentos:
I. Observar a maneira como o paciente permanece na postura prono. Caso o paciente realize toda a extensão do tronco fazendo descarga de peso na palma da mão, será considerado que tem força muscular 3 de paravertebrais.
II. Deve-se colocar o paciente na postura sentado e observar os ajustes posturais que a criança realiza. Geralmente as reações de proteção posteriores são as primeiras a se desenvolver.
III. A presença do RTCA é considerada um sinal fisiológico na idade desta criança.
A)I apenas.
B)II apenas
C)III apenas.
D)I e II apenas.
E)I e III apenas.
Exercício 5:
Estima-se que, em todo o mundo, 200 milhões de crianças menores de cinco anos de idade estão sob risco de não atingir seu pleno desenvolvimento. A prevalência do atraso do desenvolvimento é, em grande parte, uma incógnita, mas dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que 10% da população de qualquer país é constituída por pessoas com algum tipo de deficiência, com uma taxa de 4,5% entre aquelas com até cinco anos de idade. São considerados fatores de risco para o DNPM: 
I. Desnutrição materna durante a gestação.
II. Consanguinidade parental.
III. Nota do APGAR menor que 6.
A)I apenas.
B)II apenas
C)I e II apenas.
D)II e III.
E)I, II e III.
Exercício 6:
Paciente M. S., 12 meses, compareceu ao Setor de Fisioterapia da Universidade Paulista com encaminhamento médico para estimulação motora. Nasceu prematuro, com 32 semanas gestacionais e permaneceu na UTI neonatal por dois meses e meio. Neste período usou Ventilação Mecânica por 4 semanas e apresentou algumas crises convulsivas. Foi observado na avaliação que está começando a controlar a cervical, mas apresenta RTCA, RTCS e RTL muito presentes. Não realiza trocas posturais independentes e apresenta hipertonia elástica nos quatro membros, mais forte em MMII. Além disso, o fisioterapeuta encontrou sinal de Babinsk e Clônus positivos bilateralmente. Analise as afirmações a seguir sobre este caso clínico e escolha a alternativa correta:
I. A presença dos reflexos primitivos (RTCA e RTCS) são bons indicativos do DNPM dessa criança.
II. O RTCA é observado quando ocorre a rotação da cabeça provocando a extensão do membro superior e membro inferior do mesmo lado e flexão dos membros do lado oposto.
III. O RTL é observado quando a criança é colocada em decúbito dorsal e a criança responde fletindo os MMII.
A)Apenas II está correta.
B)Apenas III está correta.
C)São verdadeiras I e II.
D)São verdadeiras I e III.
E)São verdadeiras II e III.
Exercício 7:
O desenvolvimento motor é considerado como um processo sequencial, contínuo e relacionado à idade cronológica, pelo qual o ser humano adquire uma enorme quantidade de habilidades motoras, as quais progridem de movimentos simples e desorganizados para a execução de habilidades motoras altamente organizadas e complexas. Analise as sentenças e escolha alternativa correta.
I. O controle cervical é um marco motor fundamental que deve ser observado por volta do quarto mês de vida.
II. Por volta do quinto/sexto mês de vida o bebê começa a desenvolver sua primeira troca postural: o engatinhar
III. Inicialmente as crianças adotam as posturas contra a gravidade, como a sedestação e o ortostatismo, necessitando de uma ampla base de apoio.
A)Apenas a I está correta
B)Estão corretas I e II
C)Estão corretas I e III
D)Estão corretas II e III
E)Estão corretas I, II e III
Exercício 8:
Os avanços nos cuidados neonatais e perinatais têm levado a um aumento na sobrevivência de recém-nascidos com idade gestacional e peso ao nascer cada vez mais reduzido. Contudo, faz-se necessário o acompanhamento cuidadoso desses bebês, uma vez que eles apresentam maior vulnerabilidade em relação às alterações no Desenvolvimento Neuropsicomotor. Levando em consideração seus conhecimentos sobre Desenvolvimento Neuropsicomotor, leia atentamente as afirmativas abaixo e escolha a alternativa correta.
I. Ao longo dos primeiros anos de vida, o bebê apresenta um ritmo de desenvolvimento pouco acelerado, desenvolvendo-se lentamente.
II. Os ganhos do desenvolvimento no primeiro ano estão potencializados em função da maior plasticidade cerebral e aumento das redes neurais.
III. Ao nascer, a criança vai apresentaralguns reflexos típicos de um recém-nascido. No Reflexo Labiríntico o neonato é colocado em DV e posteriormente estende e roda a cabeça associada com extensão dos MMII.
A)Apenas II está correta.
B)Apenas III está correta.
C)I e II são corretas.
D)I e III são corretas.
E)II e III são corretas.
O termo paralisia cerebral (PC) é usado para definir qualquer desordem caracterizada por alteração do movimento secundária a uma lesão não progressiva do cérebro em desenvolvimento.
O cérebro comanda as funções do corpo. Cada área do cérebro é responsável por uma determinada função, como os movimentos dos braços e das pernas, a visão, a audição e a inteligência. Uma criança com PC pode apresentar alterações que variam desde leve incoordenacão dos movimentos ou uma maneira diferente para andar até inabilidade para segurar um objeto, falar ou deglutir.
O desenvolvimento do cérebro tem início logo após a concepção e continua após o nascimento. Ocorrendo qualquer fator agressivo ao tecido cerebral antes, durante ou após o parto, as áreas mais atingidas terão a função prejudicada e, dependendo da importância da agressão, certas alterações serão permanentes caracterizando uma lesão não progressiva.
Dentre os fatores potencialmente determinantes de lesão cerebral irreversível, os mais comumente observados são infecções do sistema nervoso, hipóxia (falta de oxigênio) e traumas de crânio. O desenvolvimento anormal do cérebro pode também estar relacionado com uma desordem genética, e nestas circunstâncias, geralmente, observa-se outras alterações primárias além da cerebral. Em muitas crianças, a lesão ocorre nos primeiros meses de gestação e a causa é desconhecida.
O tipo de alteração do movimento observado está relacionado com a localização da lesão no cérebro e a gravidade das alterações depende da extensão da lesão. A PC é classificada de acordo com a alteração de movimento que predomina. Formas mistas são também observadas.
Espástica
Quando a lesão está localizada na área responsável pelo início dos movimentos voluntários, trato piramidal, o tônus muscular é aumentado, isto é, os músculos são tensos e os reflexos tendinosos são exacerbados. Esta condição é chamada de paralisia cerebral espástica.
As crianças com envolvimento dos braços, das pernas, tronco e cabeça (envolvimento total) têm tetraplegia espástica e são mais dependentes da ajuda de outras pessoas para a alimentação, higiene e locomoção. A tetraplegia está geralmente relacionada com problemas que determinam sofrimento cerebral difuso grave (infecções, hipóxia e traumas) ou com malformações cerebrais graves.
Quando a lesão atinge principalmente a porção do trato piramidal responsável pelos movimentos das pernas, localizada em uma área mais próxima dos ventrículos (cavidades do cérebro), a forma clínica é a diplegia espástica, na qual o envolvimento dos membros inferiores é maior do que dos membros superiores. A região periventricular é muito vascularizada e os prematuros, por causa da imaturidade cerebral, com muita frequência apresentam hemorragia nesta área. As alterações tardias provocadas por esta hemorragia podem ser visualizadas com o auxílio da neuroimagem (leucomalácea periventricular). Por este motivo, a diplegia espástica é quase sempre relacionada com prematuridade. Esta forma é menos grave do que a tetraplegia e a grande maioria das crianças adquire marcha independente antes dos oito anos de idade.
Na hemiplegia espástica, são observadas alterações do movimento em um lado do corpo, como por exemplo, perna e braço esquerdos. As causas mais freqüentes são alguns tipos de malformação cerebral, acidentes vasculares ocorridos ainda na vida intra-uterina e traumatismos crânio-encefálicos. As crianças com este tipo de envolvimento apresentam bom prognóstico motor e adquirem marcha independente. Algumas apresentam um tipo de distúrbio sensorial que impede ou dificulta o reconhecimento de formas e texturas com a mão do lado da hemiplegia. Estas crianças têm muito mais dificuldade para usar a mão.
As crianças com espasticidade tendem a desenvolver deformidades articulares porque o músculo espástico não tem crescimento normal. Flexão e rotação interna dos quadris, flexão dos joelhos e equinismo são as deformidades mais freqüentes nas crianças que adquirem marcha. Além destas, as crianças com tetraplegia espástica podem desenvolver ainda, luxação paralítica dos quadris e escoliose.
Discinético
Quando a lesão está localizada nas áreas que modificam ou regulam o movimento, trato extrapiramidal, a criança apresenta movimentos involuntários, movimentos que estão fora de seu controle e os movimentos voluntários estão prejudicado Esta condição é definida como paralisia cerebral com movimentos involuntários forma coreoatetósica ou distônica. O termo coreoatetose é usado para definir a associação de movimentos involuntários contínuos, uniformes e lentos (atetósicos) e rápidos, arrítmicos e de início súbito (coreicos). A criança com PC tipo distônica apresenta movimentos intermitentes de torção devido à contração simultânea da musculatura agonista e antagonista, muitas vezes acometendo somente um lado do corpo. A PC com movimentos involuntários está freqüentemente relacionada com lesão dos gânglios da base (núcleos localizados no centro do cérebro, formados pelos corpos dos neurônios que compõem o trato extra-piramidal), causada por hiperbilirrubinemia neonatal. A bilirrubina é um pigmento amarelo liberado das hemáceas (células do sangue que transportam o oxigênio) quando elas se rompem. Nas incompatibilidades sanguíneas, este pigmento pode ser liberado em grande quantidade. O recém-nascido torna-se ictérico (a pele e as conjuntivas assumem uma cor de tonalidade amarela). Assim como esse pigmento se deposita na pele, pode se depositar também nos gânglios da base. Os movimentos involuntários podem ser leves ou acentuados e são raramente observados durante o primeiro ano de vida. Nas formas graves, antes desta idade a criança apresenta hipotonia (tônus muscular diminuído) e o desenvolvimento motor é bastante atrasado. Muitas crianças não são capazes de falar, andar ou realizar movimentos voluntários funcionais e são, portanto, dependentes para a alimentação, locomoção e higiene.
Atáxica
A paralisia cerebral atáxica está relacionada com lesões cerebelares ou das vias cerebelares. Como a função principal do cerebelo é controlar o equilíbrio e coodenar os movimentos, as crianças com lesão cerebelar apresentam ataxia ou seja, marcha cambaleante por causa da deficiência de equilíbrio, e apresentam, ainda, incoordenação dos movimentos com incapacidade para realizar movimentos alternados rápidos e dificuldade para atingir um alvo. Por exemplo, se a criança for apertar um botão que liga/desliga um aparelho elétrico com o seu indicador, ela tem dificuldade para comandar o movimento de maneira a colocar o dedo exatamente sobre o botão e no final do movimento observa-se um tremor grosso. Quando a lesão é muito extensa, o atraso do desenvolvimento motor é importante e é possível que a criança nunca seja capaz de andar sem apoio. Assim como nas formas extrapiramidais de PC, durante o primeiro ano de vida, a alteração observada é a hipotonia. A alteração mais freqüentemente encontrada é a ataxia associada a sinais piramidais (tônus muscular aumentado e reflexos tendinosos exacerbados). Ataxia pura em crianças com PC é rara.
Causas
Desde que o médico inglês William Little, nos anos 1860s, descreveu pela primeira vez as alterações clínicas encontradas em uma criança com PC e relacionou estas alterações com hipóxia (baixa de oxigênio), se valorizou muito o papel da hipóxia perinatal e dos traumas de parto como fatores determinantes de lesões cerebrais irreversíveis. E mesmo depois de Sigmund Freud, em 1897, ter chamado a atenção para o fato de que se muitas das crianças apresentavam além das alterações motoras, outros problemas, tais como, retardo mental, convulsões e distúrbios visuais, o mais provável é que a causa pudesse estar também relacionada com agressões ocorridas emfases bem mais precoces da vida intra-uterina, a hipóxia perinatal foi considerada até recentemente como a principal causa de PC. O pensamento de Freud era que em certos casos, os problemas ao nascer seriam, na realidade, conseqüência de um desenvolvimento anormal do cérebro.
Durante anos, essas observações de Freud não foram muito valorizadas até que no final dos anos 1980s, pesquisas importantes realizadas nos Estados Unidos e na Austrália demonstraram que tanto a hipóxia quanto outros problemas neonatais não são as principais causas de PC e que na maioria das crianças com PC a causa era desconhecida. Desordens genéticas, fatores teratogênicos ou outras influências nas fases iniciais da gravidez teriam que ser mais intensamente investigadas. Com os avanços da tecnologia para diagnóstico, principalmente nas áreas da imagem e da genética, uma melhor compreensão das causas de PC vem sendo cada vez mais possível. Um número significativo de crianças que antes recebiam o diagnóstico de PC por hipóxia perinatal porque demoraram para chorar e tiveram cianose (ficaram roxinhas), hoje, depois da ressonância magnética, recebem o diagnóstico de uma malformação cerebral, e a implicação deste fato é que a causa do problema é uma desordem genética ou um fator agressivo ocorrido nas primeiras semanas ou meses de gestação.
Dentre as causas pré-natais, além das desordens genéticas, as mais importantes são infecções congênitas (citomegalia, toxoplasmose, rubéola) e hipóxia fetal decorrente de complicações maternas, como no caso das hemorragias. A exposição da mãe a substâncias tóxicas ou agentes teratogênicos tais como radiação, álcool, cocaína e certas medicações principalmente nos primeiros meses de gestação são fatores de risco que têm que ser considerados.
As causas perinatais estão relacionadas principalmente com complicações durante o parto, prematuridade e hiperbilirrubinemia.
As principais causas de paralisia cerebral pós-natal são infecções do sistema nervoso central (meningites e encefalites), traumatismo crânio-encefálico e hipóxia cerebral grave (quase afogamento, convulsões prolongadas e parada cardíaca).
Prevenção
Acompanhamento pré-natal regular e boa assistência ao recém-nascido na sala de parto diminuem a possibilidade de certas crianças desenvolverem lesão cerebral permanente. Por outro lado, muitas das crianças que superam situações críticas com a ajuda de recursos sofisticados das terapias intensivas neonatais modernas, principalmente os prematuros, sobrevivem, mas com seqüelas neurológicas. Portanto, apesar de ter havido uma evolução importante em termos de atendimento à gestante e ao recém-nascido na sala de parto, nos últimos 40 anos não houve uma redução significativa da prevalência da PC mesmo nos países desenvolvidos. De qualquer forma, houve uma modificação da história natural. Muitas das formas graves de PC estão relacionadas com causas que podem ser prevenidas como hipóxia perinatal, infecções congênitas e hiperbilirrubinemia neonatal, e a prematuridade está relacionada com diplegia espástica, tipo de paralisia cerebral de melhor prognóstico.
Todo esforço para que o período gestacional seja o mais saudável possível através da manutenção de uma boa nutrição e da eliminação do uso de álcool, fumo, drogas e medicações sabidamente teratogênicas deve ser feito, pois estas medidas estarão contribuindo para a prevenção de alguns tipos de PC. A rubéola congênita pode ser prevenida se a mulher for vacinada antes de engravidar. Quanto à toxoplasmose materna, medidas de higiene, como não ingerir carnes mal cozidas ou verduras que possam estar contaminadas com fezes de gato são importantes. As gestantes com sorologia positiva devem ser adequadamente tratadas, diminuindo assim os riscos de infecção fetal. A incompatibilidade Rh pode ser facilmente prevenida (vacina anti-Rh+) e identificada. Quando a bilirrubina não conjugada no recém-nascido atinge níveis críticos, a criança deve ser submetida a ex-sanguíneotransfusão (troca de parte do volume sanguíneo). O tratamento adequado da incompatibilidade sanguínea reduziu em muito a incidência da PC com movimentos involuntários.
No período pós-natal, uma das principais causas de PC é o traumatismo crânio-encefálico que pode ser prevenido, em algumas circunstâncias, com o uso de cadeiras de segurança especiais para crianças pequenas, ajustadas nos bancos dos automóveis. Outra causa importante é a anóxia cerebral grave por quase afogamento e o número de crianças com lesão cerebral por quase afogamento em Brasília é relativamente elevado, justificando uma campanha de prevenção. Algumas das infecções cerebrais podem ser prevenidas com vacinas, como por exemplo, contra sarampo, meningite meningogócica e Haemophilus influenzae.
Diagnóstico
Dificuldade de sucção, tônus muscular diminuído, alterações da postura e atraso para firmar a cabeça, sorrir e rolar são sinais precoces que chamam a atenção para a necessidade de avaliações mais detalhadas e acompanhamento neurológico.
A história clínica deve ser completa e o exame neurológico deve incluir a pesquisa dos reflexos primitivos (próprios do recém-nascido), porque a persistência de certos reflexos além dos seis meses de idade pode indicar presença de lesão cerebral. Reflexos são movimentos automáticos que o corpo faz em resposta a um estímulo específico. O reflexo primitivo mais conhecido é o reflexo de Moro que pode ser assim descrito: quando a criança é colocada deitada de costas em uma mesa sobre a palma da mão de quem a examina, a retirada brusca da mão causa um movimento súbito da região cervical, o qual inicia a resposta que consiste inicialmente em abdução (abertura) e extensão dos braços com as mãos abertas seguida de adução (fechamento) dos braços como em um abraço. Este reflexo é normalmente observado no recém-nascido, mas com a maturação cerebral, respostas automáticas como esta são inibidas. O reflexo de Moro é apenas um dentre os vários comumente pesquisados pelo pediatra ou fisioterapeuta.
Depois de colhida a história clínica e realizado o exame neurológico, o próximo passo é afastar a possibilidade de outras condições clínicas ou doenças que também evoluem com atraso do desenvolvimento neurológico ou alterações do movimento como as descritas anteriormente. Exames de laboratório (sangue e urina) ou neuroimagem (tomografia computadorizada ou ressonância magnética) poderão ser indicados de acordo com a história e as alterações encontradas ao exame neurológico. Estes exames, em muitas situações, esclarecem a causa da paralisia cerebral ou podem confirmar o diagnóstico de outras doenças.
O termo paralisia cerebral implica alterações do movimento, mas a presença de outros distúrbios deve ser investigada e o sucesso do tratamento depende da abordagem correta de todos os problemas associados.
 
Exercício 1:
Sobre a Paralisia Cerebral (PC) assinale a alternativa correta (1,0):
a) As causas que levam à PC podem ser classificadas como pré, peri e pós natais. Um exemplo de causa pré-natal é infecção da mãe por Toxoplasmose.
b) Há um comprometimento motor sempre associado a uma deficiência visual, auditiva ou de linguagem.
c) Apesar de ser um distúrbio não-progressivo, sua manifestação clínica pode mudar à medida que ocorre o desenvolvimento cerebral.
d) Dependendo do grau de disfunção motora, se for muito grave, o papel de o fisioterapeuta deve ser apenas o de realizar mobilização passiva e posicionamento para prevenir deformidades, mas não deve preocupar-se em estimular o desenvolvimento de habilidades motoras, já que possivelmente essa criança não chegará à independência funcional.
A) todas as alternativas estão corretas
B)apenas (a), (b) e (c) estão corretas
C)apenas (a), (c) e (d) estão corretas
D) apenas (b) e (d) estão corretas
E)apenas (a) e (c) estão corretas
Exercício 2:
Em relação a PC analise as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta:
I. O termo paralisia cerebral (PC) é usado para definir qualquer desordem caracterizada por alteração do movimento secundária a uma lesão progressivado cérebro em desenvolvimento.
II. Dentre os fatores potencialmente determinantes de lesão cerebral irreversível, os mais comumente observados são infecções do sistema nervoso, hipóxia (falta de oxigênio) e traumas de crânio. O desenvolvimento anormal do cérebro pode também estar relacionado com uma desordem genética, e nestas circunstâncias, geralmente, observa-se outras alterações primárias além da cerebral. Em muitas crianças, a lesão ocorre nos primeiros meses de gestação e a causa é desconhecida.
III. O tipo de alteração do movimento observado está relacionado com a localização da lesão no cérebro e a gravidade das alterações depende da extensão da lesão. A PC é classificada de acordo com a alteração de movimento que predomina. Formas mistas são também observadas
A)apenas I e II estãoc orretas
B)apenas II e III estão corretas
C)apenas I e III estão corretas
D)todas estão corretas
E)apenas II está correta
Exercício 3:
Em relação a PC analise as questões abaixo e assinale a alternativa correta:
I. Quando a lesão está localizada na área responsável pelo início dos movimentos voluntários, trato piramidal, o tônus muscular é aumentado e os reflexos tendinosos são exacerbados. Esta condição é chamada de paralisia cerebral espástica
II. Quando a lesão atinge principalmente a porção do trato piramidal responsável pelos movimentos das pernas, localizada em uma área mais próxima dos ventrículos, a forma clínica é a diplegia espástica, na qual o envolvimento dos membros inferiores é maior do que dos membros superiores. 
III. Na hemiplegia espástica, são observadas alterações do movimento em um lado do corpo, como por exemplo, perna e braço esquerdos. As causas mais freqüentes são alguns tipos de malformação cerebral, acidentes vasculares ocorridos ainda na vida intra-uterina e traumatismos crânio-encefálicos. As crianças com este tipo de envolvimento apresentam bom prognóstico motor e adquirem marcha independente. Algumas apresentam um tipo de distúrbio sensorial que impede ou dificulta o reconhecimento de formas e texturas com a mão do lado da hemiplegia. Estas crianças têm muito mais dificuldade para usar a mão.
A)todas estão corretas
B)apenas I e II estão corretas
C)apenas I e III estão corretas
D)apenas II e III estão corretas
E)apenas I está correta
Exercício 4:
Em relação a PC analise as questões abaixo e assinale a alternativa correta:
I. O termo coreoatetose é usado para definir a associação de movimentos involuntários contínuos, uniformes e lentos (atetósicos) e rápidos, arrítmicos e de início súbito (coreicos). 
II. A criança com PC tipo distônica apresenta movimentos intermitentes de torção devido à contração simultânea da musculatura agonista e antagonista, muitas vezes acometendo somente um lado do corpo
III. A PC com movimentos involuntários está freqüentemente relacionada com lesão do cerebelo, causada por hiperbilirrubinemia neonatal.
A)todas estão corretas
B)apenas I e II estão corretas
C)Apenas II e III estão corretas
D)apenas I e III estão corretas
E)apenas II está correta
Exercício 5:
Em relação a PC analise as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta:
I. A paralisia cerebral atáxica está relacionada com lesões cerebelares ou das vias cerebelares. Como a função principal do cerebelo é controlar o equilíbrio e coodenar os movimentos, as crianças com lesão cerebelar apresentam ataxia ou seja, marcha cambaleante por causa da deficiência de equilíbrio, e apresentam, ainda, incoordenação dos movimentos com incapacidade para realizar movimentos alternados rápidos e dificuldade para atingir um alvo. 
II. Dentre as causas pré-natais, além das desordens genéticas, as mais importantes são infecções congênitas (citomegalia, toxoplasmose, rubéola) e hipóxia fetal decorrente de complicações maternas, como no caso das hemorragias. A exposição da mãe a substâncias tóxicas ou agentes teratogênicos tais como radiação, álcool, cocaína e certas medicações principalmente nos primeiros meses de gestação são fatores de risco que têm que ser considerados.
III. As principais causas de paralisia cerebral pós-natal são infecções do sistema nervoso central (meningites e encefalites), traumatismo crânio-encefálico e hipóxia cerebral grave (quase afogamento, convulsões prolongadas e parada cardíaca). 
A)todas estão corretas
B)apenas I está correta
C)apenas II está correta
D)apenas III está correta
E)apenas I e II está correta
Exercício 6:
A Paralisia Cerebral (PC), também denominada como Encefalopatia Crônica Não Progressiva da Infância é um dos acometimentos neurológicos mais frequentes entre as crianças com histórico de Prematuridade. Um dos quadros clínicos decorrentes da PC é a hemiplegia, que refere-se:
A)Um déficit motor localizado num hemicorpo e corresponde a uma lesão ocorrida no cerebelo.
B)Um déficit motor localizado num hemicorpo e corresponde a uma lesão ocorrida nos núcleos da base.
C)Um déficit motor localizado num hemicorpo e corresponde a uma lesão ocorrida no córtex cerebral.
D)Um déficit motor localizado nos quatro membros e corresponde a uma lesão ocorrida no cerebelo.
E)Um déficit motor localizado nos quatro membros e corresponde a uma lesão ocorrida na medula espinal.
Exercício 7:
Na avaliação neurológica da criança com Paralisia Cerebral (PC) a alteração de tônus muscular deve ser verificado através de procedimentos terapêuticos específicos. Esses procedimentos incluem:
A)Testes de sensibilidade proprioceptiva e reflexos tendíneos.
B)Testes reflexos tendíneos e pesquisa dos reflexos primários (primitivos) do bebê.
C)Testes de força muscular e observação do trofismo muscular.
D)Testes dos reflexos tendíneos e alongamento passivo rápido dos músculos.
E)Testes de força muscular e de sensibilidade proprioceptiva dos membros inferiores.
Exercício 8:
O ambiente é um dos fatores contribuintes para o processo do desenvolvimento neuromotor ocorra de forma adequada e esperada. O ambiente da unidade de terapia intensiva neonatal pode ser considerado prejudicial ao desenvolvimento do bebê prematuro, principalmente para as aquisições:
A)Das respostas psicossociais da criança.
B)Dos padrões adequados de linguagem.
C)Da regulação dos mecanismos controladores da vigília-sono.
D)Motoras e Posturais da Criança.
E)Todas as aquisições descritas acima poderão ser comprometidas na criança prematura com história de permanência prolongada na UTI neonatal.
Exercício 9:
Entre os recursos terapêuticos utilizados na cinesioterapia com crianças portadoras de Paralisia Cerebral (PC), a bola terapêutica pode ser recrutada para:
A)Estimular as reações de endireitamento de origem vestibular e óptica da criança.
B)Estimular o reflexo miotático dos músculos dos membros inferiores.
C)Estimular a preensão palmar ativa da criança.
D)Estimular o trofismo dos músculos dos membros inferiores.
E)Estimular a consciência corporal da criança.
Exercício 10:
Na avaliação neurológica pediátrica de uma criança com hipótese diagnóstica de paralisia cerbral (PC), a anamnese deve ser detalhada devido a grande variabilidade nos fatores determinantes da patologia. Sobre esses fatores, é possível afirmar:
A)Fatores pré-natais são aqueles presentes durante o período compreendido entre as horas do parto e podem incluir a utilização do fórceps e a anóxia.
B)Fatores peri-natais são aqueles presentes no período de gestação do bebê e podem incluir processos infecciosos ocorridos na mãe da criança.
C)Os fatores pós-natais são os mais determinantes para o desenvolvimento da paralisia cerebral.
D)Os fatores pós-natais possuem um período longo de abrangência que inicia logo após o nascimento da criança e se estende até, aproximadamente, os 2-3 anos.
E)Os fatores relacionados à formação do sistema nervoso do bebê não influenciam positivamente para o desenvolvimento da paralisia cerebral.
 Espinha bífida é um defeito congênito caracterizado por formação incompleta da medula espinhal e das estruturas que protegem a medula. O defeito ocorre no primeiro mês de gravidez e engloba uma série de malformações. A mais comumente observada

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