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ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINES) 01. Intrrodução 02. Fisiopatologi a 03. Farmacologi a 04. Efeitos cardiovascular es 05. Efeitos renais 06. Estudos clínicos 6.1. Eventos cardiovasculares 6.3. Eventos cérebro- vasculares 6.5. Efeitos gastrointestinais 6.2. Hipertensão arterial 6.4. Insuficiência cardíaca 07. Conclusão Os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) são um dos medicamentos mais prescritos no mundo. são um grupo variado de fármacos que têm em comum a capacidade de controlar a inflamação, de analgesia (reduzir a dor), e de combater a hipertermia. (febre). Essa classe heterogênea de fármacos inclui a aspirina e vários outros agentes inibidores da ciclo-oxigenase (COX), seletivos ou não. A aspirina é o AINE mais antigo e amplamente estudado, porém é considerado separadamente dos demais, por seu uso predominante no tratamento das doenças cardiovasculares e cérebro-vasculares, em doses baixas. https://www.scielo.br/img/revistas/abc/v94n4/a19tab01.gif Fisiopatologia A ativação da enzima fosfolipase, hidrolisa os fosfolípides da membrana, libera ácido araquidônico no citoplasma. serve de substrato vias enzímicas: ciclo-oxigenase, lipo- oxigenase. Pelo COX é gerada a prostaglandina, que forma vários prostanoides, incluindo diversas prostaglandinas - PGI2, PGD2, PGE2 PGF2 α -, e tromboxano. Pela via da lipo-oxigenase forma leucotrienos, lipoxinas e etc. A isoforma COX-1 está constante na maioria dos tecidos, enquanto a COX-2 fica nas inflamações. A COX-1 é essencial para a manutenção do estado fisiológico normal de tecidos, na proteção gastrointestinal, controle do fluxo sanguíneo renal, homeostasia, resposta autoimunes, funções pulmonares e do sistema nervoso central,cardiovasculares e reprodutivas. A COX-2, induzida na inflamação por vários estímulos como citocinas, endotoxinas e fatores de crescimento, origina prostaglandinas indutoras, que contribuem ao desenvolvimento do edema, rubor, febre e hiperalgesia. A COX-2 se expressa também nas células vasculares endoteliais normais, que secretam prostaciclina em resposta ao estresse de cisalhamento. O bloqueio da COX-2 resulta em inibição da síntese de prostaciclina. As enzimas desempenham um importante papel na homeostasia cardiovascular. As plaquetas contêm apenas a COX-1. O tromboxano A2, sintetizado primariamente nas plaquetas pela atividade da COX-1, causa agregação plaquetária, vasoconstrição e proliferação de células musculares lisas. A síntese de prostaciclina, amplamente mediada pela atividade da COX-2 nas células endoteliais macrovasculares, contrapõe-se a esses efeitos. Provoca relaxamento das células musculares lisas vasculares e é um potente vasodilatador. Além disso,exerce importante atividade antiplaquetária9. Os prostanoides, especialmente a prostaciclina e a PGE2, são essenciais para proteger a mucosa gástrica dos efeitos corrosivos do ácido estomacal,também mantém a condição naturalmente saudável da mucosa gástrica. Essas prostaglandinas são produzidas por ação da COX-. As consequências do bloqueio da COX-1 no trato gastrointestinal são a inibição da proteção de sua mucosa e o aumento da secreção ácida, podendo levar à erosão, ulceração, perfuração e hemorragia. A probabilidade de ocorrência de úlcera ou sangramento aumenta com o uso em doses altas ou prolongada do AINE, administração concomitante de corticoesteroides e/ou anticoagulantes, tabagismo, bebidas alcoólicas e idade avançada. A inibição seletiva da COX-2 induz à redução relativa da produção endotelial de prostaciclina, enquanto a produção plaquetária de TXA não é alterada. Esse desequilíbrio dos prostanoides hemostáticos aumenta o risco de trombose, eventos vasculares. Demonstrou-se, também, em camundongos não anestesiados, que a COX-2 medeia efeitos cardioprotetores durante a fase tardia do pré-condicionamento miocárdico. Contudo, a administração de inibidores da COX-2 aos animais, 24h após o pré-condicionamento isquêmico, elimina esse efeito cardioprotetor sobre o miocárdio atordoado e o infarto do miocárdio. Farmacologia A diferença nos efeitos biológicos dos inibidores da COX se deve ao grau de seletividade das duas isoenzimas, às alterações teciduais específicas em sua distribuição e às enzimas que convertem PGH2 em prostaglandinas específicas.O AINE não seletivo da COX inibe a produção de prostaglandinas na mucosa gastrointestinal, que pode causar gastroduodenite, úlcera gástrica e sangramento gastrointestinal. Esses AINEs, como a aspirina, reduzem a produção de plaquetas de TXA2 devido ao bloqueio da COX-1 e previnem a trombose arterial. Recentemente, foi especulado que os inibidores seletivos da COX-2 aumentam o risco de doenças cardiovasculares. Devido ao pequeno efeito inibitório sobre a COX-1, essas drogas não impedirão a formação do TXA2 e não terão efeito antiplaquetário, mas reduzirão a produção de prostaciclina 12. Nenhuma objeção ao papel do TXA2 e à tendência à trombose pode levar ao aumento do risco cardiovascular. Além disso, alguns modelos experimentais têm demonstrado o efeito cardioprotetor da COX-2, que pode ser bloqueado por inibidores desse isótipo. Em condições estáticas, as células endoteliais podem expressar COX-2 em níveis baixos, mas é induzida por tensão de cisalhamento. Esses achados sugerem que, após a redução da COX-2, a redução na produção de prostaciclina pode aumentar o risco de aterosclerose focal na bifurcação vascular. Efeitos cardiovasculares Os anti-inflamatórios não-esteroides atuam reduzindo a síntese de prostaglandinas pela inibição das enzimas ciclo- oxigenasses (COX-1 e COX-2), diferindo na seleção de ação sobre estas. Exercem efeito analgésico, antitérmico e anti- inflamatório. Entretanto, os resultados de estudos clínicos prospectivos e de meta-análises indicam que os inibidores seletivos da COX-2 exercem importantes efeitos cardiovasculares adversos, que incluem aumento do risco de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, insuficiência renal e hipertensão Efeitos renais Nos rins, as prostaglandinas (PGs) realizam vasodilatação, diminuição da resistência vascular e melhora da perfusão renal, com redistribuição do fluxo sanguíneo por todo aparelho renal, mantendo assim o fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular em níveis adequados. A ausência das prostaglandinas no aparelho renal culmina em efeitos como vasoconstrição arteriolar renal e redução da taxa de filtração glomerular, podendo levar a distúrbios hidroeletrolíticos, síndrome nefrótica e insuficiência renal aguda. Pacientes com idade avançada se relacionam diretamente com função renal em declínio progressivo, sendo assim, mais suscetíveis aos efeitos adversos no uso de AINES, fato este que não ocorre em adultos jovens sem história prévia de acometimento renal. Os AINES seletivos causam menos efeitos colaterais em indivíduos que apresentam sua função renal preservada, por possuírem efeito semelhante em pacientes com alterações renais previas e nestes indivíduos a gravidade da lesão está diretamente proporcional ao tempo da terapia. Novos estudos demonstram que a COX-2 nos rins está principalmente relacionada à manutenção da homeostase hidroeletrolítica, enquanto a COX-1 está relacionada à manutenção da filtração glomerular. Ao inibir os mecanismos promovidos pelas prostaglandinas, a perfusão renal tende a diminuir, redistribuindo assim o fluxo sanguíneo, ocasionando o estímulo do sistema renina angiotensina, o que por sua vez causa vasoconstrição e retenção de sódio e água, processo esse que culmina em desordens renais. A prescrição de AINES deve ser cuidadosa tanto para os indivíduos saudáveis quanto para os indivíduos considerados de alto risco para desenvolver lesão renal. Estudos clínicos Alguns experimentos e estudos clínicos mostraram que pode haver uma associação entre os inibidores da COX-2 e aumento do risco cardiovascular.Até o momento, não houve estudos prospectivos completos para avaliar esse problema. No entanto, estudos clínicos com o objetivo de avaliar os resultados gastrointestinais relataram eventos cardiovasculares. Os resultados desses estudos clínicos usando diferentes inibidores da COX-2 são inconsistentes e o status de risco inicial do paciente pode desempenhar um papel importante. Eventos cardiovasculares Os efeitos cardiovasculares, COX-2 e sua falta expressão no trato gastrointestinal, sua grande expressão nos tecidos inflamatórios e doloridos. Em 1999 inibidores seletivos da COX-2, com nome de COXIBEs, tinha com sua finalidade eliminar a toxicidade gastrointestinal dos AINEs não seletivos15. Sendo assim os COXIBEs mais eficazes que os AINEs não seletivos para o tratamento da inflamação e seus sintomas. Porém, as plaquetas mostram primeiro a COX-1 (sem propriedades antitrombóticas). Por tanto através de estudos realizados mostram, consequências da inibição seletiva da COX-2 em relação ao coração são o risco de trombose, pelo desvio do balanço pró-trombótico/antitrombótico na superfície endotelial, além da perda do efeito protetor da regulação superior da COX-2 na isquemia miocárdica e no infarto do miocárdio. Hipertensão arterial Os AINEs podem elevar a pressão arterial A elevação ocorre em maior magnitude em pacientes hipertensos O aumento da pressão arterial provocado pelos AINEs associa-se ao declínio significante das concentrações de prostaglandinas e renina. Os AINEs aumentam a pressão arterial supina média em cerca de 5,0 mmHg. O piroxicam induz o aumento mais elevado (6,2 mmHg) Indometacina e Naproxeno elevam a pressão arterial média em (3,59 mmHg e 3,74 mmHg) AINEs interferem com os efeitos anti-hipertensivos das diversas classes desses agentes; Do qual os mecanismo de ação envolve também a síntese das prostaglandinas vasodilatadoras como: -Diuréticos -Inibidores da enzima de conversão da angiotensina -Betabloqueadores. Bloqueadores dos canais de cálcio e antagonistas dos receptores de angiotensina II sofrem menor interferência dos AINEs em seus efeitos. Eventos cérebro-vasculares Os eventos cérebro-vasculares ligados ao uso de anti-inflamatórios não esteroidais estão bem evidentes devido às consequências que o uso destes está trazendo. É possível notar que os inibidores seletivos da COX-2 exercem efeitos diversos ao sistema nervoso, sendo mais frequentes em pessoas que já apresentam histórico de doenças ou que tenham alto de risco de desenvolvê-la. Sendo assim, existe um grande risco de AVC no uso diário e recorrente desses fármacos, sendo eles seletivos ou não. Insuficiência cardíaca A adição de um AINE à lista de drogas terapêuticas de paciente em uso de diurético para controle de doença cardiovascular aumenta a probabilidade de desenvolvimento de insuficiência cardíaca (ligando-a retenção de sódio e água);O uso concomitante de diuréticos e AINEs foram vinculados ao aumento das taxas de hospitalização por insuficiência cardíaca;Pacientes com histórias passadas de insuficiência cardíaca apresentaram um maior risco; Efeitos gastrointestinais O uso de NSAIDs aumenta o risco de complicações da doença da úlcera péptica de três a cinco vezes. De forma geral, 15% a 35% de todas as complicações da úlcera péptica são reportadamente relacionadas ao uso crônico de NSAIDs”, escreveram os autores. Eles destacam que, em muitos casos, o uso desses anti-inflamatórios é essencial e benéfica, porém deve-se estar atento também para os efeitos adversos. “Enquanto complicações significativas como perfuração, obstrução e hemorragia são relativamente incomuns, sintomas gastrointestinais incluindo náusea, refluxo, dispepsia e dor abdominal são extremamente comuns e podem ocorrer em até 40% dos pacientes tomando NSAID”, ressaltaram. Por causa dessas complicações, os pesquisadores recomendam que, antes de o paciente iniciar o uso dos anti-inflamatórios não-esteroides, deve haver uma avaliação cuidadosa dos fatores de risco para sangramentos e outros sintomas gastrointestinais. E os pacientes que forem considerados em risco, devem receber uma terapia com medicamentos anti-secretores para minimizar o risco de complicações no intestino e no estômago. Conclusões A evidência de que o uso de AINEs, especialmente inibidores seletivos da COX-2, aumenta o risco cardiovascular ainda é incompleta. Isso se deve principalmente à falta de ensaios clínicos randomizados que possam avaliar desfechos cardiovasculares relevantes. Uma vez que as diferenças entre vários antiinflamatórios não esteróides podem ser pequenas, ensaios clínicos comparativos em larga escala são necessários para determinar qual regime antiinflamatório pode minimizar a carga geral de mau prognóstico cardiovascular e gastrointestinal. No entanto, os resultados dos estudos clínicos e da meta-análise mostraram que os inibidores seletivos da COX-2 têm importantes efeitos cardiovasculares adversos, incluindo aumento do risco de enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, insuficiência renal e hipertensão. Embora a reação adversa mais comum esteja relacionada à inibição seletiva da COX- 2, a falta de seletividade para esta isoenzima não pode eliminar completamente o risco de eventos cardiovasculares. Portanto, os não esteroides podem ser prescritos somente após considerar os seguintes fatores A relação risco / benefício de todas as drogas em drogas antiinflamatórias. Grupo 6: Ana Beatriz Andrade Torres Arielly Rodrigues Miranda Bianca Damasceno Caio Ítalo Costa Lima Clara de Araújo Feitosa Gisely LohaneViana Silva Guilherme José Dutra Gomes da Silva Isaac Levy Gomes da Silva João Antônio da Silva Machado Ingrid Maria Cavalcante Farias Obrigada!