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Trabalho em grupo 4º semestre

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SISTEMA DE ENSINO virtual CONECTADO
superior de tecnologia em gestão hospitalar
DANIELA CLAUDINO DA SILVA QUEIROZ
FRANCISCO LASARO CAVALCANTE PAIVA
ELAINE APARECIDA MENDES
IANE SANTOS DE OLIVEIRA
MEIRE ELEN DOS SANTOS SILVA FERREIRA
MISLENE PESSOA NONATO CORREA
PAMELA GABRIELLI LOPES NEVES
GESTÃO FINANCEIRA EM SAÚDE
 2015
DANIELA CLAUDINO DA SILVA QUEIROZ
FRANCISCO LASARO CAVALCANTE PAIVA
ELAINE APARECIDA MENDES
IANE SANTOS DE OLIVEIRA
MEIRE ELEN DOS SANTOS SILVA FERREIRA
MISLENE PESSOA NONATO CORREA
PAMELA GABRIELLI LOPES NEVES
GESTÃO FINANCEIRA EM SAÚDE
Trabalho de produção textual apresentado á Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral na disciplina de contabilidade de custos, Gestão Financeira e Matemática financeira.
Tutor Orientador: Meire Aparecida
Professor supervisor: Eduardo Coura Assis
Brasília
2015
Sumário
Introdução	4
GESTÃO DE CUSTO	5
• BALANÇO PATRIMONIAL	15
• DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO	16
• DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMONIO LIQUIDO	17
• DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS	17
• NOTAS EXPLICATIVAS	18
• DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA	18
• DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO	18
CONCLUSÃO	19
REFERÊNCIAS	20
Introdução
Este trabalho tem como objeto mostrar a importância da gestão de financeira no ambiente hospitalar, tendo em vista o desenvolvimento saudável e sustentável da instituição.
Mostrara as variáveis dentro da contabilidade de custos aplicada nas instituições hospitalares e sua evolução no decorrer da história, bem como a importância da utilização da tecnologia para o desenvolvimento e desempenho das atividades dentro de uma instituição de saúde, pois no auxiliar no controle e organização.
A saúde pública em nosso país vive uma situação que podemos chamar de caótica. A população brasileira sofre com a falta de atendimento médico adequado e com a crescente privatização do sistema de saúde.
É de baixíssima qualidade a saúde pública oferecida. Longas filas para atendimento ambulatorial e hospitalar, desvio de materiais, unidades de assistência médica superlotadas, administradores negligentes em parceria com governantes corruptos, esse é o retrato da saúde pública brasileira.
Crianças e idosos morrendo em corredores de hospitais públicos, sem atendimento e medicamentos, são motivos de vergonha nacional.
Com essa situação atual cresce cada vez mais o endividamento dos hospitais do setor privado, sendo o seu principal financiador o Sistema Único de Saúde como financiador principal.
Mas nos últimos anos os hospitais filantrópicos têm adquirido representatividade no segmento hospitalar no Brasil o Ministério da Saúde ao longo destes anos tem envidado esforços no sentido de estreitar a parceria com os hospitais filantrópicos e uma vez que não consegue atender a demanda e encaminhando para o setor privado e tendo em vista que os valores repassados estão defasados de acordo com a atualidade, aumentando assim ainda mais o os custos e gasto.
Um hospital é uma unidade econômica que possui vida própria e, difere das outras empresas porque o seu objetivo ou “produto” básico é a manutenção ou restabelecimento da saúde do paciente.
GESTÃO DE CUSTO
Com o crescimento dos gastos na área de saúde e as limitações impostas pelos altos custos de serviços hospitalares torna-se necessário a adoção de um sistema que forneça informações úteis. 
Os sistemas tradicionais já não mais atendem às características das empresas moderno devido às altas demandas, já não é mais possível distribuir os custos indiretos e indiretos.
A saúde pública em nosso país vive uma situação que podemos chamar de caótica. A população brasileira sofre com a falta de atendimento médico adequado e com a crescente privatização do sistema de saúde.
É de baixíssima qualidade a saúde pública oferecida. Longas filas para atendimento ambulatorial e hospitalar desviam de materiais, unidades de assistência médica superlotadas, administradores negligentes em parceria com governantes corruptos, esse é o retrato da saúde pública brasileira.
Crianças e idosos morrendo em corredores de hospitais públicos, sem atendimento e medicamentos, são motivos de vergonha nacional.
Com essa situação atual cresce cada vez mais o endividamento dos hospitais do setor privado, sendo o seu principal financiador o Sistema Único de Saúde como financiador principal.
Mas nos últimos anos os hospitais filantrópicos têm adquirido representatividade no segmento hospitalar no Brasil o Ministério da Saúde ao longo destes anos tem envidado esforços no sentido de estreitar a parceria com os hospitais filantrópicos e uma vez que não consegue atender a demanda e encaminhando para o setor privado e tendo em vista que os valores repassados estão defasados de acordo com a atualidade, aumentando assim ainda mais o os custos e gastos.
Um hospital é uma unidade econômica que possui vida própria e, difere das outras empresas porque o seu objetivo ou “produto” básico é a manutenção ou restabelecimento da saúde do paciente.
Com o crescimento dos gastos na área de saúde e as limitações impostas pelos altos custos de serviços hospitalares torna-se necessário a adoção de um sistema que forneça informações úteis.
Os sistemas tradicionais já não mais atendem às características das empresas modernas devido às altas demandas, já não é mais possível distribuir os custos indiretos e indiretos.
A contabilidade de custo pode prestar grande auxílio á estas organizações, pois fornece, segundo ALMEIDA (1987), pois através dela poderão ser avaliados os verdadeiros custos dos serviços prestados e assim a organização terá condições de cortar ou reduzir desperdícios, melhorar seus serviços prestados, aumentar incentivos para qualidades e gerar impulsos para o melhoramento.
Pois com a aplicação da contabilidade de custo é possível, conferir impactos devido a paralisação das atividades a preparação e manutenção de máquinas; acompanhar variações entre custos previstos e reais (como as matérias-primas, estoques, e comissões); analisar se é viável realizar na própria empresa certas atividades, ou preferir que terceiros a realizem; e mensura o capital investido em linhas de produtos, auxiliar em investimentos em negócios de risco pois isso tem levados muitos hospitais a falência; a  competitividade é outro motivo para gerir os custos; por se tratar de altos investimentos tecnológicos pois na área de saúde a evolução é constante.
Ou seja, os benefícios da Gestão de Custo vão muito além, pois possibilita crescimento e exigirá muita criatividade, competência e flexibilidade para realização e assim alcançar um ponto de equilíbrio, ou seja, quando a empresa consegue arcar com todos os seus custos fixos em um determinado período.
Em outras palavras, estamos nos referindo ás contas mensais do negócio, como os salários, o aluguel do escritório, a água, dentre muitas outras. Quanto mais rápido a empresa “se pagar”, mais rápido conseguirá gerar lucros, por isso, é fundamental cortar quaisquer supérfluos, gerir os processos de forma eficiente, e reduzir gastos desnecessários que não estejam ligados à produção.
Por fim, o conceito de eficiência deve ser aplicado em qualquer empresa. É preciso que o empreendedor entenda que cada tipo de ação tomada requer uma quantidade determinada de custos, nem mais, nem menos. Encontrar esse equilíbrio é agir com eficiência.
Quanto menos desperdiçar, mais a empresa lucrará, por isso, é preciso conhecer bem o mercado e pesquisar bastante quais são os impactos financeiros de qualquer tipo de ação antes de tomar uma decisão. Cooperação é uma ação conjunta para uma finalidade, objetivo em comum. Cooperação é uma relação baseada entre indivíduos ou organizações, utilizando métodos mais ou menos consensuais. A cooperação opõe-se, de certa forma, à colaboração e mesmo a competição. Indivíduos podem organizar-se em grupos que cooperam internamente e, ao mesmo tempo, competem com outros grupos. A mesma é ainda vista por muitos como aforma ideal de gestão das interações humanas, pondo a tônica na obtenção e distribuição de bens e serviços em detrimento da sua confiscação ou usurpação.
Cooperação e confiança no relacionamento organizacional pode ser compreendida como ausência de dúvida em relação ao comportamento e atitudes de uma contraparte. Em geral, esse atributo é desenvolvido ao longo do tempo, sendo que, quanto maior a quantidade e frequência das transações executadas, maior a confiança entre os agentes (SOUZA; ROCHA 2009, p. 81).
 A estabilidade possui uma acepção semelhante: o relacionamento é estável quando permanece sem alterações por um período de tempo. Cria-se um panorama favorável a investimentos conjuntos que, por sua vez, está relacionado ao atributo da interdependência.
A interdependência, por seu turno, ocorre quando as decisões de uma organização influenciam as decisões de outra e vice-versa (SOUZA; ROCHA, 2009, p. 80), pois em relação a entre as prestadoras de serviços e hospitais e seus fornecedores essa relação deve ser baseado nesse contexto afinal o sucesso de um favorece a outro gerando assim satisfação em ambas partes pois há um objetivo em comum.
 A gestão de custos é uma abordagem contemporânea para gerenciar os custos que são incorridos nas transações comuns de uma cadeia de valor. Para que esse artefato seja implantado com sucesso, é imprescindível a colaboração entre a empresa e seus fornecedores e/ou clientes (SOUZA; ROCHA, 2009, p. 25)
 A contabilidade de custo pode prestar grande auxílio á estas organizações, pois fornece, segundo ALMEIDA (1987), pois através dela poderão ser avaliados os verdadeiros custos dos serviços prestados e assim a organização terá condições de cortar ou reduzir desperdícios, melhorar seus serviços prestados, aumentar incentivos para qualidades e gerar impulsos para o melhoramento.
Pois com a aplicação da contabilidade de custo é possível, conferir impactos devido a paralisação das atividades a preparação e manutenção de máquinas; acompanhar variações entre custos previstos e reais (como as matérias-primas, estoques, e comissões); analisar se é viável realizar na própria empresa certas atividades, ou preferir que terceiros a realizem; e mensura o capital investido em linhas de produtos, auxiliar em investimentos em negócios de risco pois isso tem levados muitos hospitais a falência; a  competitividade é outro motivo para gerir os custos; por se tratar de altos investimentos tecnológicos pois na área de saúde a evolução é constante.
Ou seja, os benefícios da Gestão de Custo vão muito além, pois possibilita crescimento e exigirá muita criatividade, competência e flexibilidade para realização e assim alcançar um ponto de equilíbrio, ou seja, quando a empresa consegue arcar com todos os seus custos fixos em um determinado período.
Em outras palavras, estamos nos referindo ás contas mensais do negócio, como os salários, o aluguel do escritório, a água, dentre muitas outras. Quanto mais rápido a empresa “se pagar”, mais rápido conseguirá gerar lucros, por isso, é fundamental cortar quaisquer supérfluos, gerir os processos de forma eficiente, e reduzir gastos desnecessários que não estejam ligados à produção.
Por fim, o conceito de eficiência deve ser aplicado em qualquer empresa. É preciso que o empreendedor entenda que cada tipo de ação tomada requer uma quantidade determinada de custos, nem mais, nem menos. Encontrar esse equilíbrio é agir com eficiência. Quanto menos desperdiçar, mais a empresa lucrará, por isso, é preciso conhecer bem o mercado e pesquisar bastante quais são os impactos financeiros de qualquer tipo de ação antes de tomar uma decisão.
Cooperação é uma ação conjunta para uma finalidade, objetivo em comum. Cooperação é uma relação baseada entre indivíduos ou organizações, utilizando métodos mais ou menos consensuais. A cooperação opõe-se, de certa forma, à colaboração e mesmo a competição. Indivíduos podem organizar-se em grupos que cooperam internamente e, ao mesmo tempo, competem com outros grupos. A mesma é ainda vista por muitos como a forma ideal de gestão das interações humanas, pondo a tônica na obtenção e distribuição de bens e serviços em detrimento da sua confiscação ou usurpação.
Cooperação e confiança no relacionamento organizacional pode ser compreendida como ausência de dúvida em relação ao comportamento e atitudes de uma contraparte. Em geral, esse atributo é desenvolvido ao longo do tempo, sendo que, quanto maior a quantidade e frequência das transações executadas, maior a confiança entre os agentes (SOUZA; ROCHA 2009, p. 81).
 A estabilidade possui uma acepção semelhante: o relacionamento é estável quando permanece sem alterações por um período de tempo. Cria-se um panorama favorável a investimentos conjuntos que, por sua vez, está relacionado ao atributo da interdependência.
A interdependência, por seu turno, ocorre quando as decisões de uma organização influenciam as decisões de outra e vice-versa (SOUZA; ROCHA, 2009, p. 80).Pois em relação a prestadora de serviços e hospitais e seus fornecedores essa relação deve ser baseado nesse contexto afinal o sucesso de um favorece a outro gerando assim satisfação em ambas partes pois há um objetivo em comum.
A gestão de custos é uma abordagem contemporânea para gerenciar os custos que são incorridos nas transações comuns de uma cadeia de valor. Para que esse artefato seja implantado com sucesso, é imprescindível a colaboração entre a empresa e seus fornecedores e/ou clientes (SOUZA; ROCHA, 2009, p. 25).
A situação dos hospitais filantrópicos brasileiros é crítica. As dívidas e problemas administrativos compõem o cenário dos serviços. Um dos maiores fatores que contribuem para essa situação é a gestão administrativa é um deles e é necessário ser avaliada. Mas o principal fator é de ordem financeira. Hoje os valores que o SUS (Sistema Único de Saúde) repassa a esses hospitais estão defasados. A Federação das Santas Casas fez um estudo que para cada R$ 100,00 utilizados para atendimento no SUS, apenas R$ 60,00 são pagos para os hospitais. As entidades filantrópicas têm que comprovar atendimento em pelo menos 60% de sua capacidade instalada com o convenio firmado ao SUS, conforme determinava o parágrafo 4º do artigo 3º do Decreto nº 2.536, de 06 de abril de 1998 e suas alterações, corroborado pela Lei nº 12.101 de 27 de novembro de 2009.
Além disso existe a “contratualização de hospitais” com o SUS que traça metas com valores que devem ser atingidos para efetivar os “pagamentos”, e os critérios “legais” utilizados pelo SUS e o mecanismo de pagamento é de 90 a 120 dias. Já os gastos nos hospitais são mensais e o faturamento é encaminhado mensalmente, sempre no início do mês seguinte. Sem tempo e sem dinheiro em caixa, os hospitais buscam recursos para saldar os seus compromissos. E hoje isso é uma das grandes razoes do endividamento.
Hoje no Brasil centenas de milhares de leitos estão sendo desativados nos hospitais. E necessário rever os critérios, as metodologias de encaminhamento e, principalmente exigir do Governo e responsáveis da saúde no país tenha conhecimento e experiência no setor. Pois falamos do maior direito do cidadão e do que a própria lei nos propõe, como dever do Estado.
Nestas organizações é que, nem sempre, a decisão final é da racionalidade técnica administrativa, sendo esta substituída, em muitas vezes, por fatores impostos pela área medica e por outras decisões tomadas em decorrência da política interna (diretoria, ou presidência, ou pelos patronos, instituidores ou pela provedoria), sem que o administrador hospitalar tenha conhecimento ou possa influenciar na decisão.
Portanto, e necessário encontrar uma saída ideal para o caso dos hospitais filantrópicos no Brasil, pois caso contrário a calamidade da saúde será imensa e difícil de ser revertida.
A cada ano que passa os investimentos públicos na área de saúde vem diminuindo drasticamente, de acordo com as informações o Brasil investe cerca de 8% do PIB em saúde, um índice que se refere aos gastos totais de governos, famílias eempresas prestadoras do setor.
Não faltam exemplos de hospitais filantrópicos em apuros, muitos causados por problemas na gestão. Vários destes hospitais sofreram intervenções, foram fechados por várias denúncias de fraudes, etc.
A Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CBM), estima que cerda de 2.100 hospitais opere no vermelho. Administradores destas instituições alegam que o Ministério da Saúde paga um valor defasado pelos procedimentos realizados gratuitamente. Segundo o presidente da entidade, Edson Rogatti, o déficit causado pelo SUS e de R$ 5,1 bilhões.
Dekker (2003) e Kajuter e Kulmala (2005) apontam algumas possibilidades para divisões de benefícios que é o gerenciamento adequado dos custos e redução dos mesmos. Ou seja, divisões em partes iguais; Divisão proporcional aos investimentos e custos suportados para cada parte, dentre outros. Alguns autores informam que não há regras para as divisões de benefícios, mas que cada caso poderá exigir uma solução diferente e única para que possa ser solucionado.
De acordo com Kajuter e Kulmala (2005, p.198), deve haver, entre os membros da rede, um espírito de cooperação. A CGI requer cooperação entre os integrantes da rede, baseada na premissa de que o custo de uma empresa é relevante para a competitividade da rede como um todo.
Cooper e Slangmulder (199, p.96), o relacionamento cooperativo é uma característica que permite as empresas trabalharem juntas para reduzir custos e resolver problemas advindos das adversidades presentes no ambiente.
Para lançar mão de uma determinada força ou poder de “forçar” o fornecedor ou o cliente a divulgar informações que ele, de voluntaria, cooperativa, não faria. Contudo, não pode se disser que há um espírito de cooperação presente no relacionamento. Ao contrário disso, o que impera e impulsiona as divulgações de dados, e muitas vezes considerados confidenciais, é o pode e não o desejo de cooperar.
Kajuter e Kulmala (2005) dizem que a divulgação forçada dos dados pode funcionar apenas no curto prazo. Isso faz sentido, pois é de esperar que na primeira oportunidade, aquele que se vê forçado a divulgar as informações contra sua vontade rompera o relacionamento.
A gestão financeira nos hospitais de acordo com Guerra (2011), os hospitais são organizações essenciais para o sistema de saúde de uma nação. Silva ET AL. (2009) conceituam hospitais como organizações que prestam serviços de diagnostico, prevenção, tratamento, hospedagem, educação, pesquisa etc. Nesse sentido, Struett (2005) destaca que os hospitais são organizações complexas, responsáveis por desenvolver uma série de atividades interdependentes e essenciais para a sociedade.
Borba e Kileman Neto (2008) destacam que a complexidade inerente às organizações hospitalares, assim como o ambiente dinâmico no qual essas organizações estão inseridas, torna a gestão dos hospitais bastante intricada. A gestão hospitalar adequada é indispensável para a manutenção das atividades dessas organizações. Especialmente, no que tange à gestão financeira, a literatura nacional e internacional destaca os grandes problemas enfrentados pelos hospitais (PIZZINI, 2006; SOUZA et al., 2012). Dessa forma, a análise do desempenho financeiro é muito importante para se compreender essa relevante dimensão da gestão hospitalar.
Alguns autores dizem que: os indicadores financeiros podem ser convenientemente divididos em cinco categorias básicas: liquidez, atividades, estrutura de capital, lucratividade e rentabilidade (GITMAN, 2010; PENMAN, 2007; SILVA, 2005). Basicamente, os índices de liquidez, atividades e estrutura de capital medem riscos, enquanto os de lucratividade e de rentabilidade mensuram retornos.
Para a importância da análise financeira em hospitaisos estudos têm destacado a importância do emprego de indicadores não financeiros para uma análise abrangente do desempenho das organizações (MACEDO; CORRAR, 2012). E Guerra (2011), De acordo com Guerra (2011), o emprego de indicadores operacionais possibilita uma análise de outra relevante dimensão do desempenho dos hospitais, especialmente no que tange à eficiência.
O hospital Novo Retiro necessita tomar uma importante decisão: quantos reais do custo unitário variável o hospital precisaria cortar para atingir ao menos o ponto de equilíbrio,
Para tomar essa decisão considere o relatório abaixo elaborado pelo contador do hospital:
DESCRIÇÃO QUANT. VR.UNIT. VR. TOTAL
Receita líquida atual 25 1.200,00 30.000,00
Custos variáveis 25 1.000,00 25.000,00
Custos fixos 10.000,00
Resultado atual - 5.000,00
Pelo relatório acima se pode perceber que o hospital Novo Retiro está tendo um prejuízo de 5.000,00.
I – Considerando a mesma receita e o mesmo custo fixo, qual o valor máximo de custo variável unitário que o hospital poderá ter por internamento para ao menos não ter lucro, mas também não ter prejuízo? O valor máximo de custo variável unitário deverá ser de R$ 1.400,00 para que não haja lucro nem prejuízo.
Lembrem-se, vocês precisam apenas indicar qual o valor do custo unitário para que o hospital tenha o resultado 0,00. Somente altere o valor do custo unitário e consequentemente do custo unitário total (quantidade x custo unitário) e apresente a nova planilha com o resultado 0,00.
DESCRIÇÃO QUANT. VR.UNIT. VR. TOTAL
Receita líquida atual 25 1.400,00 35.000,00
Custos variáveis 25 1.000,00 25.000,00
Custos fixos 10.000,00
Resultado atual 0.000,00
II - Depois de ajustar o relatório, respondam:
A – Qual é o conceito de custo variável? 
Classificamos como custos ou despesas variáveis aqueles que variam proporcionalmente de acordo com o nível de produção ou atividades. Seus valores dependem diretamente do volume produzido ou volume de vendas efetivado num determinado período.
Exemplos:
· Matérias-Primas 
· Comissões de Vendas 
· Insumos produtivos (Água, Energia)
B – Qual é o conceito de custo fixo?
Despesas ou Custos fixos são aqueles que não sofrem alteração de valor em caso de aumento ou diminuição da produção. Independem, portanto, do nível de atividade, conhecidos também como custo de estrutura.
Exemplos:
· Limpeza e Conservação 
· Aluguéis de Equipamentos e Instalações 
· Salários da Administração 
· Segurança e Vigilância
Possíveis variações na produção não irão afetar os gastos acima, que já estão com seus valores fixados. Por isso chamamos de custos fixos
C – Para que servem os relatórios contábeis (demonstrações financeiras)?
As demonstrações Contábeis são relatórios elaborados com base nos livros, registros e documentos que compõem o sistema contábil de qualquer tipo de entidade, assim, a forma de estruturação das demonstrações contábeis é de grande importância para que a informação contábil seja transmitida adequadamente. As demonstrações contábeis constituem-se em elemento fundamental para o conhecimento da real estrutura econômico-financeira das empresas.
As demonstrações contábeis previstas no art. 176 da lei nº 6.404/76 são:  balanço patrimonial, a demonstração de resultado do exercício, a demonstração das origens e aplicação dos recursos, a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, a demonstração de fluxo de caixa e a demonstração de valor adicionado (DVA). Podendo também ser considerado, entretanto, no processo de avaliação, as notas explicativas que acompanham os balanços, assim como os pareceres de auditoria e outros relatórios emitidos pela empresa. 
Segundo a Lei 6.404-76, as demonstrações contábeis são utilizadas pelos administradores para prestar contas sobre os aspectos públicos de responsabilidade da empresa peranteaos acionistas, o governo e a comunidade em geral. Onde Reis (2003) salienta que as demonstrações contábeis consistem num conjunto de demonstrativos previstos em lei, elaborados no encerramento do exercício social. 
Somente pelo entendimento da estrutura contábil das demonstrações é que se podem desenvolver avaliações mais detalhadas das empresas. De modo que todo processo de análise requer conhecimentos sólidos da forma de contabilização e apuração das demonstrações, sem os quais ficam seriamente limitadas as conclusões extraídas sobre o desempenho da empresa. 
O balanço patrimonial e a demonstração do resultado do exercício são as demonstrações que a Lei dá uma maior ênfase da análise, uma vez que tais demonstrativos identificam, de forma objetiva, a situação financeira e econômica da entidade em determinado momento. 
Para dá uma maior clareza sobre as demonstrações Contábeis serão elencadas de forma sucinta cada uma delas, no intuito de apresentar uma visão geral das mesmas, conforme a seguir: 
• BALANÇO PATRIMONIAL
O Balanço Patrimonial é um demonstrativo que traz importantes informações sobre a estrutura contábil. Conforme exposto por Kroetz (2000, p.36), “nele se sintetiza, na forma de origem e aplicações, a riqueza da entidade, servindo de ferramenta para análises e controles, objetivando estudar o comportamento e tendências do patrimônio”.
O Balanço Patrimonial está dividido em dois grandes grupos: o ativo e o passivo. Conforme Perez Jr. &Begalli (1999, p.62), “o ativo é composto de bens e direitos de propriedade da sociedade, enquanto o passivo é composto de obrigações e do patrimônio líquido”.
A Norma Brasileira de Contabilidade define o Balanço Patrimonial como “a demonstração contábil destinada a evidenciar qualitativa e quantitativamente, numa determinada data a posição patrimonial e financeira da entidade”.
O balanço apresenta a posição patrimonial e financeira de uma empresa em dado momento. A informação que esse demonstrativo fornece é totalmente estática e, muito provavelmente, sua estrutura se apresentará relativamente diferente algum tempo após seu encerramento. No entanto, pelas importantes informações de tendências que podem ser extraídas de seus diversos grupos de contas, o balanço serve como elemento de partida indispensável para o conhecimento da situação econômica e financeira de uma empresa.
• DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
A Demonstração do Resultado do Exercício é uma peça contábil que apresenta a gestão econômica e financeira de uma empresa. Conforme Assaf Neto (2001, p.75), esse demonstrativo “visa a fornecer, de maneira esquematizada, os resultados (lucro ou prejuízo) auferidos pela empresa em determinado exercício social”.
A demonstração dedutiva é um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período. Ela é apresentada de forma vertical, ou seja, da receita subtraem as deduções, os custos e as despesas, resultando assim, em lucro ou prejuízo.
Segundo a Norma Brasileira de Contabilidade esse demonstrativo “observado o princípio de competência, evidenciará a formação dos vários níveis de resultados mediante confronto entre as receitas e os correspondentes custos e despesas”, visando a fornecer, de maneira esquematizada, os resultados (lucro ou prejuízo) auferidos pela empresa em determinado exercício social.
• DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS E PREJUIZOS ACUMULADOS
Esse demonstrativo descreve os elementos que provocaram modificação, para mais ou menos no saldo da conta lucros e prejuízos acumulados. Em função das informações referentes a estes demonstrativos estarem inseridas na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, quando a empresa optar pela elaboração deste último, não terá obrigação de elaborar a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
De acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade “A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados é a demonstração contábil destinada a evidenciar, num determinado período, as mutações nos resultados acumulados da entidade”. Assim, retratando as movimentações ocorridas na conta de lucros ou prejuízos acumulados do patrimônio líquido, fornecendo explicações sobre seu comportamento ao longo do exercício social.
• DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMONIO LIQUIDO
A Norma Brasileira de Contabilidade define que “a demonstração das mutações do patrimônio líquido é aquela destinada a evidenciar as mudanças, em natureza e valor, havidas no patrimônio líquido da entidade, num determinado período de tempo”. Considerando que as variações nas contas representam aumento ou diminuição do Patrimônio Líquido, mas também ocorrem operações entre elementos do grupo sem afetar o seu total.
De acordo com Reis (2003), a demonstração mostra as variações ocorridas em cada uma das contas integrantes do grupo patrimônio líquido. Assim, englobando a Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados, tornando desnecessária a sua elaboração.
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é um demonstrativo contábil mais abrangente que a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
• DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS
Corresponde assim como o Balanço Patrimonial, a uma demonstração da movimentação liquida da entrada (origem) e da saída (aplicação) de recursos. Origina-se basicamente de uma analise das variações ocorridas na posição financeira da empresa (ativos e passivos circulantes), cuja diferença representa o “capital circulante liquido”.
A DOAR, de acordo com o expresso na Norma Brasileira de Contabilidade (NBC T 3.6) “é a demonstração contábil destinada a evidenciar, um determinado período, as modificações que originaram as variações no capital circulante líquido da entidade”. Este demonstrativo permite a identificação dos fluxos financeiros que aumentam ou reduzem o capital circulante líquido, indicando suas origens (dos recursos que elevaram o capital circulante líquido) e aplicações (dos recursos que diminuam o capital circulante líquido).
• NOTAS EXPLICATIVAS
As demonstrações contábeis deverão ser complementadas por notas explicativas necessárias para um melhor esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.
A Norma Brasileira de Contabilidade define quais são as “informações mínimas que devem constar das notas explicativas. Informações adicionais poderão ser requeridas em decorrência da legislação”. Assim, representando uma complementação obrigatória das demonstrações contábeis, passando a fazer parte efetiva do conjunto de publicações previstas na lei das sociedades por ações.
• DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
Além destas demonstrações, a Demonstração de Fluxo de Caixa, mesmo não sendo obrigatória, a empresa vem publicando com o objetivo de fornecer informações sobre a movimentação das disponibilidades da empresa e demonstrar o impacto final de tal movimentação nesse grupo de contas, tendo como objetivo principal explica a variação da disponibilidade imediatas da empresa.
• DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
O valor adicionado é contabilmente calculado por meio da diferença entre as receitas de vendas e os bens e serviços adquiridos de terceiros. A demonstração do valor adicionado tem por objetivo evidenciar o cálculo do valor adicionado e demonstrar como este é distribuído entre os diferentes segmentos da sociedade que contribuíram para sua obtenção – governo, financiadores, trabalhadores e proprietários.
As demonstrações, segundo a lei das sociedades por ações, deverão ser divulgadas juntamente com o relatório dos órgãos da administração da empresa. Além disso, a responsabilidade técnica sobre o sistema contábil da empresa deve estar a cargo, exclusivamente, de um contador ou de um técnico em contabilidade registrado em Conselho Regional de Contabilidade.
CONCLUSÃO
O estudar a importância da gestão de custo e principalmente da gestão financeira pode observação o processo de evolução das instituições de saúde uma vez que se transformou de maneira significativa, pois várias instituições que optaram por permanecer em um regime familiar não resistem inovaçõesao sistema financeiro e as políticas do nosso país.
Hoje pode o observar que o sucesso de uma instituição está na boa gestão financeira e não distribuição contábil aplicada a mesma.
REFERÊNCIAS
ASSEF, Roberto. Guia pratico de formação de preços. 2. ed. Rio de Janeiro: Elseivier, 2003.
BEULKE, R.; BERTÔ, Dalvino José. Gestão de custos e resultado na saúde. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
BITTAR, O. J. N. V. Hospital, qualidade e produtividade. São Paulo: Sarvier, 1997.
CHING, H.Y. Gestão baseada em custeio por atividades - ABM - ActivityBased Management. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
CUSTOS hospitalares. Disponível em: http:/corporativo.bibliomed.com.br/lib/ Acesso em:18 jul. 2005.
MARTINS, D. dos S. Administração financeira hospitalar. São Paulo: Atlas, 2005.
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Altas, 2003.

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