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ANATOMIA

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
 ICBS- Instituto de Ciências Biológicas da Saúde
	
Sandresa Ramos Rodrigues e Rafaella Parreira de Andrade
	
ESTUDO DIRIGIDO
	
Belo Horizonte
2018
Estudo Dirigido
1. Correlacione os giros telencéfalicos com sua respectiva função?
2. Escreva o nome dos Núcleos da base com suas respectivas funções?
A via de entrada dos núcleos da base são o caudado e o putâmen.
O caudado recebe aferências de todo o córtex cerebral, mas principalmente de áreas associativas (como o córtex pré-frontal, pré-motor e parietal posterior) [1]. Por isso, ele inicia no lobo frontal (cabeça), continua nos lobos parietal e occipital (corpo) e termina no lobo temporal (cauda), tendo um formato que lembra a letra C [2]. Devido à sua cauda, é chamado de “caudado”. Com aferências tão distintas e variadas, o caudado se relaciona mais com aspectos cognitivos da atividade motora, ou seja, com a escolha de padrões motores adequados à situação percebida sensorialmente e às informações armazenadas na memória de longo prazo [2].
O putâmen, por outro lado, recebe aferências do córtex pré-motor, da área motora suplementar e do córtex somatossensorial primário [1, 2]. Por isso, ele tem formato oval, circundando essas áreas em sua porção inferior. A função do putâmen se relaciona mais com o planejamento direto de padrões motores aprendidos [2].
Caudado e putâmen juntos são chamados de “estriado” devido às estrias da sua forma anatômica, que ligam um ao outro [2].
As aferências ativam o estriado através de sinapses excitatórias com glutamato [1].
O estriado também recebe aferências da parte compacta da substância negra através de sinapses com dopamina [1]. Quando a dopamina é captada por receptores neuronais do tipo D1, a sinapse é excitatória (via direta). Quando a dopamina é captada por receptores do tipo D2, a sinapse é inibitória (via indireta).
Dentro do próprio estriado, as sinapses são mediadas por acetilcolina [2].
3. A obstrução das artérias cerebrais causa que tipo de Sintomatologia?
4. Escreva o trajeto de pequena e grande Circulação.
Pequena circulação- Também chamada circulação pulmonar, compreende o trajeto do sangue desde o ventrículo direito até o átrio esquerdo. Nessa circulação, o sangue passa pelos pulmões, onde é oxigenado.
Grande circulação- Também chamada de circulação sistêmica, compreende o trajeto do sangue desde o ventrículo esquerdo até o átrio direito; nessa circulação, o sangue oxigenado fornece gás oxigênio os diversos tecidos do corpo, além de trazer ao coração o sangue não oxigenado dos tecidos.
5. Descreva a Anatomia da Faringe.
A faringe é um órgão tubular com a forma de um funil, com cerca de 12 a 14 cm de comprimento e uma amplitude de cerca de 35 mm no seu segmento superior e cerca de 15 mm no inferior. Estende-se frente da coluna vertebral e mantém estreitas ligações com quatro órgãos: as fossas nasais, a cavidade bucal, a laringe e o esôfago. Tendo em conta estas ligações, é possível distinguir três segmentos diferentes:
A faringe superior, igualmente denominada nasofaringe ou rinofaringe, a parte mais larga do órgão, estende-se desde a base do crânio até a parte posterior do palato mole. Ligada pela sua face anterior as fossas nasais, forma uma espécie de passagem sem saída que se dirige para baixo, estabelecendo a ligação direta com a faringe média. Nesta zona da faringe, existem umas estruturas específicas: na parte superior, no teto da nasofaringe, existe uma formação de tecido linfóide, a amígdala faríngea, enquanto que nas paredes laterais, em ambos os lados, deságuam uns pequenos canais provenientes do ouvido médio as trompas de Eustáquio (em honra de um médico italiano do século XVI).
A faringe média, denominada orofaringe, diretamente ligada cavidade bucal pela sua parte anterior, comunica com a faringe superior.
A faringe inferior ou laringofaringe, que constitui a continuação natural da faringe média, está ligada pela frente a laringe e por baixo ao esôfago.
6. Quais são os seios paranasais e as cartilagens da Laringe?
Os seios paranasais são extensões cheias de ar ou pneumatizadas da porção respiratória da cavidade nasal projetadas nos ossos do crânio: frontal, etmóide, esfenóide e maxila. São denominados de acordo com os ossos no qual se localizam: seios frontal, etmoidal, esfenoidal e maxilar.
O seio frontal é superior; o seio maxilar é inferior; o seio etmoidal é medial; e o seio esfenoidal posterior à órbita. Os seios são revestidos por mucosa que é contínua com a mucosa da cavidade nasal. Entretanto, a mucosa dos seios é mais fina, menos vascular, e não tão aderente às paredes ósseas quanto é a mucosa nasal. O muco secretado pelas glândulas da mucosa dos seios segue para a cavidade nasal através de aberturas ou óstios (encobertos pelas conchas) em suas paredes laterais.
Os seios frontais estão localizados entre as lâminas externa e interna do osso frontal, atrás dos arcos superciliares e da raiz do nariz. O tamanho desses arcos varia em grau de desenvolvimento; entretanto, a proeminência dos arcos superciliares não é indicação do tamanho dos seios frontais subjacentes. Geralmente, os seios frontais são detectáveis em radiografias de crianças por volta de 7 anos de idade.
Os seios frontais podem ser múltiplos de cada lado, e cada um deles pode ter um ducto frontonasal distinto. Geralmente, o seio frontal drena através de um ducto frontonasal de cada lado. Este ducto drena para baixo até o infundíbulo afunilado, que finalmente se abre no hiato semilunar do meato médio. Os seios frontais são inervados por ramos dos nervos supra-orbitários, que são ramos da divisão oftálmica do nervo trigêmeo.
Os seios etmoidais são constituídos por pequenas cavidades, denominadas células etmoidais, dentro do labirinto etmoidal, na massa lateral do osso etmóide. As células etmoidais formam o labirinto do osso etmóide, que se localiza entre a cavidade nasal e a órbita. O número de células varia de 3 a 18; as células são maiores quando o número é pequeno. Septos ósseos extremamente finos, recobertos por mucosa, formam um número variável de compartimentos ou células etmoidais interconectados, que finalmente drenam na parede lateral da cavidade nasal.
Para fins de descrição, os seios etmoidais são divididos em grupos anterior, médio e posterior. As células etmoidais anteriores drenam para o meato médio, ou indiretamente para ele através do infundíbulo. As células etmoidais médias abrem-se diretamente para o meato médio. Há várias aberturas na bula etmoidal e na superfície lateral do meato médio. As células etmoidais médias são, às vezes, denominadas "células bolhosas" porque formam a bula etmoidal, uma tumefação sobre a borda superior do hiato semilunar. As células etmoidais posteriores abrem-se diretamente no meato superior.
Os seios etmoidais são supridos pelos ramos etmoidais anterior e posterior dos nervos nasociliares, que são ramos dos nervos oftálmicos. Os ramos etmoidais anterior e posterior da artéria oftálmica irrigam os seios etmoidais.
Os seios esfenoidais são áreas pneumáticas, que se situam no corpo do osso esfenóide, ocupam uma quantidade variável deste osso e podem estender-se para suas asas. Os seios esfenoidais estão localizados atrás da parede superior da cavidade nasal. Os dois seios são separados por um septo ósseo que em geral não está no plano mediano. Devido à presença dos seios esfenoidais, o corpo do osso esfenóide é uma estrutura oca.
Apenas delgadas lâminas de osso separam os seios de diversas estruturas importantes: os nervos ópticos e quiasma óptico, a hipófise, as artérias carótidas internas e os seios cavernoso e intercavernoso. O nervo etmoidal posterior e a artéria etmoidal posterior suprem os seios esfenoidais.
Os seios maxilares constituem o maior par de seios paranasais. Trata-se de cavidades de formato piramidal que podem ocupar integralmente os corpos das maxilas. O ápice do seio maxilar estende-se em direção ao osso zigomático. A base do seio maxilar forma a parte inferior da parede lateral da cavidadenasal. O teto do seio maxilar é formado pelo assoalho da órbita, e seu assoalho estreito é formado pelo processo alveolar da maxila.
O seio maxilar drena para o meato médio da cavidade nasal através do hiato semilunar por uma abertura na parte superior de sua base. Devido à localização dessa abertura, é impossível que o líquido no seio seja drenado quando a cabeça está ereta até que o seio esteja quase cheio. A inervação do seio maxilar provém dos nervos alveolares superiores anterior, médio e posterior, ramos do nervo maxilar. O suprimento sangüíneo do seio maxilar provém dos ramos alveolares superiores da terceira porção da artéria maxilar. Ramos da artéria palatina maior irrigam o assoalho do seio maxilar.
7. Defina Glote.
A Glote é uma parte da laringe, um orifício que podemos ver no final da garganta. Situada entre as duas cordas vocais, sua abertura permite que o ar passe nos pulmões, entre a traquéia e a faringe. O ar na glote faz também vibrar as cordas vocais e ela é, portanto indispensável para a fonação. Enfim, a glote impede a passagem de líquidos e elementos sólidos nas vias aéreas, principalmente durante a deglutição de alimentos. As doenças da glote podem provocar uma disfonia ou se traduzir em uma paralisia, no caso de uma laringite ou de um tumor.
8. Defina Artérias e Veias.
Artérias- As artérias são constituídas por paredes espessas formadas por três camadas. A mais interna é formada por células epiteliais; a mais externa, por tecido conjuntivo, fibras colágenas e elásticas; a intermediária, por fibras elásticas e tecido muscular liso. São responsáveis pelo transporte do sangue que sai do coração para todos os órgãos. Embora esse sangue seja em sua maior parte arterial, ou seja, com grande concentração de oxigênio (O2), as artérias podem transportar também o sangue venoso, como ocorre na artéria pulmonar, que leva o sangue do ventrículo direito para o pulmão.
Veias- As veias apresentam paredes com a mesma constituição das artérias, embora sejam menos espessas. Como a pressão sanguínea é menor em seu interior, o retorno do sangue para o coração é auxiliado pelas contrações da musculatura do organismo, que pressionam as veias próximas, levando ao deslocamento do sangue. O refluxo do sangue é impedido por um sistema de válvulas no interior das veias, mantendo, assim, seu fluxo unidirecional. As veias são responsáveis pelo transporte do sangue de volta ao coração. Esse sangue é considerado, em grande parte, venoso, pois possui alta concentração de gás carbônico (CO2), no entanto, as veias podem transportar sangue arterial, como ocorre com as veias pulmonares, que levam o sangue dos pulmões para o átrio esquerdo.
9. Como é feita a irrigação do Sistema Nervoso Central?	
 O cérebro precisa continuamente de sangue [3], para lhe fornecer glicose [4]e oxigénio; isto deve-se ao fato destes elementos não poderem ser armazenados dentro do próprio cérebro.
As necessidades são de tal ordem, que 25 % do sangue de cada batimento cardíaco se destina ao cérebro.
Devido a esta grande necessidade de sangue, o cérebro possui uma estrutura de irrigação própria, destinada a manter o equilíbrio e a pressão constante, bem como uma forma de assegurar a irrigação de forma permanente. Sabe-se que sete segundos sem fornecimento de sangue podem ser suficientes para a pessoa perder a consciência.
As artérias que fazem o sangue chegar ao cérebro podem dividir-se em dois grandes tipos: as artérias vertebrais e as artérias carotídeas.
As artérias vertebrais são duas, têm origem nas artérias subclávias esquerda e direita e seguem junto à coluna vertebral [5], para se unirem na artéria basilar, na parte superior do pescoço. A artéria basilar, ou tronco basilar, entra no crânio pelo buraco magno, que é o orifício do crânio que também dá passagem à medula espinhal.
10. Defina a Anatomia dos Pulmões?
Os pulmões são dois órgãos volumosos de forma semicónica que ocupam a maior parte da cavidade torácica. Cada pulmão conta com uma base plana apoiada sobre o diafragma, o músculo que separa a cavidade torácica da abdominal, enquanto que a sua extremidade superior, ou vértice, tem uma forma arredondada. A face interna está direcionada para o espaço que ocupa o centro da cavidade torácica, denominado mediastino, e a face externa, convexa, encontra-se por baixo das costelas.
Os pulmões são percorridos por cesuras que os dividem em lobos. 0 pulmão direito conta com duas cesuras que o dividem em três lobos: inferior, médio e superior. Por outro lado, o esquerdo, ligeiramente mais pequeno, tem uma única cesura e apenas dois lobos: inferior e superior. Cada lobo pulmonar conta com vários segmentos, ventilados por brônquios específicos: dez no pulmão direito e dez no esquerdo, dos quais dois pertencentes ao lobo inferior constituem uma unidade conhecida como língula. Por conseguinte, cada segmento é formado por inúmeros pequenos lóbulos secundários, albergando cada um destes entre três a cinco ácinos, pequenas estruturas que correspondem às unidades funcionais dos pulmões, pois é nelas que se produz a troca de gases entre o ar e o sangue.
Em contrapartida, cada pulmão apresenta na sua face interna uma grande fissura, o hilo pulmonar, através do qual os brônquios e vasos sanguíneos penetram no órgão. De fato, é através dos hilos que os respectivos brônquios principais, as artérias pulmonares, que transportam o sangue para o coração, e as veias pulmonares, que transportam o sangue proveniente dos pulmões para o coração, penetram no interior dos pulmões.

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