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@enfermagis As células mantêm um estado normal chamado homeostasia, no qual o meio intracelular é mantido dentro de uma faixa razoavelmente estreita dos parâmetros fisiológicos. Quando encontram um estresse fisiológico ou um estímulo patológico, podem sofrer uma adaptação, alcançando um novo estado constante, preservando sua viabilidade e função. As principais respostas adaptativas são hipertrofia, hiperplasia, atrofia e metaplasia. Se a capacidade adaptativa é excedida ou se o estresse externo é inerentemente nocivo, desenvolve-se a lesão celular. Dentro de certos limites, a lesão é reversível e as células retornam a um estado basal estável; entretanto, um estresse grave, persistente e de início rápido resulta em lesão irreversível e morte das células afetadas. A morte celular é um dos eventos mais cruciais na evolução da doença em qualquer tecido ou órgão. É resultante de várias causas, incluindo isquemia (redução do fluxo sanguíneo), infecções, toxinas e reações imunes. A morte celular constitui também um processo essencial e normal na embriogênese, no desenvolvimento dos órgãos e na manutenção da homeostasia. Adaptações celulares Adaptação celular é um estado novo, porém alterado, constante, que é atingido, preservando a viabilidade da célula e modulando suas funções em respostas a tais estímulos. As adaptações fisiológicas normalmente representam respostas celulares à estimulação normal pelos hormônios ou mediadores químicos endógenos (p. ex., o aumento da mama e do útero, induzido por hormônio, durante a gravidez). As adaptações patológicas são respostas ao estresse que permitem às células modularem sua estrutura e função escapando, assim, da lesão. Tais adaptações podem ter várias formas distintas. @enfermagis A hipertrofia é um aumento quantitativo dos constituintes e das funções celulares com aumento volumétrico das células que resulta em aumento do tamanho do órgão atingido. NOTA Não confundir com hiperplasia. A hiperplasia é uma resposta adaptativa em células capazes de replicação, enquanto a hipertrofia ocorre quando as células possuem capacidade limitada de se dividir, ou seja, não há existem células novas nesse processo, apenas células maiores.. A hipertrofia e a hiperplasia podem também ocorrer juntas e, obviamente, ambas resultam em órgão aumentado (hipertrófico). ● Fisiológica: útero na gravidez, mama. ● Patológica: hipertrofia miocárdica (hipertensão e estenose valvar), hipertrofia da musculatura esquelética (atletas, “tanquinho”), hipertrofia de musculatura lisa de órgãos ocos (bexiga - hipertrofia prostática). Redução quantitativa dos componentes estruturais e das funções celulares com diminuição do volume das células e dos órgãos atingidos. Deve ser enfatizado que, embora as células atróficas tenham sua função diminuída, elas não estão mortas. ● Mecanismo: redução do anabolismo celular. ● Fisiológica: estruturas embrionárias (notocorda), útero pós-parto. ● Patológica: inanição (má alimentação), desuso, compressão, obstrução vascular, falta de hormônios, perda de inervação, senilidade (velhice). Aumento do número de células de um órgão ou parte deles por aumento da taxa de replicação. Ocorre se uma população celular é capaz de se dividir. ● Fisiológica: ○ Hiperplasia hormonal (mama, útero). ○ Hiperplasia compensatória (hepatectomia parcial) ● Patológica: ○ Estimulação hormonal excessiva (hiperplasia do endométrio). ○ FC produzidos por genes virais (HPV). @enfermagis Diminuição da população celular de um tecido, órgão ou parte do corpo. ● Causas: embriogênese (hipoplasia pulmonar, renal, etc.) ● Fisiológica: involução do timo e das gônadas no climatério. ● Patológica: hipoplasia da medula óssea por infecções (AIDS). Alteração na qual um tipo celular adulto é substituído por outro tipo celular. Representa uma substituição adaptativa de células sensíveis ao estresse por células capazes de suportar. ● Tipos de metaplasia epitelial: ○ Transformação de epitélio colunar glandular em epitélio escamoso (mais comum) - fumantes. ○ Transformação de epitélio pavimentoso não-queratinizado em queratinizado. ○ Esofagite de Barrett (ep. esofágico escamoso- células colunares semelhantes às intestinais- refluxo do ácido gástrico) Acúmulos intracelulares Lipídios ESTEATOSE OU DEGENERAÇÃO GORDUROSA Acúmulo de triglicerídeos dentro das células parenquimatosas; Se acumula em células que fazem metabolismo lipídico, como: fígado (fígado gorduroso), coração e rins. ● Causas: toxinas, desnutrição proteica, diabetes mellitus, obesidade, anóxia e álcool. ● Mecanismo: acúmulo por entrada excessiva; defeito no metabolismo. COLESTEROL E ÉSTERES DE COLESTEROL Usado para síntese das membranas celulares. Processos patológicos: aterosclerose, xantomas, inflamação/necrose, colesterolose (vesícula biliar). Pigmentos ● Exógenos ○ Carbono. ○ Tatuagem. ● Endógenos ○ Melanina: proteína responsável pela pigmentação da cor da íris dos olhos, cor da pele, cor dos pêlos, etc. @enfermagis ■ Função: proteger os tecidos do corpo contra os efeitos nocivos dos raios solares. ■ É o único pigmento endógeno preto-acastanhado. ○ Hemossiderina ■ Em condições normais: pequenas quantidades de hemossiderinas em fagócitos mononucleares da medula óssea, baço, fígado (degradação dos eritrócitos). ■ Processos patológicos: locais ou sistêmicos. ● De forma local: equimose (hematoma) - eritrócitos são fagocitados e degradados por macrófagos. ● Hemoglobina (azul-avermelhada) ● Convertida enzimaticamente em biliverdina (verde) ● Bilirrubina (verde-azulada) ● Hemossiderina (castanho-dourado) Calcificações CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA Áreas de necrose. Macro: grumos finos brancos, palpáveis como depósitos arenosos. Locais: ● Ateromas de aterosclerose avançada ● Valvas cardíacas envelhecidas ou danificadas ● Linfonodo TB
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