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- ARIBTRAGEM 2021 - AULA 11-02

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PONTOS A SEREM OBSERVADOS NA ARBITRAGEM: LEI 9307/1996
FATOS SUBJETIVOS, 
INTERESSES PESSOAIS, 
BENS EM JOGO, 
EMOÇÕES,
 STATUS SOCIAL,
 RELACIONAMENTOS,
 CRENÇAS, 
IDEOLOGIAS, 
PRINCÍPIOS, 
VALORES,
 MEDOS, 
HISTÓRICO FAMILIAR DE PERDAS, 
ÓDIOS, CONTRATOS DE GAVETA, VÍNCULOS FAMILIARES ETC
CONFLITO :
FALTA DE ENTENDIMENTO ENTRE DUAS OU MAIS PARTES
LITÍGIO:
- PROFUNDA FALTA DE ENTENDIMENTO ENTRE DUAS OU MAIS PARTES.
CONTENDA, PENDÊNCIA
AÇÃO OU CONTROVÉRSIA JUDICIAL 
MARC’sMétodos Adequados de Resolução de Conflitos:
São métodos alternativos ao judiciário estatal que evitam (ou minimizam) o combate direto entre as partes, buscando construir uma solução conjunta.
Podem ser:
Autocompositivos: as partes decidem.
Hetero compositivo: um terceiro decide.
Pirâmide imaginária da solução de conflitos:
Maior litigiosidade (ESTAMOS FALANDO DE AÇÃO NO JUDICIÁRIO)
Aumento do formalismo – não significa deixar de observar princípios básicos, por exemplo, contraditório, publicidade etc.. 
Cresce a intervenção de terceiros
Mais duradoura
Novo:
DRB – xix COBREAP –FOZ DO IGUAÇÚ 
NEGOCIAÇÃO:
Método de resolução de conflitos em que as partes constroem o acordo.
Não existe ‘terceiro’, pois as partes‘ ainda’ estão em um estágio onde existe confiança e é possível o diálogo.
HAVERÁ NEGOCIAÇÃO EM TODOS OS MOMENTOS: CONCILIAÇÃO, MEDIAÇÃO, ARBITRAGEM E ATÉ NO MOMENTO DE UMA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO...
ARBITRAGEM:
•Método de resolução de controvérsia em que as partes podem escolher terceiro (árbitro) para julgar a questão conflitante, resultando na sentença arbitral, cuja natureza é idêntica à da sentença judicial.
•Lei 9.307, 1996.Lei 13.140, 2015 (Arbitragem na Administração Pública)
ARBITRAGEM:
Regulada no Brasil pela Lei 9.307/96, reformada em 2015: 13129/2015
O julgador é da livre escolha dos litigantes, chamado árbitro
O litígio é resolvido por um ou três árbitros, escolhidos pelas partes
A decisão dos árbitros é definitiva (não está sujeita a recursos) e equivale à sentença judicial (título executivo judicial)
O procedimento pode ser definido pelas partes (arbitragem institucional e ad hoc)
Processo Judicial : VERTENTES: COMPARAR ARBITRAGEM X PROCESSO JUDICIAL 
Julgador generalista, sem especialização no tema
Formalismo excessivo: armadilhas processuais
Múltiplos recursos e graus: interlocutórios e protelatórios
Tempo excessivo para a solução do litígio
Litigiosidade acentuada entre as partes: cultura do combate
 ARBITRAGEM : Nelson Nery Junior obtempera:
“O que não se pode tolerar por flagrante inconstitucionalidade é a exclusão, pela lei, da apreciação de lesão a direito pelo Poder Judiciário, que não é o caso do juízo arbitral. O que se exclui pelo compromisso arbitral é o acesso à via judicial, mas não à jurisdição. Não se pode ir à Justiça estatal, mas a lide será resolvida pela justiça arbitral. Em ambas há, por óbvio, a atividade jurisdicional”.
OBSERVAÇÕES : Art. 42 CPC- O JUÍZO ARBITRAL NÃO ESTÁ SUJEITO ÀS REGRAS DE COMPETÊNCIA DO CPC:
“AS CAUSAS CÍVEIS SERÃO PROCESSADAS E DECIDIDAS PELO JUIZ NOS LIMTES DE SUA COMPETÊNCIA, RESSALVADO ÀS PARTES O DIREITO DE INSTITUIR JUÍZO ARBITRAL, NA FORMA DA LEI”.
ART. 337 CPC : § 5º - “Determina que a existência de convenção arbitral deve ser suscitada pela parte como preliminar e não pode ser reconhecida de ofício pelo juiz”. 
Art. 35: SENTENÇA ESTRANGEIRA
PARA SER RECONHECIDA OU EXECUTADA NO BRASIL, A SENTENÇA ARBITRAL ESTRANGEIRA ESTÁ SUJEITA, UNICAMENTE, À HOMOLOGAÇÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA”
Pontos importantes dentro do instituto da arbitragem:
Forma extrajudicial de resolução de conflitos sobre direitos patrimoniais disponíveis, escolhida pelas partes através da Convenção de Arbitragem:
–Cláusula Compromissória: opção anterior ao surgimento do litígio
–Compromisso Arbitral: opção posterior ao surgimento do litígio
Art. 960: (.....) NOVIDADE NO CPC 2015
§ 3º A HOMOLOGAÇÃO DE DECISÃO ARBITRAL ESTRANGEIRA OBEDECERÁ AO DISPOSTO EM TRATADO E EM LEI, APLICANDO-SE, SUBSIDIARIAMENTE, AS DISPOSIÇÕES DESTE CAPÍTULO”
NA PRÁTICA, COMO REQUERER A HOMOLOGAÇÃO DA SENTENÇA ARBITRAL? 
O requerimento de homologação da sentença arbitral estrangeira : deverá observar os requisitos do art. 319 do CPC
AUTORA: Michele Pedrosa Paumgartten e Emir Calluf – Sobre arbitragem
Hoje : “Seria inconstitucional a LArb (Lei da Arbitragem) se vedasse à parte o acesso ao Poder Judiciário, instituindo, por exemplo, casos de arbitragem obrigatória. Como não o fez, não há nenhuma inconstitucionalidade em permitir às partes a escolha entre o juiz estatal e o arbitral para solucionar a lide existente entre elas”.
Hodiernamente, não há mais fundamento para a discussão sobre a constitucionalidade da arbitragem, que está sedimentada tanto na doutrina quanto na jurisprudência, em virtude dela ser opcional (diante da disponibilidade do direito veiculado) e não obrigatória. A obrigatoriedade, portanto, é que a tornaria inconstitucional.
A impossibilidade de revisão do mérito arbitral pela jurisdição civil, todavia, não significa a inação desta, ou absoluta não intervenção, quando se trata de aspectos ligados à validade da decisão oriunda da jurisdição arbitral ou observância de direitos de índole constitucional.
Com efeito, em que pesem as premissas postas, a jurisdição pública não deve renunciar ao poder-dever de controlar a legalidade e a constitucionalidade do procedimento arbitral, o que não se confunde a toda evidência com rever a questão de fundo decidida pelo árbitro com base nos termos da convenção fixada entre as partes.
POIS VEJAM: Os limites do poder decisório do árbitro se escoam na aplicação das regras do jogo preestabelecidas pelos sujeitos da relação no termo/convenção de arbitragem, para a resolução de eventual pretensão resistida in concreto, podendo eventualmente ser questionada a lisura e a observância das regras constitucionais – em sua eficácia horizontal – pertinentes ao procedimento arbitral, perante a jurisdição civil.
SITUAÇÕES QUE COMPORTAM ANÁLISES: Assim é que, hipóteses de inobservância dos limites da convenção de arbitragem e dos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa comportam pleno controle pela jurisdição comum, ex vi do disposto pelos artigos 21, § 2o; 32, incisos IV e VIII; e 33, todos da Lei no 9.307/96.
Vejam: Art. 21. LEI 9307-1996
 A arbitragem obedecerá ao procedimento estabelecido pelas partes na convenção de arbitragem, que poderá reportar-se às regras de um órgão arbitral institucional ou entidade especializada, facultando-se, ainda, às partes delegar ao próprio árbitro, ou ao tribunal arbitral, regular o procedimento. […]
§ 2o Serão, sempre, respeitados no procedimento arbitral os princípios do contraditório, da igualdade das partes, da imparcialidade do árbitro e de seu livre convencimento.”
Art. 32. É nula a sentença arbitral se: […]
IV – for proferida fora dos limites da convenção de arbitragem; […]
VIII – forem desrespeitados os princípios de que trata o art. 21, § 2o, desta Lei
FORMAS DE INSTITUIÇÃO DA ARBITRAGEM: 
Prevista no contrato: Cláusula Compromissória:
Cumprimento obrigatório
Escolha prévia da entidade administradora da arbitragem (cláusula cheia)
Não prevista no contrato: Compromisso Arbitral
Depende de aceitação das partes para ser instaurada
Torna-se obrigatória com a assinatura do compromisso
Modelo de cláusula arbitral (convenção de arbitragem, cláusula compromissória) http://www.crea-mg.org.br/cma/Paginas/Arbitragem.aspx
•“Toda e qualquer controvérsia originada ou em Conexão com o presente contrato será resolvida por Arbitragem, a ser administrada pela CMA/CREA-MG–Câmara de Mediação e Arbitragem do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais, de acordo com o seu respectivo Regulamento de Arbitragem, por (x) Árbitro(s)*, nomeados na forma do referido Regulamento. A arbitragem terá sede na cidade de (a ser definida pelas partes), estará sujeita às leis do Brasil (ou outra legislação, se for o caso),e será conduzida no idioma (a ser definido pelas partes)”.
•* A indicação de Árbitro deverá ser sempre em número ímpar.
Requisitos : DENTRO DA ARBITRAGEM:
FUNCIONAMENTO: TRIBUNAL ARBITRAL COM 1 OU TRÊS ÁRBITROS
1- Partes sejam capazes
 2 - Direito seja patrimonial e disponível
Características do Tribunal de Arbitragem:
Celeridade
Especialização técnica
Informalismo
Sem recurso
CASE
A Experiência com os Comitês de Resolução de Disputas nos Jogos Olímpicos - Rio 2016

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