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Domingo, 23 de Maio de 2021 SINTESE SOBRE PERCURSO GERATIVO DE SENTIDO – PGS Linguística - Semiótica Por Iago Diógenes Aluno de Letras METODOLOGIA SEMIÓTICA GREIMASIANA 1. PERCURSO GERATIVO DE SENTIDO – PGS 1.1 Nível Fundamental: • Apresenta palavras cujo sentido é contrário ou incompatível com o de outra, isto é: palavras antônimas. Essas palavras vão receber valores positivos ou negativos, a depender da situação apresentada no texto. • Aos valores positivos, dar-se o nome de “atraentes ou eufóricos”, por sua vez, os de valores negativos recebem o titulo de “repulsivos ou disfóricos”. Obs.: não é o leitor quem determina qual termo é o eufórico e qual o disfórico, pois esses valores estão inscritos no texto de acordo com o que o enunciador pretende defender. 1.2 Nível Narrativo: • Trabalha com a narratividade, composta pelas fases inicial e final, além de uma transformação. Obs.: Não confundir “Sujeito com Pessoa” e “Objeto com Coisa”, pois ambos são totalmente distintos. Veja: Sujeito e objeto desempenham os papeis narrativos do texto. Qualquer um, portanto, poderá ocupar uma dessas posições, seja ele uma pessoa, um animal, etc. • Dentro de uma narrativa complexa, encontra-se uma sequência canônica com 04 (quatro) fases: a) Manipulação, b) Competência, c) Performance e d) Sanção. • Segundo Fiorin (1999, p.5), cada qual depende da realização da outra. a) Manipulação - Para atingir o seu objetivo, o sujeito necessariamente terá de agir sobre o outro. Para isso, ele poderá lançar mão de: • Tentação - Se você comer, ganha um doce. • Intimidação - Se você não comer, não vai assistir ao jogo. • Sedução - Servi uma comida deliciosa para você no seu prato. • Provocação - Duvido que você consiga comer toda a comida que pus no seu prato. b) Competência – ocorre quando o sujeito da transformação central da narrativa é dotado de um querer-fazer, de um dever-fazer, de um saber-fazer e de um poder-fazer que tornará possível a ação. c) Performance – é nessa fase que acontece as transformações de estado por um dos sujeitos da narrativa. d) Sanção – quarta e última fase do nível narrativo, temos sanções pragmáticas e cognitivas. Aqui verifica-se que a transformação esperada pelo sujeito realmente se concretizou, garantindo a esse algum tipo de prêmio ou castigo. Haverá algo parecido com um julgamento! 1.2.1 Tipos de Objetos: • De Valor – diz respeito ao último objetivo da narrativa. • Modais – representado pelo querer, poder, o dever e o saber, necessários à aquisição dos objetos de valor. 1.2.2 Tipos de Enunciados Elementares: • De estado – que estabelece uma relação de junção, isto é: de posse (conjunção) ou privação (disjunção), entre o sujeito e seu objeto de valor. • De fazer - diz respeito a relação existente entre sujeito e objeto, que passa por uma transformação, indo da disjunção para a conjunção, ou vice-versa. 1.3 Nível Discursivo: • Nesse nível, as formas abstratas do nível narrativo são envolvidas por termos mais concretos. Com isso, os sujeitos, os objetos, as transformações de estado, as competências, entre outros, aspectos do nível narrativo passam aqui a ser representados por temas e/ou figuras. Além do mais, será nesse nível que as categorias de tempo, de espaço e de pessoa, que se produzem os efeitos de verdade, de realidade, de subjetividade/objetividade, de generalização, de aproximação, etc., serão estabelecidas. • Lara e Matte (2009, p. 20-21) ensinam que na relação existente entre níveis narrativo e discursivo, quanto mais profundo for o nível, mais simples e abstratas são as unidades. Por outro lado, quanto mais superficial forem, mais complexas e concretas elas ficam. Por esse motivo, o nível discursivo é definido como o mais complexo e concreto dos três níveis. Referencias CARNEIRO, Amanda. “Semiotica - Nivel narrativo.” Linguisticoque?, 2010. Disponível em:<http://linquisticoque.blogspot.com/2010/11/semiotica-nivel-narrativo.html>. Acesso em: 24 maio 2021. CRESTANI, Luciana Maria. “Aproximações entre semiótica Greimasiana e teoria dos Blocos Semânticos.” Revista de Letras, 2009. Disponível em:<https://periodicos.utfpr.edu.br/rl/article/view/2434>. Acesso em: 24 maio 2021. DARIZ, Marion Rodrigues. “INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS DE SEMIÓTICA DISCURSIVA.” Capes/MEC, [s/d]. Disponível em:<https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/429887/2/Introdu %C3%A7%C3%A3o%20aos%20Estudos%20de%20Semi%C3%B3tica%20Discursiva2.pdf>. Acesso em: 24 maio 2021. FAGUNDES, Renata Borba. “UMA BREVE ANÁLISE DO PERCURSO GERATIVO DE SENTIDO EM UMA TIRA DE MAGALI.” Anais do SILEL. Volume 2, Número 2. Uberlândia: EDUFU, 2011. Disponível em:<http://www.ileel.ufu.br/anaisdosilel/pt/arquivos/silel2011/819.pdf>. Acesso em: 24 maio 2021. MORAES, Jorge Viana de. “Estrutura Da Narrativa – O Percurso Gerativo de Sentido”. Uol Educação, [s/d]. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/estrutura-da- narrativa-o-percurso-gerativo-do-sentido.htm>. Acesso em: 24 maio 2021. https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/estrutura-da-narrativa-o-percurso-gerativo-do-sentido.htm https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/estrutura-da-narrativa-o-percurso-gerativo-do-sentido.htm https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/429887/2/Introdu%C3%A7%C3%A3o%20aos%20Estudos%20de%20Semi%C3%B3tica%20Discursiva2.pdf https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/429887/2/Introdu%C3%A7%C3%A3o%20aos%20Estudos%20de%20Semi%C3%B3tica%20Discursiva2.pdf http://linquisticoque.blogspot.com/2010/11/semiotica-nivel-narrativo.html
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