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TRANSTORNO DE ANSIEDADE Éder Francisco de Salles Junior 28297402 PSICOLOGIA Ansiedade é um sentimento aleatório e ruim que cria um medo desproporcional, apreensão, tensão e sua maior característica é a antecipação de perigo, a cerca de algo obscuro ou estranho.1,2 Existem os menos e preocupações que são normais e outras que são patológicas, nas crianças, o desenvolvimento emocional terá influência a cerca das causas e a maneira como se manifestam.2,3 Enquanto os adultos conseguem reconhecer seus medos e identificar quando são exagerados de forma racional, as crianças não tem a mesma compreensão, principalmente os bebês e crianças da pré-escola.2,3 Todos temos medos e ansiedades, mas ela passa ser rotuladas como patológicas quando o sentimento se apresenta de uma forma exagerada e desproporcional diante de estímulos, quando compradas com outras crianças da mesma faixa etária e acabam prejudicando a qualidade de vida, traz desconforto emocional ou atrapalha o desempenho em atividades diárias. 1 Os sintomas tem uma tendência maior de se desenvolver em pessoas com predisposição neurobiológica hereditária.,4 Na clínica a diferenciação entre ansiedade patológica e normal é realizada através de um estudo para identificar se o comportamento está relacionado a algum acontecimento, e se esse acontecimento é recente ou mais antigo e se está relacionado a algum ambiente específico. O que se sabe é que os quadros clínicos ansiosos são sintomas primários e não existe uma correlação direta com outras condições psiquiátricas (psicoses, transtornos do desenvolvimento, depressão, transtorno hipercinético, etc.). Os sintomas da ansiedade são naturais, todos de alguma forma vamos ter, e eles podem estar relacionados a outros transtornos psiquiátricos, nesse momento é necessário separar a ansiedade normal, do transtorno de ansiedade que é um transtorno específico e primário sem relação com outros transtornos. Nem sempre é possível identificar se o sintoma é primário ou não, existe casos que o paciente apresenta vários transtornos juntos e dificulta separar entre primário ou secundário, assim irá apresentar mais de um diagnóstico. Supõe-se que 50% das crianças que apresentam quadros ansioso também apresentem outro transtorno ansioso.3 Os únicos transtornos mantidos na seção específica da infância e adolescência foram o da separação (CID-10,5 DSM-IV6). Ansiedade excessiva da infância e o da evitação da infância (DSM-III-R7), nas classificações atuais, passaram a ser referidos respectivamente, como transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e fobia social. Em adultos e crianças os quadros psiquiátricos mais comuns são os transtornos de ansiedade com uma estimativa durante a vida de 9% em crianças e 15% em adultos.3,8 Em adolescentes e crianças, os transtornos ansiosos que aparecem com mais frequências são, de separação, com estimativa em torno de 4%,12 ansiedade excessiva ou o atual TAG (2,7% a 4,6%),09,10 fobias específicas (2,4% a 3,3%).09,10 O predomínio de fobia social é estimado em 1%09 e do transtorno de pânico (TP) é estimado 0,6%.11 Analisando os transtornos de ansiedade e correlacionando com o sexo feminino e masculino percebemos que não existe uma diferença relevante, no entanto, em relação as fobias específicas, percebemos que em dois transtornos a estimativa para o sexo feminino foram bem maiores, estamos falando do transtorno de estresse pós-traumático e transtorno de pânico.2,3,10,11 Percebemos que os transtornos ansiosos infantis em muitos casos não são possíveis identificar a causa principal, pois envolve muitos fatores, entre eles, hereditários e ambientais.3,13,14 Os transtornos ansiosos na infância e adolescência permanecem por um longo período, de forma flutuante, se não tratados.15 Penso que mesmo com o tratamento, os transtornos ansiosos podem acontecer, pois já vimos que eles podem estão relacionados ao ambiente e hereditariedade, é um acompanhamento que precisa ser realizado com a criança, analisando sempre os novos fatos e acontecimentos e como a criança está reagindo a esses novos estímulos. Durante a avaliação do paciente é necessário colher as informações bem detalhadas em relação ao início dos sintomas, pois como já vimos pode estar relacionados a vários sintomas, (ex. perda por morte ou separação, crise conjugal, doença na família e nascimento de irmãos) e a própria maturação biológica da criança. Analisar o temperamento da criança (ex. presença de comportamento inibido), qual é o apego que tem com os seus pais, qual é a forma que os pais demonstram cuidado, amor e afeto. Além de buscar as causas e origem dessas patologias. E a verificação da possibilidade de conjunto de transtornos. 12,13,16 O tratamento precisa ser realizado de forma global, envolve a participação dos pais e da criança, e a abordagem terapêutica indicada é a cognitivo- comportamental, psicoterapia dinâmica, e uso de psicofármacos. 16 Percebemos que precisamos prestar muita atenção nos pensamentos e comportamentos da criança, para verificar quando será necessário a participação de um trabalho em conjunto com um psiquiatra, as vezes é necessário repor alguma substância química no cérebro. Por exemplo, a serotonina é uma substância conhecida como neurotransmissor que está presente em todos os cérebros tem como função realizar a transmissão de uma célula nervosa (neurônio) para outra. Nos quadros clínicos de transtornos de ansiedade a serotonina está presente e está intimamente ligada aos transtornos do humor, ou afetivos e os medicamentos antidepressivos agem produzindo um aumento da disponibilidade dessa substância que tem a função de excitar ou inibir, ou seja, ao invés de estimular o neurônio ele pode frear. Uma grande quantidade de produtos químicos pode causar alterações emocionais, mas a falta deles também podem desencadear alterações. Seguindo nessa linha de pensamento, a medicina começou a investigar a existência da relação entre as substâncias químicas e a sua atuação no metabolismo cerebral pois achava-se que poderia estar estimulando o estado depressivo. Essas investigações geraram novas descobertas em relação aos neurotransmissores e neuroreceptores e qual a sua função dentro do cérebro. hoje temos um conhecimento maior acerca do assunto. Existem alguns neurotransmissores, estão muito associados ao estado afetivo das pessoas, são eles serotonina, noradrenalina e dopamina.17 Assim, vimos que existe diversos fatores relacionados aos quadros de transtornos de ansiedade, e por isso existe a necessidade de uma investigação global e criteriosa. É no Sistema Límbico que as ações terapêuticas através de drogas antidepressivas ocorrem, hoje conhecido como o principal centro cerebral das emoções. O efeito terapêutico é consequência do aumento funcional dos neurotransmissores na fenda sináptica, na Norepinefrina (NE) e/ou da Serotonina (5HT) e/ou da dopamina (DO), e alteração no número e sensibilidade dos neuroreceptores.18 Assim, concluímos que todos os Psicólogos ao se depararem com um quadro de transtorno de ansiedade em sua clínica, devem investigar com muito cuidado, levando em consideração todos os ambientes em que a criança tem interação, olhar para a família dessa criança para identificar uma possível hereditariedade e buscar ajuda de outros especialistas que poderão investigar com maior propriedade questões químicas relacionadas ao funcionamento do cérebro da criança. REFERÊNCIAS: 1. Allen AJ, Leonard H, Swedo SE. Current knowledge of medications for the treatment of childhood anxiety disorders. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 1995;34:976-86. [ Links ] 2. Swedo SE, Leonard HL, Allen AJ. New developments in childhood affective and anxiety disorders. Curr Probl Pediatr 1994;24:12-38. [ Links ] 3. Bernstein GA, Borchardt CM, Perwien AR. Anxiety disorders in children and adolescents: a review of the past 10 years.J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 1996;35:1110-9. [ Links ] 4. Rosen JB, Schilkin J. From normal fear to pathological anxiety. Psychol Rev 1998;105:325-50. [ Links ] 5. Organização Mundial da Saúde (OMS). CID-10 ¾ Classificação Internacional de Doenças, décima versão. Genebra: Organização Mundial da Saúde; 1992. [ Links ] 6. American Psychiatric Association (APA). DSM IV ¾ Diagnostic and Statistical Manual for Mental Disorders, 4th version. Washington (DC): American Psychiatric Press; 1994. [ Links ] 7. American Psychiatric Association (APA). DSM-IIIR ¾ Diagnostic and Statistical Manual for Mental Disorders, 3rd version, revised. Washington (DC): American Psychiatric Press; 1987. [ Links ] 8. Anderson JC, Willians S, McGee R, Silva PA. DSM-III disorders in preadolescent children. Arch Gen Psychiatry 1987;44:69-76. 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New York: Guilford Press; 1995. [ Links ] javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); 14. Hirshfeld DR, Rosenbaum JF, Smoller JW, Fredman SJ, Bulzacchelli MT. Early antecedents of panic disorder ¾ genes, childhood, and the environment. In: Rosenbaum JF, Pollack MH, editors. Panic disorder and its treatment. New York: USA Marcel Dekker, Inc.;1998. p. 93-151. [ Links ] 15. Last CG, Perrin S, Hersen M, Kazdin AE. A prospective study of childhood anxiety disorders. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 1996;35:1502-10. [ Links ] 16. Bernstein GA, Shaw K. Practice parameters for the assessment and treatment of children and adolescents with anxiety disorders. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 1997;36(10 Suppl):69S-84S. [ Links ] 17. CHALMERS, D. J. Facing Up to the Problem of Consciousness. Journal of Consciousness Studies, Australia, v.2, n. 3, p. 200, 1995. 18. O enigma da consciência. Scientific Amerícan, Edição Especial: segredos da mente n. 4, [2004], p.17. javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0);
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